Quando foi anunciado um filme
biográfico sobre o famoso lutador de MMA José Aldo, temi que o resultado fosse
similar a outro filme biográfico sobre um lutador, o tenebroso A Grande Vitória (2012). Felizmente ele
passa longe de ser tão desastroso, mas alguns problemas de roteiro e escolhas
de elenco o impedem de atingir seu potencial.
O filme acompanha a história do
lutador José Aldo (José Loreto), de sua juventude humilde em Manaus à sua ida
para o Rio de Janeiro e seu início como lutador profissional no universo do
MMA. É uma biografia esportiva bem tradicional que trata de todos os temas que
já vimos abordados em filmes sobre lutadores (reais ou não) como a importância
de saber lidar com o fracasso, superar limites, vencer traumas internos e o uso
da velha técnica "Rocky Balboa" de se deixar bater para cansar o
adversário. Eu nem preciso ir longe para lembrar de produtos que já trataram
tudo isso muito bem, tal qual o recente Creed: Nascido Para Lutar ou mesmo Nocaute (2015)
e Guerreiro (2011). Nesse sentido, Mais Forte que o Mundo: A História de José
Aldo se esforça muito pouco para ir além dos lugares-comuns e clichês que
esse tipo de filme estabeleceu.