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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Crítica – Corra que a Polícia Vem Aí

 

Análise Crítica – Corra que a Polícia Vem Aí

Review – Corra que a Polícia Vem Aí
Eu tinha receio com a ideia de se fazer uma nova versão de Corra que a Polícia Vem Aí, afinal muito do que tornava a trilogia tão divertida era o trabalho de Leslie Nielsen como o tenente Frank Drebin. A escolha de Liam Neeson como o novo protagonista me intrigou, afinal Neeson é um ator que construiu uma carreira quase toda em cima de papéis sérios, o que tem um paralelo com a trajetória de Leslie Nielsen, que fazia personagens sérios em ficção científica e filmes de desastre até que os irmãos Zucker o chamaram para fazer Apertem os Cintos o Piloto Sumiu (1980) e depois em Corra que a Polícia Vem Aí. Tendo visto a nova versão, devo dizer que o resultado é divertido e coerente com o espírito do original.

Quem precisa de polícia?

A narrativa é protagonizada por Frank Drebin Jr. (Liam Neeson), que assim como o pai é detetive do Esquadrão de Polícia de Los Angeles. Seu caso mais recente envolve um assassinato que pode estar conectado a um roubo a banco e ao magnata da tecnologia Richard Cane (Danny Houston). Ao curso da investigação o caminho de Frank cruza com a irmã da vítima, a sedutora Beth (Pamela Anderson), que insiste em tentar ajudar com o caso.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Crítica – Carlota Joaquina: Princesa do Brazil

 

Análise Crítica – Carlota Joaquina: Princesa do Brasil

Resenha Crítica – Carlota Joaquina: Princesa do Brasil
Lançado em 1995 e dirigido por Carla Camurati, Carlota Joaquina: Princesa do Brazil foi um marco do cinema brasileiro, iniciando o período da chamada “retomada”. Depois de anos estagnada por conta de ações do governo Collor, o sucesso do filme de Camurati sinaliza a força da produção nacional e um novo ciclo produtivo do nosso cinema. Comemorando 30 anos de seu lançamento em 2025, o filme retorna aos cinemas em uma versão restaurada em 4K, como também aconteceu neste ano com Iracema: Uma Transa Amazônica (1975).

História revisitada

O longa acompanha a trajetória de Carlota Joaquina (Ludmila Dayer/Marieta Severo), desde sua infância como princesa na Espanha quando é levada ainda criança para Portugal, forçada a casar com a realeza portuguesa, até sua idade adulta quando vem ao Brasil acompanhando o marido, Dom João VI (Marco Nanini), quando a corte de Portugal foge da Europa para não se envolver nas Guerras Napoleônicas.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Crítica – A Última Missão

 

Análise Crítica – A Última Missão

Review – A Última Missão
Com nomes como Eddie Murphy e Keke Palmer encabeçando o elenco, A Última Missão poderia ser uma comédia de ação ao menos divertida. A despeito de um elenco carismático, no entanto, o resultado acaba sendo algo que não entretém como deveria.

Roubo sobre rodas

Russell (Eddie Murphy) é um segurança responsável por conduzir um carro blindado. No dia de suas bodas de prata ele quer terminar sua rota o mais rápido possível para voltar para casa, mas isso pode ser difícil por conta de seu novo parceiro, o jovem e impulsivo Travis (Pete Davidson). Para complicar as coisas o veículo da dupla é atacado pela gangue liderada por Zoe (Keke Palmer), que deseja roubar o blindado para usá-lo em um assalto a um cassino e levar milhões. Como os aliados de Zoe acabam fracassando durante a perseguição, ela propõe o plano a Travis e Russell.

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Crítica – C.I.C: Central de Inteligência Cearense

 

Análise Crítica – C.I.C: Central de Inteligência Cearense

Review – C.I.C: Central de Inteligência Cearense
O diretor Halder Gomes e o ator Edmilson Filho já parodiaram diferentes gêneros cinematográficos em filmes como os dois Cine Holliúdy e O Shaolin do Sertão (2016). A mais nova parceria da dupla é C.I.C: Central de Inteligência Cearense que satiriza filmes de espiões, como a franquia James Bond

Licença para matar (de rir)

A narrativa é protagonizada por Wanderley (Edmilson Filho), que serve na Central de Inteligência Cearense como o Agente Karkará. Sua mais nova missão é recuperar um projeto científico secreto sendo desenvolvido na tríplice fronteira que foi roubado pela misteriosa organização criminosa R.O.L.A (certamente zoando com siglas como S.P.E.C.T.R.E ou S.H.I.E.L.D). O agente precisa descobrir o que é esse projeto secreto, bem como quem é a cabeça da R.O.L.A. Para tal, contara com a ajuda do agente paraguaio Romerito (Gustavo Falcão) e a agente argentina Micaela (Adriana Ferri).

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Crítica – A Morte de um Unicórnio

 

Análise Crítica – A Morte de um Unicórnio

Review – A Morte de um Unicórnio
Misturando realidade e fantasia, A Morte de um Unicórnio tenta falar sobre a ganância humana e nossa conduta predadora em relação à natureza. O filme, no entanto, esgota rapidamente suas ideias e dá a impressão de uma narrativa que constantemente repete os mesmos temas sem sair do lugar.

Animais fantásticos

A trama segue Ridley (Jenna Ortega), que acompanha o pai Elliot (Paul Rudd) em um retiro corporativo no qual ele espera que seu chefe moribundo, Odell (Richard E. Grant), o torne o representante de sua família no conselho da empresa quando ele morrer. No caminho para a propriedade de Odell, porém, Elliot acidentalmente atropela um unicórnio. Ele coloca o animal no carro, acreditando que a criatura está morta e quando chega na mansão do chefe, descobre que o sangue do animal tem propriedades curativas. Odell logo se anima com as possibilidades medicinais para curar seu câncer e outras doenças, mas Ridley alerta a família e o pai que matar um unicórnio pode trazer consequências severas.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Drops – Os Radley

 

Crítica – Os Radley

Review – Os Radley
A produção britânica Os Radley tenta fazer algo diferente com histórias de vampiros ao contar a história de uma família vampírica que tenta viver uma vida normal em sua vizinhança pacata, abdicando do consumo de sangue. Os problemas que se impõem a eles no cotidiano, no entanto, ampliam a vontade de morder pessoas.

Fome de viver

Os jovens Rowan (Harry Baxendale) e Clara (Bo Bragason) Radley são adolescentes aparentemente comuns, embora se sintam diferentes e deslocados dos demais. A confirmação de que eles são de fato diferentes vem quando Clara reage a um colega de escola que tenta abusar dela, criando presas e mordendo seu pescoço para devorar seu sangue. É então que seus pais Peter (Damian Lewis) e Helen (Kelly Macdonald) revelam a verdade: eles são vampiros, mas optaram por uma vida abstêmia por não quererem ter que matar pessoas. Para lidar com o cadáver do colega morto, Helen chama o cunhado Will (também Damian Lewis), que ao contrário deles não tem qualquer questão moral em devorar sangue.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Crítica – Um Maluco no Golfe 2

Análise Crítica – Um Maluco no Golfe 2

Review – Um Maluco no Golfe 2
Talvez por eu ter visto ainda garoto, mas Um Maluco no Golfe (1996) sempre me pareceu uma das comédias mais legalzinhas do Adam Sandler. Com o tempo o comediante foi entregando produções mais preguiçosas e que repetiam um tipo de humor que ficou datado. Fui para este Um Maluco no Golfe 2 sem saber o que esperar. Poderia ser um caminho de Sandler retornar a uma de suas melhores comédias, no entanto, poderia ser também só mais uma repetição cansada visando a nostalgia do espectador.

Bolas ao ar

A trama se passa décadas depois do primeiro filme. Happy (Adam Sandler) perdeu a esposa, Virginia (Julie Bowen) em um trágico acidente de golfe e abandonou o esporte. Agora ele cria seus cinco filhos sozinhos, mas seus problemas com álcool o fazem perder a casa e se atolar em dívidas. Quando sua filha caçula, Vienna (Sunny Sandler, filha de Adam), passa na seleção para uma escola de balé na França, Happy decide voltar ao golfe para pagar os estudos da filha.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Crítica – Amores Materialistas

 

Análise Crítica – Amores Materialistas

Review – Amores Materialistas
Em Amores Materialistas a diretora Celine Song tenta expandir algumas ideias sobre relacionamentos amorosos que trabalhou no excelente Vidas Passadas (2023). Lá ela desconstruía a ideia de que existe uma alma gêmea para cada pessoa, pensando que essa noção de pessoa ideal tem muito a ver com oportunidade e conveniência. Aqui em Amores Materialistas ela pondera sobre a natureza transacional dos relacionamentos.

Material girl

A narrativa gira em torno de Lucy (Dakota Jonhson), que trabalha numa agência de relacionamentos voltada para clientes de alta classe. Seu trabalho consiste em encontrar os pares ideais para seus clientes, homens e mulheres, que buscam alguém para casar. Em seu cotidiano ela pesa preferências de cada um, nível de renda e o que cada cliente exige de um par ideal. É um trabalho que pensa em relacionamentos quase como produtos, nos quais alguém busca um objeto com certas características e ela procura outra pessoa que se encaixe nas exigências e que cumpra as da outra pessoa. No casamento de uma cliente, Lucy conhece Harry (Pedro Pascal), um rico e charmoso investidor que reúne a beleza e dinheiro que ela espera de um par. Lucy também se reencontra com seu ex, John (Chris Evans), um ator de teatro cuja carreira nunca decolou e ainda vive de pequenos bicos mesmo próximo dos quarenta anos de idade. Apesar de não ter nada de material a oferecer, Lucy tem uma forte conexão afetiva com John e constantemente desabafa com ele.

A primeira cena do filme, com um homem das cavernas se aproximando de uma mulher levando flores e ferramentas feitas de osso e ela cede aos avanços do homem. É uma cena que ilustra como relacionamentos podem se construir a partir do interesse no que a outra pessoa tem a lhe oferecer, seja conforto material, status social que vem de riqueza ou aparência física, seja do prazer sexual que a outra pessoa lhe dá. Casamentos, afinal, são contratos e como qualquer contrato depende do interesse de ambas as partes. Esse componente materialista e até mesmo primitivo dos relacionamentos se verifica no presente nas reuniões que Lucy tem com os clientes nas quais homens e mulheres elencam o que buscam no parceiro, desde faixa de renda, passando por idade, altura ou medidas do corpo. Lucy encara tudo com um pragmatismo extremo, indagando aos clientes que elementos eles estariam dispostos a abrir mão na busca por um par e quais não são negociáveis, partindo da ideia de que nos relacionamos com alguém na medida em que percebemos que a outra pessoa nos agrega valor, mesmo que seja um valor sentimental, intangível.

Assim, ela é colocada em um triângulo amoroso no qual suas convicções serão testadas. De um lado Harry é tudo que sua mente materialista sempre desejou, ele atende a todos os seus critérios e ela os dele, já que ele é tão pragmático em sua visão de relacionamentos quanto ela. Por outro lado, John é alguém que está sempre presente, alguém que ela sabe que pode depender para suporte emocional e que consegue saber que Lucy não está bem pelas mínimas nuances de voz ou rosto. Johnson, Pascal e Evans formam um trio charmoso, com Evans e Pascal dotando seus personagens de uma medida de vulnerabilidade emocional que ajuda a dar aos dois personagens mais camadas. A dinâmica que o trio de atores estabelece entre si torna crível o dilema da protagonista mesmo quando o texto deixa pistas muito explícitas a respeito de quem ela irá escolher.

Relações abusivas

O principal problema do filme nem é a previsibilidade do triângulo amoroso, já que Evans e Pascal são pretendentes atraentes e carismáticos o bastante para manter nosso interesse, mas a maneira desajeitada com a qual a narrativa insere uma subtrama de abuso sexual envolvendo Sophie (Zoe Winters), uma das clientes de Lucy. A primeira coisa que chama atenção é o modo pouco crível pelo qual a situação é construída. Lógico, Lucy ou qualquer pessoa da empresa não tem como ter certeza total que os homens que participam do serviço não são agressores em potencial, mas considerando que é um serviço para pessoas de alta classe e os tempos em que estamos vivendo é difícil crer que a empresa de Lucy não possua qualquer protocolo para lidar com isso, como um botão de pânico ou um serviço de emergência.

Também incomoda que toda a trama de Sophie não discuta o abuso, a falta de punição para os homens que cometem isso ou outras variáveis sociais da questão. O abuso de sofrido pela personagem existe apenas para avançar a história de Lucy, já que a violência que Sophie passa e o confronto entre ela e Lucy lembram a protagonista dos perigos de tratar pessoas como objetos. O abuso de Sophie é um mero motivador para Lucy repensar suas convicções e as escolhas que faz em relação a John e Harry, lembrando que por mais transacional que um relacionamento seja, é difícil funcionar ou durar sem alguma medida de afeto.

O clímax é igualmente pouco crível, já que é difícil de acreditar que Sophie não tinham mais ninguém para ligar além de Lucy, mesmo tendo aberto um processo contra a empresa dela. Sim, ela pode ser uma pessoa tão focada na carreira que não tem amigas, mas se ela é essa figura bem sucedida ela provavelmente teria uma colega de trabalho, uma secretária, uma estagiária, alguém que pudesse chamar. Do jeito que está tudo soa forçado para fazer a redenção de Lucy, mesmo que o texto não a tenha feito merecer essa redenção.

Assim, a diretora Celine Song continua a trazer reflexões instigantes sobre a natureza dos relacionamentos, pensando em sua dimensão de transação a partir de um romance que se sustenta pelo charme de seu trio principal, já que a trama tropeça em algumas escolhas problemáticas.

 

Nota: 6/10


Trailer


sexta-feira, 25 de julho de 2025

Crítica – O Esquema Fenício

 

Análise Crítica – O Esquema Fenício

Review – O Esquema Fenício
O diretor Wes Anderson se tornou famoso por seu estilo peculiar facilmente identificável e que a essa altura já foi bastante parodiado. Em O Esquema Fenício ele continua a exercitar seu jeito particular de conduzir tramas permeadas por personagens excêntricos, mas dessa vez soa como uma repetição de ideias que ele já fez antes.

Bilionário em fuga

A narrativa acompanha Zsa-zsa Korda (Benício Del Toro), um excêntrico e ardiloso bilionário que desenvolveu um esquema para enriquecer com um grande projeto de infraestrutura em um país remoto. Seus planos, porém, o tornam alvo de governos ao redor do mundo que tem interesses na região. Assim, Korda é constantemente alvo de tentativas de assassinato. Temendo que seus inimigos o peguem, Korda entra em contato com Liesl (Mia Threapleton, filha de Kate Winslet), sua filha mais velha de quem está afastado há anos. Liesl quer ser freira, mas Korda a convence a viajar com ele e ser a herdeira de seus empreendimentos caso ele sucumba aos ataques dos inimigos. Dessa forma, os dois viajam pelo país remoto tentando convencer os investidores de Korda a honrarem o esquema ao mesmo tempo em que tentam reparar o relacionamento problemático entre eles.

terça-feira, 22 de julho de 2025

Crítica – Família, Pero no Mucho

 

Análise Crítica – Família, Pero no Mucho

Review – Família, Pero no Mucho
Comédia é inversão da ordem, é subverter expectativas. Se você sabe exatamente o que vai acontecer em uma piada ou situação cômica é difícil rir porque não houve essa quebra. A previsibilidade sabota o humor. Isso é bem visível neste Família, Pero no Mucho estrelado por Leandro Hassum, que se apoia em estereótipos manjados sobre argentinos para tentar fazer rir.

Entrando numa Fria

A trama é protagonizada por Otávio (Leandro Hassum), cuja filha, Mariana (Julia Svaccina), está para conseguir uma bolsa para estudar música na Europa, mas Otávio não aprova que a filha vá para longe e a deixe sozinho cuidando do restaurante da família. Eles brigam, mas ela vai mesmo assim. Anos depois, já formada, Mariana retorna e traz consigo a novidade de que irá casar com um rapaz que conheceu na Europa. O jovem, no entanto, não é europeu, mas argentino e Mariana organiza uma viagem de sua família para Bariloche para conhecer a família do noivo. Logicamente Otávio não aprova a união e isso causará muitas confusões.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Crítica – Y2K: O Bug do Milênio

 

Análise Crítica – Y2K: O Bug do Milênio

Review – Y2K: O Bug do Milênio
Quem viveu o final dos anos 90 se lembra do pânico sobre o bug do milênio. O temor de que quando os sistemas de computadores fizessem a passagem do 99 para o 00 do 2000 geraria uma pane nos sistemas que poderia causar uma série de problemas. O filme Y2K: O Bug do Milênio tenta falar desse medo em uma trama que mistura terror e comédia, mas não sai bem sucedido nesses esforços.

Rebelião das máquinas

A narrativa é centrada em Eli (Jaeden Martell) que junto com o melhor amigo Danny (Julian Dennison) pensam em como pegar garotas na festa de ano novo da escola que vai marcar a virada para o ano 2000. Eli pensa em se aproximar de Laura (Rachel Zegler), a garota popular por quem é apaixonado, mas assim que chega a meia-noite os computadores ganham autonomia e começam a matar pessoas. Agora eles precisam sobreviver.

terça-feira, 15 de julho de 2025

Drops – Chefes de Estado

 

Crítica – Chefes de Estado

Review – Chefes de Estado
É curioso como às vezes ideias similares são produzidas quase que ao mesmo tempo em Hollywood. Meses atrás a Amazon lançou G20, filme que trazia Viola Davis como presidente enfrentando uma ameaça terrorista. Agora, a mesma Amazon lança outro filme com líderes mundiais partindo para a ação neste Chefes de Estado.

Relacionamento especial

Assim como G20, a trama de Chefes de Estado é muito idiota e não se preocupa muito em ser crível ou realista. A diferença é que aqui ao invés de se levar à sério como G20 fez, o filme tem plena consciência de sua idiotice e assume o compromisso com a diversão sem noção. O filme acompanha Will (John Cena), astro de cinema recém eleito presidente dos Estados Unidos, e Sam (Idris Elba), primeiro ministro britânico. Quando os dois são atacados em uma viagem diplomática, precisam se unir para sobreviver a despeito de suas personalidades conflitantes e desvendar quem está por trás da conspiração. Ao longo do percurso eles terão ajuda da agente Noel (Priyanka Chopra).

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Crítica – Shadow Force: Sentença de Morte

 

Análise Crítica – Shadow Force: Sentença de Morte

Review – Shadow Force: Sentença de Morte
É impressionante como quase nada funciona neste Shadow Force: Sentença de Morte, misto de ação com comédia romântica que tenta fazer tanta coisa ao mesmo tempo, misturando diferentes gêneros e propostas estéticas ou narrativas que nada consegue operar conjuntamente com coesão. A impressão que fica é a de um filme que parece brigar consigo mesmo o tempo todo.

Conflito interior

A trama acompanha o casal de mercenários Issac (Omar Sy) e Kyrah (Kerry Washington). No passado eles serviram juntos da Shadow Force, divisão secreta que realizada missões de assassinato. Quando eles se apaixonaram e tiveram um filho decidiram abandonar a divisão, mas isso os colocou na mira do líder, o ardiloso Jack Cinder (Mark Strong). Eles vivem separados, com Issac cuidando do filho do casal, enquanto Kyrah caça os remanescentes do grupo que estão atrás deles. As coisas mudam quando Issac impede um assalto à banco, atraindo atenção da mídia e fazendo seu rosto circular na mídia, chamando atenção de quem os caçava, obrigando ele e Kyrah a se reunirem e eliminarem a ameaça de uma vez por todas.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Drops – Improvisação Perigosa

 

Análise Crítica – Improvisação Perigosa

Review – Improvisação Perigosa
Não esperava nada quando comecei a assistir Improvisação Perigosa, mas me surpreendi com uma comédia divertida que consegue aproveitar o potencial absurdo da premissa que apresenta. A trama é centrada em Kat (Bryce Dallas Howard), uma atriz vivendo em Londres cuja carreira não decolou e vive de dar aulas de comédia de improviso. Marlon (Orlando Bloom) também é um ator cuja carreira está estagnada e faz parte da turma de Kat. Hugh (Nick Mohammed) é um sujeito tímido que entra na turma de Kat para aprender a socializar melhor. Os três são recrutados pelo policial Billings (Sean Bean) para trabalharem em operações disfarçadas, mas suas habilidades de improviso permitem que eles consigam ir além da missão inicial.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Crítica – Saturday Night: A Noite que Mudou a Comédia

 

Análise Crítica – Saturday Night: A Noite que Mudou a Comédia

Review – Saturday Night: A Noite que Mudou a Comédia
Sendo um dos programas de televisão mais longevos dos Estados Unidos, tendo completado 50 anos neste ano, Saturday Night Live faz parte da história da comédia e do entretenimento no país. Dirigido por Jason Reitman, Saturday Night: A Noite que Mudou a Comédia tenta honrar o legado do programa ao narrar a origem do programa e como ele marcou por fazer algo muito diferente da comédia televisiva de então.

Embalos de sábado à noite

A narrativa é centrada no produtor Lorne Michaels (Gabriel LaBelle, de Os Fabelmans) e sua esposa Rosie Shuster (Rachel Sennott) horas antes do primeiro Saturday Night ir ao ar ao vivo. Lorne corre contra o tempo para ajeitar os últimos detalhes, conciliar os egos dos membros dos elencos e roteiristas conforme lida com os executivos da emissora e uma desconfiança de que esse programa enorme, ao vivo, feito por comediantes desconhecidos, pode ser um grande fracasso.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Rapsódias Revisitadas – Ed Wood

 

Crítica – Ed Wood

Análise Crítica – Ed Wood
Considerado por muito tempo como o pior diretor do mundo, os filmes de Ed Wood são lembrados por sua tosqueira, uso de imagens de arquivo e narrativas insólitas. Ele é uma figura singular no cinema dos EUA, vivendo às margens dessa indústria a despeito de seu desejo de ser parte dela. Talvez seja essa vida de pária que atraiu Tim Burton, sempre interessado em personagens solitários ou excluídos, a contar a história do diretor em Ed Wood, lançado em 1994.

Cinema nas bordas

A narrativa é toda filmada em preto e branco, acompanhando Ed (Johnny Depp) desde seus esforços para filmar seu primeiro longa-metragem, Glen or Glenda (1953), passando por sua amizade com o ator Bela Lugosi (Martin Landau), suas tentativas de se estabelecer na indústria e a culminância de sua carreira em Plan 9 From Outer Space (1959), produção que lhe deu fama, ou melhor, infâmia internacional.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Crítica – Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra

 

Análise Crítica – Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra

Review – Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra
Primeiro longa-metragem do diretor Pat Boonnitipat, a produção tailandesa Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra parte de uma premissa inusitada para contar uma afetuosa história sobre família, luto e legado. Às vezes é um pouco previsível, mas tem charme e emoção o suficiente para nos manter interessados.

Esquema afetivo

A narrativa é centrada em M (Putthipong Assaratanakul), um jovem sem perspectiva de futuro que passa seu tempo com jogos online. Ele vê a prima Mui (Tontawan Tantivejakul) tomar conta de um tio idoso e saltar para a prioridade em seu testamento, ficando com a casa dele quando ele morre. Percebendo como a herança permitiu que a prima subisse na vida, M enxerga a notícia que sua avó, Amah (Usha Seamkhum), está com câncer e provavelmente só tem um ano de vida, como uma possibilidade de ganhar a preferência da avó e ficar no topo das prioridades por herança.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Crítica – Oeste Outra Vez

 

Análise Crítica – Oeste Outra Vez

Review – Oeste Outra Vez
Um dos gêneros mais marcantes do cinema hollywoodiano, o faroeste foi marcado durante muito tempo por ideais tradicionais de masculinidade. Para sobreviver nos ermos do oeste selvagem seus protagonistas eram homens duros, brutos e violentos que não tinham muito tempo para ternura ou falar sobre sentimentos. A produção brasileira Oeste Outra Vez remete ao faroeste justamente para pensar a respeito de masculinidade e como certos padrões de comportamento podem ser destrutivos para os próprios homens.

Todo mundo tem problemas sentimentais

A trama se passa no interior de Goiás e acompanha Totó (Ângelo Antônio). Ele foi deixado pela mulher que amava e que o trocou por Durval (Babu Santana). Totó e Durval brigam, com Totó saindo machucado e jurando vingança. Ele contrata um jagunço para matar Durval e o atentado dá errado. A esse ponto Durval contrata uma dupla de matadores para dar cabo de Totó e seu jagunço que fugiram para áreas ainda mais remotas para se esconderem.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Crítica – Mountainhead

 

Análise Crítica – Mountainhead

Review – Mountainhead
Primeiro trabalho de Jesse Armstrong depois de encerrar a aclamada série Succession, o longa-metragem Mountainhead é praticamente o oposto de sua série e não digo isso como um elogio. Se Succession apresentava uma ácida sátira das elites financeiras que através de sua riqueza e plataformas midiáticas ditavam os rumos da sociedade ao mesmo tempo em que construía personagens complexos que nos atraíam para seus dramas, mesmo que nós soubéssemos o quanto são moralmente repulsivos, nada disso, porém, está presente aqui. O que Armstrong entrega é uma tentativa de sátira desprovida de qualquer qualidade mordaz e que se acomoda em apontar o óbvio sem refletir ou analisar nada.

Elite do atraso

A trama acompanha uma reunião de quatro bilionários de tecnologia. Souper (Jason Schwartzman) traz os amigos Randall (Steve Carell), Venis (Corey Michael Smith) e Jeff (Ramy Youssef) para passar um final de semana em sua mansão na montanha. Ao longo do dia eles veem instabilidade política e econômica tomarem o planeta conforme uma atualização da IA criada por Venis permite fazer conteúdo quase que indistinto da realidade, o que obviamente começa a ser usado para fins espúrios. O quarteto começa a ver isso como uma oportunidade e passam a discutir maneiras de tomar proveito da situação e ficarem ainda mais ricos.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Crítica – Sereias

 

Análise Crítica – Sereias

Review – Sereias
A minissérie Sereias é um novelão. Digo isso não em um sentido perjorativo, já que sua abordagem novelesca, cheia de excessos e histrionismos é parte do que a torna divertida, no entanto, sei que muita gente não se atrai por esse tipo de produto. Por isso aviso logo que se algo com uma pegada novelesca não é a sua praia, você talvez não se atraia pela série. Aviso que o texto contem SPOILERS da série.

O canto da sereia

A trama é centrada em Devon (Meghann Fahy), uma mulher que abriu mão de muita coisa na vida para cuidar da irmã mais nova depois do falecimento da mãe e agora tem que cuidar do pai que está em estado avançado de demência. Não conseguindo lidar sozinha com a responsabilidade, ela tenta contato com a irmã mais nova, Simone (Milly Alcock), que a ignora. Devon decide então ir até onde a irmã está, uma luxuosa casa de veraneio em uma ilha habitada por ricaços na qual Simone trabalha como assistente pessoal de Michaela (Julianne Moore), a esposa filantropa do bilionário Peter Kell (Kevin Bacon). Lá vê uma estranha relação de co-dependência entre Michaela e Simone, decidindo tirar a irmã dali, mas logo a própria Devon é puxada para a órbita de Michaela.