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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Crítica – Premonição 6: Laços de Sangue

Análise Crítica – Premonição 6: Laços de Sangue

Review – Premonição 6: Laços de Sangue
Me aproximo desse Premonição 6: Laços de Sangue como alguém que não é um profundo conhecedor da franquia. Assisti o primeiro e o segundo filme e, assim como aconteceu com Jogos Mortais, me dei por satisfeito e resolvi parar por aí. Com esse sexto filme chegando mais de uma década depois do quinto fiquei curioso por terem resolvidos ressuscitar a franquia.

Desafiando a morte

A trama é centrada em Steph (Kaitlyn Santa Juana), uma jovem universitária que começa a ter sonhos recorrentes com o desabamento de um restaurante panorâmico que mata várias pessoas. Com o tempo ela descobre que uma das pessoas no sonho era sua avó e como as visões estão atrapalhando em seu desempenho na faculdade, ela decide descobrir o que aconteceu com a sua avó e, no processo desenterra segredos de sua família.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Crítica – Echo Valley

 

Análise Crítica – Echo Valley

Review – Echo Valley
Existem dois filmes dentro de Echo Valley e, infelizmente, a produção escolhe por priorizar o menos interessante deles. Apesar de um começo promissor e de um elenco competente, a produção acaba degringolando em um suspense B que sequer consegue executar bem suas principais reviravoltas.

Querida menina

Depois de uma perda pessoal severa, Kate (Julianne Moore) passa a viver reclusa em sua fazenda de cavalos. O cotidiano solitário dela é interrompido pelo retorno Claire (Sydney Sweeney), sua filha viciada em drogas. De início parece que Claire está disposta a se reestruturar, mas logo fica evidente que ela está ali só para conseguir dinheiro e outros recursos antes de voltar para as ruas. Kate tenta ajudá-la, mas logo se vê enredada nos crimes da filha.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Crítica – Predador: Assassino de Assassinos

 

Análise Crítica – Predador: Assassino de Assassinos

Review – Predador: Assassino de Assassinos
Depois de dar novo fôlego à franquia com O Predador: A Caçada (2022), o diretor Dan Trachtenberg retorna ao universo dos yautja (a raça dos predadores) nesta antologia animada Predador: Assassino de Assassinos. A narrativa acompanha três histórias que se passam em épocas diferentes e mostram a presença dos predadores em nosso planeta o longo da história humana.

Quem mata os matadores?

A primeira história se passa no período dos vikings, com a guerreira Ursa liderando seu povo em uma campanha para se vingar daqueles que mataram seu pai. A segunda acontece no Japão feudal, com os irmãos Kenji e Kiyoshi lutando entre si pela herança do pai. A terceira é durante a Segunda Guerra Mundial com o mecânico Torres descobrindo que as aeronaves de seu porta-aviões estão sendo abatidas por uma nave que não pertence aos inimigos.

terça-feira, 10 de junho de 2025

Crítica – O Contador 2

 

Análise Crítica – O Contador 2

Review – O Contador 2
Lançado em 2016, o primeiro O Contador chamava atenção pelo protagonista neurodivergente vivido por Ben Affleck, mas além disso era um suspense moroso, com poucos elementos marcantes. Não era um filme que me deixava curioso por mais, nem parecia ter sucesso ou fãs pedindo por uma continuação. Ainda assim esse O Contador 2 é lançado quase dez anos depois do original e continua sendo um suspense meia boca impedido de mergulhar no completo tédio por conta do protagonista.

Identificando padrões

A trama começa com o assassinato de King (J.K Simmons) durante a investigação a um esquema de tráfico de pessoas. A agente Marybeth (Cynthia Addai-Robinson) relutantemente pede ajuda a Christian (Ben Affleck) para ajudar a descobrir o que aconteceu, já que o nome dele estava nos arquivos de King. No percurso, Christian também é auxiliado pelo irmão Braxton (Jon Bernthal) de quem tenta se reaproximar.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Crítica – Confinado

 

Análise Crítica – Confinado

Review – Confinado
Refazendo o suspense argentino 4x4 (2019), este Confinado soa como mais um remake hollywoodiano voltado para o público estadunidense com preguiça de ler legendas considerando que o original argentino não é tão antigo. É uma tentativa de mesclar thriller com uma reflexão sobre classe social e desigualdades da vida urbana, mas não executa bem nenhuma dessas ideias.

Confinamento veicular

A narrativa é centrada em Eddie (Bill Skarsgard) um criminoso pé de chinelo que está tentando juntar dinheiro para pagar suas dívidas e tentar rever a filha, cujos direitos de visitação perdeu por conta de seus problemas legais. Um dia ele vê uma SUV de luxo parada em um estacionamento deserto e tenta abri-la na esperança de encontrar algo de valor. Ao entrar ele se vê trancado no carro e uma voz vinda do computador de bordo se anuncia como William (Anthony Hopkins), um homem que transformou o carro em uma armadilha para criminosos. Transformando o veículo em uma câmara de tortura digna do Jigsaw de Jogos Mortais, William tenta punir Eddie enquanto ele tenta pensar em um meio de sair dali.

terça-feira, 27 de maio de 2025

Crítica – The Last of Us: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – The Last of Us: Segunda Temporada

Review – The Last of Us: Segunda Temporada
Depois de uma excelente primeira temporada que manteve a essência do primeiro game ao mesmo tempo em que expandiu alguns elementos do seu universo, The Last of Us chega a sua segunda temporada com um desafio ainda maior. O segundo game não é apenas mais longo e mais moralmente ambíguo, ele depende de muitos elementos específicos da linguagem dos games para construir sua reflexão sobre violência de maneira impactante.

Consequências violentas

A trama se passa alguns anos depois da temporada anterior. Ellie (Bella Ramsay) e Joel (Pedro Pascal) agora vivem na comunidade liderada por Tommy (Gabriel Luna). Apesar de seguros, Ellie e Joel estão distantes um do outro. Porém quando Joel é morto por Abby (Kaitlyn Dever) como vingança pelo que aconteceu no hospital dos Vaga-Lumes, Ellie decide partir em uma jornada de vingança, mesmo que isso contrarie os conselho da comunidade.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Crítica – Missão Impossível: O Acerto Final

Análise Crítica – Missão Impossível: O Acerto Final

Review – Missão Impossível: O Acerto Final
Continuando de onde Missão Impossível: Acerto de Contas (2023) parou, este Missão Impossível: O Acerto Final não é apenas uma finalização da história iniciada na aventura de 2023, mas também uma culminância de toda a franquia até aqui. Tal como aconteceu em Vingadores: Ultimato (2019), outro filme que também era a culminação de toda uma série de filmes, esta que se pretende a ser a aventura derradeira de Ethan Hunt sofre por querer ser mais do que um filme, funcionando como uma grande “volta olímpica” da franquia celebrando a si mesma resultando em algo que por vezes soa demasiadamente inchado, cedendo sob o peso da própria megalomania.

A soma de todas as escolhas

Não que seja ruim, longe disso, mas o filme anterior conseguia ser grandiloquente e refletir sobre o percurso de Ethan Hunt (Tom Cruise) até aqui sem parecer tão explicitamente fanservice, oferecendo uma aventura que colocava o pé no acelerador desde o primeiro momento e só parava quando os créditos subiam. Aqui a trama começa com Ethan precisando descobrir o que a chave cruciforme que obteve no final do filme anterior é capaz de abrir. A chave representa a última chance de parar a Entidade, uma perigosa IA que começou a atacar os sistemas dos arsenais nucleares do mundo e, caso tome o controle deles, pode eliminar toda humanidade. Com poucos dias e poucas pistas antes do iminente apocalipse, a única chance de Ethan é rastrear Gabriel (Esai Morales).

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Rapsódias Revisitadas – Devorar (Swallow)

 

Análise – Devorar (Swallow)

Review – Devorar (Swallow)
Lançado em 2019, Devorar trabalha o horror corporal de uma maneira diferente do que estamos acostumados a ver em produções como as do Cronenberg ou da Julia Ducournau. Ao invés de transformações bizarras e bastante explicitas que despertam nossa angústia e até repulsa, o desconforto causado aqui é mais pelo temor das consequências do que a protagonista faz com o próprio corpo do que pela criatividade de modificações corporais insólitas.

Fome de viver

Não que as ações da protagonista Hunter (Haley Bennet) não sejam bizarras. Recém-casada, Hunter vai morar com o marido em uma remota mansão que seu sogro lhes deu de presente de casamento. Ela agora é uma dona de casa que vive isolada, recebendo visitas apenas dos sogros e de amigos do marido. Hunter se torna totalmente do cônjuge, que passa a exercer muito controle sobre a sua vida. Isso se agrava depois que ela engravida e a família do marido para a controla-la ainda mais, como se ela deixasse de ser uma pessoa para apenas ser um veículo para o filho nascituro. É aí que ela começa a desenvolver o hábito de comer estranhos objetos, inicialmente com coisas como bolas de gude, mas logo ingerindo coisas mais perigosas como pilhas ou tachinhas.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Crítica – Caos e Destruição

 

Análise Crítica – Caos e Destruição

Review – Caos e Destruição
Fui assistir Caos e Destruição por ter sido dirigido por Gareth Evans, realizador responsável pelos dois Operação Invasão. Ainda que o filme até tenha bons momentos de adrenalina, o restante é derivativo demais para oferecer algo digno de nota.

Metrópole corrompida

A trama gira em torno de Walker (Tom Hardy), um policial corrupto que tenta se reaproximar da filha pequena depois que suas ações o afastaram da família. As coisas se complicam quando ele recebe a incumbência de resgatar Charlie (Justin Cornwell), filho de um importante e corrupto político da cidade, Lawrence (Forest Whitaker), a quem Walker costumava servir. Depois de um roubo que deu errado, Charlie acidentalmente iniciou uma guerra de gangues, estando na mira de vários grupos criminosos e da polícia.

terça-feira, 6 de maio de 2025

Crítica – Outro Pequeno Favor

 

Análise Crítica – Outro Pequeno Favor

Review – Outro Pequeno Favor
Misturando comédia e thriller, a produção Um Pequeno Favor (2018) foi uma divertida surpresa por conta da interessante dupla de protagonistas. Era, no entanto, uma história que não pedia continuações e que provavelmente, considerando o desfecho rocambolesco do filme, não teria muito a ganhar expandindo a história. Ainda assim o filme recebeu uma sequência neste Outro Pequeno Favor e o resultado é exatamente o que eu temia.

True crime suburbano

Depois dos eventos do primeiro filme, Stephanie (Anna Kendrick) lançou um livro narrando toda sua experiência que viveu com Emily e transformou seu canal sobre maternidade em um canal de true crime, embora não tenha obtido o sucesso esperado. Tudo muda quando Emily (Blake Lively) reaparece em sua vida, chamando Stephanie para seu casamento na Itália. De início Stephanie reluta, mas aceita o convite quando Emily ameaça processá-la pelo uso indevido de seu nome e imagem no livro. Chegando na Itália, Stephanie descobre que o noivo de Emily, Dante (Michele Morrone), é membro de uma poderosa família mafiosa. As coisas se complicam quando corpos começam a aparecer na festa de casamento.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Drops – Acompanhante Perfeita

 

Análise Crítica – Acompanhante Perfeita

Review  – Acompanhante Perfeita
Estrelado por Jack Quaid (de The Boys) e Sophie Thatcher (de Yellowjackets e Herege) o suspense Acompanhante Perfeita usa sua premissa de ficção científica para ponderar sobre objetificação da mulher e masculinidade tóxica. O casal Josh (Jack Quaid) e Iris (Sophie Tatcher) viaja para passar um final e semana na casa de um casal de amigos de Josh, Sergey (Rupert Friend) e Kat (Megan Suri). Quando Sergey tenta estuprar Iris, ela o mata, mas então descobre a verdade sobre si: ela é um robô programado para amar e servir Josh. A partir daí os habitantes da casa pensam no que fazer com Iris enquanto ela pensa em meios de fugir do local para não ser destruída.

Alma plástica

O início do filme vai dando pistas sutis sobre quem Iris é de verdade fazendo a revelação soar orgânica ao invés de um choque súbito. Ainda assim, penso que essa revelação teria mais impacto se fosse construída a partir do ponto de vista da personagem ao invés de um olhar mais onisciente da narrativa, com ela “apagando” depois de ouvir o comando de desligamento de Josh e acordando algemada sem saber o que aconteceu até que os outros personagens explicassem para ela a verdade sobre si.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Crítica – Holland

 

Análise Crítica – Holland

Review – Holland
Depois de um interessante primeiro longa em Fresh (2022), a diretora Mimi Cave nos traz este Holland, que tenta construir uma atmosfera de mistério e estranhamento, mas que termina sendo mais uma história sobre como a idílica vida de classe média em uma pequena cidadezinha estadunidense pode ser mais sombria do que parece. É uma produção que atira em várias direções ao mesmo tempo e que não é certeira em nenhuma, dependendo do carisma de Nicole Kidman para manter tudo coeso.

Perfeição artificial

A narrativa é protagonizada por Nancy (Nicole Kidman), uma dona de casa na pequena cidade de Holland, um lugarejo no interior dos Estados Unidos que tenta emular o estilo de vida na Holanda. Ela tem uma vida aparentemente pacata ao lado do marido, Fred (Mathew Macfadyen), e do filho, Harry (Jude Hill). Essa existência aparentemente perfeita é maculada quando Nancy descobre papeis relativos as viagens de trabalho do marido que provam que ele não ia para as cidades que dizia que ia. Imediatamente Nancy começa a investigar os hábitos de Fred e alista o colega de trabalho Dave (Gael Garcia Bernal) para ajudá-la. Ao curso da investigação os dois se aproximam ao mesmo tempo em que descobrem coisas sombrias a respeito de Fred.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Crítica – Presença

 

Análise Crítica – Presença

Review – Presença
É curioso que este Presença, filme de 2024 de Steven Soderbergh tenha chegado aqui depois do filme mais recente do diretor, Código Preto. Se Código Preto trazia o realizador de volta a algo menos experimental que seus últimos filmes, Presença é um trabalho mais conceitual de Soderbergh em termos de como ele conta a história.

Câmera-olho

A câmera é uma presença constante em cena, mas ela opera de maneira relativamente paradoxal. Apesar de estar fisicamente no espaço em muitos casos ela age como um olhar onisciente sobre aquele universo ficcional, com os personagens nunca reconhecendo a presença do dispositivo, sendo simultaneamente uma presença e uma ausência. De certa forma a câmera age como um espectro, uma assombração, vendo sem ser vista. Soderbergh leva isso para a literalidade ao contar toda a história de Presença do ponto de vista de uma assombração presente em uma casa. A câmera funciona aqui como o olhar etéreo dessa entidade que vaga pelo imóvel.

quarta-feira, 12 de março de 2025

Crítica – Código Preto

 

Análise Crítica – Código Preto

Review – Código Preto
Nos últimos anos o diretor Steven Soderbergh se entregou a vários experimentos no audiovisual, desde experimentações com modos de filmar, realizando filmes com celulares como Distúrbio (2018) e High Flying Bird (2019). Experimentou com formatos narrativos como na série Mosaic (2018) e também experimentou com formas de distribuição em diferentes produções para streaming como A Lavanderia (2019), Let Them All Talk (2020) ou Nem um Passo em Falso (2021). Ele deixou de lado o experimentalismo dois anos atrás com o fraco Magic Mike: A Última Dança (2023). Código Preto, por sua vez, segue essa fase menos experimental do realizador e entrega o melhor trabalho de Soderbergh em muito tempo.

Espião contra espião

A trama é protagonizada pelo agente de inteligência George (Michael Fassbender) que recebe a informação de que cinco de seus colegas podem ter roubado uma poderosa arma digital, um desses colegas é sua esposa, Kathryn (Cate Blanchett). Agora George precisa descobrir quem se apoderou da arma e onde sua lealdade, com a missão ou com seu casamento, reside.

quinta-feira, 6 de março de 2025

Crítica – Paradise

 

Análise Crítica – Paradise

Review – Paradise
A divulgação da série Paradise, nova série do Disney+, não me atraiu muito. Produzida pelo mesmo responsável por This is Us, tudo fazia parecer que seria mais uma série investigativa com suspense e intriga ao acompanhar um agente do serviço secreto que precisa investigar o assassinato do presidente dos Estados Unidos com quem ele tinha uma desavença pessoal. A impressão é que era mais um suspense sobre os bastidores do poder, mas o final do primeiro episódio traz uma reviravolta que insere a narrativa em uma ficção científica distópica e aí tudo se torna mais interessante. Aviso que o texto contem SPOILERS da série.

Paraíso perdido

O agente Xavier Collins (Sterling K. Brown) está há anos cuidando da segurança do presidente Cal Bradford (James Marsden) quando ele é assassinado. Xavier guardava um rancor do presidente por algo do passado, mas ainda assim precisa desvendar o crime. Anos atrás, ao proteger o presidente de um atentado, Xavier ganhou a confiança do presidente e se tornou um dos poucos a saber de uma catástrofe iminente que poderia destruir o planeta.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Crítica – A Ordem

 

Análise Crítica – A Ordem

Review – A Ordem
Olhar para o passado pode nos permitir analisar o presente. É isso que A Ordem faz ao contar a história real da investigação do FBI que desbaratou um grupo neonazista que estava acumulando fundos para tentar fomentar um golpe de estado na década de 80. Por mais que seja uma trama sobre eventos que aconteceram há quarenta anos, o filme não deixa também de pensar em como isso impacta na contemporaneidade.

Guerras secretas

A trama se passa em 1983 e acompanha o agente do FBI Terry Husk (Jude Law), que é enviado para reestruturar um escritório do FBI no interior de Idaho. É aparentemente um posto vazio, sem muita ação, algo que Husk deseja para poder ter a chance de se reconectar com a esposa e a filha. As coisas, no entanto, não continuarão tranquilas. Um policial local, Jamie (Tye Sheridan), avisa Husk de suas suspeitas de que a onda de assaltos a banco e roubos de carro forte que assolam a região podem estar conectadas a grupos neonazistas que estão acumulando recursos para planejar alguma grande ação.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Crítica – Conclave

 

Análise Crítica – Conclave

Review – Conclave
Confesso que não imaginei que um filme focado no que é basicamente o TSE do Vaticano conseguiria me manter tão interessado, mas é exatamente isso que Conclave, novo filme de Edward Berger (responsável por Nada de Novo no Front), faz. Claro, o foco é mais nas intrigas da votação do que na burocracia em si, analisando as disputas de poder que ocorrem no coração da fé católica.

Eleição disputada

A trama é centrada no cardeal Lawrence (Ralph Fiennes), reitor da Santa Sé que fica incumbido de organizar o Conclave depois da morte do Papa. Com o colegiado dos cardeais isolados eles precisam votar para eleger um novo Papa. A votação, porém, não é um debate pacífico, com diferentes correntes disputando supremacia no pleito, segredos do passado trazidos à tona e até o surgimento de novas figuras, como o misterioso cardeal Benitez (Carlos Diehz), cuja nomeação foi feita em segredo pelo falecido Papa anterior e sua chegada na eleição desperta curiosidade quanto à sua legitimidade e intenções em relação ao pleito.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Crítica – Bagagem de Risco

 

Análise Crítica – Bagagem de Risco

Review – Bagagem de Risco

Um dos filmes mais divertidos da parceria entre o diretor Jaume Collet-Serra e o ator Liam Neeson foi Sem Escalas (2014), um thriller que aproveitava bem o espaço confinado de um avião em pleno voo para construir tensão. O realizador volta ao ambiente de aeroporto neste Bagagem de Risco, produzido pela Netflix, mas o resultado não é tão legal.

Terminal em risco

A trama é protagonizada por Ethan (Taron Egerton), um funcionário da segurança do aeroporto de Los Angeles. É véspera de Natal e o terminal está cheio de gente tentando viajar. Em meio ao caos ele recebe a ligação de um estranho (Jason Bateman) avisando que ele precisa deixar passar um passageiro com uma bagagem com fita vermelha independente do resultado do raio-x, caso contrário o estranho irá matar a namorada de Ethan, Nora (Sofia Carson).

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Crítica – Babygirl

 

Análise Crítica – Babygirl

Review – Babygirl
Os trailers de Babygirl não me deixaram muito curioso pelo filme, soando como uma versão da A24 da franquia 50 Tons de Cinza. Felizmente o produto final não é isso, entregando um estudo sobre sexualidade, poder, liberdade e culpa que se sustenta principalmente pela performance de Nicole Kidman.

Desejo e controle

A trama é protagonizada pela executiva Romy (Nicole Kidman), que preside uma crescente empresa de automação de processos. Ela e o marido são casados há quase vinte anos, mas ela não parece sentir prazer com ele, sempre indo assistir pornô de sadomasoquismo depois do sexo para realmente se satisfazer. Ela tem a chance de viver suas fantasias quando conhece o jovem estagiário Samuel (Harris Dickinson), que parece perceber o desejo da empresária em ceder controle. Aos poucos eles se aproximam e começam um tórrido romance que ameaça os negócios e o casamento de Romy.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Crítica – Jurado Nº 2

 

Análise Crítica – Jurado Nº 2

Review – Jurado Nº 2
O cinema de Clint Eastwood sempre trouxe consigo meditações sobre moralidade na sociedade estadunidense, desde a expansão para o oeste no western revisionista Os Imperdoáveis (1992), passando por considerações a respeito de como a sociedade trata seus heróis em produções como Sully (2016) e O Caso Richard Jewell (2019). Agora Eastwood se volta para o sistema judiciário e sua moralidade em Jurado Nº2.

Crime e castigo

A narrativa é protagonizada por Justin (Nicholas Hoult), que é chamado para servir de jurado em um julgamento de homicídio. Ele tenta sair da convocação alegando a gravidez de risco da esposa, Allison (Zoey Deutch), mas a juíza nega afirmando que ele só irá ficar o mesmo número de horas de seu expediente regular. Quando os trabalhos começam, Justin se dá conta que o réu está sendo acusado de ter assassinado uma mulher que o próprio Justin tinha atropelado acidentalmente meses atrás. Como o réu era ex-namorado da mulher assassinada e tinha um histórico de violência, as autoridades automaticamente o consideraram como responsável pela morte. Justin é um alcoólatra em recuperação e tem uma condenação de anos atrás por dirigir embriagado, o que faria sua pena ser altíssima caso assumisse a culpa. Agora, Justin precisa convencer o júri a inocentar o réu para evitar que um inocente vá para a cadeia ao mesmo tempo que tenta afastar qualquer conjectura sobre o possível culpado real.