quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Crítica – Marvel Cosmic Invasion

 

Análise Crítica – Marvel Cosmic Invasion

Review – Marvel Cosmic Invasion
Na renascença de beat’em ups que estamos vivendo já tivemos novos games das Tartarugas Ninja, Power Rangers, Streets of Rage e Double Dragon. Era questão de tempo até que o universo Marvel também tentasse capitalizar com isso e é exatamente o que faz este Marvel Cosmic Invasion, claramente inspirado nos beat’em ups de outrora, em especial o antigo game dos X-Men, e também nos games de luta Marvel vs Capcom. O resultado é um game de ação que consegue remeter à época de ouro do gênero, mas também soa bastante contemporâneo.

Guardiões da Galáxia

A trama envolve o vilão Aniquilador, que consegue capturar o poderoso Galactus e absorver seu poder cósmico, lançando um ataque em escala universal com seu exército de insetos. Agora cabe aos vários heróis da galáxia se unirem para conter a ameaça. Narrativa não é exatamente o motivo pelo qual jogamos beat’em ups, mas as cutscenes entre cada fase, por mais que a arte seja muito boa, fazem tudo soa fragmentado e sem coesão. O vilão Aniquilador permanece distante, só aparecendo na batalha final, nunca dando a sensação de que ele é essa ameaça imediata e poderosa. A bela pixel art não se resume às cutscenes, com os sprites de personagem e cenários sendo bem coloridos e detalhados, em um estilo que lembra animações e games da década de 90. Alguns personagens tem animações e movimentos que remetem diretamente aos games da franquia Marvel vs Capcom, como Venom, Tempestade ou Homem-Aranha.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Crítica – Bugonia

 

Análise Crítica – Bugonia

Review – Bugonia
Novo filme do diretor grego Yorgos Lanthimos, Bugonia declara já em seu título sua temática de morte e renovação da vida. O termo bugonia viria de uma expressão grega que postulava que abelhas e outros insetos nasciam das carcaças de boi. Essas ideias, no entanto, permanecem subjacentes ao longo de boa parte do filme, que parece priorizar outros temas.

Teoria da conspiração

A narrativa gira em torno de Michelle (Emma Stone), presidente de uma grande empresa que é sequestrada por Teddy (Jesse Plemons). Ele acredita que a executiva é na verdade uma alienígena que está na Terra para matar as abelhas e destruir nosso ecossistema, com uma ação grande planejada para um eclipse que acontecerá em poucos dias. Teddy e o primo, Don (Aidan Delbis) matem Michelle no porão e tentam forçá-la a admitir o plano dos alienígenas.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Crítica – Sonhos de Trem

 

Análise Crítica – Sonhos de Trem

Resenha – Sonhos de Trem
Baseado em um romance escrito por Denis Johnson, Sonhos de Trem tem um quê de Terrence Malick no modo como o diretor Clint Bentley filma o cotidiano de seu protagonista. Digo isso tanto pelas escolhas estilísticas quanto narrativas, já que esta também é uma história sobre um sujeito comum vivendo em graça e plenitude a despeito de uma existência simples e marcada por tragédias, similar ao que Malick fez em produções como Uma Vida Oculta (2020) ou A Árvore da Vida (2011).

Vida natural

A narrativa é protagonizada por Robert (Joel Edgerton) um lenhador vivendo no oeste dos Estados Unidos no início do século XX. Ele consegue um trabalho que paga bem, mas que o deixa distante da esposa, Gladys (Felicity Jones), e da filha pequena. Acompanhamos Robert ao longo dos anos conforme ele lida com as tragédias que acometem a sua vida e com a passagem do tempo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Drops – Com Quem Será?

 

Análise – Com Quem Será?

Review – Com Quem Será?
O prospecto de uma comédia romântica estrelada por Keanu Reeves e Winona Ryder parecia promissor. Eles já tinham sido um casal em Drácula de Bram Stoker (1992) do Francis Ford Coppola, mas neste Com Quem Será? teriam a chance de construir um outro tipo de relacionamento, mais próximo de filmes românticos. O resultado, no entanto, é decepcionante mesmo que não seja culpa da dupla principal. 

Afeto estático

A trama acompanha Frank (Keanu Reeves) e Lindsay (Winona Ryder). Eles se conhecem durante um voo e se desentendem durante o trajeto. Chegando ao destino os dois descobrem que vão para o mesmo lugar, o casamento do irmão de Frank. Ele não tem um bom relacionamento e só foi para o casamento por insistência da família. Já Lindsey tinha sido noiva do irmão de Frank, mas foi largada por ele há seis anos e resolveu ir para mostrar que o tinha superado. Incialmente os dois se conectam pelo seu desdém do noivo, mas logo veem que tem mais coisas em comum e também bastante divergências.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Drops – Plano em Família 2

 

Análise Crítica – Plano em Família 2

REVIEW – Plano em Família 2
Certas decisões são impossíveis de determinar de antemão que são péssimas escolhas. Em outras, porém, sabemos na hora que fizemos uma péssima opção. Dar play em Plano em Família 2 foi uma dessas escolhas. Eu já não tinha achado o primeiro Plano em Família grande coisa e não tinha como esperar algo muito melhor desse, mas ainda assim resolvi assistir. Talvez eu seja masoquista.

Família internacional

Depois dos eventos do filme anterior, a família liderada por Dan (Mark Wahlberg) e Jessica (Michelle Monaghan) viajam para Londres para passarem o Natal com a filha mais velha, Nina (Zoe Coletti), que foi morar lá para estudar. Lá Dan se vê enredado em uma trama de roubo arquitetada por Finn (Kit Harington), um antigo conhecido da época em que Dan trabalhava com o pai, o vilão do primeiro filme. Com a família novamente alvo de criminosos internacionais, Dan precisa encontrar um meio de deter Finn.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Crítica – Love Me

 

Análise Crítica – Love Me

Review – Love Me
Fui assistir este Love Me sem saber absolutamente nada além dele ser estrelado por Kristen Stewart e Steven Yeun. Nada me preparou para a natureza aloprada da narrativa, ainda que sinta que a produção não consegue sustentar todas as ambições que tem.

Amor digital

A narrativa se passa milênios no futuro quando a humanidade foi extinta e a Terra ficou desabitada. Um satélite vaga na órbita do nosso planeta contendo todo o acervo digital da humanidade para que outras formas de vida o encontrem. A única outra forma de vida inteligente, porém, é uma boia marítima criada para analisar os níveis de salinização da água. Ela entra em contato com o satélite e ao acessar seu acervo se torna fixada em um casal de influencers (interpretados por Stewart e Yeun) e decide experimentar a vida humana. Para isso tenta fazer a amizade com o satélite e juntos tentam construir uma simulação de como era a vida desse casal para reproduzir a experiência humana. Logicamente, viver um relacionamento humano é bem mais complexo do que imitar algumas centenas de reels de influencers e logo o casal começa a ter problemas.

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Crítica – Depois da Caçada

 

Análise Crítica – Depois da Caçada

Review – Depois da Caçada
A arte muitas vezes nasce do diálogo com o mundo real. Alguém olhou para alguma coisa no mundo, sentiu algo e resolveu transformar isso em arte. A arte, no entanto, não tem qualquer obrigação de reproduzir o mundo real, nem uma representação realista, próxima de como as coisas funcionam no mundo real, torna uma peça artística automaticamente boa. Digo isso porque reconheço como Depois da Caçada, novo filme do diretor Luca Guadagnino (de Rivais e Me Chame Pelo Seu Nome), é uma representação fiel do universo que representa, mas, ao mesmo tempo, ser fiel à realidade não significa que isso rende um bom drama.

Politicagem acadêmica

A trama é centrada em Alma (Julia Roberts), professora de filosofia em Yale. Ela tem um caso extraconjugal com Hank (Andrew Garfield), também professor na universidade, e um relacionamento distante com o marido, Frederik (Michael Stuhlbarg). Quando Maggie (Ayo Edebiri), uma doutoranda orientada por Hank, o acusa de estupro, Alma fica no meio da questão. Hank se defende dizendo que Maggie inventou a acusação depois que confrontou a orientanda sobre a tese dela ser um plágio. Alma já tinha noção que Maggie não era uma boa aluna e que seu trabalho poderia ser plágio, mas ela também sabe que Hank é mulherengo e gosta de dar em cima das alunas.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Crítica – A Mão Que Balança o Berço

 

Análise Crítica – A Mão Que Balança o Berço

Review – A Mão Que Balança o Berço
Nova versão do suspense homônimo de 1992 protagonizado por Rebecca De Mornay, o novo A Mão Que Balança o Berço sofre por não saber exatamente que história quer contar e por não conseguir manejar a construção do suspense.

Ameaça na residência

A narrativa segue Caitlin (Mary Elizabeth Winstead), uma advogada sobrecarregada com o trabalho e o cuidado com as duas filhas que decide contratar a jovem Polly (Maika Monroe) para cuidar das filhas depois de cuidar de um processo envolvendo o local em que Polly mora. De início a jovem parece se integrar bem à família, se conectando com as filhas de Caitlin, mas logo a advogada começa a sentir que Polly está interferindo demais no cotidiano da casa. Preocupações que o marido dela, Miguel (Raul Castillo), relativiza dizendo que ela pode estar próxima de um episódio de burnout, algo que já tinha acometido Caitlin antes.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Drops – Os Roses

 

Análise Crítica – Os Roses

Resenha Crítica – Os Roses
Estrelado por Benedict Cumberbatch e Olivia Colman, Os Roses é a mais nova adaptação para os cinemas do romance A Guerra dos Roses de Warren Adler que já tinha sido levado aos cinemas 1989 em um filme homônimo ao livro dirigido por Danny DeVito. Nunca li o livro e vi o filme do Danny DeVito, com Michael Douglas e Kathleen Turner nos papéis principais, há muito tempo e não tenho muita memória, então vou analisar essa nova versão sem fazer nenhuma comparação com outros materiais.

Inimigo íntimo

A trama acompanha o casal Theo (Benedict Cumberbatch) e Ivy (Olivia Colman), cujo casamento vai erodindo ao longo dos anos conforme a carreira de Theo vai piorando e a de Ivy deslancha. As tensões entre os dois crescem ao ponto de se tornarem insustentáveis e eles acabam se divorciando, mas a disputa pelos bens, em especial pela casa construída por Theo e paga por Ivy, se torna tensa.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Crítica – A Mulher no Jardim

 

Análise Crítica – A Mulher no Jardim

Review – A Mulher no Jardim
É curioso como a Blumhouse foi de uma produtora referência no terror para uma produtora que parece dar sinal verde para qualquer produção do gênero sem qualquer curadoria dos filmes que seleciona ou se preocupar com a qualidade deles. A impressão é que de uns tempos para cá o prestígio da produtora enfraqueceu um pouco conforme ela lançava filmes cada vez mais distantes do padrão de qualidade que estabeleceu para si. A Mulher no Jardim é mais uma dessas produções que dá a impressão que os melhores dias da Blumhouse estão no passado e não no presente.

Visitante sombria

A narrativa é protagonizada por Ramona (Danielle Deadwyler) uma mulher devastada pelo luto depois de perder o marido em um acidente de carro. Sozinha na fazenda que o marido comprou para a família, ela sequer tem ânimo para levantar da cama, precisando que os filhos a façam sair do quarto quando algum problema acontece na casa. Ela também está com uma perna quebrada por conta do acidente, se locomovendo com o auxílio de muletas. Um dia uma estranha mulher vestida de preto aparece sentada na frente da casa dela. A mulher parece confusa, mas também faz várias ameaças a Ramona. Ela tenta convencer os filhos de que está tudo bem, mas as crianças desconfiam de que há algo muito errado.