Como essa é história de crime, nem tudo correu como esperado. As coisas mudam quando Sarma conhece o misterioso Shane, um sujeito que diz trabalhar para a inteligência militar dos EUA, e que se apaixona por Sarma. Os dois começam a se relacionar e Shane começa a exigir “provas de lealdade” por parte de Sarma para garantir que ela é confiável e não vai por o trabalho dele em risco. Logicamente essas provas de lealdade envolvem transferir dinheiro e passar coisas para o nome de Shane, que promete devolver esses valores e ainda dar mais dinheiro para Sarma conseguir comprar de volta o restaurante das mãos dos investidores.
sexta-feira, 25 de março de 2022
Crítica – De Rainha do Veganismo a Foragida
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 24 de março de 2022
Crítica – Sorte de Quem?
Na trama, um homem que nunca é nomeado (Jason Segel) invade a casa de veraneio de um bilionário da tecnologia, imaginando que o local estará vazio. Quando o dono da casa (Jesse Plemons) e sua esposa (Lily Collins), chegam inesperadamente no local, o estranho acaba fazendo-os de reféns numa tentativa de faturar mais.
Com planos que se estendem bastante e tensões que se constroem aos poucos, a construção da trama é relativamente lenta, mas que compensa conforme tudo chega ao sangrento clímax. É, no entanto, menos sobre o jogo de gato e rato entre sequestrador e reféns e mais uma tentativa de entender quem são essas pessoas através do dispositivo da situação limite na qual são colocadas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 23 de março de 2022
Crítica – Horizon: Forbidden West
A trama se passa meses depois do jogo original e da expansão Frozen Wilds. Apesar da vitória contra Hades, o mundo ainda enfrenta um potencial cataclismo ambiental a menos que Aloy consiga restaurar Gaia, a IA responsável pela terraformação do planeta. Depois de expedições malsucedidas, a heroína encontra pistas de que Gaia poderia estar na costa oeste, mas o “oeste proibido” é um lugar perigoso e lá Aloy também encontrará novos e antigos adversários.
A narrativa consegue trazer várias revelações inesperadas e assim como no original, consegue envolver pela condução dos mistérios. Perto do final, no entanto, tudo fica um pouco aloprado demais em relação a tudo que foi construído até então, ao ponto em que não sei se é exatamente uma boa direção para a franquia e próximos games. Eu entendo que a ideia era mostrar como o egocentrismo e irresponsabilidade dos bilionários resulta em uma insensibilidade genocida, mas o jogo original já tinha feito isso bem com a história de Ted Faro. Aqui as adições tanto ao passado quanto ao presente fazem pouco para aprofundar essas questões, na verdade tornam algumas figuras mais superficiais e em alguns momentos destoam do resto da trama.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 22 de março de 2022
Crítica – Águas Profundas
Adaptando um romance de Patricia Highsmith (que escreveu, entre outras coisas, O Talentoso Ripley), a trama acompanha o casal Victor (Ben Affleck) e Melinda (Ana de Armas). Os dois vivem há tempos em uma relação estagnada, distante, e Melinda não tem nenhum problema em se envolver em casos extraconjugais e até levar seus amantes para festas da família, exibindo-os diante de todos. Um dia Victor decide abandonar sua postura passiva e resolve matar o mais recente amante (Jacob Elordi) da esposa.
O principal problema da trama é que o roteiro nunca nos dá contexto para como a relação dos dois chegou nesse estado. O que causou a estagnação no relacionamento? Porque Melinda decidiu trair o marido de maneira tão acintosa ao ponto de exibir seus amantes na frente dele e todos os seus amigos? Não é uma decisão que simplesmente acontece em uma pessoa que tem um casamento com filhos.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 21 de março de 2022
Crítica – Red: Crescer é uma Fera
Meilin logo aprende a controlar a transformação e pensa em como conviver com ela, mas Ming acha melhor que a filha evite se transformar e pede que Meilin espere até o momento apropriado para um ritual que irá selar o panda dela para sempre. Aos poucos, no entanto, Meilin se questiona se quer se livrar dessa parte de si.
A ideia de uma transformação ligada a emoções extremas e a chegada da adolescência é uma clara metáfora para a puberdade (e a cor vermelha pode ser relacionada à menstruação). Digo isso tanto no sentido das transformações físicas da puberdade e dificuldade de conviver com essas mudanças e entender o próprio corpo, mas também das mudanças comportamentais da adolescência conforme os jovens começam a ser mais independentes, descobrir seu lugar no mundo e sair da proteção dos pais.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
sexta-feira, 18 de março de 2022
Crítica – Amor Sublime Amor
A trama se passa na década de 1950 em uma zona periférica de Nova York, cujo bairro está sendo demolido para dar lugar a novos empreendimentos imobiliários. O terreno é também habitado por duas gangues rivais, os Sharks, uma gangue de imigrantes latinos, e os Jets, uma gangue formada pela comunidade branca local. Nesse cenário de disputas floresce o amor proibido entre Maria (Rachel Zegler), uma jovem imigrante irmã do líder dos Sharks, e Tony (Ansel Elgort), melhor amigo do líder dos Jets e que está tentando reconstruir a vida depois de sair da cadeia.
Muito se falou sobre como Spielberg “corrigiu” os problemas do original. A verdade, no entanto, é que colocar atores de origem latina para os personagens latinos ou não legendar as falas em espanhol, tratando-a como uma língua tão nativa quanto o inglês, é o mínimo que se espera de uma adaptação de um filme de sessenta anos em plena terceira década do século XXI. O filme avança muito pouco em boa parte das discussões sobre classe e raça em relação ao original, o que soa como um desperdício de potencial considerando o quanto esse debate avançou e a ascensão recente de grupos e discursos xenófobos nos EUA. Assim, é estranho que o olhar de Spielberg acerca de todas essas questões ainda soe tão similar a algo produzido na metade do século passado.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 17 de março de 2022
Drops – Espiral: O Legado de Jogos Mortais
Na narrativa, o detetive Zeke (Chris Rock) investiga uma série de assassinatos envolvendo policiais e armadilhas mortais que remetem ao trabalho de Jigsaw. Assim, Zeke precisa deter o assassino e descobrir o que está acontecendo. Normalmente os filmes da franquia Jogos Mortais se passam em locais confinados cheios de armadilhas, mas aqui a estrutura é menos Jogos Mortais e mais uma trama genérica de serial killer. Na verdade, sequer há tantas conexões assim com a franquia original e até o assassino é só um qualquer sem envolvimento direto com Jigsaw.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 16 de março de 2022
Drops – O Projeto Adam
O garoto Waker Scobell é perfeito em reproduzir a natureza verborrágica da persona de Ryan Reynolds, convencendo como uma versão mirim dele. As interações entre os dois são o ponto alto do filme por conta dos diálogos ágeis e bem humorados nos quais o garoto pergunta várias coisas sobre o próprio futuro. Mais adiante, o contato com o pai de Adam, Louis (Mark Ruffalo), também rende momentos de diversão, além de emoção genuína. O filme também entrega boas cenas de ação que exploram criativamente diversas possibilidades de tecnologias futuristas.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 15 de março de 2022
Rapsódias Revisitadas – O Beijo da Mulher-Aranha
Se passando boa parte do tempo dentro da cela de Molina e Valentin, o filme se apoia no desempenho dos dois protagonistas para falar sobre opressão, fuga e liberdade. Os dois personagens são indivíduos perseguidos simplesmente por serem quem são, Valentin por uma ideologia que desagrada ao governo ditatorial (que é claramente uma representação da ditadura militar brasileira) e Molina por sua sexualidade. Suas prisões não são, portanto, apenas a cela física que os detêm, mas também as próprias convenções sociais da época que os tratam como cidadãos de segunda classe.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 14 de março de 2022
Crítica – Turma da Mônica: Lições
Na trama, depois que uma tentativa de fugir da escola dá errado e termina com Mônica (Giulia Benite) quebrando o braço, os pais da turminha decidem separar os garotos, colocando-os em atividades extracurriculares e Mônica muda de escola. Sem a proteção de Mônica, Cebolinha (Kevin Vechiatto) e Cascão (Gabriel Moreira) se tornam vítimas dos valentões da escola, enquanto Magali (Laura Rauseo) tem dificuldade de ficar sem a amiga. Mônica, por sua vez, também se sente sozinha na nova escola, principalmente depois que um garoto mais velho rouba seu coelho de pelúcia, Sansão.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.







