sexta-feira, 20 de junho de 2025

Crítica – Premonição 6: Laços de Sangue

Análise Crítica – Premonição 6: Laços de Sangue

Review – Premonição 6: Laços de Sangue
Me aproximo desse Premonição 6: Laços de Sangue como alguém que não é um profundo conhecedor da franquia. Assisti o primeiro e o segundo filme e, assim como aconteceu com Jogos Mortais, me dei por satisfeito e resolvi parar por aí. Com esse sexto filme chegando mais de uma década depois do quinto fiquei curioso por terem resolvidos ressuscitar a franquia.

Desafiando a morte

A trama é centrada em Steph (Kaitlyn Santa Juana), uma jovem universitária que começa a ter sonhos recorrentes com o desabamento de um restaurante panorâmico que mata várias pessoas. Com o tempo ela descobre que uma das pessoas no sonho era sua avó e como as visões estão atrapalhando em seu desempenho na faculdade, ela decide descobrir o que aconteceu com a sua avó e, no processo desenterra segredos de sua família.

Apesar da ideia de várias gerações lidando com premonições que as fazem evitar a morte, o filme segue a mesma estrutura das outras produções da franquia com a visão de uma grande catástrofe que mata muitas pessoas, pessoas sobrevivendo e então um grupo de personagens precisa encontrar meios de sobreviver à morte que passa a persegui-los. Mesmo o ângulo do drama familiar de Steph com a avó e a mãe ausente não tem lá muita substância e o resto dos personagens está ali meio que só como animais a serem abatidos em mortes horríveis e hilárias. Talvez a única figura que traz algum peso dramático seja o legista interpretado pelo saudoso Tony Todd que conecta esse filme aos exemplares anteriores da franquia, inclusive mencionando a protagonista do segundo.

A morte está de parabéns

As mortes e o modo como o filme constrói os vários acidentes hiperbólicos, no entanto, são o que fazem a experiência valer a pena. Há um equilíbrio estranho no modo como essas mortes são apresentadas. Por um lado há uma violência gráfica extrema que chega a dar agonia em muitos momentos, como na cena em que um personagem fica com o piercing do nariz preso em uma corrente que fica enrolada em um ventilador de teto. Por outro, há um exagero digno de desenho animado, como na cena do restaurante no início em que uma criança termina esmagada por um piano como se fosse um desenho dos Looney Tunes só que mais sangrento.

Há uma criatividade sádica no modo como as coincidências e acidentes bizarros que matam (ou tentam matar) os personagens acontecem, partindo de elementos que não parecem capazes de causar um grande dano, como um caco de vidro que vai parar em um drink, mas por conta de vários outros eventos fortuitos a coisa desanda em uma morte sangrenta. Claro, várias leis da física e da engenharia são desrespeitadas no processo, mas como todo o filme segue essa lógica cartunesca esses excessos funcionam em favor da trama, como na absurda cena envolvendo uma máquina de tomografia, do que em detrimento dela.

É por conta da engenhosidade macabra de suas mortes que Premonição 6: Laços de Sangue consegue divertir, já que sua trama e personagens falham em trazer qualquer coisa de muito nova à franquia.

 

Nota: 6/10


Trailer

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