segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Rapsódias Revisitadas – Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho

 

Resenha – Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho

Review – Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho
Lançado em 1964 como um especial televisivo, a animação Rudolph: A Rena do Nariz Vermelho faz parte de um ciclo de produções natalinas em stop-motion produzidas pela Videocraft como Frosty: O Boneco de Neve (1969) ou Verdadeira História de Papai Noel (1970). Todas elas são produções infantis que recorrem a números musicais para contar suas histórias.

Aceitando as diferenças

A narrativa é baseada em uma canção natalina lançada em 1949, que, por sua vez, se baseava em um poema escrito dez anos antes. Ela é protagonizada por Rudolph, uma rena que nasce com um nariz vermelho brilhante e é alvo de zombaria de todos, incluindo seu pai, por conta de sua aparência diferente. Isolado, Rudolph conhece um elfo que deixou a oficina de Papai Noel para buscar o sonho de ser dentista e ambos vão parar na ilha dos brinquedos rejeitados, um lugar onde vivem os brinquedos que ninguém quer. Lá, Rudolph se compromete a voltar à oficina do Papai Noel e convencê-lo a encontrar um lar para esses brinquedos.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Drops – Passagrana

 

Crítica – Passagrana

Review – Passagrana
Ao acompanhar um grupo de malandros que tenta um assalto mirabolante, Passagrana funciona como uma versão brasileira de Onze Homens e Um Segredo. A trama é protagonizada pelo quarteto Zóinhu (Wesley Guimarães), Linguinha (Juan Queiroz), Mãodeló (Elzio Vieira) e Alãodelom (Wenry Bueno). Eles vivem de pequenos esquemas até que resolvem partir para um golpe mais ousado e roubam o carregamento de dois caminhões. O que eles não sabiam é que o carregamento pertencia ao policial corrupto Britto (Caco Ciocler), que os ameaça a cobrir seu prejuízo. Agora eles resolvem roubar um banco para devolver o dinheiro.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Crítica – Venom: A Última Rodada

 

Análise Crítica – Venom: A Última Rodada

Review – Venom: A Última Rodada
O primeiro Venom (2018) foi bem fraquinho. A continuação, Venom: Tempo de Carnificina (2021) conseguiu ser pior ao desperdiçar a rivalidade entre Eddie Brock e Cletus Kasady em um conflito inane. Aos tropeços essa franquia conseguiu virar uma trilogia que aqui, com Venom: A Última Rodada, encerra a história com seu protagonista com um miado ao invés de um rugido, entregando o pior dos três filmes.

Inimigos do abismo

Depois de levar Eddie Brock (Tom Hardy) ao universo Marvel no final do segundo filme, este terceiro joga Brock de volta no agora defunto universo de vilões da Sony sem fazer nada com o gancho deixado no filme anterior. De volta ao seu mundo Brock se vê acusado pelos assassinatos cometidos por Cletus/Carnificina (Woody Harrelson) no anterior. Ele decide limpar seu nome, mas no caminho é atacado por criaturas enviadas por Knull (Andy Serkis) que quer arrancar de Venom e Eddie o Codex que eles carregam em si e é a chave para Knull fugir de sua prisão no vácuo.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Drops – Os Quebra-Nozes

 

Análise Drops – Os Quebra-Nozes

Review – Os Quebra-Nozes
Depois da recepção negativa de sua tentativa de continuar o universo de O Exorcista, o diretor David Gordon Green retorna a comédia com o natalino Os Quebra-Nozes. Mike (Ben Stiller) é um corretor de imóveis que precisa ir a uma pequena cidade no interior depois do falecimento de sua irmã e cunhado. Ele não tem qualquer interesse em ficar com a guarda dos quatro sobrinhos e tenta deixá-los com uma assistente social para que ela consiga uma família adotiva. O problema é que as crianças são extremamente travessas e ninguém quer ficar com elas. A contragosto, Mike fica na cidade enquanto tenta encontrar uma nova família para os sobrinhos.

Natal em família

Obviamente esse corretor que só pensa em trabalho e ganhar dinheiro irá se conectar com os sobrinhos e aprender a importância da família. Tudo é relativamente previsível, seguindo exatamente aquilo que se espera de uma película natalina. As quatro crianças que interpretam os sobrinhos de Mike, todas irmãs na vida real, tem uma boa química juntas e divertem com seus esquemas caóticos ou as situações inesperadas nas quais colocam o tio.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Crítica – O Auto da Compadecida 2

 

Análise Crítica – O Auto da Compadecida 2

Review – O Auto da Compadecida 2
Já faz alguns anos que Hollywood vem fazendo continuações tardias de sucessos de décadas atrás. Produções que em muitos casos se resumem a um apelo a nostalgia passada, sem oferecer muito mais que isso. Agora parece que o cinema brasileiro se atentou para o potencial comercial desse tipo de continuação tardia, com O Auto da Compadecida 2 sendo o primeiro de um ciclo que já anunciou produções como Deus é Brasileiro 2 e um segundo filme da Bruna Surfistinha.

De volta ao sertão

Se passando vários anos depois do original, a narrativa tem João Grilo (Matheus Nachtergaele) voltando para Taperoá e reencontrando Chicó (Selton Mello), que transformou sua história de morte e ressurreição em uma lenda e João Grilo se tornou uma figura amada no local. Isso coloca a dupla na mira dos dois candidatos a prefeito da cidade, o coronel Ernani (Humberto Martins) e o empresário Arlindo (Eduardo Sterblich). João Grilo precisa então usar a sua esperteza para engambelar os dois e sair ileso.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Crítica – Ainda Estou Aqui

 

Análise Crítica – Ainda Estou Aqui

Review – Ainda Estou Aqui
O cinema brasileiro já produziu vários filmes sobre o período da ditadura militar, um período que nunca passamos realmente a limpo e cujas consequências da impunidade em relação aos envolvidos continua a impactar o presente do país. Ainda assim não esperava me impactar tanto por Ainda Estou Aqui do jeito que me impactei, principalmente pelo modo como o filme constrói a jornada de sua protagonista sem didatismos, sem discursos fáceis. A dureza dos seus dias e seus esforços para seguir adiante são o suficiente para comunicar a brutalidade daqueles tempos.

Luzes e sombras

A trama acompanha Eunice Paiva (Fernanda Torres), esposa do ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello). Quando Rubens é levado por homens do governo, Eunice busca descobrir o que aconteceu com o marido enquanto tenta manter sua casa funcionando e os cinco filhos em segurança.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Crítica – Power Rangers: Rita’s Rewind

 

Análise Crítica – Power Rangers: Rita’s Rewind

Review – Power Rangers: Rita’s Rewind
Já tem algum tempo que falo que estamos vivendo uma renascença de beat’em ups. Tivemos Streets of Rage 4, TMNT: Shredder’s Revenge, Double Dragon Gaiden: Rise of the Dragons e agora temos um novo game dos Power Rangers com este Power Rangers: Rita’s Rewind. Faz tempo que os heróis coloridos não estão aproveitando seu potencial nos games, com o último sendo o jogo de luta Power Rangers: Battle for the Grid em 2019, que deixou a desejar no lançamento, mas com o tempo e atualizações acabou melhorando. Rita’s Rewind é bacana, ainda que tenha alguns elementos problemáticos.

Hora de morfar!

A trama pega elementos do recente Power Rangers: Once and Always com a Robo Rita voltando dos dias atuais para passado na década de noventa na tentativa de juntar forças com a Rita Repulsa da época e derrotar os Power Rangers ainda jovens. Com o deslocamento temporal, Robo Rita traz inimigos e monstros que os Rangers da primeira temporada da série ainda não estavam prontos para enfrentar.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Crítica – Um Homem Diferente

Análise Crítica – Um Homem Diferente
 

Review – Um Homem Diferente
Tem sido interessante ver as escolhas de Sebastian Stan em seus projetos fora da Marvel como o Soldado Invernal. Ele vem arriscando em papéis inesperados como interpretar Donald Trump em O Aprendiz ou neste Um Homem Diferente em que vive um homem desfigurado que tem a chance de mudar de rosto, mas logo vê que seu sonho de ter uma aparência mais convencional não resolve seus problemas.

Ponto de mutação

Edward (Sebastian Stan) tem um problema de saúde que deixa seu rosto deformado. Ele sonha em ser ator, mas não consegue nada além de trabalhos em vídeos educativos sobre pessoas com deformidades. Ele também não tem sorte com mulheres, tentando se aproximar sem sucesso da vizinha Ingrid (Renate Reinsve, de A Pior Pessoa do Mundo), uma aspirante a dramaturga. Quando surge a oportunidade de testar uma droga que pode melhorar sua deformidade, ele aceita e para sua surpresa ele consegue uma aparência normal, forjando a própria morte como Edward e assumindo uma nova identidade como Guy. Tempos depois ele reencontra Ingrid e descobre que ela escreveu uma peça baseada na experiência que teve com ele. Apesar de Ingrid buscar um ator com uma deformidade no rosto para interpretar seu protagonista, Guy faz teste para o papel e a convence a escalá-lo pela verdade que ele traz ao personagem.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Crítica – Back to Black

 

Análise Crítica – Back to Black

Review – Back to Black
Nos últimos anos tivemos várias cinematografias de músicos bastante protocolares que pareciam versões ilustradas de verbetes de Wikipedia, narrando fatos notórios da vida dessas pessoas, sem oferecer qualquer insight a respeito do que as move. Produções como Bohemian Rhapsody (2018), I Wanna Dance With Somedoby: A História de Whitney Houston (2023) ou Bob Marley: One Love. Este Back to Black, cinebiografia de Amy Winehouse, está em outro patamar, sendo uma produção que não é apenas rasa, ela parece ativamente detestar a pessoa que está biografando.

Reescrevendo a história

A narrativa acompanha a trajetória da cantora Amy Winehouse (Marisa Abela), focando no lançamento do álbum Back to Black e na relação entre ela e seu pai, Mitch (Eddie Masran), e o marido, Blake (Jack O’Connell), bem como os problemas da cantora com drogas. Como as produções que citei no primeiro parágrafo, o filme se limita a reconstruir momentos notórios da vida da cantora, mas não ajuda a compreender quem ela era para além desse retrato midiático.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Crítica – Senna

 

Análise Crítica – Senna

Review – Senna
Considerando o quanto Ayrton Senna é importante para o esporte brasileiro e os vários documentários feitos sobre ele é até estranho que tenham demorado tanto para fazer uma ficção. A minissérie Senna é exatamente isso, tentando condensar toda a trajetória do piloto em seis episódios, acompanhando desde seu início na Formula Ford, até seu dia derradeiro na Formula 1, quando faleceu em um acidente.

Vida veloz

A série sofre por tentar compreender um período de tempo muito longo em uma quantidade pequena de episódios e com isso passa muito rápido pelos eventos marcantes da vida de Senna sem dar o devido tempo para analisar como essas experiências impactaram sua trajetória. Talvez tivesse sido melhor se a produção fosse pensada como uma série de duas ou três temporadas. Do jeito que está fica a impressão de uma história compostos por verbetes soltos de Wikipedia que se limitam apenas a narrar os feitos mais notáveis do personagem sem buscar alguma compreensão deles.