Os infiltrados
A trama progride como uma grande comédia de erros na qual os personagens se inserem em situações nas quais não tem o menor preparo para sobreviverem, mas por pura sorte ou coincidências fortuitas tudo dá certo para eles e cada vez mais ampliam sua reputação no submundo como gângsteres durões. O roteiro consegue criar situações que são ao mesmo tempo convincentes e absurdas no modo como os protagonistas conseguem virar situações adversas ao seu favor, como na cena em que caem no meio de uma disputa entre gangues rivais e Kat consegue convencer todos a cooperarem ou no momento em que eles são despachados para cobrar uma dívida de um criminoso perigoso e o sujeito morre acidentalmente fazendo o mafioso Fly (Paddy Considine) acreditar que o alvo foi de fato despachado pelos protagonistas.
É por essa criatividade em criar
situações caóticas que o filme se sustenta, já que algumas reviravoltas, como a
real intenção de Billings, são razoavelmente previsíveis. Os arcos dos três
protagonistas são igualmente lugar comum, com Hugh aprendendo a ser mais
assertivo ou Marlon finalmente conseguindo ser levado a sério como ator. No
entanto esse não é o tipo de produção que visa uma narrativa complexa ou
personagens com muitas camadas. É, na verdade, o tipo de comédia besteirol cujo
único compromisso é com o riso, entregando situações absurdas e gags sem noção, como Hugh sendo forçado
a cheirar várias linhas de cocaína para testar a qualidade do produto, para nos
divertir.
Nota: 6/10
Trailer
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