A
paranoia anticomunista e a pesada perseguição àqueles que exibiam qualquer
proximidade desses ideais marcaram o período do pós segunda guerra e da guerra
fria nos Estados Unidos. Na época havia
uma paranoia extrema em relação ao comunismo e qualquer um que demonstrasse
partilhar deste pensamento era perseguido, preso e considerado um traidor. Isso
aconteceu também em Hollywood, na qual muitos atores, diretores e roteiristas
foram presos e proibidos de trabalhar por sua afiliação ao partido comunista, colocados
na infame lista negra de Hollywood. Este Trumbo:
Lista Negra conta a história de um desses profissionais, o roteirista
Dalton Trumbo, responsável pelo texto de filmes como Spartacus (1960), que mesmo banido achou um modo de continuar
trabalhando.
O
filme começa em 1947, justamente quando os Estados Unidos começava a voltar
suas atenções para a União Soviética e o comunismo passava a ser visto como uma
ameaça ao "modo de vida americano". Trumbo (Bryan Cranston) e mais
alguns colegas são intimados pelo congresso a dar explicações sobre seu
envolvimento com o partido comunista e os sindicatos de profissionais do
cinema, sendo ao fim presos apenas por sua ideologia, mesmo sem terem cometido
crime algum. Depois de cumprir pena ele tenta voltar a Hollywood, mas seu nome
está na infame lista negra e ele não consegue trabalhar. Assim, decide procurar
estúdios de baixo escalão para oferecer seu trabalho por um valor menor e
trabalhando sob pseudônimos.