quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Crítica – Gato de Botas 2: O Último Pedido

 

Análise Crítica – Gato de Botas 2: O Último Pedido

Review – Gato de Botas 2: O Último Pedido
Confesso que não tive interesse nenhum em assistir Gato de Botas (2011) quando foi lançado. Só fui assistir anos depois em algum final de semana sem ter o que fazer quando passava na TV a cabo e era exatamente o caça-níqueis inane que imaginei que seria. Por isso também não tive lá grande vontade ou expectativa para conferir este Gato de Botas 2: O Último Pedido. Esperava que fosse ser o estúdio chutando o cavalo (ou gato nesse caso) morto de uma franquia que deveria ter acabado uns três filmes atrás. Depois de conferir o filme, no entanto, o resultado é surpreendente e muito superior ao anterior. É praticamente O Sétimo Selo (1957) ou Logan (2017) no universo Shrek.

Na trama o Gato (Antonio Banderas) está na última de suas nove vidas e na mira do temível caçador de recompensas conhecido como Lobo (Wagner Moura). Com medo de perder sua última vida, o Gato empreende uma jornada para uma misteriosa floresta buscando encontrar um fragmento de estrela cadente para que possa realizar um desejo. O problema é que ele não é o único atrás da estrela.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Crítica – Emancipation: Uma História de Liberdade

 

Análise Crítica – Emancipation: Uma História de Liberdade

Review – Emancipation: Uma História de Liberdade
Quando Emancipation: Uma História de Liberdade foi anunciado, muita gente disse que o filme seria a redenção de Will Smith junto à indústria depois do malfadado tapa na cerimônia do Oscar. Seria o filme que daria a ele mais uma indicação de melhor ator e o colocaria novamente nas graças das instâncias de consagração. O problema é que essa produção da AppleTV dirigida por Antoine Fuqua (de Dia de Treinamento) claramente não tinha qualquer ambição de ser “um filme de premiação”, sendo mais um suspense de sobrevivência do que um drama sobre as agruras da escravidão. Então quando ele chegou ao serviço de streaming com o público esperando um filme digno de Oscar, a recepção foi bastante morna e a produção foi ignorada por muita gente.

A trama se passa no período da Guerra Civil dos Estados Unidos, sendo levemente baseada na história real de um escravo que fugiu do cativeiro através de um pântano até cruzar a fronteira para o norte e chegar ao acampamento de Baton Rouge, lá as fotos de suas costas cheias de marcas da tortura rodaram o mundo. No filme, Peter (Will Smith) escapa da propriedade na qual está cativo e, liderando outros escravos, tenta fugir para o norte sob a promessa de que lá terá a liberdade que almeja.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Crítica – Oferenda ao Demônio

 

Análise Crítica – Oferenda ao Demônio

Filmes de possessão demoníaca normalmente se baseiam em elementos cristãos, então quando vi que este Oferenda ao Demônio se baseava no judaísmo fiquei curioso em como isso poderia render algo diferente. Infelizmente isso não acontece e o resultado é um terror bem genérico.

Na trama, Arthur (Nick Blood, o Hunter de Agentes da SHIELD) é um corretor de imóveis judeu que se afastou da família depois de casar com uma mulher não judia, Claire (Emily Wiseman). Agora que a esposa está grávida, Arthur tenta se reaproximar do pai, Saul (Allan Corduner), um judeu ortodoxo. O problema é que o protagonista não quer apenas reparar o relacionamento, mas convencer o pai a vender seu imóvel para que possa saldar dívidas. As coisas se complicam quando um misterioso cadáver chega na funerária de Saul com uma faca cheia de símbolos antigos cravada no corpo e um estranho pingente. O cadáver traz consigo uma entidade sobrenatural que passa a aterrorizar a família.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Crítica – Babilônia

 

Análise Crítica – Babilônia

Review – Babilônia
Dirigido por Damien Chazelle (de Whiplash e La La Land) Babilônia é praticamente uma versão “para maiores” de Cantando na Chuva (1952). Conta a história do período de transição entre o cinema mudo e o cinema sonoro, mas ao contrário do musical estrelado por Gene Kelly explora toda a devassidão e vida de excessos da Hollywood de outrora.

A narrativa acompanha três pessoas que estão tentando vencer em Hollywood no final da década de 1920. Manny (Diego Calva) é um imigrante mexicano que trabalha como faz-tudo para um figurão da indústria e sonha em ser produtor. Nellie (Margot Robbie) é uma jovem recém chegada do interior que espera se tornar uma grande estrela, enquanto que Jack (Brad Pitt) é um astro já estabelecido. O cotidiano do trio em Hollywood mudará radicalmente quando os filmes sonoros passam a ser norma e eles lutam em se adaptar.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Drops – Casamento Armado

 

Análise crítica – Casamento Armado

Review – Casamento Armado
Antes mesmo das câmeras começarem a rodar Casamento Armado já estava envolvido em polêmicas por conta da contratação de Armie Hammer para o papel principal bem quando denúncias de abuso sexual contra ele começavam a surgir, como mostrou a docussérie House of Hammer. Hammer foi eventualmente removido e substituído por Josh Duhamel. Independente das polêmicas de bastidores o resultado é muito ruim.

A trama gira em torno do casal Darcy (Jennifer Lopez) e Tom (Josh Duhamel) que estão nas Filipinas para se casarem. Na véspera da cerimônia o casal briga e ambos pensam em desistir, mas eles não tem tempo para discutir a relação quando piratas invadem a ilha e sequestram todos os convidados, com apenas Darcy e Tom conseguindo escapar. Agora o casal precisa salvar seus amigos e parentes.

A ideia de misturar comédia romântica e Duro de Matar (1988) até poderia render algo divertido se bem executada, infelizmente não é o que acontece aqui. O entendimento do filme sobre comédia consiste basicamente de fazer o elenco berrar suas falas, como se isso fosse tornar os diálogos ruins em algo automaticamente engraçado. A ação não tem nada demais embora ocasionalmente entregue algum momento divertido de violência exagerada como a morte dos vilões no final.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Drops – Certas Pessoas

 

Análise Crítica – Certas Pessoas

Review – Certas Pessoas
Dirigido por Kenya Barris, criador da bacana série Black-ish, Certas Pessoas também trata de tensões raciais. Se em Black-ish Barris conseguia transitar com sensibilidade e humor por temas espinhosos como colorismo, Certas Pessoas não traz a mesma qualidade em seus insights.

A narrativa segue Ezra (Jonah Hill), rapaz branco e judeu que se apaixona pela jovem negra Amira (Lauren London). Os jovens desejam se casar, mas esbarram em problemas com seus pais. A mãe de Ezra, Shelley (Julia Louis-Dreyfus), tenta soar progressista, mas acaba soando inconveniente e preconceituosa a maior parte do tempo enquanto que o pai de Amira, Akbar (Eddie Murphy), é um ativista do movimento negro que não aceita a relação da filha com um branco.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Crítica – Batem à Porta

 

Análise Crítica – Batem à Porta

Review – Batem à Porta
A cada novo filme de M. Night Shyamalan eu cristalizo a certeza de que ele deve ser proibido de escrever os próprios roteiros. Em Batem à Porta o diretor exibe o senso preciso de construção de tensão que lhe tornou famoso, mas nem toda essa habilidade consegue manter o filme de pé conforme a trama caminha para o seu final e o texto é incapaz de sustentar suas ambições ou produzir alguma reflexão contundente a partir delas. Aviso que o texto pode conter SPOILERS do filme.

Na trama Eric (Jonathan Groff) e Andrew (Ben Aldridge) estão de férias com a filha Wen (Kristen Cui) em uma isolada cabine quando o lugar é invadido pelo grupo liderado por Leonard (Dave Bautista). Eric, Andrew e a filha são feitos de reféns pelos invasores que dizem que a família precisa sacrificar um dos três para salvarem o mundo de um apocalipse iminente, se demorarem demais o mundo irá acabar de qualquer maneira.

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Crítica – Fire Emblem Engage

 

Análise Crítica – Fire Emblem Engage

Review – Fire Emblem Engage
Conheci a franquia Fire Emblem ainda na época do Game Boy Advance. Acompanhei os jogos em portáteis, mas tive pouco contato com os lançamentos em consoles até Three Houses, que ampliou a visibilidade desses games ao adicionar elementos de simulação social ao estilo Persona 5. Confesso que meu interesse sempre foi o combate tático, então fiquei contente que este Fire Emblem Engage, exclusivo para Nintendo Switch, focaria mais nisso e deixaria de lado o foco em sociabilidade e agenda social de Three Houses. Dependendo do que você espera de um game da franquia sua relação com Engage pode ser diferente da minha.

Na trama o jogadora controla Alear, a herdeira (ou herdeiro) do Dragão Divino que acordou depois de um longo sono depois que as trevas voltaram ao reino. O surgimento de seres corrompidos prenuncia a volta do dragão das trevas, uma entidade sombria que foi derrotada séculos atrás. Para impedir o retorno das trevas o protagonista conta com artefatos mágicos chamados Emblem Rings, anéis que trazem consigo o espírito de guerreiros do passado e que emprestam seu poder ao usuário. Assim, com o auxílio do espírito de protagonistas de games anteriores como Marth ou Ike, o protagonista precisa salvar o mundo.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Crítica – Decisão de Partir

 

Análise Crítica – Decisão de Partir

Review – Decisão de Partir
Filme mais recente do diretor sul-coreano Park Chan-wook, Decisão de Partir flerta com o noir e com um clima de suspense hitchcockiano. Apesar da trama investigativa que inicia a narrativa, no entanto, ele está mais interessado na relação entre seus protagonistas do que na resolução do crime.

O detetive Hae-joon (Park Hae-il) é incumbido de investigar a morte de um sujeito que supostamente caiu do alto de um morro. Parece ser acidente, mas há indícios de que possa ter sido assassinato. A principal suspeita é a esposa do morto, Seo-rae (Tang Wei), que trabalha como cuidadora de idosos. A investigação coloca Hae-joon para monitorar Seo-rae de perto e logo os dois começam a se aproximar.

É, logicamente, uma relação fadada ao fracasso já que Seo é claramente culpada e a única maneira de Hae-joon mantê-la em segurança é se afastar dela e não continuar a investigação. Seo, no entanto, se apaixona pelo detetive e tenta encontrar maneiras de chamar sua atenção, incluindo outros assassinatos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Crítica – Vengeful Guardian: Moonrider

 

Análise Crítica – Vengeful Guardian: Moonrider

Review – Vengeful Guardian: Moonrider
Desenvolvido pela brasileira Joy Masher, responsável pelo bacana Blazing Chrome, Vengeful Guardian: Moonrider chamou minha atenção pelo modo como seus visuais remetiam a Shinobi III para Mega Drive. Não me lembrava de um jogo de aventura retrô que captasse tão bem as antigas aventuras do ninja do Mega Drive, então resolvi conferir.

A trama é simples: em um futuro distópico o jogador controla o titular Moonrider, uma arma viva a serviço de um regime repressivo. Farto de ser uma ferramenta de opressão, o ninja tecnológico se rebela contra aqueles que o controlam e reflete sobre como o poder corrompe. Tudo isso serve como pretexto para uma jornada sanguinária ao longo de oito fases. Algumas cutscenes com ótima pixel art ajudam a dar algum contexto entre uma fase e outra, mas no geral a narrativa é meio vaga, o que não chega a ser um problema considerando a natureza retrô do produto.