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terça-feira, 6 de maio de 2025

Crítica – Outro Pequeno Favor

 

Análise Crítica – Outro Pequeno Favor

Review – Outro Pequeno Favor
Misturando comédia e thriller, a produção Um Pequeno Favor (2018) foi uma divertida surpresa por conta da interessante dupla de protagonistas. Era, no entanto, uma história que não pedia continuações e que provavelmente, considerando o desfecho rocambolesco do filme, não teria muito a ganhar expandindo a história. Ainda assim o filme recebeu uma sequência neste Outro Pequeno Favor e o resultado é exatamente o que eu temia.

True crime suburbano

Depois dos eventos do primeiro filme, Stephanie (Anna Kendrick) lançou um livro narrando toda sua experiência que viveu com Emily e transformou seu canal sobre maternidade em um canal de true crime, embora não tenha obtido o sucesso esperado. Tudo muda quando Emily (Blake Lively) reaparece em sua vida, chamando Stephanie para seu casamento na Itália. De início Stephanie reluta, mas aceita o convite quando Emily ameaça processá-la pelo uso indevido de seu nome e imagem no livro. Chegando na Itália, Stephanie descobre que o noivo de Emily, Dante (Michele Morrone), é membro de uma poderosa família mafiosa. As coisas se complicam quando corpos começam a aparecer na festa de casamento.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Crítica – Amor Bandido

 

Análise Crítica – Amor Bandido

Review – Amor Bandido
Depois de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (2022) o público redescobriu o carisma de Ke Huy Quan. Após o sucesso e as premiações que vieram com o filme, Quan apareceu em projetos de visibilidade como a segunda temporada de Loki. Este Amor Bandido, porém, é o primeiro trabalho do ator como protagonista depois de sua renascença e, infelizmente, é uma produção aquém do seu astro.

Paixão perigosa

A trama gira em torno de Marvin (Ke Huy Quan), um pacato corretor de imóveis que parece feliz com sua vida. No dia dos namorados ele recebe uma mensagem de uma antiga paixão, Rose (Ariana DeBose), que o lembra de sua vida pregressa. O contato de Rose coloca Marvin na mira dos criminosos para os quais ele trabalhava e agora ele precisa lutar para sobreviver. De certa forma é uma mistura de John Wick com comédia romântica e personagens excêntricos a la Tarantino e Guy Richie. O problema é que nenhuma dessas é bem executada.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Crítica – Thunderbolts*

 

Análise Crítica – Thunderbolts*

Review – Thunderbolts*
Depois do fraco Capitão América: Admirável Mundo Novo eu não estava particularmente empolgado para este Thunderbolts*, mas o resultado é bacana pelo modo como tenta explorar os traumas de seus personagens, ainda que sofra com um certo desequilíbrio tonal.

Bando à parte

A trama começa com um processo de impeachment para remover Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis Dreyfus) do controle da CIA. Para impedir o processo ela despacha Yelena (Florence Pugh) para eliminar provas. No curso da ação ela encontra John Walker (Wyatt Russell) e a Fantasma (Hannah John-Kamen), também operativos trabalhando para Valentina e que agora foram despachados para matar uns aos outros. Na batalha entre eles em um laboratório, eles acabam acidentalmente despertando Bob (Lewis Pullman), a única cobaia que sobreviveu do projeto Sentinela. Dotado de amplos poderes, mas mentalmente instável, Bob é uma arma valiosa para Valentina, mas Yelena e os demais decidem detê-la, sendo auxiliados por Bucky (Sebastian Stan), que estava fazendo sua própria investigação em Valentina.

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Crítica – Eu Vi o Brilho da TV

 

Análise Crítica – Eu Vi o Brilho da TV

Review – Eu Vi o Brilho da TV
Alguns filmes são tão singulares no modo como constroem sua atmosfera e contam sua história que nos conquistam mesmo que o conjunto como um todo tenha suas falhas. Eu Vi o Brilho da TV é esse tipo de produção, algo que desafia classificações de gênero, caminhando entre o horror, drama psicológico e surrealismo para refletir sobre identidade e pertencimento.

Tempo de tela

A trama é centrada em Owen (Justice Smith), um garoto solitário e sem senso de si que se torna obcecado por uma série de televisão sobre duas garotas que enfrentam monstros sobrenaturais (pensem em algo como Buffy). Ele encontra uma amiga em Maddy (Brigette Lundy-Paine), que é igualmente solitária e misantropa, mas compartilha com Owen a obsessão pela série The Pink Opaque. O tempo passa, a série é cancelada, Maddy desaparece, mas Owen continua fixado pela série, atraído por seu magnetismo enquanto os anos passam, o mundo parece se mover e ele permanece estagnado.

terça-feira, 29 de abril de 2025

Crítica – Black Mirror: 7ª Temporada

Análise Crítica – Black Mirror: 7ª Temporada

Review – Black Mirror: 7ª Temporada
Depois de uma fraca sexta temporada não pensei que Black Mirror fosse retornar para mais um conjunto de episódios. Esta sétima temporada é um pouco melhor que a anterior, mas deixa a impressão de que a série está se repetindo e não tem muito mais a dizer. Assim como na temporada anterior, por sinal, em alguns episódios a questão da tecnologia chega a ser até marginal para as narrativas.

Vida precarizada

O primeiro episódio é, talvez, o melhor dessa nova leva. O casal Mike (Chris O’Dowd) e Amanda (Rashida Jones) se vê com uma grande despesa médica quando ela passa a ser dependente de um dispositivo tecnológico para se manter viva. O problema é que a empresa que faz o dispositivo está sempre piorando seu serviço para oferecer pacotes mais caros que são vendidos como melhorias, mas que na prática só entregam o mesmo básico de antes.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Crítica – Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu

 

Análise Crítica – Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu

Review – Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu
Depois de toda a querela envolvendo o engavetamento de Coyote vs ACME mesmo com o filme já pronto, imaginei que a Warner não ia querer fazer mais nada com os Looney Tunes, o que seria uma pena, considerando que eles são basicamente os mascotes da empresa. Felizmente o estúdio continua a investir nos personagens com este longa animado Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu.

De volta à ação

A trama é focada em Patolino e Gaguinho, que cresceram juntos e agora precisam juntar dinheiro para reformarem a casa em que vivem, caso contrário a perderão. Depois de muitas tentativas frustradas eles conseguem emprego em uma fábrica de chicletes, mas Patolino logo descobre que o lugar guarda segredos sombrios e que parasitas alienígenas estão sendo colocados nos chicletes. Agora cabe a essa dupla amalucada salvar o mundo e desvendar a conspiração extraterrestre.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Crítica – Novocaine: À Prova de Dor

 

Análise Crítica – Novocaine: À Prova de Dor

Review – Novocaine: À Prova de Dor
Não tinha nenhuma expectativa em relação a Novocaine: À Prova de Dor. A premissa podia render uma comédia de ação divertida, mas de algum modo produção nunca conseguiu despertar meu interesse durante a divulgação. Tendo visto o filme, devo dizer que realmente me diverti, ainda que ache que o filme perde um pouco a mão no final.

Dor insensível

A narrativa acompanha Nate (Jack Quaid), um bancário que vive uma existência pacata e isolada por conta de sua completa incapacidade de sentir dor. Um dia ele se aproxima da colega de trabalho Sherry (Amber Midthunder, de Predador: A Caçada) e se apaixona por ela. As coisas se complicam quando o banco em que Nate trabalha é assaltado e Sherry é levada como refém pelo líder da gangue, Simon (Ray Nicholson, de Sorria 2). Agora Nate decide encontrar Sherry, usando sua incapacidade de sentir dor como vantagem no enfrentamento dos bandidos.

terça-feira, 22 de abril de 2025

Crítica – Pecadores

 

Análise Crítica – Pecadores

Review – Pecadores
Dirigido por Ryan Coogler (responsável por Pantera Negra, Creed e Fruitvale Station), Pecadores lembra um pouco Um Drink no Inferno (1996) ao contar a história de um grupo de pessoas presas em um bar na beira da estrada tomado por vampiros enquanto eles tentam sobreviver até o amanhecer. As semelhanças, no entanto, ficam só na premissa básica, já que Pecadores tem questões bem diferentes de como pensa os vampiros e nas relações entre seus personagens.

A voz suprema do blues

A narrativa se passa nos Estados Unidos da década de 1930. Os gêmeros Fumaça e Fuligem (ambos Michael B. Jordan) retornam para sua pequena cidade no Mississipi para abrirem um clube de blues usando o dinheiro que ganharam dos gângsteres de Chicago. Eles recrutam o primo Sammie (Miles Catton) para tocar no clube por conta do talento do garoto, apesar do pai de Sammie, um pastor de igreja não querer que ele se envolva com música que não seja gospel. A música tocada por Sammie é tão poderosa que é capaz de acessar o mundo espiritual e chama a atenção do vampiro Remmick (Jack O’Connell), que decide atacar o local para devorar Sammie e absorver seu poder.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Crítica – Demolidor: Renascido

 

Análise Crítica – Demolidor: Renascido

Review – Demolidor: Renascido
Entre as várias séries que saíram da parceria entre Marvel e Netflix, Demolidor era a mais consistente delas, então quando as duas terminaram a colaboração se esperava que os personagens retornassem ao universo Marvel de alguma maneira. Durante um tempo tudo ficou no limbo, muito incerto, até que Matt Murdock (Charlie Cox) foi incorporado ao MCU em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021) e o Rei do Crime (Vincent D’Onofrio) na série do Gavião Arqueiro (2021). Eventualmente a Disney/Marvel anunciou que o Homem Sem Medo voltaria para uma série do Disney+ intitulada Demolidor: Renascido.

Vindo das cinzas

Na trama, depois de uma tragédia pessoal, Matt tenta reconstruir sua vida como advogado e deixar para trás suas atividades como Demolidor. Ao mesmo tempo, Wilson Fisk retorna a Nova Iorque depois dos eventos da série Eco (2024) para retomar seu império criminal e sua relação com a esposa, Vanessa (Ayelet Zurer). Fisk se lança como prefeito e passa a governar a cidade. Com o Rei do Crime na prefeitura, Matt começa a perceber que agir dentro lei não garante que a justiça será feita já que a estrutura do Estado foi aparelhada por um criminoso.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Crítica – G20

 

Análise Crítica – G20


Review – G20
Estrelado por Viola Davis, G20 é uma espécie de Força Aérea Um (1997) na ONU, sendo que Força Aérea Um já era um Duro de Matar (1988) no avião. G20 é como a xerox de uma xerox de uma xerox e como tal deixa evidente a perda de qualidade que vai de uma cópia para outra.

Supremacia nacional

A trama, que surpreendentemente precisou de quatro pessoas para ser escrita, envolve a presidente dos Estados Unidos Danielle Sutton (Viola Davis) que vai para a reunião do G20 com um plano para acabar com a fome mundial envolvendo criptomoedas, algo esquisito e extremamente mal explicado que soa mais como um esquema pirâmide do que como política internacional. A reunião é sequestrada pelo terrorista Rutledge (Antony Starr, de The Boys) que toma os líderes mundiais como reféns e usa suas imagens em deepfakes para convencer o mundo a transformar todo seu dinheiro em criptomoedas para que ele próprio consiga enriquecer. Sutton, no entanto, consegue escapar com a ajuda de seu segurança, Manny (Ramon Rodriguez).

terça-feira, 15 de abril de 2025

Crítica – Nas Terras Perdidas

 

Análise Crítica – Nas Terras Perdidas

Review – Nas Terras Perdidas
O diretor Paul W.S Anderson sempre teve uma sensibilidade de filme B em suas produções, mas ao menos era capaz de dotar esses filmes de certo charme como em Mortal Kombat (1995) ou os primeiros Resident Evil. Conforme o tempo foi passando, no entanto, Anderson foi se perdendo nos próprios maneirismos ao ponto em que seus filmes se tornaram uma mera coleção de cacoetes desgastados que parecem presos a uma ideia do que seria “estiloso” há umas duas décadas atrás. Seu mais novo filme Nas Terras Perdidas padece desse mesmo mal.

Deserto de ideias

A narrativa adapta o conto homônimo escrito por George R.R Martin (autor de As Crônicas de Gelo e Fogo) em 1982. Seguimos a bruxa Gray Alys (Milla Jovovich) em uma jornada através de um deserto pós-apocalíptico de onde surgiu magia e criaturas sobrenaturais. Existe apenas uma cidade segura no mundo e ela é governada com mão de ferro. Um dia a Rainha (Amara Okereke) procura a bruxa para pedir a ela o poder de se transformar em lobo. Alys aceita o pedido e parte para caçar um transmorfo de modo a roubar seu poder, mas para navegar nas perigosas terras perdidas ela contrata o caçador Boyce (Dave Bautista).

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Crítica – The Pitt

 

Análise Crítica – The Pitt

Review – The Pitt
Nunca fui muito de acompanhar séries médicas. No máximo acompanhei algumas temporadas de House por conta de sua estrutura de mistério e investigação que remetia a uma dinâmica de histórias do Sherlock Holmes. The Pitt, no entanto, chamou minha atenção pela sua forma de contar a história, acompanhando um plantão de emergência em tempo real, com cada episódio cobrindo uma hora de plantão. O resultado é algo que soa como uma mistura de Plantão Médico com 24 Horas, mas acaba sendo mais do que uma mera combinação de elementos conhecidos.

Sob pressão

A série acompanha um turno do plantão de emergência de um hospital em Pittsburgh que é liderado pelo Dr. Michael “Robby” Robinavitch (Noah Wyle, veterano da série Plantão Médico). Robby comanda a equipe formada por médicos, enfermeiros, residentes e estudantes de medicina, lidando não só com a urgência de casos complicados, mas com os recursos limitados do hospital.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Crítica – Brasiliana: O Musical Negro Que Apresentou o Brasil ao Mundo

 

Análise Crítica – Brasiliana: O Musical Negro Que Apresentou o Brasil ao Mundo

Review – Brasiliana: O Musical Negro Que Apresentou o Brasil ao Mundo
O diretor Joel Zito Araújo já tinha feito resgates importantes da história e cultura afro nas artes em produções como A Negação do Brasil (2000), no qual falava sobre a representatividade negra em telenovelas, e Meu Amigo Fela (2019), sobre o músico Fela Kuti. Neste Brasiliana: O Musical Negro Que Apresentou o Brasil ao Mundo ele faz outro importante resgate ao narrar a história de uma companhia musical negra que foi criada na década de 1950 e permaneceu ativa por mais de 25 anos.

Visibilidade cultural

A Companhia Brasiliana foi um grupo de música, dança e teatro afro-brasileiros com o elenco todo formado por artistas negros que se apresentou em mais de noventa países ao longo de sua trajetória apresentando um espetáculo baseado na história, cultura e musicalidade afro-brasileiras. O documentário faz um resgate histórico importante ao mostrar já que na metade do século XX o Brasil tinha um grupo artístico focado na cultura negra e que esse grupo teve uma imensa visibilidade internacional, circulando o mundo e participando de grandes eventos, desde filmes da Sophia Loren a aberturas de Copa do Mundo.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Crítica – O Deserto de Akin

 

Análise Crítica – O Deserto de Akin

Review – O Deserto de Akin
Não me lembro de outra produção brasileira antes deste O Deserto de Akin que tenha explorado o programa Mais Médicos e a vinda de médicos cubanos para o Brasil. Apesar de ter sido um assunto que tomou a esfera pública por um bom tempo, não tenho lembrança de muitas outras produções brasileiras sobre o tema.

Deserto particular

A trama é centrada em Akin (Reynier Morales), um médico cubano trabalhando no interior do Espírito Santo que vai aos poucos se conectando ao local e é afetado pela mudança no programa e no governo brasileiro depois de 2018. Ele não tem muitas amizades fora do trabalho, tendo em Érica (Ana Flávia Cavalcante) sua única conexão afetiva. Logo a dupla também agrega Sérgio (Guga Patriota), cozinheiro pernambucano que, assim como Akin, se sente solitário e deslocado no local.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Crítica – Força Bruta: Punição

 

Análise Crítica – Força Bruta: Punição

Review – Força Bruta: Punição
Os outros Força Bruta eram filmes ação básicos, mas ao menos divertiam por conta das cenas de ação e do carisma de seu astro. Este Força Bruta: Punição continua focando nesses aspectos, mas agora eles já não chamam a atenção como antes.

Crimes digitais

Na trama, o detetive Ma Seok-Do (Ma Dong-Seok/Don Lee) se junta à unidade de crimes cibernéticos para deter uma grande organização de jogos de azar online que usa o dinheiro para financiar outras operações criminosas. Considerando o crescimento dos cassinos online ao redor do mundo (incluindo aqui no Brasil com o jogo do tigrinho e similares) e como eles nem sempre operam na legalidade, o conflito central do filme soa bastante atual.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Crítica – Ainda Não é Amanhã

 

Análise Crítica – Ainda Não é Amanhã

Review – Ainda Não é Amanhã
O tabu em volta do aborto muitas vezes reduz a discussão em torno dele como uma discussão meramente de cunho moral. Isso impede que o problema seja visto como uma questão de saúde pública ou que se discuta outras facetas do problema. Nesse sentido, a produção pernambucana Ainda Não é Amanhã traz uma reflexão mais ampla sobre o tema ao pensar no ambiente inseguro que a proibição do aborto cria para as mulheres.

Alternativas limitadas

A narrativa é protagonizada por Janaína (Mayara Santos), uma jovem que mora com a mãe e a avó na periferia de Recife. Janaína é uma aplicada estudante de direito e namora com Jefferson (Mário Victor), que vive de fazer entregas com sua bicicleta. Quando Janaína descobre estar grávida de Jefferson ela começa a ver seus prospectos de futuro diminuírem e começa a analisar as opções limitadas que tem para resolver a questão.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Crítica – The White Lotus: 3ª Temporada

 

Análise Crítica – The White Lotus: 3ª Temporada

Review – The White Lotus: 3ª Temporada
Chegando em sua terceira temporada, a série de antologia The White Lotus encontra aqui suas tramas menos interessantes. Muito se falou da cadência lenta deste terceiro ano, mas a verdade é que a série sempre desenvolveu seus conflitos em um cozimento lento. As tensões se construíam de maneira deliberada em pequenos gestos, falas sutis que iam se acumulando até estourarem em conflitos. Não é esse o problema real do terceiro ano. O que torna a temporada mais recente inferior às demais é que a maioria dos conflitos ou desdobramentos termina soando superficial, mal construída ou uma repetição de outras temporadas.

Ilha da fantasia

A temporada se passa na Tailândia e apresenta um novo grupo de hóspedes como o trio de amigas Kate (Leslie Bibb), Laurie (Carrie Coon) e Jacklyn (Michelle Monaghan) que estão em uma viagem para curtir, mas acabam desenterrando antigos ressentimentos. Rick (Walton Goggins) chega com a namorada Chelsea (Aimee Lou Wood, de Sex Education), mas esconde dela que está lá para uma vingança pessoal. O rico empresário Timothy Ratliff (Jason Isaacs) está com sua família, a esposa dondoca Victoria (Parker Posey), os filhos Saxon (Patrick Schwarzenegger) e Lochlan (Sam Nivola), e a filha Piper (Sarah Catherine Hook). Retornando da primeira temporada está Belinda (Natasha Rothwell) que vai para a Tailândia aprender novas técnicas de massagem, mas reencontra figuras do passado.

domingo, 6 de abril de 2025

Crítica – Um Dia Daqueles

 

Análise Crítica – Um Dia Daqueles

Review – Um Dia Daqueles
Com Hollywood tão focada em grandes blockbusters, filmes de super-heróis e universos compartilhados a impressão é que certos gêneros ou subgêneros foram colocados em escanteio pela indústria e a comédia besteirol, tão frequente no final da década de 90 e no início dos anos 2000, é um deles. Um Dia Daqueles soa como o tipo de comédia amalucada que Hollywood parece ter esquecido de como fazer, apenas ocasionalmente entregando produções como Loucas em Apuros (2023).

Amigas sem dinheiro

A narrativa acompanha as amigas Dreux (Keke Palmer) e Alyssa (SZA), que dividem um apartamento juntas. Quando o namorado trambiqueiro de Alyssa gasta o dinheiro do aluguel, elas precisam correr contra o tempo para levantar a quantia até o final do dia para não serem despejadas. Em meio a tudo isso, a dupla é caçada por Bernice (Aziza Scott), a raivosa amante do namorado de Alyssa.

sábado, 5 de abril de 2025

Crítica – Centro Ilusão

 

Análise Crítica – Centro Ilusão

Review – Centro Ilusão
Escolher viver de arte não significa que a arte irá escolher você. Independente do talento é possível amargar sucesso e anonimato por muito tempo e muita gente abandona essa busca artística por conta de desilusões. Centro Ilusão trata exatamente disso, do quanto o mundo da arte pode te mastigar e cuspir de volta e de onde é possível encontrar ânimo para continuar.

Música errante

A narrativa acompanha dois músicos que se conhecem na seleção para um laboratório musical. Kaio (Bruno Kunk) é um jovem músico que vê no laboratório a chance de finalmente poder atuar profissionalmente como músico ao invés de tocar na rua passando o chapéu. Tuca (Fernando Catatau) é um homem de meia idade que a despeito do talento nunca decolou como músico e vê no laboratório uma última chance. Enquanto aguardam o resultado da seleção, ambos perambulam pelo centro de Fortaleza conversando sobre suas experiências.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Crítica – 3 Obás de Xangô

 

Análise Crítica – 3 Obás de Xangô

Review – 3 Obás de Xangô
Dirigido por Sérgio Machado (responsável por filmes como Cidade Baixa e A Luta do Século), o documentário 3 Obás de Xangô analisa a amizade entre três artistas baianos, a influência deles na cultura do estado e como eles ajudaram a promover culturas afro brasileiras e a enfrentar o preconceito contra as religiões de matriz africana.

A invenção da Bahia

A produção narra a amizade entre o escritor Jorge Amado, o músico Dorival Caymmi e o artista plástico Carybé a partir da conexão que eles tinham com o terreiro de Mãe Stella de Oxóssi no qual ocupavam a posição de Obá de Xangô, um título honorífico que reconhecia o papel deles na visibilidade que davam à cultura afro e o combate ao preconceito. Estruturalmente é um documentário bem convencional, recorrendo a imagens de arquivo que mostram as interações entre os três personagens, produções inspiradas nas obras deles (como as adaptações cinematográficas de Jorge Amado), além de entrevistas com personalidades contemporâneas, como o ator Lázaro Ramos ou o escritor Itamar Vieira Junior, que falam da influência dos três artistas.