terça-feira, 1 de agosto de 2023

Crítica – The Witcher: Terceira Temporada (Parte 2)

Análise Crítica – The Witcher: Terceira Temporada (Parte 2)

Review – The Witcher: Terceira Temporada (Parte 2)
A primeira parte da terceira temporada de The Witcher sofria ao deixar o trio principal perdido em meio a um monte de subtramas que não necessariamente incidiam sobre eles. Esperava que essa segunda parte pudesse corrigir isso ao devolver o foco a Geralt (Henry Cavill), mas mais uma vez ele se perde na quantidade enorme de núcleos de personagem. É uma pena considerando que Cavill é o melhor da série e essa é sua última temporada como o protagonista, já que ele será substituído por Liam Hemsworth a partir do quarto ano.

Essa segunda parte inicia onde a primeira parou, com Djikstra (Graham McTavish) tomando o controle de Aretusa e todos por lá ao mesmo tempo que elfos a serviço de Nilfgaard atacam o local em busca de Ciri (Freya Allan). Geralt percebe que não é mais possível fugir ou ficar à margem da guerra que se desenha e decide ajudar as feiticeiras a rechaçarem ambos invasores.

Com apenas três episódios, essa segunda parte não justifica a divisão feita pela Netflix. A temporada podia ser toda apresentada de uma vez já que é um único arco e o fim da primeira parte era menos o encerramento de um ciclo e mais uma interrupção abrupta. O cerco a Aretusa é provavelmente o melhor episódio de toda a terceira temporada, fazendo colidir todas as forças em jogo até aqui em um confronto brutal no qual tudo pode acontecer. Claro, não justifica o tanto que os episódios anteriores se prenderam em longas maquinações de bastidores mas ao menos finalmente faz confluir todas essas histórias que estavam soltas e não eram suficientemente interessantes para se sustentarem sozinhas.

Henry Cavill continua sendo ótimo como Geralt, agora extravasando toda sua fúria paternal conforme as ameaças finalmente alcançam Ciri e ele decide arriscar tudo para salvar a filha adotiva. É um testamento do trabalho de Cavill o quanto ele consegue transmitir dizendo muito pouco e o sentimento forte, bem como o temor que o bruxo tem em perder Ciri, com apenas pequenos gestos e olhares. O bruxo também encontra um oponente a altura no feiticeiro Vilgefortz (Mahesh Jadu) em uma das lutas mais tensas da série.

Inclusive eu defenderia que o primeiro episódio dessa segunda parte deveria ser o fim da temporada, encerrando tudo em um clima meio O Império Contra-Ataca (1980) com os heróis derrotados e divididos. Narrativamente a conclusão faz sentido, com Geralt finalmente entendendo que Nilfgaard é uma ameaça grande demais para que ele fique as margens do conflito, se importando apenas em reencontrar a filha adotiva, justificando a decisão do bruxo em dizimar toda uma guarnição de soldados Nilfgaardianos. Ciri, por sua vez, comete sua primeira morte em combate e parece se encontrar como guerreira. Por mais que essas cenas encerrem os arcos propostos na temporada, elas não tem o impacto devido para a apoteose do terceiro ano da série, soando mais como um gancho para um próximo episódio do que um final de temporada, principalmente uma que está se despedindo de seu protagonista.

Apesar de Geralt continuar sendo o melhor da série e algumas boas cenas de ação, essa segunda parte da terceira temporada de The Witcher faz pouco para corrigir os problemas da parte inicial e oferece uma despedida indigna para Henry Cavill.

 

Nota: 5/10


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