Apesar de longeva no universo dos
games, a franquia Resident Evil não
teve lá muita sorte em termos de adaptações audiovisuais. Sejam nos malfadados
filmes dirigidos pelo Paul W.S Anderson, sejam nos longas animados que não
conseguiam equilibrar o misto de seriedade e galhofa que os melhores jogos
fazem tão bem. Esta série animada Resident
Evil: No Escuro Absoluto se sai melhor nesses aspectos.
Na trama, Leon Kennedy é um
agente federal que tenta desvendar um surto de zumbis na Casa Branca e como
isso pode estar conectado nas operações militares do pequeno pais Panamistão
anos atrás. Ao mesmo tempo, Claire Redfield está trabalhando em uma ONG que
tenta reconstruir o Panamistão depois da guerra e esbarra com a possível
ocultação do uso de armas biológicas durante o conflito armado na região.
A trama acerta no clima de
conspiração constante, como se os personagens fossem enredados num esquema tão
grande que talvez não consigam fazer sentido de tudo que está havendo ao redor
deles. Eventualmente toda a trama conspiratória acaba soando mais rocambolesca
que necessário, mas isso faz parte da natureza de filme B da franquia Resident Evil, na qual tudo precisa ser
grandiloquente e exagerado. Aqui, no entanto, essa estrutura de uma conspiração
mega mirabolante nunca se coloca no caminho da construção da tensão ou do
suspense.