quinta-feira, 29 de março de 2018

Drops - O Homem Das Cavernas e Perda Total


Crítica O Homem Das Cavernas e Perda Total


Nossa seção de análises curtas fala hoje sobre uma comédia produzida pela Netflix, Perda Total, e a animação O Homem das Cavernas, que recentemente chegou aos cinemas brasileiros.


O Homem das Cavernas

Análise O Homem Das Cavernas e Perda Total


Feito pelos mesmos responsáveis por animações stop-motion como A Fuga das Galinhas (2000) e Wallace Gromit: A Batalha dos Vegetais (2005) e Shaun: O Carneiro (2015) este O Homem das Cavernas tem os mesmos visuais carismáticos, mas nem tanto a mesma criatividade e bom humor que seus antecessores. A trama se passa na Idade da Pedra quando a área na qual a tribo de Dug (Eddie Redmayne) vive é invadida por um reino que já está na Idade do Bronze, liderado pelo maligno Lord Nooth (Tom Hiddleston). Para reaver suas terras, Dug precisa derrotar a civilização inimiga no esporte sagrado deles: o futebol. Como a tribo de Dug nunca conheceu o futebol, eles contarão com a ajuda da garota Goona (Maisie Williams, a Arya de Game of Thrones).

É uma trama bem previsível sobre amizade, cooperação e a importância de se jogar futebol pensando na equipe e não em si mesmo. Boa parte das piadas deriva de gags de humor físico e trocadilhos com palavras pré-histórica. É tudo bem simples, mas funciona na maior parte do tempo. Ocasionalmente o texto consegue fazer alguma piada mais elaborada sobre a ambientação primitiva, como o momento em que o Chefe (Timothy Spall), cuja aparência é a de um homem idoso com cabelo e barba brancas, diz a Dug "eu sou um homem velho, já tenho 30 anos", embora esses momentos não afastem a impressão de que o filme não aproveita como deveria o potencial cômico de sua ambientação. O Homem das Cavernas pode não reinventar a roda, mas oferece uma diversão simpática.

Nota: 6/10  

Trailer





Perda Total


Análise Crítica - Perda Total


O que me atraiu para este Perda Total era a presença do elenco e equipe criativa da divertida série Workaholics. Mesmo considerando que a maioria das produções originais da Netflix são decepcionantes, imaginei que a trupe cômica da série fosse capaz de fazer algo minimamente divertido. Eu estava errado, eu estava muito, muito errado. O resultado é praticamente uma cópia de Segurança de Shopping 2 (2015) que já era uma cópia do primeiro que, por sua vez, já era uma cópia de Duro de Matar (1988). Tal como algo que é xerocado a partir de uma xerox de outra xerox, o resultado é obviamente pavoroso.

A trama é centrada em três garçons fracassados, Alexxx (Adam Devine), Darren (Anders Holm) e Jared (Blake Anderson). Quando um famoso bilionário do Oriente Médio se hospeda no hotel em que eles trabalham, o trio vê a oportunidade de abordar o ricaço para convencê-lo a investir no projeto deles de um videogame controlado por um traje de captura de movimento. Os problemas começam quando um grupo de ladrões liderado por Conrad (Neal McDonaugh, que também foi o vilão de Segurança de Shopping 2) toma controle do hotel para roubar o bilionário. O filme tenta concebê-los como "adoráveis perdedores", mas o texto não lhes dá nada que os redima, eles são um bando de preguiçosos, imaturos, egoístas e estúpidos, falhando em oferecer qualquer razão para que eu me importasse com eles. Na maior parte do tempo eu apenas torci para que eles morressem de uma vez e o filme acabasse.

Não ajuda que boa parte do que o texto tenta vender como humor não passa de um monte de imagens gratuitas de pênis e ânus, como se bastasse ver essas partes do corpo humano para provocar riso, e constantes berros histriônicos por parte do elenco envolvendo a vociferação de ofensas que poderiam facilmente serem ouvidas em algum playground de escola primária. Existem ainda algumas tentativas de chocar ao fazer rir com algumas imagens de violência exagerada, mas é tudo construído por uma computação gráfica pouco convincente que não é impressionante ou engraçada como deveria. Uma Perda Total de tempo.


Nota:1/10

Trailer

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