quinta-feira, 11 de abril de 2013

Crítica – Chamada de Emergência

O que aconteceu com Halle Berry? Uma atriz talentosa e premiada que há anos entrega-se a um monte de produções meia-boca como Na Companhia do Medo (2003), A Estranha Perfeita (2007) Noite de Ano Novo (2010). Claro, tiveram alguns filmes razoáveis pelo caminho, como a trilogia X-Men, mas em geral seus trabalhos pós-Oscar foram sofríveis e este Chamada de Emergência não faz nada para melhorar esta percepção.
A premissa lembra um pouco Celular: Um Grito de Socorro (2004), Jordan (Halle Berry) é uma veterana operadora do serviço de emergência de Los Angeles que precisa ajudar no resgate de uma garota, Casey, (Abigail Breslin) que foi sequestrada e conseguiu ligar para emergência de dentro do porta-malas de seu captor, Michael (Michael Eklund).
O filme é inicialmente interessante por mostrar os bastidores do serviço de emergência dos Estados Unidos, o famoso 911, e toda logística envolvida no processo, desde a ligação ao envio de policiais, revelando um trabalho de pesquisa e encenação muito bem realizado e que ajuda a embarcar na história. A trama é bem conduzida e tensa, com Jordan tentando diferentes estratégias para localizar a garota, que precisa agir de dentro do porta-malas e sem chamar atenção do sequestrador. É claro que as coisas dão errado mais de uma vez e uma pilha de corpos vai se acumulando. Há alguns clichês, como o fato de Jordan ser atormentada por um erro passado que custou a vida de uma vítima, mas nada que chegue a incomodar.