sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Crítica - A Babá

Resenha Crítica - A Babá


Review A Babá
Curioso para saber o que sua babá faz depois que ele vai dormir, o garoto Cole (Judah Lewis) decide ficar acordado. Depois de um tempo ele desce de seu quarto e encontra sua babá, Bee (Samantha Weaving), recebendo alguns colegas na sala de sua casa. Parece uma festinha adolescente, com direito à brincadeira do "verdade ou desafio", mas as coisas dão uma guinada inesperada quando Bee esfaqueia um dos colegas. A babá e os amigos na verdade estavam ali para realizar um ritual satânico. É com essa premissa que inicia este A Babá, que podia ser um típico filme de terror, mas acaba se voltando mais para a comédia.

O filme investe no senso de absurdo e nas brincadeiras com as convenções de filmes de terror adolescentes como Sexta Feira 13 ou A Hora do Pesadelo. Os personagens são claramente caricaturas de arquétipos tradicionais como o atleta sempre sem camisa vivido por Robbie Amell, a líder de torcida burra e fútil interpretada por Bella Thorne ou a gótica trevosa de Hana Mae Lee. Os atores abraçam esses estereótipos entregando atuações cheias de exagero e canastrice que servem bem aos propósitos cômicos do filme.


Igualmente divertidas são as muitas mortes que ocorrem ao longo da trama. Com uma ultraviolência cartunesca na qual dar uma facada em alguém transforma sua cabeça em um chafariz de sangue ou um tiro de escopeta faz a cabeça de alguém explodir em mil pedaços. Algumas mortes divertem também por serem inesperadas, como a cena em que eles enfrentam a polícia ou quando um personagem cai do alto de uma escada em cima de um troféu.

Por outro lado, as vezes em que a fita tenta criar suspense ou terror raramente funcionam. Na maioria das vezes recorre aos mesmos sustos súbitos com closes no rosto de Cole seguidos de uma música cheia de gravidade. Também falham em criar tensão pelo fato de Cole ser o único em cena sendo perseguido pelos adolescentes satanistas e sabemos que ele não será morto, afinal se isso acontecesse o filme simplesmente acabaria.

A narrativa, como muitos filmes de terror com personagens adolescentes, serve como uma grande metáfora para o amadurecimento de Cole, obrigando o personagem a lidar com seus medos, se tornar independente e assumir seus sentimentos. Nesse sentido não oferece nada que filmes similares já não tenham feito, não exibindo nenhum esforço para brincar com esses lugares comuns tal qual fez com os arquétipos de personagens colegiais nos jovens cultistas.

A Babá pode não trazer nenhuma novidade em sua mistura de terror e comédia, mas é engraçado o bastante para funcionar como um passatempo despretensioso.

Nota: 5/10


Obs: Há uma cena adicional no fim dos créditos.

Trailer

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