quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Crítica – RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos

O primeiro RED: Aposentados e Perigosos (2011) era um filme moderadamente divertido, mas era, na prática, um filme de uma piada só, mostrando superagentes incrivelmente habilidosos e mortais tentando levar uma vida normal. Assim, quando anunciaram a sequência me perguntei se seria possível um segundo filme repetindo a mesma piada ser bem sucedido.
A resposta a essa questão é um pouco complicada. De um lado o humor e os personagens caricatos, em especial Sarah (Mary Louise-Parker) e Marvin (John Malkovich), continuam funcionando, mas por outro, todo o resto do filme falha miseravelmente. O fiapo de roteiro coloca Frank (Bruce Willis) e os demais numa busca por um poderoso artefato nuclear escondido em Moscou na década de 70 e o único que pode ajudá-los é Bailey (Anthony Hopkins) um cientista que passou os últimos 30 anos em um manicômio judiciário e aparentemente não bate bem da cabeça. Ao mesmo tempo, Frank começa a ser caçado pelo perigoso Han (Byung-hun Lee) um assassino com contas a acertar com o ex-agente.


O problema não é exatamente o roteiro simplório, mas a tentativa de tentar fazê-lo parecer algo mais complexo ao acrescentar um número enorme de reviravoltas e personagens que não servem para absolutamente nada e nunca dizem a que vieram. Alguns deles morrem sem sequer causar qualquer tipo de reação na audiência. Além disso, há uma série de furos e ações que desafiam a lógica estabelecida pela própria narrativa. Um exemplo é a cena em que Sarah atira em uma segurança dentro de uma embaixada, sem que haja nenhuma consequência, sendo que é provavelmente impossível que num prédio tão seguro ninguém tenha ouvido o som do disparo. Do mesmo modo, não faz nenhum sentido a transformação de Han, que de uma hora para outra vira melhor amigo de Frank ou a cena em que um vilão poupa a vida de um personagem apenas para matá-lo na cena seguinte sem que isso tenha qualquer impacto.
A ação apresenta a mesma edição excessivamente picotada e confusa da maioria dos filmes de ação recente, muitas vezes tirando o ritmo e a energia do que acontece devido ao grande número de cortes. Os embates são também preguiçosos e pouco criativos, muitas vezes apresentando cópias descaradas de cenas que vimos em filmes recentes como O Procurado (2008) ou o primeiro Velozes e Furiosos (2001).
Assim sendo, apesar do competente e divertido elenco, RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos é um filme incrivelmente falho e problemático que pouco acrescenta à obra anterior, trazendo um roteiro capenga e cenas de ação entediantes.
Nota: 4/10

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