O
diretor sul-africano Neill Blomkamp chamou a atenção de todos com sua ótima
alegoria para o preconceito e segregação racial em Distrito 9 (2009), seu filme seguinte, Elysium (2013) dividiu opiniões, embora eu o considere
satisfatório. Este Chappie, no
entanto, representa um grande deslize do diretor já que não consegue funcionar
nem como um drama existencial nem como filme de ação.
A
trama se passa na África do Sul em um futuro próximo no qual a força policial
foi substituída por robôs. O criador desses robôs, o cientista Deon Wilson (Dev
Patel) está convencido que pode ser capaz de criar um autômato dotado de
livre-arbítrio, uma inteligência artificial genuína, capaz de aprender e pensar
por conta própria. Sua chefe, a executiva Bradley (Sigourney Weaver), não acha
a ideia viável e o engenheiro Vincent (Hugh Jackman com um mullet digno do MacGyver) vê o trabalho de Deon como uma ameaça ao
protótipo bélico que tenta aprovar. Ignorando as ordens dos superiores, Deon
cria o robô assim mesmo e tudo se complica quando ele é sequestrado e obrigado
a deixar sua criação com um grupo de bandidos que desejam usar Chappie (Sharlto
Copley) para cometer crimes.

















