South Park: A Fenda que Abunda Força (The Fractured But Whole, em inglês) ganhou seu primeiro trailer, contando um pouco mais da história do jogo. A prévia tira sarro das atuais franquias cinematográficas de super-heróis e seus amplos universos compartilhados. Vejam o trailer abaixo:
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Sai o primeiro trailer do novo game de South Park

quarta-feira, 8 de junho de 2016
Crítica - The Witcher 3: Blood and Wine
Quando escrevi sobre Hearts of Stone, o primeiro grande DLC
do excelente The Witcher 3: Wild Hunt,
falei que a desenvolvedora polonesa CD Projekt Red dava uma aula de como fazer
uma expansão relevante, que ampliava os horizontes do universo do jogo, trazia
novos desafios, mecânicas e aprofundava seu protagonista. Pois bem, eles
fizeram tudo isso novamente em The
Witcher 3: Blood and Wine, segunda e provavelmente última grande expansão
para o último capítulo da trilogia de Geralt de Rívia.
A trama, que se passa dentro (e não após) da história do game principal, leva Geralt à idílica
Toussaint, na qual ele é contratado pela governante local para encontrar e
eliminar uma sombria criatura que está matando vários nobres. Inspirada no sul
da França, Toussaint tem sua paisagem tomada por vinhedos e plantações de
flores, sendo habitada por pomposos cavaleiros e eventos da alta sociedade. O
novo mapa traz o mesmo detalhamento visual e qualidade do game principal. É também bastante amplo,
com muito a explorar, oferecendo algo entre 20 e 25 horas de gameplay, e suas paisagens cheias de
cores vibrantes são um contraponto perfeito aos ambientes cinzentos e
arruinados pela guerra em Velen.
O contato do estoico Geralt com
os cavaleiros de Toussaint e suas vestimentas bufantes e linguagem rebuscada
traz um inesperado humor e leveza à narrativa sombria de The Witcher 3. Algumas missões secundárias são bem divertidas, como
aquela em Geralt percorre um banco tentando preencher um formulário correto,
claramente inspirada na sequência da repartição pública de Os 12 Trabalhos de Asterix. Blood
and Wine, no entanto, não é apenas bom humor e diversão e sua trama
principal é basicamente um conto sobre vampiros, que utiliza as criaturas para falar sobre laços familiares e de amizade e permite ao jogo expandir
o modo singular como as crias da noite são tratadas neste universo.

terça-feira, 7 de junho de 2016
Crítica - Invocação do Mal 2
Devo admitir que tive certo
receio quando uma continuação para o competente terror Invocação do Mal (2013) foi anunciada, afinal continuações de
filmes desse gênero raramente conseguem chegar no patamar dos originais.
Felizmente Invocação do Mal 2 não
padeceu desse mal e consegue criar uma atmosfera de medo e tensão tão
envolvente quanto seu antecessor.
Na trama, levemente baseada em
eventos reais, Ed (Patrick Wilson) e Lorraine (Vera Farmiga) Warren estão no auge da popularidade depois de sua
participação no famosa caso de Amityville, mas seu status de celebridade os torna alvo de pessoas que os acusam de
serem charlatães. O casal decide diminuir um pouco as atividades, mas são
chamados à Inglaterra para investigar as ocorrências sobrenaturais que estão
assustando uma família humilde.
Assim como no primeiro filme o
diretor James Wan (que, entre outras coisas, foi responsável por Velozes e Furiosos 7 e o primeiro Jogos Mortais) vai construindo sem
pressa uma atmosfera de incerteza e medo em um cuidadoso crescente que inicia
com batidas na porta e objetos rangendo até as aparições macabras que começam a
se mostrar conforme o filme avança. Sua câmera se move lentamente pelos
ambientes, como que a procura daquilo que atormenta os personagens e é
justamente a incerteza acerca do que pode estar além do enquadramento ou do que
não é visto que o filme vai nos mergulhando em um clima constante de tensão.

quarta-feira, 1 de junho de 2016
Crítica - Warcraft: O Primeiro Encontro Entre Dois Mundos

A trama conta a chegada dos orcs
em Azeroth. Nativos de um mundo estéril, eles atravessam para o reino em um
portal dimensional aberto pelo feiticeiro Gul'Dan (Daniel Wu) cuja mágica suga
as energias dos seres vivos. Chegando em Azeroth, as criaturas e seu líder
começam a pilhar as vilas humanas visando coletar mais vidas para serem
absorvidas pelo feiticeiro até que ele tenha energia suficiente para trazer
todos os orcs para esse novo mundo. Diante dessa invasão, o rei Llane (Dominic
Cooper, o Howard Stark da série Agente Carter)
pede ajuda ao seu mais leal cavaleiro, Lothar (Travis Fimmel) e do mago
responsável pela proteção do reino, Medivh (Ben Foster) para deter o avanço dos
inimigos. A sorte deles muda quando o chefe orc Durotan (Toby Kebbell) começa a
achar que a magia de Gul'Dan está causando mais mal do que bem e começa a
considerar uma aliança com os humanos.

terça-feira, 31 de maio de 2016
Crítica - Truque de Mestre: O 2º Ato
Quando escrevi sobre o primeiro Truque de Mestre (2013), falei como uma premissa interessante era desperdiçada por um texto que se julgava mais inteligente do que realmente era (e, apesar disso, ainda tratava o público feito idiota) e uma direção pouco inspirada. Imaginei que esse segundo ao menos tentaria melhorar os problemas do primeiro, principalmente com a saída do medíocre Louis Leterrier da direção. Tudo bem que seu substituto, John M. Chu, que conduziu G.I Joe: Retaliação (2013), é igualmente insípido, mas esperava ao menos um mínimo de esforço em realizar algo bacana. Ledo engano. Este Truque de Mestre: O 2º Ato é uma daquelas continuações que repete tudo do original, mas tenta fazer "maior" o que apenas torna maiores os problemas do filme anterior.
A trama se passa dois anos depois
do primeiro, os mágicos conhecidos como Os Cavaleiros estão escondidos,
esperando o momento em que a misteriosa entidade/organização conhecida como O
Olho volte a chamá-los para mais uma trabalho. O que os ilusionistas não
imaginavam é que seu antigo inimigo Thaddeus Bradley (Morgan Freeman) estava
tramando sua vingança por ter sido preso no filme anterior. Ao mesmo tempo,
também são pegos no encalço do misterioso empresário Walter (Daniel Radcliffe)
que deseja a colaboração do grupo.
Pela bilionésima vez Freeman se
reduz a uma paródia de si mesmo e faz um personagem cuja função é dar
explicações e mastigar os temas do filme para o público. Seu personagem
praticamente não tem um arco dramático e quando ele entra em cena é para
explicar algo que acabou de acontecer ou mesmo o que se passa na cabeça de
algum personagem (que muitas vezes nem está próximo dele, o que não faz muito
sentido). Além de explicar aquilo que podemos obviamente ver que está
acontecendo na tela, o personagem de Freeman também se entrega a longuíssimos
solilóquios com sua voz serena e pausada de narrador do National Geographic
sobre o poder da ilusão e como o olhar pode ser engano e coisa e tal. Lá pela
terceira vez que ele dá um desses discursos rocambolescos que dão voltas em si
mesmos como um cão atrás do próprio rabo eu simplesmente tive vontade de atear
fogo no cinema e cada vez que ele entrava em cena eu revirava os olhos em
tédio.

sexta-feira, 27 de maio de 2016
Crítica - The Do-Over: Zerando a Vida

Na trama, Charlie (David Spade) é
um homem infeliz que tem o mesmo emprego desde o colegial, é casado com uma
mulher que não dá a mínima para ele e de dois enteados que não o respeitam. Sua
situação parece mudar quando um antigo amigo de escola, Max (Adam Sandler), o
leva em um passeio de barco no qual forjam a própria morte e assumem novas
identidades para poderem curtir a vida. O problema é que as novas identidades
que estão usando pertenciam a criminosos procurados, o que os envolve em uma
ampla conspiração.
É impressionante que uma história
sobre conspirações e fugas consiga ser tão arrastada e sem qualquer senso de
tensão ou urgência. Algumas reviravoltas tentam angariar simpatia pelos
personagens, mas elas são tão previsíveis e os protagonistas tão desprezíveis
que elas não tem impacto algum.
Sandler repete o tipo "fodão
infalível" que fez em The Ridiculous
6 e Zohan: O Agente Bom de Corte
(2008), completo com toda a imaturidade exagerada e misoginia que lhe são
características. Para o personagem de Sandler, mulheres existem apenas para
sexo e devem ceder a qualquer avanço masculino, tanto que ao passar por duas
mulheres em um barco sua primeira reação é pedir que mostrem os seios (e surpreendentemente
elas mostram). Em outro momento, ao conhecerem uma viúva, ele diz a Charlie
para tirar vantagem do luto e carência dela para levá-la para cama.

quinta-feira, 26 de maio de 2016
Critica - Arrow: 4ª Temporada

A nova temporada começou sem
perder tempo, fazendo Oliver aparecer com seu novo uniforme e assumindo o novo
nome já no primeiro episódio. Nesse quarto ano, o Arqueiro e seu time precisam
enfrentar o maléfico Damien Darhk (Neal McDonough), líder da organização
H.I.V.E (não confundir com o inumano Hive de Agentes da S.H.I.E.L.D) que chega para tentar tomar o controle da
rebatizada Star City (finalmente assumindo seu nome dos quadrinhos). SPOILERS daqui em
diante.
Stephen Amell continua sendo a
melhor coisa da série e ele marca muito bem a recém descoberta
"leveza" de Ollie. Se antes ele falava com uma voz áspera e parecia
sempre sisudo ou cabisbaixo, Oliver agora exibe um tom de voz mais ameno e uma
linguagem corporal menos fechada. Nem é preciso voltar a temporadas anteriores
para perceber a mudança, basta observar os flashbacks
presentes nos episódios para ver o Oliver sombrio dos seus últimos anos isolado
do mundo. Curiosamente essa dinâmica é uma inversão do que acontecia antes
quando o passado mostrava um Oliver mais ingênuo e o presente trazia o
protagonista com uma personalidade mais sombria.

quarta-feira, 25 de maio de 2016
Crítica - Flash: 2ª Temporada
A primeira temporada de Flash fez uma excelente introdução do
velocista escarlate e encerrou com um gancho que prometia expandir ainda mais o
universo da série (e de suas séries irmãs) ao introduzir a noção de multiverso.
Essa segunda temporada constrói em cima do gancho anterior e se mostra mais uma
boa aventura do herói, embora não consiga ser tão consistente quanto a
primeira. Evidentemente, alguns SPOILERS são inevitáveis no texto a seguir.
Depois de impedir que Central
City fosse devorada por uma singularidade no fim da temporada anterior, Barry
Allen (Grant Gustin) descobre que os acontecimentos abriram portais para
universos universos paralelos. Desses portais emergem vários meta-humanos
hostis, incluindo a principal ameaça da temporada, o cruel velocista Zoom (voz
de Tony Todd) que chega a Central City disposto a destruir o Flash. Para
enfrentar o novo inimigo, Barry acaba recebendo a inesperada ajuda do Flash de
outro universo, Jay Garrick (Teddy Sears), que chega ao nosso mundo depois de
ter sua velocidade roubada por Zoom.
Assim como na temporada anterior
com o Flash Reverso (Tom Cavanagh e/ou Matt Letscher) a trama joga muito bem
com nossas expectativas ao criar o mistério em torno do vilão. O roteiro
consegue construir tão bem as intrigas e reviravoltas que mesmo conhecendo os
quadrinhos e tendo uma ideia sobre a identidade de Zoom, ficamos em dúvida em
até que ponto o personagem terá a mesma identidade ou se a série fará algo
totalmente novo.
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terça-feira, 24 de maio de 2016
Crítica - Jogo do Dinheiro
Muitos filmes já foram feitos
sobre os danos que a corrupção e irresponsabilidade do sistema financeiro podem
causar na vida do cidadão comum. Este Jogo
do Dinheiro tenta se diferenciar ao colocar esse tipo de história junto a
um típico filme de sequestro, no qual um grupo de pessoas é feito refém por
alguém desesperado por uma solução. O problema deste longa-metragem dirigido
pela atriz Jodie Foster é que nem a denúncia social, nem o suspense funcionam
tão bem quanto deveriam.
Lee Gates (George Clooney) é o
apresentador de um programa sobre o mundo financeiro cheio de exageros e
gracinhas (algo no estilo do Mad Money)
e é famoso pelas dicas de investimento que dá. O que deveria ser mais um
programa dá uma guinada para pior quando o estúdio é invadido por Kyle (Jack
O'Connell, que protagonizou o fraco Invencível),
um homem humilde que perdeu todas as economias ao seguir uma das dicas de Lee
e, com uma arma e um colete bomba, toma a equipe do programa como refém e exige
do apresentador e do presidente da empresa na qual investiu uma explicação do
que aconteceu com seu dinheiro. Assim, Lee e sua produtora, Patty (Julia
Roberts), precisam dar um jeito de conseguir respostas antes que o rapaz acabe
com suas vidas.
A ideia central parece ser
criticar a corrupção e os desmandos dos executivos de Wall Street que fazem
fortunas às custas da população e sem pensar nos impactos de suas ações na
sociedade. O problema é que ao invés de atacar a corrupção sistemática e
generalizada que vai das instituições financeiras, agências reguladoras,
auditorias e governo, o filme cria uma rocambolesca conspiração internacional
construída por um empresário. Assim ao invés de nos apresentar um sistema
corrupto, nos mostra apenas uma atividade isolada que é tão grandiloquente que
soa artificial e não generalizável, falhando em demonstrar seu ponto de vista
ao público. Filmes como A Grande Aposta (2016),
O Lobo de Wall Street (2014) ou mesmo
Wall Street: Poder e Cobiça (1987)
abordaram muito melhor como cobiça generalizada e irresponsável dos corretores
e banqueiros é danosa.

segunda-feira, 23 de maio de 2016
Crítica - A Garota do Livro
Certos eventos nos marcam para a
vida inteira, sejam eles bons ou ruins. As ocorrências ruins deixam traumas que
dificilmente cicatrizam. O cinema já trabalhou o peso de um grande trauma em
filmes como Sobre Meninos e Lobos
(2003) ou Ferrugem e Osso (2012). Mas
e se a vítima fosse obrigada a conviver com a pessoa que lhe causou mal? E se o
responsável publicasse sua história em livro que se tornaria um best-seller, obrigando a vítima a
reviver constantemente todas essas situações e roubando-lhe da escolha de
contar ou não sua própria história? É sobre esses questionamentos que A Garota do Livro irá tecer sua trama.
Alice (Emily VanCamp, a Sharon
Carter de Capitão América: Guerra Civil)
trabalha em uma editora selecionando manuscritos e sonha em se tornar
escritora, mas seu chefe constantemente ignora suas opiniões. Sua situação
piora quando o chefe pede que ela trabalhe no relançamento do best-seller do romancista Milan Daneker
(Michael Nyqvist) e isso desperta memórias dolorosas sobre seu passado.
Apesar de Alice ter um
comportamento autodestrutivo e ser constantemente controlada pelas duas figuras
masculinas de autoridade com quem convive (o pai e o chefe), o filme é sóbrio e
cuidadoso o bastante para jamais reduzi-la ao clichê da "mocinha
sofrida". VanCamp constrói com competência a baixa autoestima e
insegurança de Alice, que se porta como se estivesse sempre pisando em ovos e
silenciosamente berrando por atenção. Para ela o sexo parece ser o único modo
de ficar no controle e de ser notada, mesmo ela sabendo que isso pouco serve
para curar suas feridas e essa consciência da inutilidade do ato a faz se
detestar ainda mais. VanCamp ainda tem carisma suficiente para nos fazer torcer
por ela, mesmo quando Alice se entrega a atitudes irracionalmente destrutivas.

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