quarta-feira, 1 de julho de 2020

Drops - Sócias em Guerra


Análise Crítica - Sócias em Guerra

Review - Sócias em GuerraContando com nomes como Tiffany Haddish e Salma Hayek, esperava que esse Sócias em Guerra fosse ao menos divertido, mas o que encontrei foi um produto vazio, que raramente faz rir. Na trama, Mia (Tiffany Haddish) e Mel (Rose Byrne) são amigas de infância que juntas abriram uma empresa de cosméticos. Quando a empresa está com problemas financeiros, elas recebem uma oferta da megaempresária Claire Luna (Salma Hayek) para adquirir parte da empresa delas. No processo de aquisição Claire começa a jogar uma sócia contra a outra, colocando em risco a amizade das duas.

Haddish e Byrne conseguem convencer como duas pessoas que se conhecem a vida inteira, mas o roteiro muitas vezes pesa tanto a mão na imaturidade e estupidez das duas que é difícil se importar com elas. Isso fica evidente em situações cômicas sem sentido, como quando elas tentam roubar um drone no escritório de Claire. Elas estavam prestes a se encontrar com uma pessoa que poderia salvar o negócio delas e a primeira coisa que tentam fazer enquanto esperam para entrar na reunião é roubar algo que nem precisam? Qual o motivo disso?

A cisão entre as duas poderia render algumas cenas engraçadas, mas o roteiro investe em momentos inanes de comédia física rasteira como a cena em que Mia come uma comida muito apimentada ou quando ela quase cai de um lugar alto no escritório de Claire. A trama tenta construir uma mensagem crítica ao fomento da rivalidade feminina e como isso só beneficia os homens, mas como todo o conflito entre as protagonistas é resolvido muito fácil, rápido e com o clichê da “grande apresentação de negócios” cheia de frases de efeito prontas, o tema não tem o impacto que deveria.

Quem acaba gerando alguns momentos divertidos são Salma Hayek e Billy Porter. Hayek faz de Claire uma mulher exagerada, extravagante e meio cafona com seu cabelo alaranjado super armado, que parece usar dúzias de laquê para se manter em pé e dentes que parecem pastilhas de Mentex. É de Claire o diálogo mais engraçado do filme quando ela diz “minha cabeça não é pequena, meus seios é que são enormes”, que faz rir por ser algo que vem de maneira completamente inesperada e absurda. É esse senso de imprevisibilidade e absurdo, aliás, que falta no restante do filme Já Porter interpreta um funcionário de Mia e Mel, com a cena em que ele reage ao fato de ser demitido pelas duas sendo uma das mais engraçadas do filme.

Com um humor que muitas vezes não funciona não há muito que se aproveitar em Sócias em Guerra apesar das boas intenções da mensagem que tenta construir.

Nota: 4/10

Trailer

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