Praticamente
todos que conhecem a figura de Martin Luther King o fazem pelo seu famoso
discurso do "eu tenho um sonho" e pela noção de que ele comandava um
movimento não-violento em sua luta por direitos civis e igualdade racial nos
Estados Unidos. A verdade é que por causa de sua postura pacífica, a construção
que permanece de sua figura parece muitas vezes uma versão demasiadamente
"domesticada" criando a falsa impressão de que King era um sujeito
que resolvia suas questões sem precisar criar problemas e foi simplesmente
abaixando a cabeça para todos esperando que resolvessem suas demandas. No entanto, como o
filme inteligentemente mostra, ser não-violento não implica em uma postura não
combativa e nos momentos necessários King foi inteligente o bastante para
enfrentar e exercer pressão sobre aqueles com autoridade para ter suas demandas
atendidas.
A
trama acompanha os eventos da marcha por direitos civis que aconteceu na cidade
de Selma, no estado do Alabama, na qual os negros exigiam o reconhecimento de
seu direito ao voto que era negado em boa parte do sul dos Estados Unidos.


















