sexta-feira, 31 de maio de 2024

Drops – City Hunter

 

Análise Crítica – City Hunter

Review – City Hunter
Adaptando o mangá de mesmo nome, City Hunter acompanha as aventuras do detetive particular Ryo Saeba (Ryohei Suzuki) que resolve os casos que a polícia não dá conta. Durante a busca por uma garota desaparecida, o parceiro de Ryo, o ex-policial Makimura (Masanobu Ando), é morto e Ryo continua no caso para descobrir o responsável pelo assassinato. O detetive acaba recebendo a ajuda de Kaori (Misato Morita), irmã de Makimura, que decide acompanhar Ryo na investigação.

O filme acerta na mescla de drama criminal sério e comédia escrachada que era tão marcante no mangá e no anime. Seria difícil sair de uma cena dramática de assassinato e partir para outra com Ryo agindo como um completo idiota por não saber se comportar diante de mulheres atraentes, entretanto o filme consegue transitar por essas variações sem cair em uma inconsistência tonal. É um equilíbrio que me remete aos games da franquia Yakuza/Like a Dragon e me faz pensar porque nunca fizeram um game de City Hunter nesse molde, mas, divago.

Muito do que faz essa mistura de seriedade e comédia funcionar é o trabalho da dupla principal. Ryohei Suzuki convence da natureza obstinada de Ryo e de sua confiança em combate ao mesmo tempo em que nos mostra o lado mais vaidoso e pervertido do detetive conforme ele tenta seduzir qualquer mulher que encontra. Já Misato Morita transmite a dor e insegurança de Kaori por perder o irmão enquanto também traz comicidade pelo modo como a garota coloque em xeque o comportamento tarado de Ryo a todo momento, ridicularizando o detetive pelo modo como se porta junto às mulheres. A trama até encontra uma maneira de introduzir a enorme marreta que Kaori usa no mangá para atingir Ryo toda vez que ele passa dos limites, fazendo item aparecer como parte de um disfarce de cosplayer que ela usa durante uma missão.

A ação empolga pelas coreografias de luta que mostram as proezas marciais de Ryo enquanto também exibem uma pecha para momentos de humor como na cena em que o detetive usa uma fantasia de cavalo para bloquear os tiros de tranquilizante disparados contra uma garota que ele tenta proteger. Os embates se beneficiam do trabalho de câmera fluido e da criatividade dos embates, que mostram Ryo como um hábil combatente tanto em lutas corporais quanto com armas de fogo. Por outro lado os efeitos visuais deixam a desejar, entregando uma computação gráfica que muitas vezes deixa evidente que os atores estão diante de uma tela verde e alguns cenários, como o laboratório subterrâneo ao fim, também em aspecto artificial.

Ainda assim, City Hunter recria com certa competência o clima do mangá, entregando uma divertida e despretensiosa comédia de ação.

 

Nota: 6/10


Trailer

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