quinta-feira, 10 de julho de 2025

Crítica – Cuckoo: O Medo Chama

 

Análise Crítica – Cuckoo: O Medo Chama

Review – Cuckoo: O Medo Chama
Estrelado por Hunter Schafer, Cuckoo: O Medo Chama cria uma misteriosa atmosfera de horror para sua história, mas conforme progride não consegue dar conta dos múltiplos temas que tenta abordar. A narrativa é centrada em Gretchen (Hunter Schafer), uma jovem que se muda para a Alemanha com o pai, Luis (Marton Csokas), a madastra, Beth (Jessica Henwick), e a irmã caçula Alma (Mila Lieu), que desde que nasceu nunca conseguiu falar. Luis vai para o país a trabalho, para reformar o remoto resort nas montanhas de propriedade do excêntrico Konig (Dan Stevens). Gretchen começa a trabalhar como recepcionista do remoto resort, mas logo começa a notar estranhos fenômenos e a ser perseguida por uma bizarra mulher encapuzada. Como ninguém mais vê a tal mulher, o pai e a madrasta acham que Gretchen está tentando chamar atenção, já que eles estão focados nos problemas de saúde de Alma.

Espécie invasora

A narrativa vai aos poucos construindo um senso de tensão e estranheza conforme fenômenos bizarros vão acontecendo ao redor de Gretchen, desde conduta esquisita dos hóspedes, passando por estranhos sons e momentos de deja vu que ela experimenta até as violentas perseguições da mulher encapuzada. Há uma ambiguidade nesses momentos que nos deixa incertos se é tudo na mente de Gretchen, que lida com o senso de isolamento e o falecimento inesperado de sua mãe, ou se há de fato uma criatura à espreita que explica todos os fenômenos estranhos.

Por outro lado, alguns segredos são bem óbvios desde o início como o fato de Konig claramente estar escondendo algo, o que mina parte da ambiguidade que a narrativa tenta construir. O que era uma narrativa sobre o luto de Gretchen e o senso de não pertencimento dela à nova família do pai vai se abrindo a outros temas a partir do momento em que o filme decide explicar o que de fato está acontecendo e qual a natureza da ameaça.

As experiências de Konig com criaturas híbridas deslocam os temas do luto para falar de ética científica, direitos reprodutivos da mulher e diferentes configurações de família, mas nunca há tempo suficiente para desenvolver todas essas ideias. O filme se torna um slasher competente, com bons momentos de tensão graças aos visuais bizarros e senso de estranheza com o qual tudo é conduzido, mas fica a impressão de que a narrativa levanta muitas questões e não as trabalha a contento.

 

Nota: 6/10


Trailer

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