Rebelião das máquinas
A narrativa é centrada em Eli (Jaeden Martell) que junto com o melhor amigo Danny (Julian Dennison) pensam em como pegar garotas na festa de ano novo da escola que vai marcar a virada para o ano 2000. Eli pensa em se aproximar de Laura (Rachel Zegler), a garota popular por quem é apaixonado, mas assim que chega a meia-noite os computadores ganham autonomia e começam a matar pessoas. Agora eles precisam sobreviver.
O filme começa como uma comédia adolescente, seguindo a fórmula de uma grande festa na qual jovens à margem dos grupos populares vão tentar faturar garotas, algo nos moldes de Superbad: É Hoje (2007). Assim que as máquinas ganham consciência, no entanto, a produção dá uma guinada no terreno do slasher. A questão é que raramente o filme consegue equilibrar o terror com a comédia e ainda mais quando tenta inserir momentos de drama, à exemplo da cena em que um personagem importante é morto e a narrativa tenta construir um momento triste que não funciona porque parece fora do tom do que foi construído até então e a relação entre os personagens não foi desenvolvida ao ponto de justificar nosso envolvimento emocional.
Embora a narrativa se construa como um slasher no qual os personagens precisam estar em movimento constante para sobreviver, o filme é carente de um senso de urgência, de perigo constante e tudo é mais lento e arrastado do que deveria, fazendo seus cerca de noventa minutos de duração soarem bem mais longos. Eu sei que há uma dimensão de “filme B”, que as criaturas robóticas são feitas para serem propositalmente toscas, no entanto elas não conseguem nem fazer rir, nem assustar.
Falta absurdo e anarquia nos momentos mais cômicos e falta gore nos momentos de violência. Aqui e ali o filme oferece alguns momentos divertidos, como as mortes por eletrodomésticos na hora da virada ou a cena em que Eli e Laura ficam presos dentro de um banheiro químico em queda, com os conteúdos sendo despejados em cima deles. É um filme que nunca é tão aloprado quanto sua premissa pede e desperdiça uma ideia interessante em uma história que não tem nada a dizer sobre nosso temor tecnológico.
Nota: 4/10
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