sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Crítica – Megatubarão 2

 

Análise Crítica – Megatubarão 2

Review – Megatubarão 2
Continuações normalmente permitem ampliar o original e aprender com os erros de realizar a primeira experiência, muitas vezes entregando um produto mais maduro e melhor resolvido. Nada disso acontece em Megatubarão 2, que não só não aprendeu nada com os erros do original como ainda abre espaço para novos equívocos.

A trama é mais uma vez protagonizada por Jonas Taylor (Jason Statham) que agora trabalha para a fundação que pesquisa e preserva o ecossistema abissal do primeiro filme. Logicamente existem pessoas em busca de ganho financeiro com os recursos do abismo e visão tomar o controle da fundação. Quando um ato de sabotagem na instalação submarina causa explosões que criam aberturas grandes na fenda para que os seres ancestrais passem por elas, o mundo inteiro fica em risco.

Os trailers prometiam megalodontes, polvos gigantes e outros seres abissais letais causando o caos em nosso mundo, mas isso só acontece lá pela última meia hora. Antes disso ficamos presos a um monte de politicagem corporativa entediante e cenas dos personagens em submarinos ou caminhando pelo solo marítimo cheias de computação gráfica irregular que deixa evidente que todo mundo está diante de um fundo verde. Não há nenhuma tensão e o foco excessivo em personagens humanos vazios não ajuda a manter nosso interesse.

Quando finalmente as criaturas se soltam para causar destruição, a ação sofre por conta da classificação baixa do filme, que impede a presença de violência muito explícita conforme essas criaturas monstruosas destroem um resort insular. Com isso toda destruição carece de impacto, falhando em aproveitar as possibilidades de gore e mortes criativas a partir de suas criaturas. O roteiro também não aproveita algumas possibilidades que ele mesmo constrói, como os trajes com exoesqueletos feitos para suportar pressões abissais e que aumentam a força e resistência do usuário. Era de se imaginar que veríamos Jason Statham usando um desses pra socar monstros durante o clímax, mas não, nada disso acontece.

Como no primeiro filme, a produção também é bastante inconsistente em termos de tom, nunca sabendo se leva tudo à sério e tenta construir alguma mensagem ambientalista em cima de sua narrativa ou se entra em um regime pleno de absurdo de filme B e abraça a galhofa de todo o exagero risível que é colocado em cena.

Dessa maneira, nunca funciona como algo mais sério nem como uma podreira divertida, fazendo de Megatubarão 2 uma produção entediante que perde tempo demais com personagens inanes ao invés de entregar os embates entre monstros que se espera de um filme dessa natureza.

 

Nota: 3/10


Trailer

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