segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Crítica - Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba


O primeiro Uma Noite no Museu (2006) era, na melhor das hipóteses, um passatempo descartável, mas não tinha nada realmente digno de nota. Apesar disso, conseguiu faturar uma continuação, que era apenas uma repetição expandida do primeiro filme. De um modo ainda mais incompreensível chegamos a este terceiro filme que é basicamente o total esgotamento da fórmula iniciada no primeiro.

No filme, Larry (Ben Stiller) percebe que há algo errado com a relíquia que dá vida aos objetos do museu. Para salvar todos, ele precisa levar o príncipe Ahkmenrah (Rami Malek) e sua relíquia para o Museu Britânico, onde estão expostas as múmias de seus pais, os únicos que conhecem seus mistérios. Em meio a tudo isso, Larry precisa se reaproximar do filho (de novo), já que ele não parece estar disposto a entrar para uma faculdade.

Tentar preencher os 97 minutos de filme com apenas este fiapo de trama é talvez o problema principal do filme, já que tudo segue um ritmo morno, sem energia ou criatividade, faltando o clima de aventura dos outros dois. Os personagens são todos os mesmos dos dois filmes anteriores e repetem as mesmas piadas, o que parece uma decisão pra lá de preguiçosa se levarmos em consideração a mudança de cenário.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Crítica - Êxodo: Deuses e Reis


A história bíblica de Moisés e a fuga dos escravos hebreus do Egito já foi tema de vários filmes como Os Dez Mandamentos (1956) ou a animação O Príncipe do Egito (1998), agora o diretor Ridley Scott resolve apresentar a sua versão com este Êxodo: Deuses e Reis.

O filme começa com Moisés (Christian Bale) já adulto e um dos generais do faraó Seti (John Turturro) ao lado do irmão de criação e herdeiro do trono Ramsés (Joel Edgerton). Quando vai investigar o início de uma insurgência de escravos hebreus encontra o ancião Nun (Ben Kingsley) e descobre a verdade de sua origem. A revelação o faz ser exilado por Ramsés e em seu exílio encontra com Deus, apresentado aqui pela figura de um garoto chamado Malak (Isaac Andrews). Respondendo ao chamado divino, Moisés retorna para libertar seu povo.

Christian Bale traz aqui sua habitual competência como Moisés, apresentando-o como um homem cheio de dúvidas e incertezas que constantemente questiona sua fé e até mesmo os desígnios divinos. Seu Moisés não é um fanático religioso, tampouco um herói estóico e passivo que espera ordens divinas, mas um homem falho, que caminha entre a fé e a razão, dividido entre suas obrigações com a família e as com seu povo. Embora seu percurso seja o de uma tradicional jornada de herói, ao construí-lo como um homem complexo e cheio de contradições se torna mais fácil se relacionar com o personagem.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Crítica - Operação Big Hero

Análise Operação Big Hero

Review Operação Big HeroEm geral, narrativas voltadas para o público infantil apresentam algum tipo de construção moral ou ensinamento para preparar as crianças para a vida e ensiná-las algo sobre os problemas e desafios que irão encontrar. Por trás de sua fachada de super-heróis e aventura, o que esta animação Operação Big Hero fundamentalmente traz é uma narrativa sobre luto e como é difícil lidar com a perda de alguém próximo a nós, uma experiência que cedo ou tarde todos experimentam.

Na trama, Hiro Hamada é um garoto prodígio que passa seu tempo desenvolvendo robôs para lutar em competições, mas seu irmão Tadashi acha que ele poderia fazer algo mais construtivo com sua inteligência e o estimula a entrar para a universidade. Quando seu irmão morre em um suspeito incêndio no laboratório da universidade, Hiro precisará descobrir o que houve e lidar com sua perda, para isso terá ajuda do robô Baymax. Criado por seu irmão como uma espécie de robô médico, o rechonchudo construto se devota a ajudar Hiro a superar seu trauma, mesmo que isso implique em enfrentar a figura sinistra que está por trás de tudo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Crítica - O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos


Quando falei sobre os dois filmes anteriores desta nova trilogia, sempre mencionei o quanto eles eram inchados, cheios de subtramas desnecessárias e ritmo arrastado. Este O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos poderia fazer valer todos os excessos anteriores ao entregar um clímax que os justificasse, no entanto, apenas consolida a ideia de que a modesta e simples aventura escrita por J.R.R Tolkien não precisava ser estendida ao longo de três filmes.

O filme começa exatamente onde A Desolação de Smaug terminou, com o poderoso dragão dirigindo-se à Cidade do Lago. Após a batalha, os moradores da cidade, liderados por Bard (Luke Evans), decidem pedir a parte que lhes cabe do tesouro da montanha para reconstruírem a cidade. No entanto, Thorin (Richard Armitage) foi completamente consumido por sua cobiça e se recusa a negociar. Além dos humanos, o rei elfo Thranduil (Lee Pace) também se aproxima da montanha para recuperar um antigo tesouro. Para piorar, o exército de orcs liderados por Azog (Manu Bennet) se aproxima da montanha, pronto para cercar humanos, elfos e anões para eliminá-los de uma vez.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Crítica - Quero Matar Meu Chefe 2


O primeiro Quero Matar Meu Chefe (2011) era um filme cheio de problemas, mas conseguiu conquistar o público principalmente por causa do apelo cômico dos vilões que eram boas caricaturas dos piores tipos possíveis de chefes. Assim, é decepcionante constatar que este Quero Matar Meu Chefe 2 precise se apoiar tanto no original repetindo praticamente a mesma trama e as mesmas piadas, além de cometer os mesmos erros.

Na trama, Nick (Jason Bateman), Kurt (Jason Sudeikis) e Dale (Charlie Day) decidem abrir um negócio juntos e serem seus próprios chefes, mas seus problemas quando o inescrupuloso executivo de uma rede varejista (Christoph Waltz) os passa a perna e os deixa à beira da falência. Desesperados para não perderem tudo, decidem sequestrar Rex (Chris Pine), filho do executivo, para recuperarem seu dinheiro. O que eles não esperavam é que o próprio Rex estaria disposto a colaborar com o plano apenas para se vingar de seu pai.