Revanche previsível
Heller (Rami Malek) é um programador que trabalha para a CIA. Quando sua esposa, Sarah (Rachel Brosnahan, que recentemente foi a Lois Lane em Superman), é assassinada em um atentado terrorista na Europa, ele exige participar da busca pelos culpados. Para isso, recebe treinamento de campo do veterano Henderson (Lawrence Fishburne), que não vê como Heller será capaz de cumprir a missão. As coisas se complicam quando Heller descobre que os envolvidos no atentado são mercenários empregados pela CIA em missões secretas, significando que a agência não tem qualquer interesse em capturá-los.
A narrativa segue um esquema bem previsível de Heller se preparando para seu plano de vingança e depois executando ele. Ao menos a narrativa é esperta em reconhecer que apenas alguns meses de treinamento não seriam suficientes para transformarem um programador pacato em um agente letal, evidenciando o quanto ele está numa situação além de sua capacidade. Se as habilidades de combate dele não são adequadas, o protagonista tenta compensar com sua astúcia e talentos com eletrônica, criando armadilhas criativas para seus inimigos, como a cena em que ele racha o vidro de uma piscina suspensa para eliminar um alvo.
Esses momentos, porém, não são suficientes para elevar a produção a qualquer coisa além de uma mera repetição de clichês batidos. Parte do problema são os vários personagens inanes e unidimensionais que desperdiçam um elenco relativamente competente. Lawrence Fishburne traz a gravidade que se espera de um agente veterano, mas não consegue fazer muito com o pouco tempo que tem. O mesmo pode ser dito do vilão interpretado por Michael Stuhlbarg. Rachel Brosnahan, por sua vez, é completamente desperdiçada como a esposa de Heller, uma personagem sem qualquer personalidade discernível que só está ali para ser morta e servir de motivação para o protagonista. Há uma tentativa de falar sobre como a CIA está mais interessada em politicagem do que com a segurança nacional, mas são ideias que não tem nada muito consistente a dizer.
Assim, Operação Vingança entrega um suspense morno, que se acomoda em lugares comuns e nunca oferece nada marcante.
Nota: 4/10
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