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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Crítica – Wandinha: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – Wandinha: Segunda Temporada

Review – Wandinha: Segunda Temporada
A primeira temporada de Wandinha sofria por sacrificar muito do que torna a personagem (e toda a família Addams) singular em prol de uma trama adolescente excessivamente aderente aos clichês desse tipo de história. Essa segunda temporada prometia evitar esses lugares comuns e ser mais fiel ao espírito da personagem. Tendo assistido a temporada completa é possível ver um vislumbre disso, mas a verdade é que ainda soa como uma série adolescente genérica vestindo a aparência do universo dos Addams.

Visões sinistras

A trama começa com Wandinha (Jenna Ortega) tendo uma visão de eventos catastróficos acontecendo na sua escola que culminariam na morte de sua amiga Enid (Emma Myers). Diante disso, a jovem Addams decide investigar o que suas visões significam ao mesmo tempo que lida com mudanças na escola, como a chegada do irmão Feioso (Isaac Ordonez) para estudar lá e o novo diretor, Dort (Steve Buscemi), que parece ter seus próprios interesses com o local.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Crítica – Luta de Classes

 

Análise Crítica – Luta de Classes

Review – Luta de Classes
Quando o diretor Spike Lee anunciou que seu próximo projeto, este Luta de Classes, seria um remake de Céu e Inferno (1963), de Akira Kurosowa, fiquei temeroso. A última vez que Lee fez uma nova versão de um filme asiático o resultado foi um dos piores (talvez o pior) filmes de sua carreira no péssimo Oldboy: Dias de Vingança (2013), remake do sul-coreano Oldboy (2003). Felizmente Luta de Classes é, ao menos, um suspense competente, embora se perca um pouco no que quer dizer.

Dias de luta

A narrativa é protagonizada por David King (Denzel Washington), um magnata da música que está tentando tomar o pleno controle de sua gravadora para impedi-la de ser vendida para um grande conglomerado. As coisas se complicam quando o filho de seu motorista é sequestrado por engano, com os sequestradores acreditando que levaram o filho do próprio King. Agora ele é colocado em uma encruzilhada moral entre usar o dinheiro para salvar seu império ou para pagar o resgate do filho do amigo, Paul (Jeffrey Wright).

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Rapsódias Revisitadas – Um Tiro na Noite

 

Análise – Um Tiro na Noite

Crítica – Um Tiro na Noite
Dirigido por Brian De Palma, Um Tiro na Noite foi lançado em 1981 e constrói uma narrativa de suspense que funciona como uma reflexão sobre a importância do som no cinema, lembrando como a dimensão é tão responsável pela construção de elementos emocionais, sensoriais e narrativos quanto a imagem. É também um filme que sabe muito bem manejar a tensão do espectador.

Ruídos e sussurros

Jack (John Travolta) é um técnico de som que vem trabalhando em produções B de terror em Hollywood. Uma noite ele está em um parque capturando sons ambientes quando grava um carro perdendo o controle e mergulhando em um lago. Jack salva uma mulher, Sally (Nancy Allen), que estava no banco do carona, mas não consegue salvar o motorista. Na delegacia, descobre que o motorista era o governador, prestes a ser candidato à reeleição, e que ele não sobreviveu. A polícia enquadra o evento como um acidente, afirmando que o carro perdeu o controle ao furar um pneu, mas Jack suspeita de assassinato, já que em sua gravação ele capta o som de um tiro antes do carro perder o prumo. O problema é que ninguém acredita em Jack.

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Drops – O Clube do Crime das Quintas-Feiras

 

Crítica – O Clube do Crime das Quintas-Feiras

Review – O Clube do Crime das Quintas-Feiras
É difícil não olhar para O Clube do Crime das Quintas-Feiras e não pensar em trabalhos da Agatha Christie protagonizados pela personagem Miss Marple ou na série Assassinato Por Escrito, ambos produtos em que protagonistas idosas resolvem crimes. O Clube do Crime das Quintas-Feiras não esconde sua referências e tenta ser uma versão contemporânea desse tipo de história.

Detetives de poltrona

A trama é centrada nos amigos Elizabeth (Helen Mirren), Ibrahim (Ben Kingsley) e Ron (Pierce Brosnan), que vivem na mesma comunidade de idosos e todas as quintas-feiras se reúnem para discutir algum crime antigo sem solução na esperança de resolvê-lo. Ao trio se junta Joyce (Celia Imrie), enfermeira aposentada que traz ao grupo um importante conhecimento médico. As coisas se tornam mais sérias para eles quando um dos donos da comunidade em que vivem é assassinado e o outro planeja vender o local, o que implicaria em tirar dali todos os idosos. Agora eles precisam correr contra o tempo para resolver o crime antes de perderem seus lares.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Crítica – A Seita

 

Análise Crítica – A Seita

Review – A Seita
Dirigido por Jordan Scott, filha de Ridley Scott, e adaptando um romance Nicholas Hogg A Seita tenta falar sobre a natureza das seitas e como elas mobilizam o impulso humano por sociabilidade. Estruturado como um misto de drama e suspense, a produção tem grandes pretensões, mas não alcança nenhuma delas.

Culto perigoso

A narrativa gira em torno de Ben (Eric Bana), um psicólogo social que foi morar na Alemanha depois do divórcio. Reconhecido em sua área e professor universitário, Ben é chamado para auxiliar a polícia em um caso de suicídio coletivo que parece resultado de algum culto apolíptico. No curso da investigação ele se aproxima da policial Nina (Silvia Hoeks). Ao mesmo tempo, a filha de Ben, Mazzie (Sadie Sink, de Stranger Things), chega a contragosto na Alemanha para morar com o pai. Ela fica amiga de Martin (Jonas Dassler), mas logo o espectador percebe que o rapaz está tentando aliciá-la para a mesma seita que Ben investiga.

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Drops – Motorista de Fuga

 

Crítica – Motorista de Fuga

Review – Motorista de Fuga
O título nacional de Motorista de Fuga vende a ideia de que este será um filme de perseguições, alta velocidade, adrenalina e a produção nunca entrega isso. Em parte por quase não ter perseguições, embora o principal problema é que a produção não sabe exatamente o que quer ser.

Fuga sobre rodas

A narrativa é centrada em Edie (Samara Weaving), uma mulher que na juventude foi motorista de fuga para criminosos e agora tenta levar uma vida legítima. Ela acaba sendo puxada de volta para o crime por conta do ex-namorado, John (Karl Glusman), que está devendo a pessoas erradas, principalmente a Nico (Andy Garcia), com quem Edie trabalhou no passado. Para ajudar John, Edie se envolve em um esquema para roubar milhões de um cassino.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Crítica – A Noite Sempre Chega

 

Análise Crítica – A Noite Sempre Chega

Review – A Noite Sempre Chega
Estrelada por Vanessa Kirby, a produção da Netflix A Noite Sempre Chega tenta funcionar simultaneamente como thriller, além como um drama social e um estudo de personagem. O filme nem sempre consegue equilibrar suas várias ideias, no entanto, alguns elementos bem executados fazem a experiência valer à pena.

Noite afora

A trama é centrada em Lynette (Vanessa Kirby), que vive junto com a mãe, Doreen (Jennifer Jason Leigh), e o irmão mais velho, Kenny (Zack Gottsagen), que tem Síndrome de Down. Lynette se equilibra entre vários empregos e outros serviços para tentar equilibrar as contas. Ela e a mãe estão prestes a conseguir um empréstimo para comprarem a casa onde moram ou perderão o imóvel. No dia de assinarem o financiamento, no entanto, Doreen não aparece e Lynette descobre que a mãe comprou um carro com o dinheiro que tinham guardado para a entrada da casa. Sem poder dar a entrada e iniciar a compra, Lynette tem até a manhã seguinte para levantar o valor ou perderá a chance de comprar o imóvel, iniciando uma corrida desesperada através da noite.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Crítica – Os Enforcados

 

Análise Crítica – Os Enforcados

Review – Os Enforcados
Entre os vários gêneros que o cinema brasileiro tem explorado com regularidade nos últimos anos, o thriller é um dos que menos aparece na nossa cinematografia. Dirigido por Fernando Coimbra (responsável pelo excelente O Lobo Atrás da Porta) este Os Enforcados tenta construir uma trama de suspense a partir do universo da contravenção do jogo do bicho.

Profissão de risco

Regina (Leandra Leal) está no meio da reforma da mansão na qual vive com o marido, Valério (Irandhir Santos), os gastos estão altos e Valério lhe informa que precisarão diminuir custos pois seus negócios não estão indo bem. Valério trabalha com o tio (Stepan Nercessian) na exploração de caça-níqueis e jogo do bicho, sendo responsável por lavar o dinheiro da contravenção do tio. Regina tenta estimular o marido a tomar o controle dos negócios, já que o tio teria assassinado o pai de Valério para chegar ao topo dos negócios. A oportunidade vem quando o tio pede para se esconder na casa deles antes de fugir do país por conta de algum esquema que deu errado. Tomar o controle, no entanto, é apenas o início dos problemas do casal, já que o tio deixou muitas dívidas com outros figurões do crime.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Rapsódias Revisitadas – Plano de Voo

 

Crítica – Plano de Voo

Review – Plano de Voo
Lançado em 2005, o suspense Plano de Voo chama atenção por sua atmosfera de incerteza e manejo da intriga ao acompanhar um mistério em que nada é o que parece. A narrativa é protagonizada por Kyle (Jodie Foster), uma enlutada engenheira de aviação que parte em um voo de Berlim para os Estados Unidos levando o corpo do marido recém-falecido. Ela vai acompanhada da filha pequena, Julia (Marlene Lawston), mas pouco tempo depois do avião decolar a menina desaparece. Ela pede ajuda à equipe para encontrar a garota, mas logo é informada pelo capitão que não há registro de que Julia tenha embarcado. Assim, Kyle tenta descobrir o que está acontecendo.

Voo noturno

A narrativa constrói bem o clima de claustrofobia e paranoia que envolve a protagonista. Alguém em um ambiente fechado, com todos duvidando de si, lutando para provar que está correta. A dúvida se desloca também para o espectador, já que considerando o trauma recente da perda do marido, começamos a considerar que talvez ela esteja realmente imaginando coisas e a situação não seja o que ela pensa ser.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Drops – Operação Vingança

 

Crítica – Operação Vingança

Review – Operação Vingança
No papel Operação Vingança parece um thriller bem típico. Sujeito tem esposa assassinada por terroristas e monta um plano de vingança e, bom, é exatamente isso, uma aplicação de fórmulas conhecidas sem nada que o ajude a se destacar de um oceano de produções similares.

Revanche previsível

Heller (Rami Malek) é um programador que trabalha para a CIA. Quando sua esposa, Sarah (Rachel Brosnahan, que recentemente foi a Lois Lane em Superman), é assassinada em um atentado terrorista na Europa, ele exige participar da busca pelos culpados. Para isso, recebe treinamento de campo do veterano Henderson (Lawrence Fishburne), que não vê como Heller será capaz de cumprir a missão. As coisas se complicam quando Heller descobre que os envolvidos no atentado são mercenários empregados pela CIA em missões secretas, significando que a agência não tem qualquer interesse em capturá-los.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Crítica – Guerra dos Mundos

 

Análise Crítica – Guerra dos Mundos

Review – Guerra dos Mundos
A primeira coisa que chamou minha atenção enquanto assistia o novo Guerra dos Mundos foi a opção de contar toda a história a partir da tela do computador do protagonista que monitorava toda a situação. A escolha não parecia casar com o escopo da narrativa. Depois descobri a real razão para o filme ter sido feito dessa maneira e isso só piorou minha impressão a respeito do resultado final.

Guerra confinada

A narrativa é protagonizada pelo analista de inteligência William Radford (Ice Cube). Ele é responsável por monitorar vazamentos de dados, mas também começou a receber pedidos das agências especiais a respeito de estranhos fenômenos eletromagnéticos ocorrendo ao redor do mundo. Quando estranhas máquinas de três pernas caem do céu e começam a atacar várias cidades do mundo, William resolve analisar o que está havendo para tentar articular uma resposta.

Tudo é narrado a partir da tela do computador de William, no qual ele acessa imagens de câmeras, conversa com colegas e familiares por chamadas de vídeo e se informa por noticiários. Como a produção foi filmada em 2020, durante a pandemia de COVID-19, as medidas sanitárias de isolamento provavelmente motivaram essa estrutura do filme. Seria uma oportunidade de usar esse senso de isolamento como uma metáfora para o temor e ansiedade do nosso confinamento durante a pandemia, quando estávamos fechados em nossas casas temendo um inimigo invisível e sem saber o que estava acontecendo. O Guerra dos Mundos de 2005 dirigido por Steven Spielberg usava muito bem o romance de H.G Wells para refletir sobre seu tempo, em especial o senso de insegurança, paranoia e vulnerabilidade dos Estados Unidos pós 11 de setembro. Essa nova versão, no entanto, não faz nada disso.

Não há qualquer tentativa de usar o confinamento do personagem para refletir sobre o confinamento pandêmico. Tampouco há qualquer senso da escala ou da gravidade dos ataques já que as imagens da invasão e dos conflitos em si são poucas e sempre borradas ou pixelizadas para disfarçar a qualidade baixa dos efeitos visuais. Em termos de narrativa, há apenas o clichê do pai que tenta consertar a relação com os filhos e uma trama sobre vigilância governamental e privacidade, mas nenhuma delas tem muito a oferecer além de lugares comuns. Não ajuda que Ice Cube e o resto do elenco entreguem performances automáticas, desinteressadas, que são incapazes de injetar qualquer senso de drama ou urgência nos eventos. Apesar de noventa minutos, a impressão é que a narrativa dura muito mais por conta das arrastadas videochamadas nas quais tudo se desenvolve, lembrando o horrendo Black Wake (2020) protagonizado pela brasileira Nana Gouvea.

Cinismo corporativo

Além do vazio narrativo e dramatúrgico, a produção também incomoda pelo excesso de exposição de marcas de ferramentas digitais e o modo como o filme, sem qualquer sutileza, apresenta os atributos positivos dessas ferramentas, mostrando essas plataformas como potenciais salvadoras do mundo. São construções que quebram nossa imersão na narrativa e também soam como uma tentativa cínica de construir uma representação positiva de big techs que tem sido alvo de bastante escrutínio nos últimos anos por seu papel em contribuir para desinformação ou discursos de ódio. Aqui todos esses questionamentos são sublimados e todas essas plataformas têm apenas impactos positivos no mundo.

O pior, no entanto, é o que acontece no clímax, quando William precisa fisicamente fazer o upload de um vírus em servidores e precisa de um pen drive, recorrendo a uma grande empresa de comércio eletrônico. O que se segue é uma publicidade cínica da velocidade de entregas da Amazon Prime com seu uso de drones, basicamente fazendo a Amazon ser a responsável por salvar o mundo por sua suposta agilidade na entrega e avanços tecnológicos. É uma escolha que reduz o filme a uma mera propaganda corporativa (e uma propaganda ruim ainda por cima) pensada apenas para gerar valor para a empresa sem qualquer preocupação em entreter o espectador ou fazê-lo refletir.

 

Nota: 1/10


Trailer

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Crítica – Ameaça no Ar

 

Análise Crítica – Ameaça no Ar

Review – Ameaça no Ar
Dirigido por Mel Gibson, Ameaça no Ar tenta construir um thriller a partir de um espaço confinado. Em tese seria uma boa maneira de criar tensão, mantendo seus personagens em um diminuto espaço enquanto lidam com uma ameaça constante. O resultado, no entanto, é desprovido de qualquer fagulha de suspense.

Plano de voo

A narrativa acompanha a agente federal Madolyn (Michelle Dockery), encarregada de levar uma importante testemunha, Winston (Topher Grace) através do estado do Alasca. Da cidade onde estão, a agência só lhe consegue um velho avião bimotor no qual só cabem eles dois e o piloto, Daryl (Mark Wahlberg). No meio do voo, no entanto, eles descobrem que Daryl tomou o lugar do piloto real e é um assassino enviado para matar Winston, impedindo-o de testemunhar contra um figurão do crime. Agora Madolyn e Winston precisam encontrar um meio de sobreviver ao assassino e levar o avião até o seu destino.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Drops – Os Radley

 

Crítica – Os Radley

Review – Os Radley
A produção britânica Os Radley tenta fazer algo diferente com histórias de vampiros ao contar a história de uma família vampírica que tenta viver uma vida normal em sua vizinhança pacata, abdicando do consumo de sangue. Os problemas que se impõem a eles no cotidiano, no entanto, ampliam a vontade de morder pessoas.

Fome de viver

Os jovens Rowan (Harry Baxendale) e Clara (Bo Bragason) Radley são adolescentes aparentemente comuns, embora se sintam diferentes e deslocados dos demais. A confirmação de que eles são de fato diferentes vem quando Clara reage a um colega de escola que tenta abusar dela, criando presas e mordendo seu pescoço para devorar seu sangue. É então que seus pais Peter (Damian Lewis) e Helen (Kelly Macdonald) revelam a verdade: eles são vampiros, mas optaram por uma vida abstêmia por não quererem ter que matar pessoas. Para lidar com o cadáver do colega morto, Helen chama o cunhado Will (também Damian Lewis), que ao contrário deles não tem qualquer questão moral em devorar sangue.

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Crítica – The Alto Knights: Máfia e Poder

 

Análise Crítica – The Alto Knights: Máfia e Poder

Review – The Alto Knights: Máfia e Poder
No papel The Alto Knights: Máfia e Poder soa como um filme promissor. A história real de uma rivalidade entre dois grandes mafiosos estrelada por Robert De Niro e dirigida pelo renomado Barry Levinson parece um filme com tudo para dar certo. Infelizmente, no entanto, o que parece se conduzir como se fosse um novo Os Bons Companheiros (1990) termina mais próximo de um desastre como Gotti: O Chefe da Máfia (2018).

Dupla explosiva

A narrativa se baseia na história real da rivalidade entre Frank Costello (Robert De Niro) e Vito Genovese (também Robert De Niro), dois imigrantes italianos que trabalharam juntos em organizações mafiosas nos Estados Unidos da metade século XX e se tornaram rivais disputando pelo controle. Suas personalidades são opostas, com Costello sendo um sujeito mais suave, mais político, enquanto Vito é cabeça quente, irascível e propenso a resolver tudo na base da violência. Quando um atentado à vida de Frank fracassa, ele resolve se aposentar do comando da organização passando tudo para Vito, mas a ambição e paranoia de Vito colocam tudo em risco.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Crítica – Cuckoo: O Medo Chama

 

Análise Crítica – Cuckoo: O Medo Chama

Review – Cuckoo: O Medo Chama
Estrelado por Hunter Schafer, Cuckoo: O Medo Chama cria uma misteriosa atmosfera de horror para sua história, mas conforme progride não consegue dar conta dos múltiplos temas que tenta abordar. A narrativa é centrada em Gretchen (Hunter Schafer), uma jovem que se muda para a Alemanha com o pai, Luis (Marton Csokas), a madastra, Beth (Jessica Henwick), e a irmã caçula Alma (Mila Lieu), que desde que nasceu nunca conseguiu falar. Luis vai para o país a trabalho, para reformar o remoto resort nas montanhas de propriedade do excêntrico Konig (Dan Stevens). Gretchen começa a trabalhar como recepcionista do remoto resort, mas logo começa a notar estranhos fenômenos e a ser perseguida por uma bizarra mulher encapuzada. Como ninguém mais vê a tal mulher, o pai e a madrasta acham que Gretchen está tentando chamar atenção, já que eles estão focados nos problemas de saúde de Alma.

Espécie invasora

A narrativa vai aos poucos construindo um senso de tensão e estranheza conforme fenômenos bizarros vão acontecendo ao redor de Gretchen, desde conduta esquisita dos hóspedes, passando por estranhos sons e momentos de deja vu que ela experimenta até as violentas perseguições da mulher encapuzada. Há uma ambiguidade nesses momentos que nos deixa incertos se é tudo na mente de Gretchen, que lida com o senso de isolamento e o falecimento inesperado de sua mãe, ou se há de fato uma criatura à espreita que explica todos os fenômenos estranhos.

Por outro lado, alguns segredos são bem óbvios desde o início como o fato de Konig claramente estar escondendo algo, o que mina parte da ambiguidade que a narrativa tenta construir. O que era uma narrativa sobre o luto de Gretchen e o senso de não pertencimento dela à nova família do pai vai se abrindo a outros temas a partir do momento em que o filme decide explicar o que de fato está acontecendo e qual a natureza da ameaça.

As experiências de Konig com criaturas híbridas deslocam os temas do luto para falar de ética científica, direitos reprodutivos da mulher e diferentes configurações de família, mas nunca há tempo suficiente para desenvolver todas essas ideias. O filme se torna um slasher competente, com bons momentos de tensão graças aos visuais bizarros e senso de estranheza com o qual tudo é conduzido, mas fica a impressão de que a narrativa levanta muitas questões e não as trabalha a contento.

 

Nota: 6/10


Trailer

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Crítica – Tempo de Guerra

 

Análise Crítica – Tempo de Guerra

De certa forma Tempo de Guerra passa por questões similares a Falcão Negro em Perigo (2001). Ambas são produções tecnicamente bem feitas nas suas reconstruções de situações de guerra, mas que é míope demais no contexto ao redor desse conflito para que seu efeito seja qualquer outra coisa que não uma celebração maniqueísta da resiliência das tropas retratadas.

Guerra interior

A trama conta a história real de uma tropa de fuzileiros durante a Guerra do Iraque que ficou acuada em dentro de uma casa enquanto tentavam dar suporte a outra unidade. Sem ter como sair e com soldados feridos, eles tentam resistir aos ataques externos enquanto buscam um modo de cuidar dos feridos e evacuar em segurança. A narrativa se passa em tempo real, acompanhando a situação conforme ela se desenrola e busca um registro mais realista de uma operação de guerra.

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Crítica – Premonição 6: Laços de Sangue

Análise Crítica – Premonição 6: Laços de Sangue

Review – Premonição 6: Laços de Sangue
Me aproximo desse Premonição 6: Laços de Sangue como alguém que não é um profundo conhecedor da franquia. Assisti o primeiro e o segundo filme e, assim como aconteceu com Jogos Mortais, me dei por satisfeito e resolvi parar por aí. Com esse sexto filme chegando mais de uma década depois do quinto fiquei curioso por terem resolvidos ressuscitar a franquia.

Desafiando a morte

A trama é centrada em Steph (Kaitlyn Santa Juana), uma jovem universitária que começa a ter sonhos recorrentes com o desabamento de um restaurante panorâmico que mata várias pessoas. Com o tempo ela descobre que uma das pessoas no sonho era sua avó e como as visões estão atrapalhando em seu desempenho na faculdade, ela decide descobrir o que aconteceu com a sua avó e, no processo desenterra segredos de sua família.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Crítica – Echo Valley

 

Análise Crítica – Echo Valley

Review – Echo Valley
Existem dois filmes dentro de Echo Valley e, infelizmente, a produção escolhe por priorizar o menos interessante deles. Apesar de um começo promissor e de um elenco competente, a produção acaba degringolando em um suspense B que sequer consegue executar bem suas principais reviravoltas.

Querida menina

Depois de uma perda pessoal severa, Kate (Julianne Moore) passa a viver reclusa em sua fazenda de cavalos. O cotidiano solitário dela é interrompido pelo retorno Claire (Sydney Sweeney), sua filha viciada em drogas. De início parece que Claire está disposta a se reestruturar, mas logo fica evidente que ela está ali só para conseguir dinheiro e outros recursos antes de voltar para as ruas. Kate tenta ajudá-la, mas logo se vê enredada nos crimes da filha.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Crítica – Predador: Assassino de Assassinos

 

Análise Crítica – Predador: Assassino de Assassinos

Review – Predador: Assassino de Assassinos
Depois de dar novo fôlego à franquia com O Predador: A Caçada (2022), o diretor Dan Trachtenberg retorna ao universo dos yautja (a raça dos predadores) nesta antologia animada Predador: Assassino de Assassinos. A narrativa acompanha três histórias que se passam em épocas diferentes e mostram a presença dos predadores em nosso planeta o longo da história humana.

Quem mata os matadores?

A primeira história se passa no período dos vikings, com a guerreira Ursa liderando seu povo em uma campanha para se vingar daqueles que mataram seu pai. A segunda acontece no Japão feudal, com os irmãos Kenji e Kiyoshi lutando entre si pela herança do pai. A terceira é durante a Segunda Guerra Mundial com o mecânico Torres descobrindo que as aeronaves de seu porta-aviões estão sendo abatidas por uma nave que não pertence aos inimigos.

terça-feira, 10 de junho de 2025

Crítica – O Contador 2

 

Análise Crítica – O Contador 2

Review – O Contador 2
Lançado em 2016, o primeiro O Contador chamava atenção pelo protagonista neurodivergente vivido por Ben Affleck, mas além disso era um suspense moroso, com poucos elementos marcantes. Não era um filme que me deixava curioso por mais, nem parecia ter sucesso ou fãs pedindo por uma continuação. Ainda assim esse O Contador 2 é lançado quase dez anos depois do original e continua sendo um suspense meia boca impedido de mergulhar no completo tédio por conta do protagonista.

Identificando padrões

A trama começa com o assassinato de King (J.K Simmons) durante a investigação a um esquema de tráfico de pessoas. A agente Marybeth (Cynthia Addai-Robinson) relutantemente pede ajuda a Christian (Ben Affleck) para ajudar a descobrir o que aconteceu, já que o nome dele estava nos arquivos de King. No percurso, Christian também é auxiliado pelo irmão Braxton (Jon Bernthal) de quem tenta se reaproximar.