quinta-feira, 15 de maio de 2025

Drops – Fight or Flight

 

Crítica – Fight or Flight

Review – Fight or Flight
O ator Josh Hartnett tem experimentado um retorno em sua carreira nos últimos anos, se encontrando novamente sob os holofotes a partir de produções como Oppenheimer (2023) ou Armadilha (2024) e agora ganha uma oportunidade de estrelar um filme de ação neste Fight or Flight. É uma produção que remete às comédias de ação ultraviolentas do início dos anos 2000 como Adrenalina (2006) e Mandando Bala (2007) embora aqui o filme não traga consigo nada de muito marcante.

Voo perigoso

A trama acompanha Lucas Reyes (Josh Hartnett), um ex-agente de inteligência que virou mercenário e vive na clandestinidade, sendo caçado pelas autoridades dos Estados Unidos. Ele tem a chance de limpar seu passado ao aceitar a missão de se infiltrar em um voo transcontinental para localizar uma perigosa hacker e levá-la com vida aos EUA. O problema é que o avião está cheio de mercenários contratados para matar a pessoa que ele foi designado para proteger.

Hartnett traz uma energia intensa e insana a Reyes, um sujeito que não tem nada a perder e vive no limite, ainda que mantenha um senso de humanidade e consciência diante da violência que é constantemente ordenado a cometer. O trabalho de Hartnett ajuda a dar algum peso emocional a um protagonista que, de outro modo, é só uma repetição do clichê do agente traumatizado em busca de redenção.

As lutas divertem pela criatividade sangrenta com a qual exploram as habilidades dos diferentes assassinos com os quais Reyes se encontra e também pelo modo como usa os diminutos espaços do avião durante essas lutas, obrigando os personagens a recorrerem aos elementos ao seu redor durante os embates. A câmera mantem o senso de movimento constante no modo como acompanha e se desloca ao redor dos personagens durante as lutas, nunca perdendo um senso de unidade ou coesão.

Mesmo com momentos competentes de adrenalina, o filme nunca envolve como deveria. Em parte porque todos os personagens são tão unidimensionais e caricatos, envoltos em arcos clichês que são levados a sério ao invés de serem autoconscientes da farofa galhofeira que o filme é. Incomoda também a quantidade de reviravoltas implausíveis no terço final e o fato de que a trama encerra com um gancho para continuação sem qualquer senso de encerramento da narrativa presente.

 

Nota: 5/10


Trailer

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