domingo, 4 de agosto de 2019

Crítica – Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw


Análise Crítica – Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw


Review – Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw
Dwayne “The Rock” Johnson trouxe novo fôlego à franquia Velozes e Furiosos quando entrou para o elenco em Velozes e Furiosos 5: Operação Rio (2011). Jason Statham se tornou um dos vilões mais memoráveis nesta série de filmes em Velozes e Furiosos 7 (2015). Juntos os dois foram as melhores coisas de Velozes e Furiosos 8 (2017). Então é bem natural que eles tenham ganhado seu próprio spin-off neste Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw.

A trama coloca Hobbs (Dwayne “The Rock” Johnson) e Shaw (Jason Statham) juntos para encontrar Hattie (Vanessa Kirby), uma agente do MI6 que está de posse de um perigoso vírus que está sendo procurado por terroristas internacionais. Quem lidera a perseguição a Hattie é Brixton (Idris Elba), um soldado ciberneticamente aprimorado que serve a um culto tecnológico que quer recriar a humanidade com aprimoramentos mecânicos.

A narrativa é previsível (é evidente desde o inícios que Hobbs e Shaw irão superar as diferenças para aprender a trabalharem juntos, por exemplo) e tem sua parcela de furos, com tudo servindo como mero pretexto para as cenas de ação. Há, de leve, um comentário sobre o poder da mídia e como, nos dias de hoje, é fácil disseminar mentiras e convencer a população com este conteúdo falso, mas logicamente não há muito tempo investido nisso já que o foco é a pancadaria. Isso não chega a ser um problema, já que ninguém vai assistir um filme da franquia Velozes e Furiosos por conta da história.

Os temas sobre família, união e amizade continuam presentes aqui e o carisma dos dois protagonistas nos ajuda a embarcar com facilidade nas jornadas deles. Os atores, no entanto, são ocasionalmente prejudicados por um roteiro que muitas vezes dedica mais tempo que necessário a piadinhas imaturas dignas de um filme do Adam Sandler com os dois se ofendendo, a exemplo do momento em que ambos discutem em um avião.

Completando o elenco, Vanessa Kirby faz de Hattie uma agente engenhosa e astuta que evita ser reduzida a alguém a ser resgatada. Idris Elba é eficiente em ser uma presença imponente e intimidadora como Brixton, com suas habilidades aprimoradas e o filme ainda conta com duas participações especiais inesperadas que acrescentam uma boa dose de humor. Tal como os últimos Velozes e Furiosos este filme acerta em não se levar a sério, aceitando sua própria natureza hiperbólica e absurda, praticamente se colocando no terreno de um filme de super-herói.

Isso se verifica principalmente nas cenas de ação, que fazem bom uso das habilidades aprimoradas de Brixton e posam grandes desafios para o trio principal, que realiza proezas que desafiam as leis da física, da química e qualquer outra lei da natureza para conseguirem sobreviver ao poderoso vilão. É absurdo, exagerado e até relativamente ridículo, mas o filme sabe disso e consegue usar o excesso e a canastrice do elenco a seu favor.

Assim, a despeito de algumas tentativas de comédia que não funcionam, Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw diverte pelo seu comprometimento com o exagero ao criar cenas de ação que divertem por sua natureza absurda.

Nota: 7/10

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