quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Drops – Plano em Família 2

 

Análise Crítica – Plano em Família 2

REVIEW – Plano em Família 2
Certas decisões são impossíveis de determinar de antemão que são péssimas escolhas. Em outras, porém, sabemos na hora que fizemos uma péssima opção. Dar play em Plano em Família 2 foi uma dessas escolhas. Eu já não tinha achado o primeiro Plano em Família grande coisa e não tinha como esperar algo muito melhor desse, mas ainda assim resolvi assistir. Talvez eu seja masoquista.

Família internacional

Depois dos eventos do filme anterior, a família liderada por Dan (Mark Wahlberg) e Jessica (Michelle Monaghan) viajam para Londres para passarem o Natal com a filha mais velha, Nina (Zoe Coletti), que foi morar lá para estudar. Lá Dan se vê enredado em uma trama de roubo arquitetada por Finn (Kit Harington), um antigo conhecido da época em que Dan trabalhava com o pai, o vilão do primeiro filme. Com a família novamente alvo de criminosos internacionais, Dan precisa encontrar um meio de deter Finn.

Como no primeiro filme a trama raramente faz sentido, com o vilão muitas vezes deixando os personagens escaparem porque o roteiro exige. Alguns membros da família recebem subtramas próprias, mas fazem pouca diferença e falham em acrescentar mais elementos aos personagens. Falta a Kit Harington uma presença imponente ou um senso de imprevisibilidade para fazer de Finn um vilão ameaçador, embora ele consiga convencer do rancor que move seu personagem.

Apesar da narrativa apresentar Finn como um mercenário astuto e cheio de recursos, principalmente quando ele se apropria de toda a estrutura deixada pelo pai de Dan, nunca temos a sensação de urgência de que aquela família está constantemente sob ameaça ou na mira de um inimigo que pode encontrá-los a qualquer momento. Como no primeiro filme, a falta de perigo também se traduz na facilidade com a qual Dan despacha adversários ou se infiltra em lugares, nunca criando a impressão de que ele pode falhar. A ação ainda prejudicada pela típica montagem picotada que acomete boa parte do cinema de ação contemporâneo, falhando em dar qualquer senso de dinamismo ou coesão. Um exemplo é a luta de Jessica contra uma das capangas de Finn, cuja montagem é tão excessiva que sequer sentimos o impacto ou velocidade dos golpes.

Plano em Família 2 é o pior tipo de filme para ser analisado. É tudo tão inane, tão desprovido de qualquer sentimento, de qualquer senso de energia que é incapaz até de me fazer sentir raiva dele. É só uma enorme pilha de nada que não consegue nem me incomodar e a única emoção que me desperta é que desperdicei meu tempo.

 

Nota: 3/10


Trailer

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