
O
psicólogo Peter Bower (Adrien Brody) está com a vida em frangalhos desde a
morte de sua filha. Tentando retornar ao trabalho depois do trauma, ele começa
a receber pacientes indicados por seu amigo Duncan (Sam Neill). Coisas
estranhas começam a acontecer durante as sessões até que Bower se dá conta de
que todos os seus pacientes estão, na verdade, mortos.
O
pior nem é a sensação de que já vimos tudo isso antes e sim o filme ser
completamente incompetente em manejar a intriga e o suspense, já que cada
reviravolta é terrivelmente óbvia, pode ser antecipada com enorme antecedência
e algumas delas até comprometem a coesão interna do universo narrativo. Em dado
momento Peter diz que o acidente da filha aconteceu por ter distraído por um
instante, mas não consegue se lembrar o que estava vendo e nesse momento
qualquer espectador minimamente atento saberá que isso é a chave para resolver
tudo, mas o filme segue por um bom tempo sem tocar nisso, como se não tivéssemos
reparado. Do mesmo modo, assim que sabemos que Peter se envolveu em um acidente
de trem em sua juventude, fica completamente óbvio que aquilo que o distraiu
foi algo relacionado a trens, mas ainda assim a narrativa irá demorar até
chegar a essa conclusão.