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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Crítica – X-Men 97

 

Análise Crítica – X-Men 97

Review – X-Men 97
Foi uma surpresa o anúncio de que a Marvel iria reviver a animação dos X-Men da década de 90 neste X-Men 97. Mais surpreendente ainda é que a produção não tenha se acomodado a ser uma exploração cínica da nostalgia noventista e tenha realmente feito algo incrível com esses personagens e esse universo. A verdade é que X-Men 97 é muito melhor do que teria qualquer direito de ser e provavelmente é a melhor produção da Marvel Studios desde sua origem.

A série continua de onde a animação original parou, com Xavier sendo levado pelos Shi’ar depois de sofrer uma tentativa de assassinato. Sem seu líder, os X-Men tentam prender Bolivar Trask e os remanescentes do programa dos sentinelas, mas o testamento de Xavier coloca Magneto no comando da equipe e da escola, iniciando novas tensões dentro do grupo.

Poucos produtos da Marvel entenderam tão bem a essência de seus personagens e suas diferentes facetas como essa série faz. A série explora os X-Men como super-heróis, como metáfora social para o preconceito, como personagens de ficção científica e também como protagonistas de um grande melodrama familiar repleto de triângulos amorosos e traições. Tudo isso embalado em um pacote coeso, que nunca soa tonalmente inconsistente a despeito das várias direções nas quais joga seus personagens.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Crítica – Velma: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – Velma: Segunda Temporada

Review – Velma: Segunda Temporada
A primeira temporada de Velma foi tão universalmente odiada que se tornou um fenômeno de hate watching, com muita gente assistindo só para conferir o que de fato ela tinha de tão ruim. Apesar de ninguém ter gostado, a quantidade de pessoas que assistiram só para falar mal garantiu que a série animada tivesse audiência suficiente para uma segunda temporada.

O segundo ano começa com a turma tentando voltar ao normal depois dos eventos do ano anterior. A tranquilidade, no entanto, dura pouco já que uma nova onda de assassinatos volta a aterrorizar a cidade, começando pela morte do xerife. Com as autoridades sem liderança, cabe a Velma e o resto da turma tentarem resolver o mistério.

Velma era uma das piores personagens da temporada de estreia. Egoísta, mesquinha, sem qualquer escrúpulo de usar os amigos sem se importar com eles e desprovida de qualidades que a redimissem, ela era uma personagem insuportável de acompanhar. Essa nova temporada some com isso e traz uma Velma que, apesar de ser irritante por sua conduta sabichona, é mais preocupada com o bem estar das pessoas ao seu redor e tem mais elementos que nos fazem torcer por ela.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Drops – Kung Fu Panda 4

 

Análise Crítica – Kung Fu Panda 4

Review – Kung Fu Panda 4
Assim como outras animações que tiveram continuações demais, Kung Fu Panda 4 dá sinais de cansaço da franquia e um senso de que tudo é feito a toque de caixa simplesmente porque é mais barato e menos arriscado financeiramente fazer mais um do que tentar algo novo. A trama coloca Po para enfrentar uma nova vilã ao mesmo tempo em que o mestre Shifu o incumbe de encontrar um novo Dragão Guerreiro para substituí-lo, já que Po deve se tornar o líder espiritual do Vale da Paz. Em sua jornada, Po encontra a raposa Zhen e se alia a ela contra a nova vilã.

A trama é relativamente previsível, sendo óbvio desde o início que Zhen vai trair Po e depois se arrepender por conta da amizade genuína que o panda mostrou a ela. Do mesmo modo, é bem evidente quem Po escolherá como seu sucessor. A vilã Camaleoa, apesar da dublagem de Viola Davis torná-la ameaçadora, acaba se revelando uma antagonista bastante genérica, longe dos vilões marcantes dos filmes anteriores, em especial o Tai Lung do primeiro filme que reaparece aqui para nos lembrar de filmes melhores da franquia. A ideia da vilã poder se transformar em inimigos do passado de Po poderia servir de metáfora para o personagem confrontar seu passado, mas na narrativa nunca faz nada de muito interessante com esse conceito.

terça-feira, 9 de abril de 2024

Crítica – Invencível: Segunda Temporada (Parte 2)

 

Análise Crítica – Invencível: Segunda Temporada (Parte 2)

Review – Invencível: Segunda Temporada (Parte 2)
Depois de uma primeira parte difusa, que se espalhava demais tentando estabelecer os conflitos dos vários personagens, a segunda parte da segunda temporada de Invencível consegue entregar desfechos impactantes para os conflitos que iniciou em sua metade inicial.

Voltando para a Terra depois de reencontrar o pai e tomar uma surra dos viltrumitas, Mark precisa pensar em um meio de deter os poderosos seres antes que eles lancem sua total invasão ao nosso planeta. Ao mesmo tempo os Guardiões do Globo lidam com seus conflitos internos e o misterioso Angstrom Levy trama nos bastidores sua vingança contra Mark.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Crítica – O Menino e a Garça

 

Análise Crítica – O Menino e a Garça

Review – O Menino e a Garça
Divulgado como o último filme do venerável Hayao Miyazaki, O Menino e a Garça foi lançado nos cinemas japoneses sem qualquer trailer, apenas com um pôster para dar alguma noção do que seria. Até o lançamento no ocidente saíram alguns trailers, mas preferi assisti-lo sem ver nada, aberto a qualquer coisa que Miyazaki colocasse diante de mim e sem saber o que esperar.

A trama se passa no Japão da década de 1940 e acompanha Mahito, um garoto que perde a mãe em um bombardeio em sua vila durante a Segunda Guerra Mundial. Ele é então mandado para morar com o pai e sua nova esposa, que está grávida. Mahito tem dificuldade de se adaptar a essa nova vida e as coisas começam a ficar estranhas quando uma garça que habita o lago da propriedade começa a falar com ele e chamá-lo para uma torre em ruínas próxima que é alvo de lendas dos moradores locais. Ao entrar na torre Mahito é levado para um estranho universo paralelo e agora precisa sobreviver às ameaças e voltar para casa.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Crítica – Mestres do Universo: A Revolução

 

Análise Crítica – Mestres do Universo: A Revolução

Review – Mestres do Universo: A Revolução
Depois que Mestres do Universo: Salvando Etérnia me pegou de surpresa com a maturidade com a qual trabalhava seus personagens e trazia transformações significativas para o universo da trama e os protagonistas, estava curioso para ver o que o produtor e roteirista Kevin Smith faria com os ganchos deixados pela série. O resultado é esse Mestres do Universo: A Revolução, que entrega uma aventura mais tradicional do He-Man e passa longe da ousadia da série anterior.

A trama continua do ponto em que a anterior parou. Esqueleto se reconstruiu usando tecnologia e ajuda Hordak e sua horda a invadirem Eternia. Enquanto isso Adam lida com a morte do pai e se divide entre seu papel de herói e a possibilidade de ser Rei. Teela tenta usar seus poderes de feiticeira para recriar Preternia de modo que as almas dos heróis caídos tenham para onde ir.

A impressão é que muito dessa nova série foi pensado em resposta às reações negativas de fãs à série anterior e o quanto ela mexia com o status quo desse universo (o que era seu melhor atributo na minha opinião, afinal bons personagens se transformam com o tempo). Aqui, durante boa parte dos cinco episódios, não temos qualquer tentativa de mexer na fórmula ou na dinâmica entre os personagens, entregando uma aventura mais típica de He-Man contra o Esqueleto sem muito desenvolvimento para os personagens.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Crítica – What If...?: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – What If...?: Segunda Temporada

Review – What If...?: Segunda Temporada
A primeira temporada de What If...? tinha algumas boas histórias, mas sofria um pouco com alguns episódios que não desenvolviam suas premissas de modo interessante. Essa segunda temporada é mais consistente na sua curadoria de histórias e apresenta tramas que se valem melhor de suas ideias.

Como na primeira temporada, a série acerta ao situar suas tramas em diferentes gêneros. O primeiro episódio protagonizado pela Nebulosa é bem tributário ao film noir, remetendo a produções como O Falcão Maltês (1940) ou o noir futurista de Blade Runner (1982). O episódio de Peter Quill invadindo a Terra remete a filmes de monstro e aquele que traz Happy preso na torre dos Vingadores com um bando de criminosos é claramente feito para remeter a Duro de Matar (1988).

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Crítica – Wish: O Poder dos Desejos

 

Análise Crítica – Wish: O Poder dos Desejos

Feito para celebrar os 100 anos da Disney, Wish: O Poder dos Desejos é uma homenagem mais focada em nos lembrar do longevo legado do estúdio do que para mostrar o espírito de inovação que o tornou tão amado. É uma produção que tem sua parcela de qualidades, mas que não tem o impacto que esperaríamos de uma celebração de um século.

A trama é focada em Asha, uma jovem que deseja se tornar aprendiz do rei Magnifico, um monarca que trouxe paz e prosperidade ao reino com seu poder de extrair e guardar os desejos de seus cidadãos, realizando-os periodicamente. Quando Asha descobre que o rei usa os desejos como forma de controlar a população ao invés de inspirá-la, ela decide devolver os desejos ao povo. A jovem faz um pedido para uma estrela e ela ganha vida. Agora, com a ajuda da estrela e seus poderes mágicos, ela decide enfrentar o rei.

É uma trama típica da Disney, com animais falantes e números musicais que nos lembra da importância de sonhar e perseguir os próprios desejos. Não tem nada aqui que quebre o molde do estúdio, mas não chega a ser um grande problema já que a produção tem carisma e encantamento o suficiente para nos manter interessados. Os números musicais são vibrantes e alguns deles, como o que envolve galinhas dançantes, remetem aos mosaicos das coreografias de Busby Berkeley. Não tem nenhuma música que soe com o impacto de hit instantâneo algo como Dos Oruguitas ou Não Falamos do Bruno de Encanto (2021), mas são canções carismáticas que entregam o que se espera.

Muito da graça do filme vem de como a trama costura referências aos vários filmes da Disney ao longo do último século, da silhueta da Malévola que aparece no livro de magia sombria do rei, passando pelo fato de que os amigos de Asha se vestem como os sete anões, que o manto que a protagonista usa remete ao da fada madrinha de Cinderela (1950) ou o vilão basicamente se tornar ao final no espelho da Rainha Má de Branca de Neve e os Sete Anões (1937). Nesse sentido, o avô de Asha ser um idoso de 100 anos em busca de alcançar seu desejo de inspirar as pessoas é uma clara metáfora para a Disney em si, que chega ao seu aniversário de um século ainda tentando nos fazer acreditar nos sonhos e na magia.

Como algo que nos diz o tempo todo que foi feito para celebrar o legado do seu estúdio, é relativamente decepcionante que ele arrisque tão pouco e prefira que sua celebração consista meramente de repousar sobre os próprios louros passados (nos lembrando de vários filmes melhores do que esse que estamos assistindo) do que em nos mostrar que a Disney ainda é capaz de inovar, de nos surpreender, de nos pegar desprevenidos e nos fazer nos perguntar “como eles imaginaram isso?” como fizemos em seus filmes mais memoráveis. Ao invés de nos mostrar como tem vigor para mais outros 100 anos de encantamento Wish: O Poder dos Desejos se acomoda em meramente nos fazer lembrar das glórias passadas. Claro, o filme tem lá seus bons momentos e não tem nada de particularmente problemático, só não está plenamente à altura de ser celebração que se propõe a ser.

 

Nota: 6/10


Trailer

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Drops – Leo

 

Análise Crítica – Leo

Review – Leo
Não sabia o que esperar de Leo animação produzida e estrelada por Adam Sandler, mas o que encontrei é uma aventura infantil razoavelmente divertida e inofensiva apesar de lugar-comum. Na trama, Leo (Adam Sandler) é um lagarto de 74 anos que vive como mascote de uma turma de quinta série em uma escola na Flórida. Quando ele descobre que pode ter apenas mais um ano de vida, decide fugir para aproveitar o tempo que resta. Acontece que ele acaba se envolvendo com os problemas pessoais dos alunos e decide ajudá-los.

Os arcos das crianças são tramas bem comuns nesse tipo de história, como a criança que se sente deslocada depois do divórcio dos pais, crianças inseguras com a própria aparência, outra que é superprotegida pelos pais ou uma cujos pais substituem presentes e bens materiais por afeto. Ainda assim há um calor humano genuíno nas interações entre Leo e as crianças, com o crescimento e aprendizado que elas têm sendo coerente com a dinâmica que a trama estabelece e mostrando como uma criança pode se desenvolver se lidar com seus problemas.

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Crítica – Dragon Ball Super: Super Hero

Análise Crítica – Dragon Ball Super: Super Hero

 

Review – Dragon Ball Super: Super Hero
Depois que Dragon Ball Super: Broly trouxe uma boa releitura de um vilão que não era lá grande coisa quando foi introduzido nos filmes de Dragon Ball Z, confesso que fiquei esperançoso para o filme seguinte de Dragon Ball. As expectativas aumentaram com o anúncio de que Dragon Ball Super: Super Hero seria focado principalmente em Piccolo e Gohan, personagens que há muito foram escanteados para que Goku e Vegeta dominassem tudo. O resultado, no entanto, é uma reprodução pálida da saga de Cell que nunca chega nem perto do impacto da original.

Na trama, Piccolo descobre que a força Red Ribbon está se organizando novamente e criou dois poderosos novos androides, Gamma 1 e Gamma 2. Com Goku, Vegeta e Broly treinando no planeta de Bills e sem conseguir falar com eles, Piccolo tenta persuadir Gohan a se juntar a ele nessa aventura. Como eu disse, toda ideia de Red Ribbon, androides e até uma nova versão de Cell, o gigante Cell Max, remetem de maneira muito direta à saga de Cell e dos androides em Dragon Ball Z, com muitos momentos se repetindo, inclusive Gohan perdendo o controle na batalha contra Cell Max e alcançando um novo nível de poder.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Crítica – Invencível: Segunda Temporada (Parte 1)

 

Análise Crítica – Invencível: Segunda Temporada (Parte 1)

Review – Invincible: Segunda Temporada (Parte 1)
Depois de um hiato de quase dois anos após sua primeira temporada, a animação Invencível chega ao seu segundo ano com uma divisão em duas partes, com os primeiros quatro episódios sendo lançados agora em novembro de 2023 e a segunda parte chegando em algum momento no início de 2024. A decisão foi tomada supostamente para que o público não se dispersasse por conta das festas de fim ano, um raciocínio que não faz sentido considerando que se trata de uma produção de streaming e não de TV convencional, que é exibida em um horário específico e requer que as pessoas sintonizem naquele momento. Digo isso porque a trama claramente não foi construída pensando em uma divisão.

A narrativa se passa cerca de seis meses depois dos eventos do ano de estreia, Mark e mãe, Debbie, ainda lidam com os sentimentos resultantes do ataque do Omni-Man e a revelação que ele veio à Terra para conquistá-la. Enquanto isso, o Robô se acostuma ao seu novo corpo e treina os Guardiões do Globo para estarem à altura de enfrentarem Omni-Man em um eventual retorno. Eve Atômica, por sua vez, pensa em como usar seus poderes para ajudar as pessoas agora que não é mais uma super-heroína enfrentando vilões.

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Crítica – Scott Pilgrim: A Série

 

Análise Crítica – Scott Pilgrim: A Série

Review – Scott Pilgrim: A Série
Meu primeiro contato com a obra de Bryan Lee O’Malley foi a adaptação para os cinemas de Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010), de Edgar Wright. Um tempo depois fui ler o quadrinho homônimo que inspirou o filme e gostei ainda mais, já que ele aprofundava mais os vários personagens e dava mais evidência ao fato de Scott estar longe de ser um “cara legal” e que Ramona tinha seu grau de responsabilidade no modo como tratava aqueles com quem se relacionava. Agora, cerca de vinte anos depois do lançamento do quadrinho, ele é adaptado como série animada pela Netflix neste Scott Pilgrim: A Série.

Inicialmente pensei que fosse ser uma adaptação mais fiel da HQ e me empolguei pelo fato do elenco de dubladores ser o mesmo do filme do Edgar Wright, já que todos funcionavam muito bem. A série, no entanto, é mais uma releitura do material original do que uma transposição direta, o que acaba se revelando uma boa escolha. Primeiro que evita a estrutura de uma ordem linear no enfrentamento com os ex-namorados de Ramona, algo que fez o quadrinho e o filme soarem repetitivos em certos pontos. Segundo que com o distanciamento de vinte anos de sua própria obra, O’Malley, que escreveu os roteiros dos oito episódios, pode examinar melhor alguns aspectos que não foram tão bem trabalhados no original e expande muito de suas ideias.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Rapsódias Revisitadas – O Estranho Mundo de Jack

 

Análise Crítica – O Estranho Mundo de Jack

Review – O Estranho Mundo de Jack
Embora muita gente pense ser um filme dirigido pelo Tim Burton, a animação stop motion O Estranho Mundo de Jack foi produzida pelo diretor e escrita a partir de um argumento desenvolvido por ele. A confusão, no entanto, é compreensível, já que o nome dele era sempre usado na divulgação quando o longa foi lançado em 1993 e também porque ele tem vários elementos que encontrávamos nos filmes do diretor ali no final da década de 80 e início dos anos 90.

A trama se passa na Cidade do Halloween, um lugar habitado por criaturas que vivem para assustar e trazer o Halloween para o nosso mundo. Se destacando entre os habitantes está o esqueleto Jack, considerado o Rei Abóbora e principal referência da cidade em sustos. Apesar de ser admirado por todos na cidade, passar ano após ano pensando apenas no Halloween faz Jack se sentir vazio. Vagando pela floresta nos arredores da cidade, Jack encontra portais para as cidades de outras datas comemorativas e entra na Cidade do Natal. Lá ele se encanta pelas luzes e cores natalinas e decide que o próximo Natal será feito por sua cidade. A questão é que os aterrorizantes habitantes da Cidade do Halloween não entendem exatamente o espírito natalino e veem tudo como mais uma oportunidade de assustar.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Crítica - Castlevania: Noturno

 

Análise Crítica - Castlevania: Noturno

Review - Castlevania: Noturno
Considerando que Castlevania foi um dos primeiros sucessos da Netflix em adaptar um game como série animada era estranho que eles tenham encerrado na quarta temporada. Sim, a história de Trevor Belmont tinha acabado, mas existiam dezenas de outras histórias a serem contadas nesse universo que podiam se apoiar em mais de 30 anos de games. Por isso não foi nenhuma surpresa quando anunciaram este Castlevania: Noturno que saltaria no tempo para a revolução francesa para acompanhar Richter Belmont, protagonista de Castlevania: Rondo of Blood e figura central do excelente Castlevania: Symphony of the Night.

Claro, o fato de ter um novo título ao invés de ser uma nova temporada de Castlevania soa como uma decisão estranha, embora as informações sobre royalties em TV e streaming que saíram durante a recente greve de roteiristas revelam que há uma motivação financeira por colocá-la como uma nova série ao invés de ser quinta temporada de Castlevania.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Crítica – As Tartarugas Ninja: Caos Mutante

 

Análise Crítica – As Tartarugas Ninja: Caos Mutante

Review – As Tartarugas Ninja: Caos Mutante
Apesar de gostar do universo das Tartarugas Ninja, não estava lá muito interessado na animação As Tartarugas Ninja: Caos Mutante. Provavelmente porque os últimos dois filmes live-action não foram grande coisa e isso esfriou minha vontade de ver qualquer coisa com esses personagens. Felizmente essa nova animação acerta no espírito de aventura e na energia adolescente de seus protagonistas.

A trama reconta a origem de Leonardo, Michelangelo, Donatello, Raphael e o mestre Splinter. Animais comuns transformados em humanoides quando um mutagênico cai nos esgotos. Já adolescentes, as tartarugas querem se integrar no mundo dos humanos, mas Splinter teme que eles sejam tratados como monstros e caçados ou usados como arma. Os quatro irmãos acabam ficando amigos da adolescente April O’Neil e juntos vão investigar a gangue do Superfly, que vem aterrorizando a cidade. Ao longo da investigação descobrem que Superfly é também um mutante que lidera um bando de outros mutantes.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Drops – Elementos

 

Análise Crítica – Elementos

Review – Elementos
O material de divulgação de Elementos não fez muito para me deixar empolgado para a nova animação da Pixar. Parecia uma trama romântica bem típica de “opostos se atraem” com os diferentes seres elementais servindo como metáfora para tensões étnicas e de classe social. Tendo visto o filme constato que era meio que isso mesmo, embora os visuais e a construção do romance seja boa o bastante para manter nosso interesse.

A trama se passa em uma cidade habitada por seres formados por elementos, com uma população de fogo, água, ar ou terra. A família de Faísca migrou para a cidade décadas atrás com o sonho de reconstruir lá suas vidas sem esquecer as tradições de seu povo. Embora Faísca queira ser uma boa filha, ela não tem certeza se quer assumir a loja do pai. Quando ela conhece o elemental da água Gota, eles acabam tendo que juntar esforços para impedir vazamentos de água no bairro do fogo e acabam se apaixonando.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Crítica – Minhas Aventuras com o Superman

 

Análise Crítica – Minhas Aventuras com o Superman

Review – Minhas Aventuras com o Superman
Depois que o Superman de Zack Snyder dividiu opiniões com uma visão mais cínica sobre o personagem, a impressão é que nos últimos anos a Warner vem tentado resgatar a imagem de um Superman mais esperançoso, benevolente e mais humano. Isso se aplica ao tratamento do personagem na série Superman & Lois e também nesta nova série animada Minhas Aventuras com o Superman.

A trama acompanha os primeiros anos de Clark Kent em Metropolis, iniciando como estagiário no Planeta Diário ao lado do colega de faculdade Jimmy Olsen e conhecendo a intensa Lois Lane. Clark, Jimmy e Lois logo se tornam amigos e se unem para investigar o aparecimento de criminosos usando uma tecnologia extremamente avançada. Diante da ameaça desses criminosos, Clark decide usar seus poderes para proteger a cidade como Superman, mas isso o torna alvo dos militares.

Para quem tem alguma familiaridade com o personagem muitos desdobramentos e reviravoltas são relativamente previsíveis. É bem óbvio, por exemplo, que o misterioso general investigando as ações do Superman é o general Sam Lane, pai de Lois. Do mesmo modo, os sinais na tecnologia kryptoniana que ataca a Terra claramente indicam a intervenção de Brainiac (ou algo similar) e não de Jor-El como Clark acredita.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Rapsódias Revisitadas – Paprika

 

Crítica – Paprika

Review – Paprika
Lançado em 2006 e dirigido por Satoshi Kon, Paprika recebeu muitas comparações com A Origem (2010), dirigido por Christopher Nolan, já que ambos giravam em torno da premissa de uma máquina que permite entrar nos sonhos das pessoas para cometer crimes. Não é a primeira vez que um trabalho de Kon veria um produto similar lançado por Hollywood anos depois. O longa Cisne Negro (2010) mostrava muitas similaridades com a animação de Kon Perfect Blue (1998) e o diretor Darren Aronofsky já tinha reproduzido uma cena da mesma animação em Requiem Para um Sonho (2001).

Paprika conta a história de um grupo de cientistas que cria um aparelho que permite visualizar e entrar nos sonhos das pessoas. A dra. Chiba usa o dispositivo para ajudar pacientes com problemas psicológicos entrando em seus sonhos como um avatar chamado Paprika. Quando o dispositivo é roubado do centro de pesquisa e os envolvidos com a máquina começam a agir estranhamente, Chiba e seus colegas creem que o ladrão está atacando as pessoas em seus sonhos e decidem encontrar o culpado.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Crítica – Nimona

 

Análise Crítica – Nimona

Review – Nimona
Situado em um universo que mescla fantasia e tecnologia, a animação Nimona trata de preocupações bastante contemporâneas sem abrir mão do lúdico e do senso de encantamento, se apoiando principalmente na relação de seus dois personagens principais. Em um mundo futurista no qual cavaleiros protegem o reino de monstros, Ballister é o primeiro plebeu a ser considerado como cavaleiro, a divisão de elite do reino. Na sua cerimônia de nomeação sua espada inesperadamente dispara um raio na rainha e ele é acusado de assassinato. Sem saber o que aconteceu Ballister foge para a floresta além das muralhas do reino e lá conhece a garota Nimona, que se dispõe a ajudá-lo a provar a que é inocente.

Visualmente a produção se destaca pelo modo como mistura uma estética medieval com um visual futurista, criando um universo em que cavaleiros de armadura pilotam motos voadoras e castelos futuristas coexistem com arranha-céus e letreiros luminosos na paisagem urbana. Não lembro de nenhuma produção recente que usou uma ambientação assim e isso ajuda a dar personalidade ao universo que a trama tenta criar.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Crítica – Batman: A Perdição Chegou a Gotham

Análise Crítica – Batman: A Perdição Chegou a Gotham

 

Review – Batman: A Perdição Chegou a Gotham
Baseado no quadrinho de mesmo nome escrito por Mike Mignola (criador de Hellboy) para o selo Elseworlds da DC, Batman: A Perdição Chegou a Gotham situa o herói no começo do século XX e coloca o personagem em uma trama de horrores lovecraftianos.

A trama começa com Bruce e seus aprendizes no ártico, investigando o desaparecimento de uma expedição científica liderada por Oswald Cobblepot. Chegando nos destroços da expedição, são atacados por pinguins monstruosos e descobrem que todos foram mortos e que algum horror ancestral foi desencavado do local e está partindo para Gotham. Agora Bruce precisa retornar à sua cidade e investigar o misterioso culto que parece dominar a cidade secretamente.

Como muitas histórias do selo Elseworlds, é uma trama que vai direto ao ponto e faz pouco para situar os não iniciados em elementos do universo do Batman. Nesse sentido, muito da graça de ver como elementos desse universo são imaginados dentro desse contexto de horror lovecraftiano só farão sentido se você tiver algum conhecimento prévio para entender que ao invés de ser hábil com computadores, a Barbara Gordon/Oráculo apresentada aqui é uma médium que canaliza espíritos.