sexta-feira, 9 de maio de 2025

Crítica – Caos e Destruição

 

Análise Crítica – Caos e Destruição

Review – Caos e Destruição
Fui assistir Caos e Destruição por ter sido dirigido por Gareth Evans, realizador responsável pelos dois Operação Invasão. Ainda que o filme até tenha bons momentos de adrenalina, o restante é derivativo demais para oferecer algo digno de nota.

Metrópole corrompida

A trama gira em torno de Walker (Tom Hardy), um policial corrupto que tenta se reaproximar da filha pequena depois que suas ações o afastaram da família. As coisas se complicam quando ele recebe a incumbência de resgatar Charlie (Justin Cornwell), filho de um importante e corrupto político da cidade, Lawrence (Forest Whitaker), a quem Walker costumava servir. Depois de um roubo que deu errado, Charlie acidentalmente iniciou uma guerra de gangues, estando na mira de vários grupos criminosos e da polícia.

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Rapsódias Revisitadas – Temos Papa

 

Análise – Temos Papa

Review - Habemus Papam
Lançado em 2011 e dirigido por Nanni Moretti, Temos Papa (Habemus Papam no original) reflete sobre o peso de ocupar um cargo tão poderoso e influente como o de Papa. O filme traz consigo uma tentativa de lembrar que por mais solene que seja o processo de eleição de um novo pontífice, aqueles envolvidos e o próprio escolhido são pessoas com seus próprios problemas dúvidas e inseguranças.

Papa em pânico

A trama começa com o falecimento do atual Papa e a necessidade de um conclave para eleger um novo líder da Igreja Católica. Durante a eleição o cardeal Melville (Michel Piccoli) é escolhido como Papa apesar de não estar entre os mais cotados. No momento em que ele está prestes a ser apresentado ao mundo, no entanto, o novo Papa tem um ataque de pânico e não consegue sair na sacada. Sem um novo papa, o processo do conclave não é concluído e os cardeais são obrigados a continuarem isolados.

terça-feira, 6 de maio de 2025

Crítica – Outro Pequeno Favor

 

Análise Crítica – Outro Pequeno Favor

Review – Outro Pequeno Favor
Misturando comédia e thriller, a produção Um Pequeno Favor (2018) foi uma divertida surpresa por conta da interessante dupla de protagonistas. Era, no entanto, uma história que não pedia continuações e que provavelmente, considerando o desfecho rocambolesco do filme, não teria muito a ganhar expandindo a história. Ainda assim o filme recebeu uma sequência neste Outro Pequeno Favor e o resultado é exatamente o que eu temia.

True crime suburbano

Depois dos eventos do primeiro filme, Stephanie (Anna Kendrick) lançou um livro narrando toda sua experiência que viveu com Emily e transformou seu canal sobre maternidade em um canal de true crime, embora não tenha obtido o sucesso esperado. Tudo muda quando Emily (Blake Lively) reaparece em sua vida, chamando Stephanie para seu casamento na Itália. De início Stephanie reluta, mas aceita o convite quando Emily ameaça processá-la pelo uso indevido de seu nome e imagem no livro. Chegando na Itália, Stephanie descobre que o noivo de Emily, Dante (Michele Morrone), é membro de uma poderosa família mafiosa. As coisas se complicam quando corpos começam a aparecer na festa de casamento.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Crítica – Amor Bandido

 

Análise Crítica – Amor Bandido

Review – Amor Bandido
Depois de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (2022) o público redescobriu o carisma de Ke Huy Quan. Após o sucesso e as premiações que vieram com o filme, Quan apareceu em projetos de visibilidade como a segunda temporada de Loki. Este Amor Bandido, porém, é o primeiro trabalho do ator como protagonista depois de sua renascença e, infelizmente, é uma produção aquém do seu astro.

Paixão perigosa

A trama gira em torno de Marvin (Ke Huy Quan), um pacato corretor de imóveis que parece feliz com sua vida. No dia dos namorados ele recebe uma mensagem de uma antiga paixão, Rose (Ariana DeBose), que o lembra de sua vida pregressa. O contato de Rose coloca Marvin na mira dos criminosos para os quais ele trabalhava e agora ele precisa lutar para sobreviver. De certa forma é uma mistura de John Wick com comédia romântica e personagens excêntricos a la Tarantino e Guy Richie. O problema é que nenhuma dessas é bem executada.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Crítica – Thunderbolts*

 

Análise Crítica – Thunderbolts*

Review – Thunderbolts*
Depois do fraco Capitão América: Admirável Mundo Novo eu não estava particularmente empolgado para este Thunderbolts*, mas o resultado é bacana pelo modo como tenta explorar os traumas de seus personagens, ainda que sofra com um certo desequilíbrio tonal.

Bando à parte

A trama começa com um processo de impeachment para remover Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis Dreyfus) do controle da CIA. Para impedir o processo ela despacha Yelena (Florence Pugh) para eliminar provas. No curso da ação ela encontra John Walker (Wyatt Russell) e a Fantasma (Hannah John-Kamen), também operativos trabalhando para Valentina e que agora foram despachados para matar uns aos outros. Na batalha entre eles em um laboratório, eles acabam acidentalmente despertando Bob (Lewis Pullman), a única cobaia que sobreviveu do projeto Sentinela. Dotado de amplos poderes, mas mentalmente instável, Bob é uma arma valiosa para Valentina, mas Yelena e os demais decidem detê-la, sendo auxiliados por Bucky (Sebastian Stan), que estava fazendo sua própria investigação em Valentina.

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Crítica – Eu Vi o Brilho da TV

 

Análise Crítica – Eu Vi o Brilho da TV

Review – Eu Vi o Brilho da TV
Alguns filmes são tão singulares no modo como constroem sua atmosfera e contam sua história que nos conquistam mesmo que o conjunto como um todo tenha suas falhas. Eu Vi o Brilho da TV é esse tipo de produção, algo que desafia classificações de gênero, caminhando entre o horror, drama psicológico e surrealismo para refletir sobre identidade e pertencimento.

Tempo de tela

A trama é centrada em Owen (Justice Smith), um garoto solitário e sem senso de si que se torna obcecado por uma série de televisão sobre duas garotas que enfrentam monstros sobrenaturais (pensem em algo como Buffy). Ele encontra uma amiga em Maddy (Brigette Lundy-Paine), que é igualmente solitária e misantropa, mas compartilha com Owen a obsessão pela série The Pink Opaque. O tempo passa, a série é cancelada, Maddy desaparece, mas Owen continua fixado pela série, atraído por seu magnetismo enquanto os anos passam, o mundo parece se mover e ele permanece estagnado.

terça-feira, 29 de abril de 2025

Crítica – Black Mirror: 7ª Temporada

Análise Crítica – Black Mirror: 7ª Temporada

Review – Black Mirror: 7ª Temporada
Depois de uma fraca sexta temporada não pensei que Black Mirror fosse retornar para mais um conjunto de episódios. Esta sétima temporada é um pouco melhor que a anterior, mas deixa a impressão de que a série está se repetindo e não tem muito mais a dizer. Assim como na temporada anterior, por sinal, em alguns episódios a questão da tecnologia chega a ser até marginal para as narrativas.

Vida precarizada

O primeiro episódio é, talvez, o melhor dessa nova leva. O casal Mike (Chris O’Dowd) e Amanda (Rashida Jones) se vê com uma grande despesa médica quando ela passa a ser dependente de um dispositivo tecnológico para se manter viva. O problema é que a empresa que faz o dispositivo está sempre piorando seu serviço para oferecer pacotes mais caros que são vendidos como melhorias, mas que na prática só entregam o mesmo básico de antes.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Crítica – Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu

 

Análise Crítica – Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu

Review – Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu
Depois de toda a querela envolvendo o engavetamento de Coyote vs ACME mesmo com o filme já pronto, imaginei que a Warner não ia querer fazer mais nada com os Looney Tunes, o que seria uma pena, considerando que eles são basicamente os mascotes da empresa. Felizmente o estúdio continua a investir nos personagens com este longa animado Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu.

De volta à ação

A trama é focada em Patolino e Gaguinho, que cresceram juntos e agora precisam juntar dinheiro para reformarem a casa em que vivem, caso contrário a perderão. Depois de muitas tentativas frustradas eles conseguem emprego em uma fábrica de chicletes, mas Patolino logo descobre que o lugar guarda segredos sombrios e que parasitas alienígenas estão sendo colocados nos chicletes. Agora cabe a essa dupla amalucada salvar o mundo e desvendar a conspiração extraterrestre.

sábado, 26 de abril de 2025

Rapsódias Revisitadas – The Rocky Horror Picture Show

 

Análise Crítica – The Rocky Horror Picture Show

Resenha Crítica – The Rocky Horror Picture Show
Lançado em 1975 The Rocky Horror Picture Show foi um fracasso de bilheteria. Com sua mistura de musical, ficção científica e temáticas LGBTQIA+ o filme, no entanto, acabou se tornando objeto de culto ao longo dos anos, com sessões à meia-noite lotadas de fãs vestidos como os personagens e cantando junto com os números musicais. Assistir ele hoje, cinquenta anos depois de seu lançamento original, torna fácil entender o motivo dele continuar divertindo.

Let’s do the time warp again

A trama envolve o casal Janet (Susan Sarandon) e Brad (Barry Bostwick) cujo carro quebra numa estrada chuvosa no meio da noite. Procurando ajuda, eles entram em uma estranha mansão que é habitada por Frank-N-Furter (Tim Curry), um cientista louco travesti alienígena que está devotado a criar um espécime perfeito em Rocky (Peter Hinwood). Para tal conta com a ajuda dos assistentes Riff Raff (Richard O’Brien) e Magenta (Patricia Quinn). A presença deles ali ao lado dos experimentos e da trupe de aliados de Frank-N-Furter faz o casal repensar sua vida puritana.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Drops – Acompanhante Perfeita

 

Análise Crítica – Acompanhante Perfeita

Review  – Acompanhante Perfeita
Estrelado por Jack Quaid (de The Boys) e Sophie Thatcher (de Yellowjackets e Herege) o suspense Acompanhante Perfeita usa sua premissa de ficção científica para ponderar sobre objetificação da mulher e masculinidade tóxica. O casal Josh (Jack Quaid) e Iris (Sophie Tatcher) viaja para passar um final e semana na casa de um casal de amigos de Josh, Sergey (Rupert Friend) e Kat (Megan Suri). Quando Sergey tenta estuprar Iris, ela o mata, mas então descobre a verdade sobre si: ela é um robô programado para amar e servir Josh. A partir daí os habitantes da casa pensam no que fazer com Iris enquanto ela pensa em meios de fugir do local para não ser destruída.

Alma plástica

O início do filme vai dando pistas sutis sobre quem Iris é de verdade fazendo a revelação soar orgânica ao invés de um choque súbito. Ainda assim, penso que essa revelação teria mais impacto se fosse construída a partir do ponto de vista da personagem ao invés de um olhar mais onisciente da narrativa, com ela “apagando” depois de ouvir o comando de desligamento de Josh e acordando algemada sem saber o que aconteceu até que os outros personagens explicassem para ela a verdade sobre si.