Lançado em 2007, uma das coisas
mais interessantes de Saneamento Básico:
O Filme é como ele transita por várias ideias sem perder a coesão. Começa
como uma crítica bem-humorada à burocracia pública, pontuando a dificuldade de
conseguir um pequeno aporte para a construção de uma fossa, mas logo se torna
uma declaração de amor ao cinema e seu poder transformador. Claro, o diretor
Jorge Furtado já estava mais do que acostumado a transitar entre vários temas
em seus filmes, vide o curta Ilha das
Flores (1989) ou longas como O Homem
que Copiava (2003).
Artistas do desastre
A trama é centrada em Marina
(Fernanda Torres), que tenta pressionar a prefeitura de sua pequena cidade a
construir uma fossa para evitar que dejetos poluam o córrego da região. A
secretaria responsável lhe informa que não há mais verba para obras naquele
ano, no entanto, há disponível uma rubrica para a produção de um vídeo
educativo que não foi usada e que Marina poderia dispor caso fizesse o tal
vídeo. Pensando em usar o dinheiro para financiar a fossa, Marina decide
produzir um vídeo sobre um monstro de poluição que ataca a cidade por conta da
falta de saneamento básico. Para fazer isso recruta o marido, Joaquim (Wagner
Moura), e dos amigos Cilene (Camila Pitanga) e Fabrício (Bruno Garcia).