sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Crítica – Marvel vs Capcom Fighting Collection

 

Análise Crítica – Marvel vs Capcom Fighting Collection

Review – Marvel vs Capcom Fighting Collection
De uns anos para cá a Capcom parece interessada em resgatar a memória de seus clássicos games de luta. Primeiro lançaram a Capcom Fighting Collection trazendo games da década de 90 que a empresa nunca fez novas iterações como Darkstalkers ou Cyberbots. Este ano a empresa pegou todo mundo de surpresa com o anúncio desta Marvel vs Capcom Fighting Collection que compila os jogos de fliperama que a Capcom fez em parceria com a Marvel. Digo que pegou de surpresa porque desde o fracasso de Marvel vs Capcom Infinite a relação entre as duas empresas não parecia estar em um bom momento e mesmo campanhas de fãs para trazer de volta games como Marvel vs Capcom 2, como a liderada pelo youtuber Maximilian Dood, eram recebidas com frieza pela Capcom e com respostas de que era difícil algo assim acontecer.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Crítica – O Cara da Piscina

 

Análise Crítica – O Cara da Piscina

Review – O Cara da Piscina
Se não me engano foi o crítico Roger Ebert que disse que um filme bom nunca é longo o bastante e um filme ruim nunca é curto o bastante. Isso se aplica perfeitamente a este O Cara da Piscina, cujos meros cem minutos de duração se transformam em algo tão dolorosamente excruciante que o filme parece ter mais de quatro horas de duração.

A trama é centrada em Darren (Chris Pine), um tratador de piscinas hiponga, conspiracionista, metido a filósofo e ativista político, sempre cobrando mudanças nas linhas de ônibus na câmara de vereadores. Quando ele esbarra em um escândalo envolvendo o presidente da câmara, Stephen Toronkowski (Stephen Tobolowski), que pode estar recebendo propina do magnata imobiliário Theodore Hollandaise (Clancy Brown) para aprovar um grande empreendimento, Darren decide investigar a questão. No meio do caminho encontra a femme fatale June (DeWanda Wise) e mais uma série de personagens pitorescos.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Crítica – Lisa Frankenstein

 

Análise Crítica – Lisa Frankenstein

Review – Lisa Frankenstein
Escrito por Diablo Cody (de Garota Infernal e Tully) e dirigido por Zelda Williams (filha do comediante Robin Williams) este Lisa Frankenstein tem cara de algo feito para virar cult entre certos setores da cinefilia com sua trama insólita e personagens excêntricos. A trama se passa em 1989 sendo protagonizada por Lisa (Kathryn Newton) uma garota introspectiva que vive à sombra da meio-irmã popular Taffy (Liza Soberano) e da madrasta opressora Janet (Carla Gugino). Sem sorte com garotos por ser considerada esquisita, as coisas mudam para ela quando acidentalmente reanima um cadáver vitoriano (Cole Sprouse, de Riverdale) durante uma tempestade e decide fazer dele seu homem ideal com partes que pega de outros garotos.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Rapsódias Revisitadas – Campo dos Sonhos

 

Análise – Campo dos Sonhos

Review – Campo dos Sonhos
Lançado em 1989, Campo dos Sonhos foi tão referenciado e parodiado que mesmo que não assistiu conhecia a frase “se você construir, ele virá”. É um drama que se vale do realismo fantástico para falar sobre beisebol, sonhos, relações entre pais e filhos e como o esporte pode unir gerações.

Sonhos e desilusões

A trama adapta um romance escrito por W.P Kinsella, sendo protagonizada por Ray (Kevin Costner), um fazendeiro que está se aproximando da idade que o pai tinha quando ele morreu e teme que, assim como o pai, vai envelhecer sem nunca ter concretizado seus sonhos. Um dia ele ouve uma voz dizendo “se você construir, ele virá” e tem uma visão de um campo de beisebol sendo construído em seu milharal. Com o apoio da esposa, Annie (Amy Madigan), Ray ceifa parte de sua plantação para construir um campo de beisebol. Com o campo pronto, o jogador Shoeless Joe Jackson (Ray Liotta), ídolo do pai de Ray, surge misteriosamente do meio do milharal para jogar apesar de ter morrido há décadas. Ray então começa a ter visões envolvendo o recluso escritor Terrance Mann (James Earl Jones) e decide ir atrás dele, acreditando ser possível resolver o mistério do campo de beisebol.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Crítica – O Bastardo

 

Análise Crítica – O Bastardo

Review – O Bastardo
Histórias sobre a colonização de algum espaço costumam ser narradas como feitos heroicos de pessoas enfrentando ermos cheios de intempéries ou subjugando populações nativas, sem, no entanto, ponderar sobre as consequências ou a inerente violência desse processo colonial. A produção dinamarquesa O Bastardo, uma das escolhas do país para o Oscar, traz um pouco de ponderação sobre o egoísmo humano que está no cerne desse impulso desbravador.

A narrativa é baseada na história real de Ludvig Kahlen (Mads Mikkelsen) militar dinamarquês responsável por colonizar a península da Jutlândia no século XVIII, que hoje compreende a maior parte do território dinamarquês. Estabelecer o primeiro assentamento da região, no entanto, não era uma tarefa fácil e o reinado dinamarquês já tinha perdido o interesse no espaço. É apenas quando Kahlen propõe custear a empreitada do próprio bolso que a Coroa lhe dá permissão para construir seu assentamento. Lá, Kahlen enfrenta as intempéries do ermo, a dificuldade de cultivar um solo tomado por urzes, os saqueadores e principalmente as sabotagens perpetradas pelo magistrado local Frederik De Schinkel (Simon Bennebjerg) que quer as terras para si.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Drops – Os Provocadores

 

Análise – Os Provocadores

Review – Os Provocadores
Reunindo Casey Affleck e Matt Damon depois de ambos dividirem a cena na trilogia Onze Homens e Um Segredo, Os Provocadores tenta ser um filme de roubo que mistura comédia e algum comentário político. A trama segue Rory (Matt Damon) e Cobby (Casey Affleck), dois sujeitos que estão em um péssimo momento de suas vidas que aceitam a proposta do pequeno criminoso Scalvo (Jack Harlow, do fraco remake de Homens Brancos Não Sabem Enterrar) para roubarem o dinheiro de propina que o prefeito Miccelli (Ron Perlman) tem escondido em um cofre. O assalto dá errado e agora Rory e Cobby são homens procurados precisando encontrar um meio de fugirem da cidade, indo pedir ajuda à terapeuta de Rory, a dra. Rivera (Hong Chau).

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Crítica – Twisters

 

Análise Crítica – Twisters

Review – Twisters
Filmes-catástrofe não fazem muito meu estilo e não morro de amores pelo primeiro Twister (1996), então não fiquei exatamente empolgado com o anúncio desse Twisters. Parecia só mais uma dessas continuações tardias que existe para capitalizar em cima da nostalgia do espectador. Talvez por isso eu tenha ficado surpreso com o fato de que o filme se concentra mais em seus novos personagens sem se preocupar muito com referências ao original.

Novos rostos

A trama é protagonizada por Kate (Daisy Edgar-Jones), meteorologista que desenvolve um protótipo que pode dissipar tornados. As coisas dão errado durante o teste e quase toda sua equipe morre. Anos depois, ela trabalha em Nova Iorque quando o antigo colega, Javi (Anthony Ramos), a procura para uma nova caçada a tornados. Javi está trabalhando para o empreendedor Scott (David Corenswet), que financia sua pesquisa de escaneamento de tornados. Com esse mapeamento, Kate poderia aperfeiçoar seu protótipo e, assim, ela aceita participar da empreitada. Chegando no interior do país, a equipe de Kate esbarra no grupo de youtubers liderado por Tyler (Glen Powell), cuja postura é bem menos profissional que a equipe de cientistas da qual Kate faz parte.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Crítica – Othelo: O Grande

 

Análise Crítica – Othelo: O Grande

Review – Othelo: O Grande
Um dos atores de carreira mais longeva e marcante na dramaturgia brasileira, Grande Otelo, nome artístico de Sebastião Bernardes de Souza Prata, demorou para ter o devido reconhecimento. Parte disso se deve ao racismo da época em que ele atuou, parte por sua trajetória ser muito marcada pela comédia, um gênero muitas vezes considerado “menos artístico” ou “menos sofisticado”. O documentário Othelo: O Grande reconta a trajetória do ator, suas dificuldades, seus triunfos e seu ativismo político.

Memória audiovisual

A narrativa é toda contada através de imagens de arquivo, usando produções das quais Otelo participou e também várias entrevistas e discursos públicos que o ator deu ao longo de sua carreira. A pesquisa de arquivo é a principal força do filme trazendo imagens raras e em ótima qualidade de trabalhos antigos, como o Moleque Tião ou suas comédias para a Atlântida, que quase sempre encontramos em qualidade ruim pela internet.

A pesquisa de arquivo também é eficiente nas falas que traz do ator, com ele trazendo desde seus posicionamentos, denunciando o racismo ao longo de sua trajetória, narrando experiências com diretores renomados, como a impagável fala em que conta como foi trabalhar com Werner Herzog em Fitzcarraldo (1982), e também refletindo sobre a natureza da dramaturgia brasileira nos palcos, no cinema e na televisão. Há uma fala interessante de Grande Otelo sobre o Cinema Novo em que ele pondera que o fato do movimento nunca ter atingido as massas como almejavam seus agitadores provavelmente se relacionava com a linguagem experimental de seus filmes, mencionando como uma produção como Macunaíma (1969) teve penetração junto ao público justamente por ter uma linguagem mais próxima das comédias populares de sua época.

Otelo e o cinema brasileiro

Nesse sentido, conhecer a história de Grande Otelo é também conhecer a história do teatro e do audiovisual brasileiro, considerando a longevidade de sua trajetória e a amplitude de diretores e movimentos com os quais colaborou. Vemos o histórico de racismo na dramaturgia onde até mesmo alguém da competência de Grande Otelo tinha dificuldade em conseguir trabalho porque papéis negros eram interpretados por brancos em blackface, algo que Joel Zito Araújo também mostrou no documentário A Negação do Brasil (2001). 

Acompanhando a trajetória de Grande Otelo vemos a ascensão das chanchadas (não confundir com pornochanchadas) da Atlântida em filmes como Carnaval Atlântida (1952). Testemunhamos o surgimento de diretores como Nelson Pereira dos Santos, com quem Grande Otelo trabalhou em Rio, Zona Norte (1957) e a eclosão de vanguardas como o Cinema Novo. Vemos o surgimento e a consolidação da televisão como meio de comunicação de massa e sua difusão pelo país no trabalho de Grande Otelo em programas como A Escolinha do Professor Raimundo. Como o filme nos mostra, conhecer Grande Otelo é conhecer o desenvolvimento do audiovisual brasileiro. 

Por outro lado, o documentário se prende demais às convenções de um filme de arquivo, soando demasiadamente expositivo e convencional para uma figura que não pode ser facilmente colocada em caixinhas. Grande Otelo é uma figura complexa, multifacetada e bastante singular. O filme transmite isso nas falas e depoimentos, mas fica a impressão de que a forma, não apenas o conteúdo, poderia também ser usada para construir a complexidade do biografado. 

Mesmo nunca saindo das convenções de um documentário de arquivo, Othelo: O Grande envolve pela trajetória longeva do ator e como ela se mescla com o desenvolvimento do cinema brasileiro.

 

Nota: 6/10


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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Crítica – Armadilha

 

Análise Crítica – Armadilha

Review – Armadilha
Um sujeito leva a filha para o show de uma diva pop e se espanta com o volume de policiais no local. Ele logo fica sabendo que as autoridades montaram no show uma armadilha para prender um perigoso assassino em série ao saberem que ele estaria lá. O problema é que o sujeito é o assassino que polícia procura. Novo filme do M. Night Shyamalan, Armadilha parte de uma premissa que parece saída de um suspense B e abraça completamente essa natureza, talvez o filme de sensibilidade mais B do diretor desde A Visita (2015).

A prisão do pop

Cooper (Josh Hartnett) está com a filha no show da cantora pop Lady Rave (Saleka Shyamalan, filha do diretor). Ao descobrir que a polícia montou uma armadilha para prendê-lo ele usa todas as suas habilidades para encontrar um meio de fugir do local ao mesmo tempo em que tenta manter sua fachada diante da filha.

A narrativa tem sua parcela de conveniências, como o fato de Cooper constantemente encontrar pessoas que revelam facilmente os segredos da operação ou algumas soluções pouco plausíveis, como o avental roubado de um funcionário estar com a carteira do sujeito dentro para que Cooper possa usar um documento para sair de um problema. Muito disso, no entanto, é tratado com alguma medida de humor, parte da autoconsciência que o filme exibe a respeito de toda a sua vibe de filme B.

Hartnett, que vem experimentando uma renascença na carreira com participações em produções como Black Mirror ou Oppenheimer (2023), é ótimo em construir a dualidade de Cooper. Um pai amoroso, que parece se importar de verdade com a filha e quer mantê-la longe de sua faceta mais sombria, e um assassino ardiloso e cruel que não se importa em mentir, manipular ou ferir os outros para conseguir o que quer. A composição de Harnett mostra aos poucos as rachaduras que vão aparecendo em sua fachada de cidadão pacato, ficando mais agitado e com mais dificuldade de se manter no controle.

Esse desvelamento da personalidade do protagonista se dá também pelo modo como Shyamalan o filma, recorrendo a closes mais fechados ou planos detalhe de pequenos tiques e expressões do personagem que revelam sua tensão e gradual perda de controle, além de ressaltar a sensação de acuamento e como as opções e espaços estão diminuindo ao seu redor. A narrativa se equilibra em uma corda bamba tonal, tentando ao mesmo tempo nos fazer temer Cooper por sua natureza cruel e implacável e fazer nos importarmos com sua relação com a filha, a exemplo de toda a subtrama envolvendo a briga da filha com uma colega de escola. Essas duas facetas eventualmente convergem, como no momento em que Cooper convence a produção do show a escolher sua filha para ser chamada para dançar com Lady Raven no palco, simultaneamente conseguindo acesso aos bastidores da arena e fazendo a filha provocar ciúmes na patricinha que a maltratou.

O caos da liberdade

É uma pena que toda essa construção cuidadosa e o crescimento da tensão desmoronem assim que a narrativa deixa o estádio. A impressão é que Shyamalan tinha umas três ideias diferentes de como encerrar sua narrativa e resolveu executar todas ao mesmo tempo, resultando em um vai e vêm constante de caminhos narrativos, reviravoltas que se acumulam tão rápido que não causam o impacto devido e soluções tão convenientes que mesmo no clima de excesso do filme soam pouco críveis.

A revelação envolvendo a personagem de Alison Pill, por exemplo, falha em ser a grande reviravolta que o filme a conduz para ser por soar desonesta. A personagem aparece muito tarde e muito pouco para sentirmos que aquela é uma guinada inesperada que ressignifica o que achávamos entender da dinâmica daquelas personagens e mais algo que o roteiro tira da cartola no último minuto porque precisava chocar o espectador. Para funcionar como o filme esperava que funcionasse era preciso apresentar a personagem antes, mostrar o estado da relação de Cooper com ela e ir construindo alguma medida subjacente de ambiguidade.

É mais um exemplo que mostra como Shyamalan é um ótimo diretor, mas um péssimo roteirista, algo que já mencionei quando escrevi sobre Batem à Porta (2023). Shyamalan só tinha a ganhar se concentrasse seus esforços na direção e tivesse alguém para desenvolver os roteiros ao seu lado a partir dos argumentos que ele próprio cria.

Armadilha vale pelo modo como constrói o senso crescente de tensão no jogo de gato e rato entre o protagonista e seus perseguidores, bem como na dualidade que traz ao protagonista, sendo lamentável que ele se perca no clímax, desperdiçando o seu próprio potencial.

 

Nota: 6/10


Trailer

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Crítica – Tipos de Gentileza

 

Análise Crítica – Tipos de Gentileza

Review – Tipos de Gentileza
Os filmes do diretor grego Yorgos Lanthimos costumam ser divisivos, com reações que muitas vezes se localizam em polos extremos do amor ao ódio por suas produções. Em geral costumo gostar do niilismo surrealista do diretor, mas confesso que Tipos de Gentileza não me pegou.

Absurdo previsível

A produção consiste de um tríptico de três histórias curtas. Na primeira história seguimos Robert (Jesse Plemons), um sujeito completamente devotado ao chefe, Raymond (Willem Dafoe), que controla todos os seus horários e ações ao longo do dia. Quando Raymond pede a Robert que bata seu carro em alta velocidade contra outro veículo, Robert não fica confortável com a possibilidade de matar outra pessoa, criando um conflito na relação. Na segunda história um policial, Daniel (Jesse Plemons) se reúne com a esposa, Liz (Emma Stone), depois que ela se envolve em um naufrágio e fica meses perdida no mar. O problema é que Daniel desconfia que a mulher que voltou não é a sua esposa. A terceira história é protagonizada por Emily (Emma Stone) que é devotada a um bizarro culto sexual liderado por Omi (Willem Dafoe) e Aka (Hong Chau) e é incumbida de encontrar uma mulher que, segundo profecias, seria capaz de ressuscitar os mortos.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Drops – O Reencontro da Turma

 

Análise – O Reencontro da Turma

Review – O Reencontro da Turma
Depois de assistir O Reencontro da Turma pensei seriamente se eu escreveria algo respeito. É uma produção tão inane, tão desprovida de qualquer qualidade minimamente memorável que pensei que seria difícil fazer render um texto sobre ele, mesmo nas pílulas críticas da coluna Drops. Ainda assim, resolvi tentar como um desafio (ou penitência, sei lá) auto imposto para ver o que consigo extrair.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Crítica – Sailor Moon: Cosmos

 

Análise Crítica – Sailor Moon: Cosmos

Review – Sailor Moon: Cosmos
Depois que Sailor Moon: Eternal adaptou o quarto arco do mangá em dois filmes, a saga de Usagi e suas aliadas iniciada em Sailor Moon Crystal chega ao fim neste Sailor Moon: Cosmos, que adapta o arco final do mangá. Como na história anterior, o anime produzido pela Netflix vem no formato de dois filmes.

A Lenda da Luz da Lua

A história inicia com Usagi e as demais voltando ao seu cotidiano de estudantes, mas essa paz é logo interrompida pela chegada das misteriosas Sailor Starlights, guerreiras de outro planeta que vieram à Terra um busca de sua princesa, e também da poderosa vilã Sailor Galaxia, que está em busca dos Sailor Crystals que Usagi e as outras carregam consigo.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Crítica – Os Novatos

 

Análise Crítica – Os Novatos

Review – Os Novatos
História mais velha que o próprio tempo: grupo de garotos meio nerds chega no ensino médio decididos a se tornarem populares e conquistarem garotas, a oportunidade vem na primeira grande festa do ano. É essa premissa extremamente típica de filmes adolescentes que Os Novatos vai construir, com o grosso do filme se passando em uma festa que sai do controle não muito diferente de produções como Mal Posso Esperar (1998) ou Projeto X (2012).

Só mais um besteirol americano

A trama gira em torno de Benj (Mason Thames, de O Telefone Preto), que vê na primeira festa do ensino médio uma chance de ficar com Bailey (Isabella Ferreira, de Crush: Amor Colorido), a melhor amiga de sua irmã, Alyssa (Ali Gallo), por quem é apaixonado há anos. Na festa Benj e seus amigos se envolvem em muitas confusões para tentar parecerem descolados.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Crítica – Longlegs: Vínculo Mortal

 

Análise Crítica – Longlegs: Vínculo Mortal

Review – Longlegs: Vínculo Mortal
Dirigido por Osgood Perkins, filho do ator Anthony Perkins (famoso pelo Norman Bates de Psicose), este Longlegs: Vínculo Mortal mistura um thriller de serial killer com horror sobrenatural. Nem sempre a mistura transita de maneira fluida entre os gêneros, mas a condução de Perkins é eficiente em criar uma atmosfera de constante tensão.

Instinto sombrio

A narrativa é centrada em Lee Harker (Maika Monroe, de Corrente do Mal) uma jovem agente do FBI que tem um instinto afiado para encontrar criminosos. Ela acaba incumbida pelo seu superior, Carter (Blair Underwood), de investigar os assassinatos cometidos pelo misterioso Longlegs (Nicolas Cage). Ao longo de anos, o assassino matou cerca de dez famílias inteiras, sempre deixando uma carta cifrada no local do crime, mas nenhuma evidência física de sua participação nos crimes, que são considerados assassinatos seguidos de suicídio e as provas apontam para os pais de cada família cometendo os crimes.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Crítica – Jackpot: Loteria Mortal!

 

Análise Crítica – Jackpot: Loteria Mortal!

Review – Jackpot: Loteria Mortal!
Dirigido por Paul Feig, Jackpot: Loteria Mortal! se passa em um futuro próximo no qual o estado da Califórnia criou uma loteria na qual qualquer um pode tomar o prêmio do vencedor desde que consiga matá-lo até o fim do dia. Katie (Awkwafina) chega recentemente a Los Angeles para tentar a sorte como atriz, acidentalmente ela se cadastra na loteria e acaba vencendo, ficando na mira de todas as pessoas da cidade. O guarda-costas Noel (John Cena) aparece oferecendo proteção em troca de um percentual do prêmio e assim eles se tornam aliados relutantes.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Crítica – A Primeira Profecia

 

Análise Crítica – A Primeira Profecia

Funcionando como prelúdio para A Profecia (1976) este A Primeira Profecia conta as origens da seita sinistra que tenta trazer o anticristo para o mundo e mergulhá-lo em trevas. Considerando que nenhuma tentativa de continuar A Profecia foi lá grande coisa eu não tinha muitas expectativas em relação a esse prelúdio, mas, felizmente, o resultado é um terror bem executado.

A trama se passa no final da década de 60 e gira em torno de Margaret (Nell Tiger Free), freira que é enviada para trabalhar em um orfanato em Roma. Chegando lá ela conhece a jovem Carlita (Nicole Sorace), que exibe um comportamento instável e esquisito. Com o tempo Margaret experimenta visões e outras ocorrências estranhas e começa a desconfiar que a responsável pelo local, a Irmã Silva (Sônia Braga) guarda algum segredo sombrio.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Crítica – Estômago 2: O Poderoso Chef

 

Análise Crítica – Estômago 2: O Poderoso Chef

Review – Estômago 2: O Poderoso Chef
O primeiro Estômago (2007) divertia por sua mistura narrativa inusitada entre gastronomia, comédia e trama criminal. Era uma história bem executada, que amarrava com habilidade seus arcos narrativos e nunca senti que havia necessidade ou espaço para uma continuação. Talvez por isso vi com estranhamento o anúncio deste Estômago 2: O Poderoso Chef, que nos coloca novamente ao lado do cotidiano do protagonista como um detento e cozinheiro.

O chef agora é outro

Nonato (João Miguel) continua preso e continua cozinhando, agora não apenas para o líder de facção Etcetera (Paulo Miklos), mas para os guardas e o diretor do presídio, usando seu talento para obter mordomias. A dinâmica da prisão muda quando o misterioso italiano Dom Caroglio (Nicola Siri), chega para cumprir pena. As tensões aumentam e Nonato tenta acalmar os ânimos ao mesmo tempo em que voltamos ao passado para descobrir como o italiano passou de um ator fracassado chamado Roberto ao Dom de uma família criminosa.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Crítica – Motel Destino

 

Análise Crítica – Motel Destino

Review – Motel Destino
Motéis são um espaço de discrição e também de livre exercício de nossos desejos. Um lugar em somos encorajados a fazer o que queremos porque ninguém nos vê. Não é acidente, portanto, que a locação central de Motel Destino, um filme cuja história gira em torno de desejo e da necessidade de se esconder, seja um motel.

Neon Noir

A trama é protagonizada por Heraldo (Iago Xavier). Ele e o irmão trabalham para a chefe de uma facção local e são incumbidos de eliminar um rival dela. Um dia antes do assassinato, Heraldo se envolve com uma mulher que conheceu em um show e vai com ela para um motel, ele acorda no dia seguinte atrasado para o assassinato e quando chega no local combinado descobre que o irmão tentou o ataque sozinho e foi morto. Temendo a vingança da chefe e dos companheiros, Heraldo volta ao motel para se esconder e convence o casal de donos, Dayana (Nataly Rocha) e Elias (Fábio Assunção) a deixá-lo ficar lá em troca de emprego. Aos poucos, tanto Elias quanto Dayana demonstram interesse nele, com Heraldo eventualmente se envolvendo com Dayana.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Lixo Extraordinário – Cinderela Baiana

 

Crítica – Cinderela Baiana

Review - Cinderela Baiana
Desde que comecei a Lixo Extraordinário, essa coluna dedicada a filmes lendários por sua ruindade, nos idos de 2017 sempre ouço a mesma pergunta: “e quando você vai falar sobre Cinderela Baiana?”. Talvez o mais lendário filme ruim do cinema brasileiro Cinderela Baiana foi lançado em 1998 e trazia Carla Perez interpretando uma versão ficcionalizada de si mesma e de sua trajetória de garota pobre de Salvador a estrela da dança. O filme foi um imenso fracasso no lançamento e só começou a ser visto pelas pessoas quando caiu na internet nos primeiros anos do Youtube (reza a lenda que Carla Perez teria adquirido e destruído boa parte dos VHS do filme) se tornando uma espécie de clássico cult da ruindade.

Ele foi, provavelmente, o filme que iniciou o meu masoquismo audiovisual e sem ele provavelmente nunca teria pensado em criar essa coluna. Talvez por conta disso eu tenha esperado para falar sobre ele em uma ocasião especial. Essa ocasião acabou sendo minha participação no Festival Cinderela Baiana de Cinema que ocorreu de 16 a 18 de agosto aqui em Salvador. Fui convidado pela organização do festival a falar sobre o filme, então tive que revê-lo e aproveitei para fazer por escrito minhas considerações. O que vem a seguir é menos uma análise pormenorizada do filme e mais uma tentativa de explicar como ele ganhou seu status lendário de ruindade e porque ele continua sendo discutido mesmo sendo tão ruim.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Crítica – MaXXXine

Resenha Crítica – MaXXXine


Review – MaXXXine
Desfecho da trilogia iniciada com X: A Marca da Morte (2022) e Pearl (2023), este MaXXXine é, infelizmente o mais fraco dos três. Ele segue boa parte dos temas iniciados nos dois outros filmes, mas não tem muito a acrescentar a eles. A trama acompanha a atriz Maxine (Mia Goth), depois dos eventos do primeiro filme. Ainda marcada pelo trauma da matança a qual sobreviveu ela tenta reconstruir a carreira saindo do pornô e indo para Hollywood. Quando Maxine consegue um papel de protagonista em um filme de terror ela crê que finalmente alcançará o estrelato que almeja, mas começa a ser seguida pelo detetive John Labat (Kevin Bacon) que ameaça revelar segredos do passado dela, tudo isso enquanto a atriz navega pelo perigo das ruas de Los Angeles aterrorizadas pelo serial killer Night Stalker (que existiu de verdade).

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Crítica – The Umbrella Academy: 4ª Temporada

 

Análise Crítica – The Umbrella Academy: 4ª Temporada

Review – The Umbrella Academy: 4ª Temporada
De certa forma The Umbrella Academy tem um problema similar ao de Game of Thrones por adaptar uma história que não foi concluída em seu meio original, ultrapassar a trama do material original e ter que construir um fim apenas com apontamentos gerais dos criadores a respeito da direção em que querem levar a narrativa. A terceira temporada da série já dava sinais de cansaço e agora este quarto e último ano tropeça em uma conclusão que carece de impacto ao mesmo tempo em que apenas repete ideias de tramas anteriores.

Apocalipse? Now?

A temporada continua no ponto em que a anterior parou, com os Hargreeves indo parar em uma nova linha do tempo em que eles não tem super poderes. Anos se passam e eles se resignam a viver como pessoas comuns até que Cinco (Aidan Gallagher), que agora trabalha para a CIA, descobre uma nova ameaça nos Guardiões. Liderados pelos excêntricos Gene (Nick Offerman) e Jean (Megan Mulally, esposa de Offerman na vida real), o grupo reúne pessoas com memórias das outras linhas temporais criadas pelas ações dos Hargreeves e que se ressentem pela vida que levam na realidade atual, tentando reverter a situação ao organizar um evento cataclísmico que ira destruir a linha do tempo. Sim, mais uma vez os irmãos precisam correr contra o tempo para impedir um iminente fim do mundo, que original.

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Crítica – Alien: Romulus

 

Análise Crítica – Alien: Romulus

Review – Alien: Romulus
Depois de dois filmes bem aquém do esperado com Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017) eu não tinha muitas expectativas em relação a este Alien: Romulus. Sim, o diretor Fede Alvarez tem uma trajetória sólida no horror com filmes como O Homem nas Trevas (2016) ou A Morte do Demônio (2013), mas a impressão é que não havia muito mais a ser dito sobre o universo criado em Alien: O Oitavo Passageiro (1979). Alien: Romulus não é uma reinvenção da franquia, mas trabalha de modo consistente seus temas de totalitarismo corporativo, soberba humana ou a tentativa do homem em tomar para si a criação da vida. Inclusive executa melhor alguns conceitos que não foram muito bem aproveitados em produções anteriores neste universo.

A trama é centrada em Rain (Cailee Spaeny), que trabalha em uma decadente colônia de mineração da Weyland-Yutani. Ela acumulou horas de trabalho suficientes para conseguir um passe para deixar o lúgubre planeta minerador que não recebe luz solar para um lugar, mas habitável. Quando a empresa muda a cota de horas na última hora, ela decide encontrar um outro meio para sair do planeta junto com o sintético Andy (David Jonsson), a quem considera um irmão. A chance de fuga aparece através de Tyler (Archie Renaux) que propõe a Rain usar as permissões que Andy tem dos sistemas da Weyland-Yutani para invadirem uma estação espacial desativada e roubarem os suprimentos que precisam para chegar no planeta mais próximo. Chegando na estação, porém, descobrem que o local não foi desativado, mas destruído e que experimentos perigosos estão à solta no local.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

 

Análise Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

Review – Batman: Cruzado Encapuzado
Lançada em 1992 Batman: A Série Animada, produzida por Bruce Timm, redefiniu as histórias do Batman ao inserir novos personagens, como a Arlequina, e repensar a mitologia de vários de seus vilões, como o Sr. Frio, lhes dando mais complexidade. A série também é importante por ter originado todo um universo animado, sendo seguida por Superman: A Série Animada, Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites. Todo esse conjunto é, talvez, uma das melhores adaptações do universo DC para o audiovisual, então recebi com empolgação a notícia que Timm voltaria a produzir uma série animada do Batman neste Batman: Cruzado Encapuzado, que ainda conta com o veterano dos quadrinhos Ed Brubaker como roteirista.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Crítica - Meu Filho, Nosso Mundo

Análise Crítica - Meu Filho, Nosso Mundo

Review - Meu Filho, Nosso Mundo
Filmes sobre autismo muitas vezes pecam por excesso, romantizando demais a condição ou focando apenas nas limitações e sofrimento. Meu Filho, Nosso Mundo apresenta um raro equilíbrio no modo como trata essa situação, embora ainda estruture as coisas como uma jornada de superação relativamente previsível.

A trama acompanha o comediante Max (Bobby Cannavale), cujo filho, Ezra (William A. Fitzgerald), sofre na escola e acaba sendo atropelado na rua. O acidente faz Ezra ficar sob tutela do Estado, sendo forçado a tomar medicação e sendo colocado em uma instituição psiquiátrica. Sentindo-se impotente em proteger o filho, Max sequestra Ezra e o leva consigo em uma turnê de comédia que irá fazer através do país.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Crítica – Planeta dos Macacos: O Reinado

 

Análise Crítica – Planeta dos Macacos: O Reinado

Review – Planeta dos Macacos: O Reinado
Considerando que Planeta dos Macacos: A Guerra (2017) deu um encerramento digno à trilogia prelúdio iniciada com Planeta dos Macacos: A Origem (2011), não via muito sentido em continuar seguindo na cronologia e não estava particularmente empolgado para este Planeta dos Macacos: O Reinado. O resultado não é dos piores da franquia, embora também não esteja entre os melhores.

A trama se passa anos depois da morte de Cesar, com os símios dominando o planeta e os humanos cada vez menos numerosos. Noa (Owen Teague) é um jovem símio de um clã remoto que é atacado pelos símios agressivos que servem a Proximus Cesar (Kevin Durand). Agora Noa precisa se aventurar fora de seu vale remoto para resgatar a família. No caminho ele aprende mais sobre o atual estado do mundo e como as coisas se tornaram assim, ele conhece Raka (Peter Macon), um seguidor dos valores do falecido Cesar, e a humana Mae (Freya Allan, a Ciri de The Witcher).

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Crítica – Borderlands

 

Análise Crítica – Borderlands

Review – Borderlands
Nos últimos anos tivemos boas adaptações de games como The Last of Us (2023) ou Fallout, então é de se esperar que Hollywood tente explorar esse filão, principalmente em um contexto de desgaste de filmes de super-heróis. Borderlands adapta o game de mesmo nome da desenvolvedora Gearbox e, ao contrário dos exemplos citados, é mais um filme ruim baseado em games.

Problemas na produção

O longa teve uma produção turbulenta, com atrasos, material sendo reescrito (Craig Mazin, de Chernobyl e The Last Of Us escreveu uma primeira versão do roteiro e pediu para ter seu nome removido dos créditos quando as mudanças se afastaram de sua visão inicial) e posteriores refilmagens que não contaram com a presença do diretor Eli Roth. É o tipo de coisa que já não dá muita esperança que o resultado vá ser ruim e entrei para assistir esperando algo que sequer conseguisse fazer o mínimo de sentido em sua trama. Os problemas do filme não chegam a tanto, ao menos ele conta uma história com começo, meio e fim, o que é o mínimo a se esperar.