Uma paixão é algo que mexe
conosco, torna difícil simplesmente fazermos as mesmas coisas de sempre, muda o
modo como encaramos a vida. Um relacionamento exige comprometimento, exige que
as duas partes saiam de sua zona de conforto, que cedam espaço para a outra
poder entrar em suas vidas. De certa maneira é isso que está no cerne deste Trama Fantasma, novo filme do diretor
Paul Thomas Anderson, mas este não é um filme exatamente romântico. Ele leva
essas premissas ao extremo, praticamente enveredando para o terreno do suspense
quando as disputas entre o casal protagonista se tornam cada vez mais doentias.
A narrativa se passa na
Inglaterra da década de 50. Reynolds Woodcock (Daniel Day-Lewis) é um célebre
estilista que costura vestidos para boa parte da alta sociedade e realeza
europeia. Ele vive sob uma estrita rotina, concentrando toda a sua energia no
desenho e na costura, enquanto sua irmã, Cyrill (Lesley Manville), cuida com
rigidez para que ninguém interfira no trabalho de Woodcock. A rotina aparentemente
perfeita dos dois irmãos é ameaçada quando ele conhece a jovem Alma (Vicky
Krieps), se encantando por ela e transformando-a em sua musa. Alma passa a
morar com os dois irmãos e conforme ela tenta conquistar Woodcock, as tensões
entre ela, Cyrill e o próprio estilista vão aumentando.