
A trama se passa em um futuro
próximo no qual a humanidade foi quase que inteiramente exterminada por uma
espécie alienígena extremamente letal que é cega, mas usa o som para localizar
sua presa. A família de Lee (John Krasinski) e Evelyn (Emily Blunt) sobrevivem
por já estarem acostumados a se comunicarem em silêncio por sua filha Regan (Millicent
Simmonds) ser surda e eles dominarem a linguagem de sinais. O grupo, mais o
filho caçula Marcus (Noah Jupe, de Extraordinário)
tenta sobreviver em uma fazenda abandonada fazendo tudo com o maior silêncio
possível.
Há um enorme cuidado na
construção do universo e em nos fazer crer que aquelas pessoas realmente vivem
sob aquelas condições há mais de um ano e criaram todo tipo de mecanismo e
gambiarra possível para não produzir som. Do momento em que vemos Lee criar uma
trilha com areia para poder abafar o som dos passos às tábuas pintadas no
assoalho (mostrando em qual pisar para não fazer ruídos), ou mesmo o uso de
grandes folhas para servir a comida ao invés de pratos e talheres, há um visível
cuidado em nos deixar imersos nesse universo e suspender nossa descrença de que
viver daquela forma seria plenamente possível.