Baseado na história real do
velocista Lou Zamperini este Invencível
dirigido por Angelina Jolie é mais uma história de superação e de triunfo do
espírito humano sobre todas as dificuldades. É uma história poderosa, mas
lamentavelmente sabotada por uma condução que, apesar de bem intencionada,
parece mais preocupada em arrancar lágrimas pelo sofrimento do protagonista do
que efetivamente construir um retrato interessante do personagem.
O filme acompanha a história de
Zamperini (Jack O'Connell) velocista que serviu durante a Segunda Guerra
Mundial em um avião bombardeiro. Quando o avião é abatido, Zamperini e dois
companheiros passam semanas à deriva no oceano em um bote salva-vidas. Como se
isso não fosse o bastante, eles são resgatados por um navio japonês que os
prende, fazendo-os passar o resto da guerra em um campo de prisioneiros.
O principal problema é o retrato
raso que o filme faz de seu protagonista. Desde as primeiras cenas da sua
infância o filme vai estabelecendo-o como mártir em potencial em uma profusão
de diálogos que falam sobre a importância de sobreviver sob condições ruins e
como Lou é capaz de suportar qualquer coisa. Daí para frente o filme se acomoda
em fazer apenas isso, nos mostrar o calvário do personagem enquanto ele sofre
todo tipo de violência e humilhação. É como se o filme apontasse sua câmera e
nos dissesse "olhe lá, ele está sofrendo, se emocione", mas fica
difícil se engajar quando tudo que temos diante de nós é pedaço de carne sem
personalidade. Jolie consegue muito bem capturar seu sofrimento, mas nunca
penetra em seu íntimo


















