Estamos
numa época em que a internet é capaz de dissecar todos os detalhes de um filme
antes dele ser lançado, quando fotos de sets
de filmagem e roteiros inevitavelmente vazam online e mesmo peças oficiais de divulgação como trailers já revelam a trama inteira e as
principais reviravoltas de um filme (como aconteceu com Exterminador do Futuro: Gênesis ou Batman vs Superman). Assim sendo, o fato de J.J Abrams (que também
foi eficiente em manter em segredo o seu Star Wars: O Despertar da Força) conseguir colocar em produção e manter a
existência deste Rua Cloverfield 10
completamente em segredo até poucos meses antes de seu lançamento já é um
mérito por si só.
Hoje
dificilmente uma continuação, spin-off
ou "sucessor espiritual" (como a produtora de Abrams insiste em
chamar esse filme) de uma produção relativamente bem sucedida como Cloverfield: Monstro (2008), passaria
batido pelo radar da imprensa especializada e ao utilizar uma estratégia que
vai na contramão do mercado, confesso que a produtora Bad Robot conseguiu me
deixar bastante intrigado para conferir este produto que pode ou não se
conectar com a narrativa de 2008.
Abandonando
o formato de found footage do filme
anterior, a trama começa quando Michelle (Mary Elizabeth Winstead) sai de casa
depois de brigar com o namorado. Quando sofre um acidente de carro ela acorda
em um bunker subterrâneo com suas
feridas tratadas, mas algemada a um corrimão. Seu anfitrião é o corpulento e rígido
ex-militar Howard (John Goodman), que lhe informa que houve um grande ataque e
o ar fora contaminado, restando a eles se abrigarem no esconderijo subterrâneo
que ele construiu em sua fazenda. Além deles o abrigo também é habitado por Emmett
(John Gallagher Jr), que parece ter tanto medo de Howard quanto Michelle.


















