sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Crítica – Cobra Kai: 6ª Temporada Parte 3

 

Análise Crítica – Cobra Kai: 6ª Temporada Parte 3

Review – Cobra Kai: 6ª Temporada Parte 3
Depois de uma segunda parte queconseguiu ser ainda pior que a primeira leva de episódios da sexta temporada, cheguei nesta terceira e última parte da desnecessariamente longa temporada derradeira de Cobra Kai sem qualquer esperança que a série fosse ter um final minimamente digno. Comecei a assistir torcendo pelo melhor, mas me preparando para o pior.

Torneio caótico

A trama começa meses depois do fim da segunda parte, após um dos discípulos de Kreese (Martin Kove) ter sido morto durante uma briga generalizada no torneio internacional Sekai Taikai. Apesar de toda a briga e morte do adolescente ter sido transmitida ao vivo pela televisão não há muita consequência para ninguém além do cancelamento do torneio. Silver (Thomas Ian Griffith), porém, não está disposto a desistir depois de chegar tão perto de mostrar sua superioridade perante Johnny (William Zabka), Daniel (Ralph Macchio) e Kreese. Silver visita os organizadores do torneio e os convence a retomar a competição sob seu patrocínio.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Crítica – Lobisomem

 

Análise Crítica – Lobisomem

Review – Lobisomem
Depois da malfadada tentativa de criar um universo compartilhado de monstros com blockbusters bombásticos a partir do fraco A Múmia (2017), a Universal decidiu voltar às origens desses personagens e fazer filmes em menor escala e focados no horror. O primeiro desses filmes foi o ótimo O Homem Invisível (2020), de Leigh Whannell e agora a Universal traz de volta outro monstro com o mesmo diretor neste Lobisomem.

Fera interior

A trama é focada em Blake (Christopher Abbott), que desde a infância teve uma relação complicada com o pai excessivamente agressivo. Já adulto ele é notificado que seu pai foi considerado legalmente morto depois de ter desaparecido na floresta anos atrás. Agora ele, a esposa, Charlotte (Julia Garner, de Ozark), e a filha, Ginger (Matilda Firth), viajam para a cidade natal de Blake e para a cabana remota de seu pai para resolver a questão dos bens. Chegando na propriedade eles são atacados por uma feroz e estranha criatura e Blake é mordido por ela. Aos poucos Blake sente como se a mordida o tivesse transformando.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Crítica – Blade Chimera

 

Análise Crítica – Blade Chimera

Review – Blade Chimera
Depois de uma incursão em metroidvanias com Records of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth, a desenvolvedora japonesa Ladybug volta ao gênero neste Blade Chimera. O game tem algumas mecânicas similares ao game anterior da equipe que adaptava o universo de fantasia criado por Ryo Mizuno, mas também tem elementos próprios que impedem que ele seja apenas uma repetição de ideias que os desenvolvedores já fizeram.

Futuro sombrio

A narrativa se passa no futuro, em uma Osaka que foi tomada por demônios depois que um patógeno se espalhou. A cidade agora é controlada por um grupo religioso chamado Holy Union, devotado a livrar a cidade dos demônios. O jogador é Shin, um caçador de demônios da Holy Union que durante uma missão encontra Lux, uma espada demoníaca que se alia a Shin para descobrir a verdade sobre a infestação sobrenatural que toma a cidade. Logicamente no percurso da história descobriremos que a situação não é o que imaginávamos e a Holy Union não é a entidade benevolente que se apresenta.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Crítica – A Garota da Agulha

 

Análise Crítica – A Garota da Agulha

Review – A Garota da Agulha
Levemente inspirado em uma história real, a produção polonesa A Garota da Agulha traz uma meditação sobre a ação do mal em meio à miséria e o desamparo. Não é uma trama que dá muitos respiros em relação à realidade brutal que retrata, tentando nos deixar imersos na vida perturbadora de suas personagens.

Costura social

A narrativa se passa em Copenhague no ano de 1919 sendo protagonizada por Karoline (Vic Carmen Sonne). O marido dela foi servir na guerra, mas há um ano não manda notícias, fazendo Karoline crer que ele possa ter morrido. Despejada de onde mora, ela vai parar em um quarto miserável e acaba se envolvendo com o dono da fábrica na qual trabalha. Ela engravida do patrão, mas a mãe dele o proíbe de se casar com ela e a demite. Sem perspectiva, ela tenta forçar o fim da gravidez, mas é impedida por Dagmar (Trine Dyrholm), que diz ser capaz de encontrar um lar adotivo para o bebê de Karoline. Sem trabalho, Karoline vai viver com Dagmar como ama de leite dos bebês que ela traz e se afeiçoa à filha dela, Erena (Ava Knox Martin). Aos poucos, porém, Karoline começa a suspeitar que Dagmar não está sendo sincera em relação ao que faz com os bebês que são levados a ela.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Crítica – Sing Sing

 

Análise Crítica – Sing Sing

Review – Sing Sing
Em Um Sonho de Liberdade (1994) o protagonista Andy Dufresne (Tim Robbins) fala que na prisão ou ele se ocupa para viver ou ele se ocupa para morrer. Essa frase veio na minha mente enquanto eu assistia Sing Sing, um filme que também se passa numa prisão e que gira em torno de personagens que estão buscando um meio de se manterem ocupados para buscar novos rumos em suas vidas.

O mundo é um palco

A trama é baseada na história real do programa Rehabilitation Through the Arts (Reabilitação Através das Artes) que foi implementado na prisão de Sing Sing, no estado de Nova Iorque. O programa colocava detentos para estudar teatro, escrever produzir e encenar peças na prisão com o objetivo de fazê-los lidar com suas questões emocionais e ressocializá-los. A narrativa é protagonizada pelo detento John (Colman Domingo), alguém que encontrou no teatro um meio para lidar com o cotidiano da prisão. O cotidiano do grupo de teatro muda com a chegada de um novo integrante Clarence “Divine Eye” (Clarence Maclin), cuja postura agressiva perturba a paz dos detentos que estão tentando se libertar de seus passados violentos.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Drops – O Jogo do Assassino

 

Crítica – O Jogo do Assassino

Review Drops – O Jogo do Assassino
Não esperava nada de O Jogo do Assassino, mas é um filme de ação tão idiota, tão absurdamente exagerado e cartunesco que acabei me divertindo. A trama acompanha Joe (Dave Bautista) um assassino profissional que começa a sentir estranhas dores de cabeça. Ele vai ao médico e descobre que tem uma rara doença degenerativa, tendo apenas alguns meses de vida. Como Joe não quer definhar aos poucos, ele contrata uma rival para assassiná-lo de modo que sua namorada, a bailarina Maize (Sofia Boutella), possa receber seu seguro de vida quando ele morrer.

Vidas em jogo

Assim que o prazo do contrato contra Joe se inicia ele recebe uma ligação do médico avisando que houve um engano com seus exames e ele não vai morrer. Agora é tarde demais para retirar a recompensa que ele próprio botou sobre si e Joe vai precisar enfrentar todos os assassinos da Europa se quiser sobreviver.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Crítica – Sugarcane: Sombras de um Colégio Interno

 

Análise Crítica – Sugarcane: Sombras de um Colégio Interno

Review – Sugarcane: Sombras de um Colégio Interno
Os Estados Unidos tem uma imensa dívida histórica com a população indígena por conta do genocídio dos povos, da tomada de terras, das políticas excludentes e tantas outras ações que visavam o extermínio ou aculturação desses povos. O documentário Sugarcane: Sombras de um Colégio Interno mostra mais uma faceta sombria desse genocídio étnico perpetrado em territórios dos EUA e do Canadá, dessa vez com a cumplicidade da Igreja Católica.

Missão de extermínio

O documentário é focado no caso de uma Escola Missionária localizada na reserva indígena de Sugarcane. A escola era apenas uma dentre muitas escolas missionárias pensadas para “resolver” a “questão indígena”. Ao longo de décadas vários bebês e crianças foram mortos dentro da escola e dezenas de alunos internos foram abusados física e sexualmente pelos padres que ensinavam no local.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Drops – Batalhão 6888

 

Crítica – Batalhão 6888

Review Crítica – Batalhão 6888
Boas intenções nem sempre são suficientes para sustentar um filme. Batalhão 6888 é mais um exemplo disso, com uma trama que faz um importante resgate historiográfico não alcançando o impacto que deveria por conta de uma série de problemas.

Correspondência história

A produção conta a história real do Batalhão 6888, único batalhão composto por mulheres negras a servir na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. A missão do batalhão era dar apoio logístico às tropas, garantindo que as correspondências entre soldados e seus familiares chegassem onde deveriam. A trama é centrada em Lena (Ebony Obsidian), que se alista no exército depois que o amado morre na guerra, e na Major Adams (Kerry Washington) que tenta liderar seu batalhão a despeito de ser constantemente subestimada pelos superiores.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Crítica – Setembro 5

 

Análise Crítica – Setembro 5

Review – Setembro 5
O sequestro de atletas da delegação israelense por um grupo de terroristas durante as Olimpíadas de 1972 em Munique, na Alemanha, não é um tema novo no cinema. Steven Spielberg já tinha explorado esse evento no competente e pouco visto Munique (2005) e agora ele é revisitado sob a ótima dos responsáveis pela transmissão do evento neste Setembro 5.

Jornalismo analógico

A trama acompanha a história real um grupo de jornalistas dos Estados Unidos em Munique fazendo a cobertura esportiva das Olimpíadas. Quando o sequestro dos atletas israelenses, os responsáveis pela transmissão, Roone (Peter Sarsgaard) e Geoffrey (John Magaro), precisam se adaptar às nuances de transmitir ao vivo um atentado terrorista.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Crítica – Trilha Sonora para um Golpe de Estado

 

Análise Crítica – Trilha Sonora para um Golpe de Estado

Review – Trilha Sonora para um Golpe de Estado
Qual a relação entre músicos de jazz dos Estados Unidos, processos de independência na África e um golpe de estado no Congo durante a década de sessenta? Se esses elementos soam desconectados, o documentário Trilha Sonora Para um Golpe de Estado vai mostrar de maneira contundente como eles estão interligados.

Colonialismo e neocolonialismo

O documentário parte de excursões feitas por Louis Armstrong e sua banda a diversos países africanos ao longo das décadas de 1950 e 1960. Nomeado “embaixador do jazz” essas viagens eram promovidas por fundações culturais focadas da promoção da cultura negra nos EUA e estabelecer diálogos com os países africanos. O que Armstrong e outros músicos como Nina Simone ou Duke Ellington não sabiam é que essas instituições eram fachada da CIA, a agência de inteligência do governo dos EUA.