sexta-feira, 29 de abril de 2022

Crítica – Moonfall: Ameaça Lunar

 

Análise Crítica – Moonfall: Ameaça Lunar

Review – Moonfall: Ameaça Lunar
Os filmes de Roland Emmerich nunca foram exatamente inteligentes e sempre usavam de maneira bem solta os conceitos científicos que ele usava. Ao menos, porém, produções como Independence Day (1996) ou O Dia Depois de Amanhã (2004) tinham uma certa autoconsciência da própria estupidez e conseguiam criar um senso de diversão ao redor de seus conceitos absurdos. O mesmo não acontece com este Moonfall: Ameaça Lunar, que não apenas leva a imbecilidade típica das tramas de Emmerich a patamares ainda mais elevados como também o faz sem qualquer espírito de diversão ou galhofa, levando tudo a sério e sendo tão cinzento que mais parece uma tentativa de Zack Snyder imitar o estilo de Emmerich. E não, isso não é um elogio.

Depois dos fracassos que foram Independence Day: O Ressurgimento (2016) e Midway: Batalha em Alto Mar (2019), grandes estúdios sabiamente passaram a não querer investir em Emmerich e para fazer Moonfall o diretor precisou levantar os 140 milhões de seu orçamento de produção (ou seja, o valor não leva em conta os custos de marketing e distribuição) de diferentes parceiros comerciais, incluindo companhias chinesas. Isso faz de Moonfall o mais caro “filme independente” estadunidense, o que seria um grande feito se não fosse tão pavorosamente ruim.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Drops - As Agentes 355

 

Resenha Crítica - As Agentes 355

Review - As Agentes 355
Hollywood constantemente acha que reunir um grande elenco basta para atrair público, esquecendo que sem uma trama ou personagens interessantes, é difícil embarcar na história. Este As Agentes 355 é o mais novo exemplo desse equívoco, no qual é reunido um elenco de atrizes de grande renome apenas para desperdiçá-las em um texto genérico e direção pouco inspirada.

Na trama, as missões de agentes de inteligência de diferentes países se chocam quando elas percorrem o mundo para recuperar um drive que conteria um programa capaz de burlar qualquer segurança digital no mundo. Assim, Mace (Jessica Chastain), Marie (Diane Kruger), Khadijah (Lupita Nyongo) e Graciela (Penelope Cruz) se unem para combater a ameaça.

No papel parece uma ótima ideia, já que dificilmente um elenco desse renderia algo ruim. Na prática, no entanto, o resultado é genérico e sem personalidade. As agentes são uma coleção de clichês, como a espiã cínica e desencantada com o mundo ou aquela que ainda tem a esperança de ter uma vida normal. Não há nada digno de nota em nenhuma delas e nem mesmo os diálogos conseguem explorar de modo criativo ou espirituoso o choque entre as personalidades antagônicas da protagonista. Chastain e o resto do elenco principal até se esforçam para estabelecer alguma química entre elas, mas são limitadas pelo texto inane.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Crítica – Abercrombie & Fitch: Ascensão e Queda

 

Análise Crítica – Abercrombie & Fitch: Ascensão e Queda

Review – Abercrombie & Fitch: Ascensão e Queda
Nunca fui lá muito interessado em moda, mas até eu reconhecia a marca Abercrombie & Fitch que se tornou altamente procurada no final da década de 1990 e início dos anos 2000, se tornando símbolo de jovens sarados atendendo a exigentes (e irreais sob certos aspectos) padrões de beleza. Nos últimos anos a marca foi alvo de várias denúncias de práticas discriminatórias, além de declarações publicamente preconceituosas do presidente da companhia, tudo isso contribuiu para a derrocada da companhia. É sobre esse processo de auge e decadência que o documentário Abercrombie & Fitch: Ascensão e Queda vai se deter.

É um documentário todo apoiado em entrevistas com eventuais imagens de arquivo e algumas transições com animação e fotos para tentar dar algum movimento, mas não conseguem mascarar a falta de ritmo e estética demasiadamente convencional. Durante boa parte do tempo soa mais como uma grande reportagem mais interessada em apenas narrar fatos do que analisá-los criticamente. Seria menos um problema se o documentário realmente analisasse com consistência as questões que apresenta ao invés de passar superficialmente por elas.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Crítica – A Bolha

 

Análise Crítica – A Bolha

Review Crítica – A Bolha
Dois anos de pandemia de COVID-19 e a impressão é que foram dois séculos. A verdade é que ainda não estamos completamente fora dela, ainda que as coisas soem mais seguras, e ainda é cedo demais para entendermos plenamente suas consequências, seja em termos de saúde, seja em termos sociais e psicológicos. Por isso é estranho que Hollywood e o diretor Judd Apatow tenham já resolvido parodiar a situação neste A Bolha.

A trama se passa em 2020, ainda no auge da pandemia e sem vacina, acompanhando a produção de um grande filme hollywoodiano que tenta ser feito a despeito das limitações sanitárias. Para realizar o filme, todo o elenco e equipe é confinado em um hotel, criando uma “bolha sanitária” na qual ninguém pode sair para tentar manter a contaminação sob controle. No centro de tudo está a atriz Carol Cobb (Karen Gillan) que retorna para a franquia de filmes de monstro que a tornou famosa depois de se recusar a fazer o anterior.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Crítica – Nem Tudo é Beleza

 

Análise Crítica – Nem Tudo é Beleza

Review – Nem Tudo é Beleza
Que a indústria da beleza tem um lado cruel já é notório. De como passaram anos fazendo as pessoas se sentirem culpadas por não pertencerem a um certo padrão, passando pelos testes problemáticos em animais e humanos. Ainda assim a minissérie documental Nem Tudo é Beleza, produção da HBO Max, conseguiu me espantar com as práticas escusas dessa indústria.

Produzida por Kirby Dick e Amy Ziering, responsáveis por documentários como The Hunting Ground (2015) e Operação Enganosa (2018), a minissérie se divide em quatro episódios. Cada episódio foca em um tipo de produto específico, como maquiagem ou produtos para cabelo. Cada um deles nos mostra como produtos de beleza que pensamos ser inofensivos são carregados de riscos que não apenas a indústria sabe, como insiste em vender a populações mais vulneráveis.

Recorrendo a entrevistas, imagens de arquivo e pesquisas documentais, a série mostra como a falta de fiscalização do governo estadunidense facilita que as companhias de cosméticos façam o que bem entendem, denunciando a fraude que é a ideia de deixar mega corporações se autorregularem. Apesar de escolhas estilísticas bem tradicionais, a narração de que Keke Palmer ajuda a dar personalidade à narrativa, conferindo seriedade sem, no entanto, soar demasiadamente solene ou denuncista.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Crítica – Escolha ou Morra

 

Análise Crítica – Escolha ou Morra

Review – Escolha ou Morra
Produção original da Netflix, Escolha ou Morra é um terror que parte de uma premissa promissora apenas para se atropelar na execução e entregar um produto que mal consegue fazer sentido em muitos momentos. A trama se apoia no mesmo tipo de paranoia tecnológica explorada por filmes como O Chamado (2001), mas não tem praticamente nada a dizer sobre isso ou quaisquer outros temas que aborda.

Na história, Kayla (Iola Evans) é uma jovem lidando com muitos problemas simultâneos. Depois de abandonar a faculdade para cuidar da mãe que sofre com o vício em drogas, ela tem dificuldade de conseguir um emprego e manter as contas em dia. Uma chance de se recuperar surge quando seu melhor amigo, Isaac (Asa Butterfield), encontra um jogo retrô de terror que oferece um prêmio em dinheiro para quem conseguir completá-lo. Depois de descobrir que a oferta ainda é válida e ninguém conseguiu resgatar o prêmio, Kayla resolve jogar para conseguir o dinheiro de que precisa. O problema é que o game começa a afetar a realidade à sua volta, causando mortes reais.

terça-feira, 19 de abril de 2022

Drops – Um Jantar Entre Espiões

 

Análise Crítica – Um Jantar Entre Espiões

Review – Um Jantar Entre Espiões
Estrelado por Chris Pine e Thandiwe Newton, este Um Jantar Entre Espiões é uma inusitada mistura de suspense de espionagem e um “filme de DR” no qual os protagonistas passam a trama discutindo a relação. É uma costura atípica que acaba envolvendo justamente pelo trabalho da dupla principal.

Na trama, Henry (Chris Pine) é um agente da CIA incumbido de interrogar uma ex-agente e também sua antiga amante, Celia (Thandiwe Newton), a respeito de uma operação fracassada de anos atrás. Novas informações dão a entender que o terrorista responsável pelos atos que os personagens falharam em combater tinha um infiltrado na agência e Henry deve conversar com Celia para descobrir quem foi. Lógico que no curso da conversa sentimentos pessoais e profissionais se misturam ao ponto que fica difícil saber em quem confiar.

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Crítica – O Conto da Aia: 4ª Temporada

 

Análise Crítica – O Conto da Aia: 4ª Temporada

Review - The Handmaid's Tale Season 4
Quando escrevi sobre a terceira temporada de O Conto da Aia (ou Handmaid’s Tale em inglês) mencionei como a série já estava dando sinais de desgaste criativo e era melhor pensar em encerrar. Essa quarta temporada transmite a mesma sensação, principalmente em sua primeira metade, ainda que ofereça momentos bem vindos de catarse em seu final.

O quarto ano continua de onde o anterior parou, com June (Elizabeth Moss) sendo baleada depois de ajudar na fuga de crianças, marthas e aias para o Canadá. Ainda em Gilead, June é socorrida por outras aias que estão em fuga com ela. O grupo consegue refúgio na fazenda da Sra. Keyes (McKenna Grace), a jovem esposa de um comandante idoso demais para se dar conta do que ocorre em sua propriedade. Neste refúgio, June tenta se recuperar enquanto traça planos para seus próximos passos.

A primeira metade da temporada segue o mesmo ciclo previsível das duas temporadas anteriores com June sendo recapturada, torturada, tendo seu ânimo devastado pela tortura, sendo abusada, apenas para recuperar sua força de vontade e fugir de novo. A essa altura já vimos isso acontecer inúmeras vezes ao ponto de nem nos chocar mais e tudo soar como uma mera espetacularização dessa violência. Já sabemos que Gilead é um lugar cruel e misógino, repetir esse ciclo de abusos e torturas não acrescenta muito ao que já sabemos.

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Crítica – Os Olhos de Tammy Faye

 

Análise Crítica – Os Olhos de Tammy Faye

Review – Os Olhos de Tammy Faye
Dirigido por Michael Showalter, responsável pelo bacana e pouco visto Doentes de Amor (2017), este Os Olhos de Tammy Faye mistura comédia e drama para contar a história de uma figura real do televangelismo dos Estados Unidos. Aqui, no entanto, essa mescla não necessariamente ajuda a compreender a personagem.

A trama é baseada na história real de Tammy Faye Bakker, famosa televangelista que ganhou proeminência na década de 1970 e esposa do também televangelista Jim Bakker (Andrew Garfield). Juntos eles construíram um império televisivo, mas também foram alvo de várias polêmicas.

Baseado no documentário de mesmo nome, Os Olhos de Tammy Faye, como o título sugere, adere à perspectiva de Tammy. O problema é que há uma diferença entre assumir um ponto de vista específico de um personagem e aceitar acriticamente tudo que essa pessoa faz. O filme parece cair na segunda perspectiva. Tammy é certamente uma figura complexa. Ao mesmo tempo em que quebrou barreiras ao se tornar uma liderança feminina em um meio tomado por homens e se negou a recriminar a população LGBTQIA, Tammy também acreditava e ajudou a difundir a tacanha noção de teologia da prosperidade, não tendo nenhum problema em viver na opulência graças às doações de fieis mais pobres. Ela também parecia acreditar cegamente no marido apesar das constantes denúncias de que Jim se fraudava a igreja deles.

terça-feira, 12 de abril de 2022

Drops – Metal Lords

 

Análise Crítica – Metal Lords

Review – Metal Lords
De certa forma, Metal Lords é uma comédia adolescente bem dentro dos padrões, tocando em temas de amadurecimento e formação de identidade, estruturada a partir de uma competição escolar (batalha de bandas nesse caso), similar a muitos outros filmes que já assistimos. Ainda assim, é uma produção que tem carisma e afeto o suficiente para nos fazer aderir à história.

Na trama, Kevin (Jaeden Martell) é um jovem tímido e retraído que é convidado pelo amigo Hunter (Adrian Greensmith) para criar uma banda de heavy metal e competir na batalha de bandas da escola para ganharem popularidade. A dupla tem dificuldade em trazer novos integrantes para a banda, mas Kevin resolve se aproximar da violoncelista Emily (Isis Hainsworth), acreditando que ela pode ser uma boa adição.

A condução da narrativa segue muitos dos clichês desse tipo de história, com Kevin se apaixonando por Emily e isso se colocando no caminho de sua amizade com Hunter, ou a presença de uma banda rival que eles precisam derrotar, tudo bem próximo aos lugares comuns. O texto toca em temas como saúde mental, mas passa um pouco rápido demais por eles. Ainda assim, o filme acerta em sua homenagem à cultura do metal, transmitindo o porque desse gênero musical despertar tantas paixões e atrair vários fãs.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Crítica – Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

 

Análise Crítica – Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

Review – Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
Depois da recepção e bilheteria abaixo do esperado de Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald (2018), a Warner decidiu adiar o terceiro filme da saga para reestruturar os planos. Outros atrasos aconteceram por conta da pandemia, mas a ideia do estúdio reconhecer o erro e repensar o caminho dava esperança de que este terceiro filme, Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore, poderia finalmente acertar.

Na trama, uma eleição está para decidir a nova liderança do mundo bruxo e Grindelwald (Mads Mikkelsen) planeja controlar o pleito a seu favor. Por sua vez Dumbledore (Jude Law) percebe que não pode mais acompanhar de longe a ascensão do rival e bola um plano que envolve Newt Scamander (Eddie Redmayne), Kowalski (Dan Fogler) e outros aliados.

A primeira coisa que chama atenção é o quão inconsequentes a maioria dos personagens são para a trama. Personagens são presos, resgatados, atentados são feitos e nada disso faz qualquer diferença. Se no anterior os personagens ao menos tinham algum arco dramático, como a jornada de Newt em compreender o imperativo moral de enfrentar o fascismo, aqui ninguém tem qualquer narrativa própria, passa por qualquer transformação ou aprendizado. Tirando Dumbledore e Grindelwald nenhum deles soa necessário para a trama. Alguns personagens, como o irmão de Newt (tão sem personalidade que nem me lembro o nome), poderiam ser limados completamente que não faria diferença.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Drops – As Faces da Beleza

 

Análise Crítica – As Faces da Beleza

Review Crítica – As Faces da Beleza
Durante muito tempo o padrão de beleza feminina promovido pelos veículos de comunicação de massa era um padrão que valorizava traços associados a pessoas brancas. Por mais que saibamos que beleza não é tudo, vivemos em uma estrutura social que valoriza a beleza e, por isso, tratar como abjeto, desagradável ou indigno de ser considerado belo um determinado grupo social implica em considerar esse grupo como inferioro. Essa é a discussão que As Faces da Beleza tenta fazer sobre a importância de valorizar e dar visibilidade à beleza negra.

Em termos de estrutura é um documentário bem padrão, com entrevistas e imagens de arquivo, fazendo muito pouco em termos estéticos para ajudar na nossa imersão ao tema, valorizando mais a exposição oral de seus argumentos e usando imagens para ilustrar ou demonstrar certos pontos de vista. É possível ver que há uma ampla pesquisa e presença de estudiosos da área para falar de como o discurso ao redor da aparência da mulher negra foi modulado durante séculos para tratar as feições dessa população como pouco atraentes, aberrantes ou hiperssexualizadas a ponto de reduzi-las a objetos.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Drops – Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial

 

Análise Crítica – Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial

Review – Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial
Dirigido por Richard Linklater, realizador que já fez outros trabalhos com animação em rotoscopia (quando se desenha por cima das performances de atores reais) e neste Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial busca recriar o clima dos anos de 1960. A trama segue Stan, um garoto chamado pela NASA para a missão de testar um módulo espacial que foi erroneamente construído muito pequeno. Assim, Stan seria a primeira pessoa na Lua, antes de Neil Armstrong e a missão da Apollo 11.

Toda a aventura tem um clima de nostalgia, que tenta nos deixar imersos na experiência de como seria viver na década de 60. De certa forma, Linklater parece mais interessado em reconstruir essa experiência sensível a partir do que filme, do que contar sobre a aventura de Stan no espaço. A trama se entrega a longas digressões que impedem a progressão da trama, mas que valem pelo amplo panorama que pintam sobre como era a vida neste período, tudo contado com muito humor e afeto pela maneira com a qual Linklater constrói suas imagens e pela narração de Jack Black, que faz a versão adulta de Stan. Em muitos momentos, a impressão é que a trama envolvendo Stan e a NASA nem precisaria existir para dar conta do que Linklater quer.

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Crítica – Kirby and the Forgotten Land

 

Análise Crítica – Kirby and the Forgotten Land

Review – Kirby and the Forgotten Land
Depois de décadas em aventuras bidimensionais, a Nintendo dá ao Kirby uma aventura tridimensional neste Kirby and the Forgotten Land para Nintendo Switch. Os primeiros trailers surpreendiam ao mostrar a bolota rosa caminhando por espaços abertos do que pareciam ser ruínas de uma civilização humana, dando a impressão de um mundo aberto pós-apocalíptico. Embora esse tipo de ruína seja prevalente durante o game, o produto final, como já tinha ficado evidente nos demos lançados, não tem uma estrutura aberta e sim por fases tridimensionais com espaços a explorar e alguma linearidade. Algo similar a Super Mario 3D World.

Na trama, Kirby é inesperadamente tragado por um portal que o leva a um terra arruinada. Lá ele encontra uma criatura chamada Eiflin, que o auxilia a resgatar os Waddle Dees que também foram transportados para este mundo e sequestrados por um misterioso grupo de vilões chamado The Beast Pack. Apesar do mundo em ruínas, o game ainda apresenta um universo colorido e fofo como os outros games do personagem, conseguindo mesclar com habilidade essa estética apocalíptica com os visuais mais cartunescos.

terça-feira, 5 de abril de 2022

Crítica – Não Confie em Ninguém: A Caça ao Rei da Criptomoeda

 

Análise Crítica – Não Confie em Ninguém: A Caça ao Rei da Criptomoeda

De início esse Não Confie em Ninguém: A Caça ao Rei da Criptomoeda parece mais um desses documentários sobre crimes reais insólitos. O problema é que conforme a trama progride, o filme se rende a muita especulação e expedientes sensacionalistas ao ponto em que quando chegamos ao final fica a impressão de que haviam poucos fatos concretos para justificar seus noventa minutos.

A narrativa conta a história da QuadrigaCX uma empresa de corretagem de criptomoeda que ganhou proeminência no Canadá quando o Bitcoin começou a se tornar uma tendência na especulação financeira. O fundador da empresa, Gerry Cotten, se tornou uma figura proeminente no mercado financeiro e promotor da importância das criptomoedas. Anos depois, a empresa se viu enrolada em escândalos que culminaram com muitos clientes não sendo capazes de retirar seus investimentos, algo que piora quando Gerry inesperadamente morre em uma viagem à Índia, sendo que ele tinha todas as senhas para as carteiras virtuais de Bitcoin da empresa.

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Crítica – Sonic 2: O Filme

 

Análise Crítica – Sonic 2: O Filme

Review – Sonic 2: O Filme
Considerando o baixo nível das adaptações de games, Sonic: O Filme foi uma relativa surpresa ao ser bem fiel ao espírito do ouriço azul. Tinha problemas de ritmo e os personagens humanos eram desinteressantes, mas conseguia ser moderadamente divertido. Esse Sonic 2: O Filme melhora em alguns aspectos, mas repete alguns erros do anterior.

Na trama, Robotinik (Jim Carrey) consegue voltar à Terra e busca vingança contra Sonic  (Ben Schwartz) e Tom (James Marsden). O cientista louco, no entanto, não chega sozinho e vem acompanhado de Knuckles (Idris Elba), que busca o poder da Esmeralda Mestra.

Assim como o primeiro filme, essa segunda aventura sofre com problemas de ritmo, ao se render a digressões que pouco acrescentam à trama e apenas quebram o ritmo de urgência e velocidade que a narrativa tenta construir. Alguns segmentos, como a cena de Sonic e Tails (Collen O'Shanussy) em uma taverna russa, poderiam ser cortados sem problemas. O mesmo pode ser dito de boa parte das subtramas envolvendo os personagens humanos, como o casamento da cunhada de Tom ou o momento em que Maddie (Tika Sumpter) vai resgatar Sonic dos militares. São segmentos que apenas protelam o desenvolvimento do conflito principal e oferecem muito pouco em troca.

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Lixo Extraordinário – O Bingo Macabro

 

Análise – O Bingo Macabro

Review Lixo Extraordinário – O Bingo Macabro
Este O Bingo Macabro é um daqueles filmes que te dá a impressão de que vai ser um trash divertido por conta de sua premissa aloprada. A verdade é que a produção não faz nada de interessante com suas ideias, nem mesmo em termos de gore ou maluquice, então apesar das imagens de divulgação darem a impressão de que veremos uma idosa armada explodindo demônios no seu salão de bingo, a verdade é que muito pouco acontece.

A trama é protagonizada por Lupita (Adriana Barraza), uma senhora que vê seus amigos se mudarem conforme empresas imobiliárias compram as propriedades do bairro para produzir imóveis caros, atraindo hipsters e gentrificando o local. A gota d’água para Lupita ocorre quando seu salão de bingo é vendido, com o misterioso Sr. Dinheiro (Richard Brake) assumindo o negócio e prometendo prêmios altíssimos. Quando as pessoas que vencem no bingo começam a morrer sob circunstâncias misteriosas, Lupita começa a perceber que forças macabras estão em ação.