Depois do maravilhoso A Árvore da Vida (2011), o diretor
Terrence Malick parece ter se reduzido a uma paródia de si mesmo, transformando
seu estilo de narrativa em uma série de cacoetes a serem repetidos
exaustivamente mesmo que ele não tenha muito o que fazer ou dizer com eles. Já
tinha acontecido no pretensioso e vazio Amor
Pleno (2012) e no intragável Cavaleiro
de Copas (2015). O trailer deste De
Canção em Canção dava a impressão que talvez o diretor fosse retornar à boa
forma de antes, mas o resultado apenas sedimenta sua fixação por meramente
repetir aqueles maneirismos que a essa altura já cansaram.
A trama gira em torno do
"quadrado" amoroso envolvendo o produtor musical Cook (Michael
Fassbender), o músico BV (Ryan Gosling), a aspirante a cantora Faye (Rooney
Mara) e a professora Rhonda (Natalie Portman), mostrando as idas e vindas nos
relacionamentos entre esses personagens. Se você conhece o cinema de Malick, no
entanto, sabe que a trama em si é o que menos importa nos filmes do diretor, já
que o interesse dele é mais produzir provocações e ponderações sobre a natureza
das relações humanas (nesse filme mais sobre namoros e relações afetivas) do
que contar uma história.