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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Crítica – The Plucky Squire (O Escudeiro Valente)

 

Análise Crítica – The Plucky Squire (O Escudeiro Valente)

Review – The Plucky Squire (O Escudeiro Valente)
Os primeiros trailers do game The Plucky Squire (que aqui recebeu o título de O Escudeiro Valente) me chamaram a atenção pelo modo como o game misturava elementos bidimensionais que remetiam a livros infantis com segmentos 3D cuja estética remetia ao remake de Link’s Awakening para Nintendo Switch ou o recente Echoes of Wisdom. Como ele ficou disponível no catálogo de jogos da Playstation Plus já no dia de seu lançamento pude conferir o jogo e o resultado é bacana, ainda que tenha alguns problemas.

Um elo entre mundos

A trama se passa dentro de um livro de histórias infantis protagonizado por Pontinho, o escudeiro valente. Um dia, o vilão da história, o mago Enfezaldo, se dá conta de que todos são personagens em um livro e usa poderes metamágicos para expulsar Pontinho do livro e reescrever a história se colocando como herói. Agora Pontinho precisa transitar entre os dois mundos para salvar seu livro e também o mundo real, já que sem suas aventuras as vidas das crianças que leem seus livros mudarão para pior.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Crítica – Pizza Tower

 

Análise Crítica – Pizza Tower

Review – Pizza Tower
Como algumas séries de games sendo esquecidas por suas desenvolvedoras, muitas vezes cabe a jogos indie trazer de volta o espírito desses jogos. Pizza Tower de certa forma faz isso pela série Wario Land, que a Nintendo não produz um game novo desde Wario Land: Shake It, no Nintendo Wii. Pizza Tower é um game de plataforma que tem o claro objetivo de evocar a estrutura de fase e senso de velocidade que marcou alguns games da série Wario Land. Eu não joguei quando Pizza Tower foi lançado para PC ano passado, mas aproveitei o lançamento para Nintendo Switch para finalmente conferir.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Crítica – Castlevania Dominus Collection

 

Análise Crítica – Castlevania Dominus Collection

Review – Castlevania Dominus Collection
Faz algum tempo que a Konami não lança nenhum game novo de suas principais franquias, mas ao menos tem disponibilizado seus antigos games em ótimas coleções. Os Castlevania já foram contemplados com Castlevania Anniversary Collection que trazia os jogos de NES, SNES, Mega Drive e Game Boy, além da Castlevania Advance Collection que trouxe a trilogia de games do Game Boy Advance e Castlevania Requiem, que juntava Rondo of Blood e Symphony ofthe Night em um único pacote. Agora é a vez dos três games de Nintendo DS serem relançados nesta Castlevania Dominus Collection. A coleção traz em si Castlevania Dawn of Sorrow, Castlevania Portrait of Ruin e Castlevania Order of Ecclesia, além do game de fliperama Haunted Castle em sua versão original e em um remaster.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Crítica – Marvel vs Capcom Fighting Collection

 

Análise Crítica – Marvel vs Capcom Fighting Collection

Review – Marvel vs Capcom Fighting Collection
De uns anos para cá a Capcom parece interessada em resgatar a memória de seus clássicos games de luta. Primeiro lançaram a Capcom Fighting Collection trazendo games da década de 90 que a empresa nunca fez novas iterações como Darkstalkers ou Cyberbots. Este ano a empresa pegou todo mundo de surpresa com o anúncio desta Marvel vs Capcom Fighting Collection que compila os jogos de fliperama que a Capcom fez em parceria com a Marvel. Digo que pegou de surpresa porque desde o fracasso de Marvel vs Capcom Infinite a relação entre as duas empresas não parecia estar em um bom momento e mesmo campanhas de fãs para trazer de volta games como Marvel vs Capcom 2, como a liderada pelo youtuber Maximilian Dood, eram recebidas com frieza pela Capcom e com respostas de que era difícil algo assim acontecer.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Crítica – Destiny 2: A Forma Final

 

Análise Crítica – Destiny 2: A Forma Final

Review – Destiny 2: A Forma Final
Quando o primeiro Destiny foi lançado em 2014 a estrutura de game as servisse era uma novidade. A ideia de um game que contasse uma história contínua e que tudo fosse se transformando por conta disso parecia promissora. Joguei Destiny no lançamento e, como muitos, fiquei um pouco decepcionado com o quão vazio tudo era, com uma história ausente e pouco o que fazer depois de uma campanha cheia de missões repetitivas. Abandonei depois das duas primeiras expansões e não voltei mesmo quando a expansão The Taken King foi elogiada como algo que deixava o game mais perto da promessa inicial. Também não voltei quando Destiny 2 foi lançado ou quando ele se tornou free to play, mas sempre pegava as expansões que ficavam de graça na PS Plus, no caso de um dia querer voltar. 

Esse dia foi há uns meses atrás quando a expansão A Queda da Luz ficou gratuita para assinantes Plus no Playstation e a Bungie anunciou que todas as expansões estariam disponíveis até para quem não tinha em comemoração ao vindouro lançamento de A Forma Final, expansão que marcaria o clímax da narrativa iniciada no primeiro jogo dez anos atrás. Devorei o conteúdo disponível e me impressionei com o quanto Destiny 2 tinha mudado e correspondia ao que a Bungie tinha prometido lá em 2014. Depois de ficar imerso nesse universo mais uma vez, acabei decidindo por esperar A Forma Final para experimentar o desfecho do conflito entre luz e trevas. Devo dizer que a expansão não decepciona. 

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Crítica – Multiversus (2024)

 

Análise Crítica – Multiversus (2024)

Review – Multiversus (2024)
Depois de um um beta entre 2022 e 2023, Multiversus foi tirado do ar para ajustes até seu lançamento propriamente dito. Agora o jogo de luta free to play finalmente foi lançado e, de algum modo, é inferior ao que foi experimentado no beta apesar de oferecer mais modos e mais personagens.

Gameplay 

Multiversus é um jogo de luta e plataformas nos moldes de Smash Bros da Nintendo, com a diferença que usa diferentes personagens da Warner Bros, como os heróis e vilões da DC, os Looney Tunes, a turma do Scooby Doo e tantos outros. O combate se diferencia pelo foco em lutas de 2x2 na qual os lutadores precisam trabalhar em equipe e complementar as habilidades um do outro de modo a causar dano suficiente no oponente para expulsá-los da arena. O combate permanece praticamente o mesmo, com possibilidades de lutas 2x2 ou 1x1, em embates ágeis nos quais o jogador precisa dominar o modo específico de seu personagem, já que cada lutador tem uma “classe” diferente, como tanque, pugilista, mago, etc.

terça-feira, 4 de junho de 2024

Crítica – Paper Mario: The Thousand Year Door (2024)

 

Análise Crítica – Paper Mario: The Thousand Year Door (2024)

Review – Paper Mario: The Thousand Year Door (2024)
Quando o primeiro Paper Mario saiu para Nintendo 64 eu não fiquei muito impressionado. Esperava algo na veia de Super Mario RPG para SNES e seus sistemas mais simples de RPG soavam como um retrocesso. Com o tempo aprendi a gostar do estilo do jogo e acompanhei outros lançamentos da franquia como Super Paper Mario para Wii, que transformava o jogo numa espécie de RPG de plataforma em tempo real. Com o tempo os jogos foram se afastando mais de elementos tradicionais de RPG e a franquia foi se tornando menos interessante para mim.

Paper Mario: The Origami King para Nintendo Switch foi uma tentativa de retornar a algumas mecânicas de RPG e a presença de diferentes parceiros para Mario, mas ainda assim não era o retorno à fórmula que muitos esperavam, nem estava à altura daquele que era considerado o pináculo da franquia: Paper Mario: The Thousand Year Door para Gamecube. Como não tive um Gamecube, nunca joguei TTYD, então fiquei bastante empolgado quando um remaster dele pra Switch foi anunciado. Depois de ter experimentado o jogo, confesso que os elogios não são infundados e espero que a Nintendo retorne Paper Mario a algo neste estilo em futuros games.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Crítica – Tales of Kenzera: Zau

 

Análise Crítica – Tales of Kenzera: Zau

Eu adoro metroidvanias, mas o que me atraiu mesmo para Tales of Kenzera: Zau foi a ambientação que misturava fantasia e afrofuturismo para contar uma história inspirada em mitologias africanas. A narrativa acompanha Zau, um xamã que parte em busca de Kalunga, o deus da morte, para pedir de volta a alma de seu falecido pai. Para cumprir o desejo de Zau, Kalunga propõe um desafio: se Zau conseguir domar três poderosos espíritos que evadiram o deus da morte, Kalunga trará o pai dele de volta. Assim, o jovem xamã parte em uma jornada pela terra de Kenzera para cumprir a missão.

É uma narrativa sobre luto, a dificuldade de se despedir de pessoas amadas e lidar com sua ausência. Ao longo de sua jornada e em no contato com os espíritos fugitivos a trama nos lembra que a morte é parte natural de nossa existência e que se perder na negação, na raiva ou em outros estágios do luto é causar desarmonia na natureza. A ideia da morte como algo natural do ciclo da vida se verifica principalmente na construção de Kalunga, que é menos um ceifador digno de medo e mais um conselheiro benevolente preocupado com Zau. São temas que a trama lida com muita sensibilidade, com o diretor Abubakar Salim construindo a narrativa a partir de sua experiência real de lidar com a morte do pai. Ao longo das cerca de oito horas de jogo (tempo que levei para completar a história e coletar todos os colecionáveis) me peguei emocionado em vários momentos.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Crítica – Final Fantasy VII Rebirth

 

Análise Crítica – Final Fantasy VII Rebirth

Review – Final Fantasy VII Rebirth
Depois que Final Fantasy VII Remake se mostrou um bom começo para a reimaginação do clássico RPG para as gerações atuais, ficava a dúvida de como uma segunda parte lidaria com os ambientes mais abertos do game após a linearidade do segmento em Midgar. Outra dúvida também seria de quantas partes mais o remake teria. Felizmente Final Fantasy VII Rebirth entrega tudo que esperávamos, com mais exploração, minigames e personagens, além de explicitar que esse será a segunda parte de uma trilogia que comporá o remake do Final Fantasy VII original.

A trama segue no ponto em que o anterior parou, com Cloud e seus aliados fugindo de Midgar e iniciando uma busca por Sephiroth. Ao longo do caminho encontrarão as consequências das ações da Shinra extraindo a energia do planeta, serão alvos do novo presidente da empresa, Rufus, e também lidarão com seus próprios problemas pessoais.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Crítica – Tekken 8

 

Análise Crítica – Tekken 8

Review – Tekken 8
Em termos de games de luta, sempre fui mais próximo de jogos 2D como Street Fighter ou Mortal Kombat do que jogos 3D tipo Tekken ou Soul Calibur. Joguei um pouco de Tekken 3 no primeiro Playstation, mas nunca tive muita proximidade. Só em Tekken 7 que retornei à série, pegando a edição definitiva em promoção, e isso renovou meu interesse por esse universo e acabei me empolgando para jogar Tekken 8. Tendo passado um bom tempo com o game, posso dizer que ele me pegou tanto pelas mecânicas de lutas quanto pela variedade de modos.

Modos

Como muitos games de luta recentes, Tekken 8 tem um modo história bem cinematográfico que narra a trama principal do jogo. A trama é focada em Jin e em seu conflito com Kazuya. Se em Tekken 7 Jin ficou à margem da trama principal e suas ações em Tekken 6 quase não repercutiam, aqui a narrativa coloca o personagem para confrontar suas ações e o fato de que ele basicamente cometeu genocídio em escala global no sexto jogo por influência de seu lado demoníaco. A narrativa trata do percurso de Jin em entender seu lugar no mundo, enfrentar seu passado e aceitar a ajuda dos aliados para deter a ameaça de Kazuya.

Se em games como Mortal Kombat 1 a trama te faz saltar rapidamente de um personagem para outro, aqui você controla Jin durante boa parte do tempo. A escolha te ajuda a dominar a quantidade enorme de movimentos do personagem ao invés de sair de um para outro tendo que parar as lutas o tempo todo para checar os movimentos. Ainda assim, a história na deixa de oferecer variedade, incluindo um capítulo envolvendo uma batalha campal que te coloca para controlar diferentes personagens contra múltiplos oponentes lembrando o modo beat’em up Tekken Force em Tekken 3. A narrativa acerta no drama entre Jin e Kazuya, na grandiloquência dos embates e também nos momentos de humor. O embate final entre Jin e Kazuya é uma competente apoteose da jornada desses personagens até aqui, com Jin transitando entre os diferentes estilos de luta que teve ao longo do tempo.

Além da história principal, o jogo também tem os episódios de personagem. São campanhas breves, com cerca de cinco lutas cada, que introduzem a trama de cada personagem e lhe dão um final. Esses desfechos são não canônicos na maioria das vezes, mas seguem o histórico de Tekken de serem mais puxados para o humor, como os finais de Kazuya ou Kuma. O jogo ainda apresenta um modo árcade mais tradicional com o jogador enfrentando uma sequência de oponentes aleatórios até chegar a um chefão (como Devil Kazuya ou Azazel). Nesse modo não há finais de personagem, mas há mais variedade de oponentes que nos episódios de personagem.

Outro modo single player de destaque é o Missão Arcade, no qual o jogador cria um avatar de personagem e embarca em uma trama para se tornar um jogador campeão de Tekken 8. A trama é simplória, mas ao menos acerta ao lembrar que o mais importante é se divertir e que não existe um jeito certo de ser fã de Tekken ou qualquer outro game. Nesse modo o jogador transita por diferentes fliperamas desafiando oponentes e participando de torneios até chegar no campeonato nacional para enfrentar seu rival. O modo é mais curto do que eu esperava, mas faz um ótimo trabalho de introduzir aos poucos as mecânicas de Tekken 8 ensinando como lançar um oponente no ar, estender combos ou punir adversários. Quem é iniciante recebe uma série de ferramentas para se acostumar às diferentes mecânicas.

Essa amplitude de ferramentas também está presente no modo treino, que além das funções que se tornaram padrão em games de luta, como dados de frames ou desafios de combo, oferece a oportunidade de assistir replays de suas partidas e receber dicas de como poderia ter reagido em determinados momentos da luta para ser mais eficiente. O jogador pode então assumir o controle de seu personagem no replay e treinar os golpes sugeridos. É uma ferramenta fantástica que permite compreender e refinar cada ação e escolha que fazemos a cada momento da luta.

O modo Super Ghost Battle é outro meio para o jogador refinar seu domínio do jogo, permitindo que ele lute contra um “fantasma” criado a partir de seus próprios dados de combate, lutando de uma maneira que replica seu estilo de lutar, e também contra os fantasmas de outros usuários, dando a oportunidade de aprender a derrotar um determinado oponente que te venceu em partidas online. O modo também oferece algumas lutas contra fantasmas da CPU, que vão aprendendo a te enfrentar quanto mais você luta contra eles.

Mecânicas

A estrutura dos combates segue similar à de Tekken 7, mas com algumas adições significativas. A principal delas é a barra de Heat que pode ser ativada de diferentes maneiras, colocando o lutador temporariamente em Heat Mode. Durante esse período os golpes causam mais dano e tiram vida do oponente mesmo em bloqueio. O lutador também tem acesso a alguns movimentos que gastam toda a barra de Heat de vez, como os Heat Smashs que causam dano alto ou Heat Dashes, que permitem correr para o adversário depois de jogá-lo para longe, estendendo combos que não poderiam ser normalmente estendidos.

Causar dano durante Heat Mode amplia a duração do efeito, enquanto que tomar dano diminui. Isso estimula a agressividade ao mesmo tempo em que adiciona um componente estratégico, afinal usar o modo no momento errado significa desperdiçá-lo. Como o jogo lhe dá uma barra cheia de Heat no início de cada round, o usuário é sempre estimulado a usar e experimentar com ela. Outro elemento que estimula um estilo de jogo mais agressivo é a adição de vida recuperável. Tomar dano deixa espaços cinzentos na barra de vida e causar dano recupera um pouco da vida desses espaços cinzentos, ajudando o lutador a ter uma sobrevida e dando mais estímulo para manter a ofensiva. As Rage Arts retornam de Tekken 7 e continuam sendo um meio de virar a mesa contra o oponente em momentos de sufoco liberando um ataque poderoso que causa dano altíssimo.

A variedade de mecânicas e de golpes por personagem pode parecer inicialmente intimidadora no começo, mas é muito recompensador quando você começa a dominar um personagem e fazer longos combos. Tekken 8 oferece expressivos 32 personagens em seu lançamento, uma quantidade considerável levando em conta que outros games de luta recentes lançaram com cerca de 20. Se você é iniciante e se sente intimidado com a complexidade das mecânicas, o jogo oferece um esquema de controle simplificado que pode ser ativado ou desativado quando você quiser, bastando apertar L1 (isso no controle do PS5). Ao fazer isso é possível encaixar combos apertando um botão, realizar golpes especiais com outro, um é dedicado a arremessos e golpes agachados e daí por diante. É uma maneira de deixar jogadores pouco experientes terem acesso a movimentos avançados, mas não chega a substituir o domínio pleno das mecânicas já que o número limitado de golpes desse esquema simplificado torna o lutador previsível e fácil de contra atacar por um usuário experiente.

Online

O jogo oferece duas maneiras de nos relacionarmos com seus componentes online. Podemos entrar nos lobbies virtuais nos quais controlamos nosso avatar e encontramos diretamente os outros jogadores logados no servidor, podendo interagir com eles e chamá-los para partidas ou fazer isso através de menus, sem precisar navegar pelos espaços virtuais.  No online encontramos as típicas partidas ranqueadas e partidas casuais, além da possibilidade de criar salas e disputar com grupos de amigos. Nas salas de batalha chama a atenção a impossibilidade de assistir batalhas de outros jogadores caso não seja sua vez de lutar ou entrar no modo de treino, uma omissão estranha considerando que nos lobbies virtuais é possível assistir a luta de qualquer jogador que você encontre e acessar livremente o treino enquanto espera uma partida. Tekken Ball, o aloprado modo que mistura lutas e vôlei pode ser disputado tanto off-line quanto online.

Em geral o netcode foi bem estável sempre que eu joguei com oponentes no Brasil, independente deles estarem jogando em PS5, PC ou outro console (o jogo tem crossplay). Mesmo contra pessoas de outros países as partidas fluíram bem contra oponentes que tivessem boas conexões. As lutas online são bem mais suaves do que em Tekken 7 e o jogo te dá várias opções de como ajustar sua conectividade, delay de frames e uma série de outros elementos para que você ajuste sua experiência online.

Como em outros jogos da franquia, é possível encontrar múltiplas opções de customizar a aparência de seus personagens, de skins a diferentes peças de roupa individuais ou mudança do retrato na tela de seleção. Todos os itens são desbloqueados com a moeda virtual obtida completando lutas (on ou off-line) e o game é bem generoso com sua moeda virtual, permitindo desbloquear tudo que você quer sem longas horas de grind ou cobrando valores altos de dinheiro real como tem acontecido em games de luta como Mortal Kombat 1. Nem vou elogiar muito porque Street Fighter 6 também lançou sem nenhuma prática muito predatória e três meses depois estava cobrando quase 50 reais por uma skin de personagem, então vamos esperar para ver como Tekken 8 vai se comportar.

Com uma variedade grande de modos e personagens, bom online e combates envolventes, Tekken 8 entrega um excelente jogo de luta com conteúdo para satisfazer veteranos e novatos.

 

Nota: 9/10


Trailer

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Crítica – Dave The Diver

 

Análise Crítica – Dave The Diver

Review – Dave The Diver
Nunca fui exatamente fã de roguelikes, mas o excelente Hades me fez ter interesse em jogos do tipo. De lá para cá experimentei títulos como 20XX e Rogue Legacy 2 que me mostraram como um exemplar bem feito do gênero pode ser viciante. Dave The Diver me chamou atenção pela sua mistura singular de roguelike e simulador de restaurante.

O jogador controla Dave, um mergulhador profissional que é chamado por amigos para investigar uma estranha fenda oceânica que parece se modificar a cada dia e traz peixes de diferentes partes do mundo. Além de tentar descobrir o mistério do local, Dave também ajuda o chef Bancho com seu restaurante japonês, pegando peixes para que ele faça pratos cada vez mais elaborados e lucrativos.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Crítica – Marvel’s Spider-Man 2

 

Análise Crítica – Marvel’s Spider-Man 2

Review – Marvel’s Spider-Man 2

Depois de um excelente primeiro game em Marvel’s Spider-Man e um spin-off competente, ainda que carente de inovações em Spider-Man: Miles Morales, a Insomniac entrega uma continuação propriamente dita neste Marvel’s Spider-Man 2, que não apenas alcança as altas expectativas deixadas pelos games anteriores como também é o primeiro jogo que efetivamente me fez sentir a diferença da atual geração de consoles.

A trama começa com o retorno de Harry Osborn, aparentemente curado da doença degenerativa que o afligia. Peter e Miles agora trabalham em conjunto e tentam equilibrar suas vidas como Homem-Aranha e seus desafios pessoais. A chegada de Harry traz uma nova oportunidade para Peter reconstruir sua carreira profissional, mas uma nova ameaça surge quando o temível Kraven aparece em Nova Iorque disposto a caçar os vários heróis e vilões que habitam a cidade. Ao mesmo tempo, o estranho traje que mantem Harry saudável começa a dar sinais que talvez seja algo mais, principalmente no modo como se fixa em Peter.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Crítica – Mortal Kombat 1

 

Análise Crítica – Mortal Kombat 1

Review – Mortal Kombat 1
O ano de 2023 tem sido bom para jogos de luta, com algumas de suas principais franquias lançando novos games. Depois do excelente Street Fighter 6, agora é a vez de Mortal Kombat 1 ganhar os holofotes, reiniciando a continuidade da história depois dos eventos de Mortal Kombat 11.

A trama se passa na nova linha do tempo criada por Liu Kang. Ele moldou os eventos para criar uma era de paz entre o nosso mundo e a Exoterra, no qual o torneio entre os reinos é mais uma celebração da cooperação entre os dois mundos e não um instrumento de conquista. Um novo torneio está prestes a começar, com Liu Kang treinando os novos campeões da Terra em Raiden e Kung Lao, mas uma misteriosa visitante de fora dessa linha do tempo instiga antigos vilões, como Shang Tsung, a recuperarem seus poderes e tramarem contra a nova paz.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Crítica – Sea of Stars

 

Análise Crítica – Sea of Stars

Review – Sea of Stars
Desenvolvido pela Sabotage, mesmo estúdio responsável pelo ótimo The Messenger, que misturava ação ao estilo Ninja Gaiden com exploração metroidvania, Sea of Stars é um RPG que homenageia produtos da era 16 bits como Chrono Trigger, Super Mario RPG ou Star Ocean. Ao contrário de muitos games indie que tentam esse tipo de construção referencial, Sea of Stars vai além da mera referência e cria um produto com personalidade própria, cuja força da trama, construção de mitologia e mecânicas de combate e exploração são bem mais do que uma colagem de elementos de games de outrora.

A trama se passa no mesmo universo de The Messenger, mas ele não é necessário para entender a história, já que ela se passa séculos antes. Claro, quem jogou The Messenger vai apreciar como elementos do jogo, como o templo do sol e da lua ou os cristais temporais ganham mais contexto aqui, mas não faz diferença no entendimento da narrativa. Centrada em Valere e Zale, dois guerreiros nascidos no solstício e dotados de poderes vindos da lua e do sol, respectivamente, que recebem a missão de cruzar o mundo para derrotarem horrores abissais conhecidos como Residentes para impedir o retorno do poderoso Fleshmancer.

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Crítica – TMNT Shredder’s Revenge: Dimension Shellshock

 

Análise Crítica – TMNT Shredder’s Revenge: Dimension Shellshock

Review Crítica – TMNT Shredder’s Revenge: Dimension Shellshock
Parte de uma renascença recente de beat’em ups TMNT: Shredder’s Revenge transitava bem entre a nostalgia pela época de fliperamas e o desenho oitentista das Tartarugas Ninjas e uma tentativa de agregar mecânicas mais contemporâneas ao gênero, com mais opções de mobilidade, defesa e oportunidades de combos. Agora em sua primeira expansão, intitulada Dimension Shellshock, o jogo tenta trazer novos elementos para enriquecer a experiência.

As principais ofertas são os novos personagens e modos. O DLC traz dois novos combatentes na forma do coelho samurai Usagi Yojimbo e a ninja Karai. Ambos são bem diferentes entre si e divertidos de usar, com Yojimbo sendo um lutador rápido e dotado de combos aéreos enquanto Karai prima pela força e ataques com alcance mais amplo. Os dois são diferentes o suficiente para valer retornar à campanha ou o modo arcade para jogar com eles.

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Crítica – Double Dragon Gaiden: Rise of the Dragons

 

Análise Crítica – Double Dragon Gaiden: Rise of the Dragons

Tendo começado a jogar na época do NES, joguei minha parcela de Double Dragon na infância, em especial o segundo game. Sempre gostei de beat’em ups então fico bem contente de estarmos vivendo uma espécie de renascença do gênero com games como os dois River City Girls, Streets of Rage 4 e TMNT: Shredders Revenge. Era questão de tempo até que os irmãos Lee voltassem aos holofotes e Double Dragon Gaiden: Rise of Dragons faz exatamente isso, tentando reinventar o famoso game de pancadaria para os tempos atuais. O resultado, no entanto, fica abaixo de outras incursões recentes ao gênero como os games que citei acima.

A trama é simples. Em uma Nova Iorque devastada por guerra nuclear a cidade é dominada por diferentes gangues. O prefeito pede aos irmãos Lee ajuda para combater os criminosos que tomaram a metrópole e junto com o tio Matin e a policial Marian (não mais uma donzela em perigo como nos outros games) eles partem para deter a criminalidade na base da porrada. É simples, mas funcional e ninguém vai para um jogo desse esperando nada complexo.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Crítica – Final Fantasy XVI

 

Análise Crítica – Final Fantasy XVI

Review - Final Fantasy XVI
Depois do desenvolvimento conturbado de Final Fantasy XV e de seu lançamento meio que incompleto, com muitos elementos importantes da história sendo contados em DLCs posteriores, a impressão é que a Square Enix queria evitar todos esses problemas em Final Fantasy XVI. O jogo sai do ambiente mais tecnológico do anterior e retorna a uma ambientação de fantasia mais tradicional, focando em narrativa e em combate. Comandado por Yoshi P, o responsável por reerguer Final Fantasy XIV com A Realm Reborn, Final Fantasy XVI teve um desenvolvimento menos atribulado e entrega um pacote mais completo e coeso que seu antecessor.

A trama é protagonizada por Clive Rossfield, herdeiro do pequeno reino de Rosaria e incumbido de proteger o irmão, Joshua. O mundo em que vivem conta com a presença de grandes cristais dotados de mágica que são a fonte de poder dos diferentes reinos do continente. Algumas pessoas recebem dos cristais o poder de controlarem as Eikons, seres elementais poderosíssimos (pensem nas summons dos games anteriores) e essas pessoas são chamadas de Dominantes. Joshua é o Dominante da Fênix, a Eikon do fogo, e Clive é seu principal protetor, recebendo a benção da Fênix para usar magia de fogo, se tornando um Portador, alguém que consegue usar magia sem auxílio de um cristal. Quando o reino de Rosaria é atacado, Joshua acaba usando o poder da Fênix para tentar proteger o castelo, mas uma segunda misteriosa Eikon de fogo, Ifrit, surge no combate e ataca a Fênix. Rosaria é tomada e Clive é forçado a servir no reino rival, jurando vingança contra aqueles que lhe tiraram tudo.

terça-feira, 20 de junho de 2023

Crítica – Street Fighter 6

 

Análise Crítica – Street Fighter 6

Review – Street Fighter 6
Depois do conturbado lançamento de Street Fighter V, a Capcom tinha muito pouco espaço para errar com Street Fighter 6. Tudo bem que o quinto jogo eventualmente ficou mais interessante e recebeu mais conteúdo lá por volta de seu terceiro ano, mas Street Fighter 6 precisava acertar já de saída e ainda bem que ele faz exatamente isso.

Impressiona o quanto de conteúdo o game tem. Muito foi dito sobre a campanha single player intitulada World Tour na qual você criava seu personagem e vagava pelo universo de Street Fighter desafiando oponentes e treinando com os guerreiros mundiais. Pela demo parecia um modo promissor e eu estava pronto para uma campanha de seis ou sete horas, como as campanhas de outros games de luta. Pouco eu sabia que o modo é mais vasto e detalhado que isso, com uma duração de cerca de vinte horas (mais se você for completar tudo) duas grandes cidades com ciclos de dia e noite, além de vários outros mapas menores.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Crítica – Zelda: Tears of the Kingdom

 

Análise Crítica – Zelda: Tears of the Kingdom

Review – Zelda: Tears of the Kingdom
Lançado em 2017, The Legend of Zelda: Breath of the Wild segue como um dos melhores games dos últimos anos, então quando foi anunciado um novo game que seria uma continuação direta havia muita expectativa. Depois de muitos adiamentos e anos de silêncio, quando The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom teve sua jogabilidade revelada pela primeira vez, a impressão era de que a espera tinha valido à pena, com um mundo ainda maior e mais vertical por conta dos arquipélagos aéreos e habilidades mais versáteis, prometia uma experiência mais vasta que o antecessor. Pois agora, tendo jogado devo dizer que Tears of the Kingdom é tão bom que faz Breath of the Wild parecer um demo de luxo.

A trama começa quando Zelda e Link encontram a múmia de Ganondorf nos subterrâneos do castelo de Hyrule. O rei das trevas desperta e ataca dos heróis, destruindo a Master Sword de Link e derrubando Zelda em um abismo. Link acorda em uma ilha aérea, tendo seu braço restaurado pelo espírito de Rauru, primeiro rei de Hyrule. Com o novo braço vêm novas habilidades que o herói precisará empregar para restaurar Hyrule e salvar Zelda mais uma vez.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Crítica – Star Wars: Jedi Survivor

 

Análise Crítica – Star Wars: Jedi Survivor

Review – Star Wars: Jedi Survivor
Depois do sucesso de Jedi Fallen Order era inevitável uma continuação das aventuras de Cal Kestis, principalmente porque o jogo original, a despeito de fazer muita coisa certa, deixava espaço para muitas melhorias. Pois este Star Wars: Jedi Survivor melhora em praticamente todos os aspectos do game original e entrega exatamente aquilo que esperávamos.

A trama se passa cinco anos depois do original. Cal se separou do resto da sua tripulação e tenta de todo modo conter os avanços do Império. As coisas mudam quando ele descobre uma chave que pode levar a um planeta até então inacessível, que pode ser a chave para que Cal e seus aliados vivam longe da perseguição imperial. O problema é que a chave também está na mira de um perigoso grupo de saqueadores e Cal vai precisar correr contra o tempo para alcançar seu destino antes que os criminosos e o Império o peguem.