Durante muito tempo os filmes de zumbis foram relegados à produções de baixo orçamento (o que nunca impediu que obras sensacionais fossem feitas) e suas criaturas eram costumeiramente considerados como inferiores a outros monstros do cinema como vampiros, lobisomens ou fantasmas. De uns tempos para cá, entretanto, começamos a viver um literal surto de zumbis, com produções de grande orçamento e visibilidade em quadrinhos, televisão e, claro, cinema. Assim chegamos a Guerra Mundial Z (baseado no livro homônimo de Max Brooks), um blockbuster de quase duzentos milhões de dólares que definitivamente coloca os monstros devoradores de cérebro no mainstream cinematográfico.
A trama é centrada em Gerry (Brad Pitt), um ex-agente das forças de segurança da ONU que precisa voltar à ativa depois que uma praga zumbi se alastra pelo mundo. O filme não economiza nas cenas de destruição e já começa com um ataque massivo de zumbis ao centro de Nova Iorque. A direção de Marc Forster (007: Quantum of Solace)chama a atenção pela escala grandiosa que o filme dá ao apocalipse zumbi, abusando de tomadas abertas que mostram as multidões de criaturas avançando contra a população.
Não há muito sangue, é verdade, mas essa deficiência é compensada por um clima de tensão bastante eficiente e alguns sustos que certamente farão o público pular da cadeira. Boa parte das cenas de ação também são bastante criativas no uso dos zumbis, que se empilham e se jogam sobre obstáculos formando verdadeiras ondas de mortos-vivos, essa inventividade contribui para dar frescor à narrativa.









