segunda-feira, 2 de junho de 2025

Crítica – A Fonte da Juventude

 

Análise Crítica – A Fonte da Juventude

Review – A Fonte da Juventude
Em seus primeiros filmes, Guy Ritchie era um diretor promissor com um estilo singular, mas com o tempo a impressão é que muito disso se perdeu e suas produções se tornaram cada vez mais genéricas, soando como trabalhos que poderiam ser feitos por qualquer peão de estúdio hollywoodiano. Mencionei isso quando escrevi sobre Guerra Sem Regras (2024), O Pacto (2023) ou Esquema de Risco (2023) e essas observações continuam valendo neste A Fonte da Juventude.

Aventura familiar

A narrativa gira em torno de Luke (John Krasinski), um arqueólogo e ladrão de artefatos que é contratado pelo ricaço Owen (Domhnall Gleeson) para encontrar a mítica fonte da juventude. Como algumas pistas estão além de seu entendimento, Luke recruta a irmã, Charlotte (Natalie Portman), que relutantemente se junta à equipe. A busca não será fácil, já que eles estão sendo caçados tanto pelas autoridades quanto por uma cabala de protetores do segredo da fonte liderada por Esme (Eiza Gonzalez).

É uma aventura bem típica envolvendo locações históricas e artefatos históricos, que não faz nenhum esforço par ir além daquilo que já é presumido por esse tipo de filme. É evidente que a fonte não será aquilo que eles esperam e que usar seu poder terá um custo. É evidente que o ricaço que financia toda a operação eventualmente irá revelar que tem motivos escusos, assim como também é óbvio que apesar de distantes Luke e Charlotte eventualmente irão se reconectar.

O problema não é só o fato de tudo ser familiar e previsível, mas a falta de encantamento ou mesmo de desafio que marca a jornada desses personagens. Esse tipo de aventura ao redor do planeta costuma ser marcado por localidades insólitas, que despertam temor, deslumbramento ou ambos. A exploração de ruínas antigas deveria testar o conhecimento e habilidade dos personagens, deveria nos fazer sentir que há um desafio ali que só mesmo aquelas pessoas extraordinárias conseguiriam superá-los, mas aqui qualquer obstáculo é facilmente resolvido.

John Krasinski diverte como um ladrão dotado de um charme cafajeste. Natalie Portman, por outro lado, é desperdiçada como a irmã certinha que não tem muito a fazer além de reagir exasperada aos esquemas do irmão. A ação é até bem conduzida, em especial a perseguição do início do filme, mas nunca empolga como deveria por não conseguir nos fazer sentir que esses personagens estão realmente em perigo.

Embora não faça nada de muito errado ou problemático, A Fonte da Juventude é o tipo de filme que é tão pouco marcante que some da memória assim que termina.

 

Nota: 5/10


Trailer

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