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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Crítica – Pequenas Cartas Obscenas

 

Análise Crítica – Pequenas Cartas Obscenas

Review – Pequenas Cartas Obscenas
Estrelado por Olivia Colman e Jessie Buckley Pequenas Cartas Obscenas é uma daquelas produções que nos lembra como a realidade pode ser mais maluca que a ficção. A trama é baseada na história real de um pequeno vilarejo no interior da Inglaterra pós Segunda Guerra que ficou em polvorosa quando cartas cheias de ofensas e palavrões começaram a ser recebidas por diferentes habitantes da cidade.

A narrativa é focada em Edith Swan (Olivia Colman), uma carola solteirona que mora com os pais e é um dos primeiros alvos das cartas obscenas. Depois de receber algumas correspondências os pais de Edith, Edward (Timothy Spall) e Victoria (Gemma Jones), chamam a polícia. Edith acha que a responsável é sua vizinha, a irlandesa Rose (Jessie Buckley), uma viúva de vida livre e boca suja que chegou na cidade pouco tempo depois da guerra com a filha Nancy (Alisha Weir, de Abigail). Como Rose é a única mulher “sem decoro” da cidade ela é automaticamente tratada como culpada pela polícia local, sendo presa enquanto aguarda julgamento pelo crime. Enquanto isso, Gladys (Anjana Vassan), a única policial mulher da cidade, crê na inocência de Rose e tenta encontrar o real culpado.

terça-feira, 23 de julho de 2024

Crítica – Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna

 

Análise Crítica – Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna

Review – Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna
Quando escrevi sobre o primeiro Aprendiz de Espiã (2020) mencionei como o filme era uma bagunça tonal que não parecia saber que público queria atingir. Continuações normalmente são um espaço que permite aprender com os erros, refinar o que não deu certo antes em uma nova iteração para levar os personagens adiante. Nada disso acontece neste Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna, que repete os erros do filme anterior e ainda adiciona vários novos.

Na trama, JJ (Dave Bautista) percebe que Sophie (Chloe Coleman) está se distanciando dele e não tem mais o mesmo interesse de antes em treinar para se tornar espiã. Quando o coral do qual ela participa na escola se classifica para uma competição na Itália JJ se voluntaria para ser um dos acompanhantes da turma num esforço para se aproximar novamente de Sophie. As coisas se complicam quando o filho do chefe da CIA é sequestrado e os criminosos exigem que informações sigilosas sejam dadas a eles em troca do refém, cabendo a JJ resolver o caso.

terça-feira, 16 de julho de 2024

Crítica – Assassino Por Acaso

 

Análise Crítica – Assassino Por Acaso

Review – Assassino Por Acaso
Não esperava muita coisa de Assassino Por Acaso, já que o material de divulgação não dava a impressão do quão esquisito era o filme. Ainda bem que resolvi dar uma chance a ele e conferir essa ponderação bem humorada que o diretor Richard Linklater faz a respeito de nossa relação com a ficção e nosso senso de identidade.

A narrativa é levemente baseada em uma história real. Gary Johnson (Glen Powell) é um tímido professor de filosofia que ocasionalmente trabalha disfarçado com a polícia de Nova Orleans. Ele lida com operações de vigilância, prendendo pessoas que buscam contratar assassinos profissionais. Quando o policial que costuma “interpretar” o falso assassino nas operações é suspenso, Gary acaba assumindo a função e revela ter naturalidade para fingir ser outra pessoa. É aí que ele conhece Madison (Adria Arjona), uma mulher disposta a contratar alguém para matar seu marido abusivo. Entendendo as razões dela, Gary a convence a desistir e acaba se apaixonando por Madison. O problema é que ela continua acreditando que ele é um matador de aluguel e então tenta se comportar como um.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Crítica – Go! Go! Loser Ranger!

Análise Crítica – Go! Go! Loser Ranger!
 

Review – Go! Go! Loser Ranger!
O anime Go! Go! Loser Ranger! funciona como um The Boys para o universo dos Super Sentai/Power Rangers na medida em que satiriza esse tipo de história e pensa como, num olhar mais realista ou mais cínico esses personagens se tornariam celebridades inebriadas pela própria fama e poder, além de uma força fascistoide de controle social. Com doze episódios primeira temporada tenta nos introduzir esse universo e os problemas dele, embora sofra com alguns problemas de ritmo.

A trama se passa em um mundo no qual uma nave de invasores alienígenas paira sobre o nosso planeta. Semana após semana os invasores enviam monstros para a nossa superfície e cabe aos Guardiões do Dragão da Tropa Ranger deter esses monstros. Munidos de equipamentos poderosos chamados de Artefatos Divinos, os Rangers detêm um poder enorme e se tornaram celebridades. Estádios foram construídos no local de pouso mais comum dos monstros e a guerra que se estende há treze anos é agora um espetáculo para as massas, com as lutas sendo televisionadas para o mundo inteiro. Só há um problema: os Rangers derrotaram os invasores no primeiro ano do ataque e tudo que veio depois é uma encenação.

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Crítica – Um Tira da Pesada 4: Axel Foley

 

Análise Crítica – Um Tira da Pesada 4: Axel Foley

Review – Um Tira da Pesada 4: Axel Foley
Mais uma daquelas continuações tardias de alguma propriedade intelectual célebre dos anos 80 e 90, a produção da Netflix Um Tira da Pesada 4: Axel Foley parece mais uma tentativa de capitalizar a nostalgia do espectador. Eu cansei de assistir os três filmes originais quando passavam na TV aberta, então mesmo não esperando muita coisa fui assistir esperando o melhor.

A trama coloca Axel Foley (Eddie Murphy) mais uma vez tendo que sair de Detroit para as áreas de luxo de Los Angeles em Beverly Hills. Dessa vez ele vai ajudar a filha, Jane (Taylour Paige), com quem não fala há anos. Jane é advogada e topa em um caso de corrupção policial que põe sua vida em risco. Billy Rosewood (Judge Reinhold) desaparece depois de tentar ajudá-la, então cabe a Axel resolver o caso.

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Crítica – Como Vender a Lua

 

Análise Crítica – Como Vender a Lua

Review – Como Vender a Lua
É curioso como o cinema hollywoodiano sempre retorna ao pouso na Lua como signo da engenhosidade, excelência e superioridade dos Estados Unidos. Talvez por ser o evento histórico mais seguro (já que não envolve invadir ou bombardear outros países) para tentar reforçar no público a ideia de que esta é a maior nação do planeta. Este Como Vender a Lua mistura comédia romântica e drama histórico para fazer precisamente isso, embora nem sempre atinja suas ambições.

A trama se passa nos anos 60, sendo protagonizada por Kelly (Scarlett Johansson), uma profissional de marketing que é contratada pelo governo dos EUA para fazer a opinião pública ficar favorável à ideia de uma missão para a Lua. Chegando na base de lançamento na Flórida, as táticas de Kelly para melhorar a imagem do programa espacial enfrentam resistência do diretor da missão Cole (Channing Tatum) que não aprova os métodos escorregadios de Kelly. Claro que a partir dessa união entre opostos os dois irão se apaixonar.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Crítica – Tudo em Família

 

Análise Crítica – Tudo em Família

Review – Tudo em Família
Fui temeroso assistir Tudo em Família, mais nova produção da Netflix, já que era uma comédia romântica focada no problemático relacionamento entre mãe e filha, uma premissa muito similar a outra produção recente da Netflix, a horrenda A Mãe da Noiva. Na verdade, o único motivo para eu ter resolvido assistir Tudo em Família foi a presença de Nicole Kidman, uma atriz que costuma ser cuidadosa na escolha de seus projetos.

A trama é protagonizada por Zara (Joey King) que trabalha como assistente pessoal do astro de cinema Chris (Zac Efron), aturando sua personalidade ególatra pela promessa de se tornar produtora em seus filmes. As coisas se complicam quando Chris conhece Brooke, Nicole Kidman, a mãe de Zara, e se apaixona pela escritora.

Joey King e Zac Efron inicialmente estabelecem uma química divertida na constante troca de farpas entre os dois personagens. Efron já tinha se mostrando eficiente interpretando babacas vaidosos e meio burros em comédias como Vizinhos (2014) e Baywatch (2017) e volta a divertir com seu astro canastrão autocentrado. O ator ainda consegue mostrar uma vulnerabilidade inesperada em Chris conforme ele se aproxima de Brooke. Kidman também tem cenas divertidas ao lado de Kathy Bates, que interpreta a mãe de sua personagem.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Drops – A Mãe da Noiva

 

Análise – A Mãe da Noiva

Review – A Mãe da Noiva
Este A Mãe da Noiva é mais uma daquelas comédias românticas que segue a fórmula algorítmica da Netflix de juntar um elenco moderadamente famoso (nomes conhecidos, mas que não sejam tão caros) em uma locação paradisíaca (para dar ao público a impressão de que está vendo algo novo). Tudo embalado por uma trama tão quadrada e previsível que se você ver os primeiros vinte minutos e pular para os últimos vinte não vai perder nada da narrativa.

A história é centrada em Emma (Miranda Cosgrove, a eterna protagonista de iCarly), uma influencer que vai casar com o homem de seus sonhos em um resort paradisíaco na Tailândia com tudo pago por uma marca que a patrocina. O problema é que sua mãe, Lana (Brooke Shields), foi ex-namorada do pai de R.J (Sean Teale), o noivo de Emma. Lana considera Will (Benjamin Bratt) um cafajeste e teme pelo futuro da filha ao lado do genro.

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Crítica – Está Tudo Bem Comigo?

 

Análise Crítica – Está Tudo Bem Comigo?

Review – Está Tudo Bem Comigo?
Eu não tinha lá muitas expectativas para este Está Tudo Bem Comigo? Considerando que os últimos filmes que assisti protagonizados pela Dakota Johnson foram as bombas Persuasão (2022) e Madame Teia (2024). Esta comédia romântica dirigida pela comediante Tig Notaro e a esposa Stephanie Allyne, porém, me surpreendeu pela mistura agridoce com a qual desenvolve a jornada de autodescoberta e aceitação de sua protagonista.

Lucy (Dakota Johnson) e Jane (Sonoya Mizuno) são melhores amigas desde sempre. Quando Jane está prestes a casar e se mudar para a Inglaterra, Lucy começa a pensar no que vai fazer sem a melhor amiga e como, ao contrário de Jane, nunca teve sucesso em seus relacionamentos com homens. Aos poucos Lucy começa a se dar conta de que sempre sentiu atração por mulheres e que sente algo pela colega de trabalho Brittany (Kiersey Clemons), mas tem dificuldade de aceitar isso e embarcar nesses sentimentos, temendo ser tarde demais para dar uma guinada na vida ou ser julgada pelos outros por não saber o que quer.

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Crítica – Evidências do Amor

 

Análise Crítica – Evidências do Amor

Review – Evidências do Amor
Quando escrevi sobre Grandes Hits mencionei como é curioso que pessoas diferentes, em lugares diferentes, tenham ideias similares para um mesmo filme. Nesse caso é a premissa que ouvir certas músicas estaria tão conectado aos nossos sentimentos e memória que nos faria viajar no tempo. A produção brasileira Evidências do Amor parte da mesma ideia, embora trace com ela caminhos diferentes do hollywoodiano Grandes Hits, que foi lançado quase no mesmo tempo.

A trama gira em torno de Marco (Fábio Porchat), que não supera o fim do noivado com Laura (Sandy Leah). Agora toda vez que ouve a canção Evidências, de Chitãozinho & Xororó, música que cantou junto com Laura em um karaokê quanto se conheceram, ele é transportado ao passado e revive memórias do relacionamento. Reviver essas memórias o faz perceber que a decisão dela em terminar talvez não tivesse sido tão súbita quanto pensava e que ele tem responsabilidade no fim da relação. Assim, Marco tenta embarcar nessas memórias para pensar em uma maneira de retomar o relacionamento.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Crítica – 13 Sentimentos

 

Análise Crítica – 13 Sentimentos

Review – 13 Sentimentos
Novo filme de Daniel Ribeiro, responsável por Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014), é uma comédia romântica sobre término e sobre se reencontrar depois de um relacionamento longo. A trama gira em torno de João (Artur Volpi), um jovem cineasta que terminou a relação de dez anos que tinha com Hugo (Sidney Santiago). Ele tenta reconstruir a vida e conhece Vitor (Michel Joelsas), se apaixonando por ele, mas também não quer embarcar diretamente em um novo relacionamento e tenta experimentar outros caminhos.

A narrativa tem uma estrutura que remete a comédias românticas hollywoodianas, com o protagonista passando por vários encontros, conhecendo diferentes tipos de pretendentes e conversando a respeito disso com uma dupla de amigos. É uma estrutura que o filme executa razoavelmente bem, ainda que repita certos clichês que soam bem manjados hoje. O principal é o dos amigos que parecem existir para gravitar em torno dele, já que os dois não tem qualquer arco narrativo e servem basicamente como orelha para João falar sobre os próprios sentimentos, além de ocasional alívio cômico.

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Drops – Confesse, Fletch

 

Crítica – Confesse, Fletch

Review – Confesse, Fletch
Estrelado por Jon Hamm, Confesse, Fletch é a segunda aventura do jornalista investigativo Irwin M. “Fletch” Fletcher nos cinemas. Criado na literatura por Gregory Macdonald, Fletch primeiro apareceu nos cinemas em Assassinato Por Encomenda (1985) que era uma adaptação do primeiro livro do personagem e tinha Chevy Chase como Fletch. Já Confesse, Fletch é uma adaptação do segundo romance protagonizado pelo jornalista.

Na trama, Fletch (Jon Hamm) vai aos Estados Unidos para investigar a venda de obras de arte que foram roubadas na Itália. Quando uma estudante de arte é assassinada e Fletch é colocado como o principal suspeito, cabe ao jornalista resolver o crime e limpar o próprio nome. Estruturalmente a narrativa apresenta uma trama policial bem comum, com um protagonista acusado de um crime que não cometeu precisando correr contra o tempo para provar a própria inocência, mas envolve pelo espírito de comédia e pela quantidade de personagens pitorescos que apresenta.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Drops – Tartarugas Até Lá Embaixo

 

Drops – Tartarugas Até Lá Embaixo

Review – Tartarugas Até Lá Embaixo
Adaptando o romance homônimo de John Green (responsável por A Culpa é das Estrelas e Cidades de Papel), Tartarugas Até Lá Embaixo traz o tipo de história de amadurecimento que tornou o escritor célebre. Por mais que não saia muito do padrão que se espera para esse tipo de história, ainda assim o drama adolescente tem seus méritos.

A trama é protagonizada por Aza (Isabela Merced), uma garota com transtorno obsessivo compulsivo que sempre acha que está infectada com alguma coisa e mantem uma ferida constantemente aberta no dedo. Quando um bilionário da construção desaparece misteriosamente, a melhor amiga de Aza, Daisy (Cree Cicchino), sugere que elas investiguem o caso para conseguirem a recompensa por ele. Daisy sugere que Aza use sua conexão com o filho do ricaço, Davis (Felix Mallard), a quem conheceu anos antes, para tentar descobrir alguma nova informação.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Drops – City Hunter

 

Análise Crítica – City Hunter

Review – City Hunter
Adaptando o mangá de mesmo nome, City Hunter acompanha as aventuras do detetive particular Ryo Saeba (Ryohei Suzuki) que resolve os casos que a polícia não dá conta. Durante a busca por uma garota desaparecida, o parceiro de Ryo, o ex-policial Makimura (Masanobu Ando), é morto e Ryo continua no caso para descobrir o responsável pelo assassinato. O detetive acaba recebendo a ajuda de Kaori (Misato Morita), irmã de Makimura, que decide acompanhar Ryo na investigação.

O filme acerta na mescla de drama criminal sério e comédia escrachada que era tão marcante no mangá e no anime. Seria difícil sair de uma cena dramática de assassinato e partir para outra com Ryo agindo como um completo idiota por não saber se comportar diante de mulheres atraentes, entretanto o filme consegue transitar por essas variações sem cair em uma inconsistência tonal. É um equilíbrio que me remete aos games da franquia Yakuza/Like a Dragon e me faz pensar porque nunca fizeram um game de City Hunter nesse molde, mas, divago.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Crítica – A Batalha do Biscoito Pop-Tart

 

Análise Crítica – A Batalha do Biscoito Pop-Tart

Review - Unfrosted
Filmes sobre produtos viraram uma tendência recente em Hollywood, com histórias sobre Tetris (2023), sobre o tênis Air Jordans em Air (2023), o Cheetos picante em Flamin Hot (2023) ou sobre o Blackberry (2023). Escrito, dirigido e estrelado por Jerry Seinfeld, A Batalha do Biscoito Pop-Tart parecia ser mais um desses filmes feitos para exaltar histórias de sucesso e confirmar mitos sobre o capitalismo corporativo. A narrativa, no entanto, vai na contramão disso, preferindo tratar toda a história como uma farsa absurda, construindo os trâmites corporativos para a criação de produtos como um circo ridículo.

A trama se passa na década de 60 e é protagonizada por Bob Cabana (Jerry Seinfeld), executivo da Kellogg que descobre que a empresa rival, Post, está desenvolvendo um novo produto de café da manhã que mistura biscoito e geleia, dispensando leite e cozimento, podendo ser esquentado em uma torradeira. Para superar a concorrência Cabana chama a genial, mas geniosa, Stan (Melissa McCarthy), que tenta criar a própria versão desse biscoito antes que a Post o faça.

terça-feira, 14 de maio de 2024

Drops – Grandes Hits

 

Crítica – Grandes Hits

Review – Grandes Hits
É curioso como as vezes cineastas chegam em ideias similares num mesmo período de tempo. Esse ano, com semanas de diferença, tivemos dois filmes sobre pessoas viajando no tempo com o poder da música. Aqui no Brasil tivemos Evidências do Amor enquanto que o cinema hollywoodiano produziu este Grandes Hits, que parte de uma premissa relativamente similar, ainda que faça coisas diferentes com ela.

Na trama, Harriet (Lucy Boynton) lida com a perda do namorado, Max (David Corenswet, que vai ser o próximo Superman), em um acidente de carro dois anos atrás. Por conta de um ferimento que sofreu na cabeça no acidente em que Max morreu ela consegue voltar no tempo toda vez que ouve alguma música que lhe remete a algum momento importante com o namorado. Ao mesmo tempo, Harriet conhece David (Justin H. Min) no grupo de terapia de luto que frequenta. Eles se aproximam, mas ela tem dificuldade de se permitir viver algo com ele porque cada música que ouve a transporta para seu passado com Max.

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Crítica – Palm Royale

 

Análise Crítica – Palm Royale

Review – Palm Royale
Estrelada por Kristen Wiig, a minissérie Palm Royale é um novelão exagerado e tem plena consciência disso. Adaptando um romance escrito por Juliet Mc Daniel, a série retrata a elite da Flórida na década de 1960, criticando a superficialidade e as hipocrisias dessas pessoas com um viés humorístico. Aviso que o texto contem SPOILERS da série.

A trama é protagonizada por Maxine (Kristen Wiig), uma ex-miss que sonha em entrar para o Palm Royale, o clube mais elitizado e seleto da Flórida. Sua chance vem quando Norma (Carol Burnett), a tia rica de seu marido tem uma embolia, deixando Maxine e o marido, Douglas (Josh Lucas), no controle dos bens dela por serem os únicos parentes vivos. Usando a riqueza de Norma, Maxine tenta entrar de qualquer jeito no mundo da alta sociedade e no clube Palm Royale.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Drops – Quem Fizer Ganha

 

Análise Crítica – Quem Fizer Ganha

Review – Quem Fizer Ganha
Filme mais recente de Taika Waititi, Quem Fizer Ganha é uma comédia esportiva povoada por personagens interessantes, mas nunca consegue fazer nada de memorável com eles. A trama se baseia na história real da seleção da Samoa Americana que tenta reconstruir o time depois de sofrer uma goleada histórica de 31 a 0 da seleção da Austrália nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. O escolhido para ajudar o time é o técnico Thomas Rongen (Michael Fassbender), um sujeito problemático que aceita o cargo porque não consegue trabalho em nenhum outro lugar no mundo do futebol.

De início pensei que fosse mais uma daquelas histórias de “salvador branco” em que o técnico branco estrangeiro chegaria nesse país pequeno e ensinaria os locais a jogarem futebol e a serem melhores com seus valores ocidentais. Felizmente a trama meio que faz o inverso disso ao fazer de Rongen o sujeito a ser salvo, já que são seus demônios internos e senso de isolamento que o fazem ter dificuldade de treinar o time. Claro, ainda é aquela típica narrativa de superação através do esporte, mas ao menos tenta evitar certos clichês colonialistas.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Crítica – Velma: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – Velma: Segunda Temporada

Review – Velma: Segunda Temporada
A primeira temporada de Velma foi tão universalmente odiada que se tornou um fenômeno de hate watching, com muita gente assistindo só para conferir o que de fato ela tinha de tão ruim. Apesar de ninguém ter gostado, a quantidade de pessoas que assistiram só para falar mal garantiu que a série animada tivesse audiência suficiente para uma segunda temporada.

O segundo ano começa com a turma tentando voltar ao normal depois dos eventos do ano anterior. A tranquilidade, no entanto, dura pouco já que uma nova onda de assassinatos volta a aterrorizar a cidade, começando pela morte do xerife. Com as autoridades sem liderança, cabe a Velma e o resto da turma tentarem resolver o mistério.

Velma era uma das piores personagens da temporada de estreia. Egoísta, mesquinha, sem qualquer escrúpulo de usar os amigos sem se importar com eles e desprovida de qualidades que a redimissem, ela era uma personagem insuportável de acompanhar. Essa nova temporada some com isso e traz uma Velma que, apesar de ser irritante por sua conduta sabichona, é mais preocupada com o bem estar das pessoas ao seu redor e tem mais elementos que nos fazem torcer por ela.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Crítica – Uma Ideia de Você

 

Análise Crítica – Uma Ideia de Você

Review – Uma Ideia de Você
De início não me interessei por Uma Ideia de Você. Parecia uma reciclagem de Um Lugar Chamado Notting Hill (1999) com gêneros invertidos e acrescentando a questão da idade. Resolvi dar uma chance ao ver que era dirigido por Michael Showalter, responsável por Doentes de Amor (2019) e pela minissérie The Dropout (2022), que nesses trabalhos conseguia equilibrar bem comédia, emotividade e reflexões consistentes sobre relacionamentos e sociedade. Aqui, porém, isso não acontece.

A trama é protagonizada pela galerista Solene (Anne Hathaway) uma mulher de quase 40 anos, divorciada e que tem que levar a filha para o concerto de uma boy band depois que o ex marido, Daniel (Reid Scott), desiste de levar a garota por conta de um compromisso de trabalho. Chegando no show, Solene se aproxima de Hayes (Nicholas Galitzine), um dos músicos da boy band August Moon. Dias depois, Hayes a procura em sua galeria e os dois iniciam um romance.