terça-feira, 29 de abril de 2025

Crítica – Black Mirror: 7ª Temporada

Análise Crítica – Black Mirror: 7ª Temporada

Review – Black Mirror: 7ª Temporada
Depois de uma fraca sexta temporada não pensei que Black Mirror fosse retornar para mais um conjunto de episódios. Esta sétima temporada é um pouco melhor que a anterior, mas deixa a impressão de que a série está se repetindo e não tem muito mais a dizer. Assim como na temporada anterior, por sinal, em alguns episódios a questão da tecnologia chega a ser até marginal para as narrativas.

Vida precarizada

O primeiro episódio é, talvez, o melhor dessa nova leva. O casal Mike (Chris O’Dowd) e Amanda (Rashida Jones) se vê com uma grande despesa médica quando ela passa a ser dependente de um dispositivo tecnológico para se manter viva. O problema é que a empresa que faz o dispositivo está sempre piorando seu serviço para oferecer pacotes mais caros que são vendidos como melhorias, mas que na prática só entregam o mesmo básico de antes.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Crítica – Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu

 

Análise Crítica – Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu

Review – Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu
Depois de toda a querela envolvendo o engavetamento de Coyote vs ACME mesmo com o filme já pronto, imaginei que a Warner não ia querer fazer mais nada com os Looney Tunes, o que seria uma pena, considerando que eles são basicamente os mascotes da empresa. Felizmente o estúdio continua a investir nos personagens com este longa animado Looney Tunes O Filme: O Dia Que a Terra Explodiu.

De volta à ação

A trama é focada em Patolino e Gaguinho, que cresceram juntos e agora precisam juntar dinheiro para reformarem a casa em que vivem, caso contrário a perderão. Depois de muitas tentativas frustradas eles conseguem emprego em uma fábrica de chicletes, mas Patolino logo descobre que o lugar guarda segredos sombrios e que parasitas alienígenas estão sendo colocados nos chicletes. Agora cabe a essa dupla amalucada salvar o mundo e desvendar a conspiração extraterrestre.

sábado, 26 de abril de 2025

Rapsódias Revisitadas – The Rocky Horror Picture Show

 

Análise Crítica – The Rocky Horror Picture Show

Resenha Crítica – The Rocky Horror Picture Show
Lançado em 1975 The Rocky Horror Picture Show foi um fracasso de bilheteria. Com sua mistura de musical, ficção científica e temáticas LGBTQIA+ o filme, no entanto, acabou se tornando objeto de culto ao longo dos anos, com sessões à meia-noite lotadas de fãs vestidos como os personagens e cantando junto com os números musicais. Assistir ele hoje, cinquenta anos depois de seu lançamento original, torna fácil entender o motivo dele continuar divertindo.

Let’s do the time warp again

A trama envolve o casal Janet (Susan Sarandon) e Brad (Barry Bostwick) cujo carro quebra numa estrada chuvosa no meio da noite. Procurando ajuda, eles entram em uma estranha mansão que é habitada por Frank-N-Furter (Tim Curry), um cientista louco travesti alienígena que está devotado a criar um espécime perfeito em Rocky (Peter Hinwood). Para tal conta com a ajuda dos assistentes Riff Raff (Richard O’Brien) e Magenta (Patricia Quinn). A presença deles ali ao lado dos experimentos e da trupe de aliados de Frank-N-Furter faz o casal repensar sua vida puritana.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Drops – Acompanhante Perfeita

 

Análise Crítica – Acompanhante Perfeita

Review  – Acompanhante Perfeita
Estrelado por Jack Quaid (de The Boys) e Sophie Thatcher (de Yellowjackets e Herege) o suspense Acompanhante Perfeita usa sua premissa de ficção científica para ponderar sobre objetificação da mulher e masculinidade tóxica. O casal Josh (Jack Quaid) e Iris (Sophie Tatcher) viaja para passar um final e semana na casa de um casal de amigos de Josh, Sergey (Rupert Friend) e Kat (Megan Suri). Quando Sergey tenta estuprar Iris, ela o mata, mas então descobre a verdade sobre si: ela é um robô programado para amar e servir Josh. A partir daí os habitantes da casa pensam no que fazer com Iris enquanto ela pensa em meios de fugir do local para não ser destruída.

Alma plástica

O início do filme vai dando pistas sutis sobre quem Iris é de verdade fazendo a revelação soar orgânica ao invés de um choque súbito. Ainda assim, penso que essa revelação teria mais impacto se fosse construída a partir do ponto de vista da personagem ao invés de um olhar mais onisciente da narrativa, com ela “apagando” depois de ouvir o comando de desligamento de Josh e acordando algemada sem saber o que aconteceu até que os outros personagens explicassem para ela a verdade sobre si.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Crítica – Novocaine: À Prova de Dor

 

Análise Crítica – Novocaine: À Prova de Dor

Review – Novocaine: À Prova de Dor
Não tinha nenhuma expectativa em relação a Novocaine: À Prova de Dor. A premissa podia render uma comédia de ação divertida, mas de algum modo produção nunca conseguiu despertar meu interesse durante a divulgação. Tendo visto o filme, devo dizer que realmente me diverti, ainda que ache que o filme perde um pouco a mão no final.

Dor insensível

A narrativa acompanha Nate (Jack Quaid), um bancário que vive uma existência pacata e isolada por conta de sua completa incapacidade de sentir dor. Um dia ele se aproxima da colega de trabalho Sherry (Amber Midthunder, de Predador: A Caçada) e se apaixona por ela. As coisas se complicam quando o banco em que Nate trabalha é assaltado e Sherry é levada como refém pelo líder da gangue, Simon (Ray Nicholson, de Sorria 2). Agora Nate decide encontrar Sherry, usando sua incapacidade de sentir dor como vantagem no enfrentamento dos bandidos.

terça-feira, 22 de abril de 2025

Crítica – Pecadores

 

Análise Crítica – Pecadores

Review – Pecadores
Dirigido por Ryan Coogler (responsável por Pantera Negra, Creed e Fruitvale Station), Pecadores lembra um pouco Um Drink no Inferno (1996) ao contar a história de um grupo de pessoas presas em um bar na beira da estrada tomado por vampiros enquanto eles tentam sobreviver até o amanhecer. As semelhanças, no entanto, ficam só na premissa básica, já que Pecadores tem questões bem diferentes de como pensa os vampiros e nas relações entre seus personagens.

A voz suprema do blues

A narrativa se passa nos Estados Unidos da década de 1930. Os gêmeros Fumaça e Fuligem (ambos Michael B. Jordan) retornam para sua pequena cidade no Mississipi para abrirem um clube de blues usando o dinheiro que ganharam dos gângsteres de Chicago. Eles recrutam o primo Sammie (Miles Catton) para tocar no clube por conta do talento do garoto, apesar do pai de Sammie, um pastor de igreja não querer que ele se envolva com música que não seja gospel. A música tocada por Sammie é tão poderosa que é capaz de acessar o mundo espiritual e chama a atenção do vampiro Remmick (Jack O’Connell), que decide atacar o local para devorar Sammie e absorver seu poder.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Crítica – Demolidor: Renascido

 

Análise Crítica – Demolidor: Renascido

Review – Demolidor: Renascido
Entre as várias séries que saíram da parceria entre Marvel e Netflix, Demolidor era a mais consistente delas, então quando as duas terminaram a colaboração se esperava que os personagens retornassem ao universo Marvel de alguma maneira. Durante um tempo tudo ficou no limbo, muito incerto, até que Matt Murdock (Charlie Cox) foi incorporado ao MCU em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021) e o Rei do Crime (Vincent D’Onofrio) na série do Gavião Arqueiro (2021). Eventualmente a Disney/Marvel anunciou que o Homem Sem Medo voltaria para uma série do Disney+ intitulada Demolidor: Renascido.

Vindo das cinzas

Na trama, depois de uma tragédia pessoal, Matt tenta reconstruir sua vida como advogado e deixar para trás suas atividades como Demolidor. Ao mesmo tempo, Wilson Fisk retorna a Nova Iorque depois dos eventos da série Eco (2024) para retomar seu império criminal e sua relação com a esposa, Vanessa (Ayelet Zurer). Fisk se lança como prefeito e passa a governar a cidade. Com o Rei do Crime na prefeitura, Matt começa a perceber que agir dentro lei não garante que a justiça será feita já que a estrutura do Estado foi aparelhada por um criminoso.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Crítica – G20

 

Análise Crítica – G20


Review – G20
Estrelado por Viola Davis, G20 é uma espécie de Força Aérea Um (1997) na ONU, sendo que Força Aérea Um já era um Duro de Matar (1988) no avião. G20 é como a xerox de uma xerox de uma xerox e como tal deixa evidente a perda de qualidade que vai de uma cópia para outra.

Supremacia nacional

A trama, que surpreendentemente precisou de quatro pessoas para ser escrita, envolve a presidente dos Estados Unidos Danielle Sutton (Viola Davis) que vai para a reunião do G20 com um plano para acabar com a fome mundial envolvendo criptomoedas, algo esquisito e extremamente mal explicado que soa mais como um esquema pirâmide do que como política internacional. A reunião é sequestrada pelo terrorista Rutledge (Antony Starr, de The Boys) que toma os líderes mundiais como reféns e usa suas imagens em deepfakes para convencer o mundo a transformar todo seu dinheiro em criptomoedas para que ele próprio consiga enriquecer. Sutton, no entanto, consegue escapar com a ajuda de seu segurança, Manny (Ramon Rodriguez).

terça-feira, 15 de abril de 2025

Crítica – Nas Terras Perdidas

 

Análise Crítica – Nas Terras Perdidas

Review – Nas Terras Perdidas
O diretor Paul W.S Anderson sempre teve uma sensibilidade de filme B em suas produções, mas ao menos era capaz de dotar esses filmes de certo charme como em Mortal Kombat (1995) ou os primeiros Resident Evil. Conforme o tempo foi passando, no entanto, Anderson foi se perdendo nos próprios maneirismos ao ponto em que seus filmes se tornaram uma mera coleção de cacoetes desgastados que parecem presos a uma ideia do que seria “estiloso” há umas duas décadas atrás. Seu mais novo filme Nas Terras Perdidas padece desse mesmo mal.

Deserto de ideias

A narrativa adapta o conto homônimo escrito por George R.R Martin (autor de As Crônicas de Gelo e Fogo) em 1982. Seguimos a bruxa Gray Alys (Milla Jovovich) em uma jornada através de um deserto pós-apocalíptico de onde surgiu magia e criaturas sobrenaturais. Existe apenas uma cidade segura no mundo e ela é governada com mão de ferro. Um dia a Rainha (Amara Okereke) procura a bruxa para pedir a ela o poder de se transformar em lobo. Alys aceita o pedido e parte para caçar um transmorfo de modo a roubar seu poder, mas para navegar nas perigosas terras perdidas ela contrata o caçador Boyce (Dave Bautista).

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Crítica – The Pitt

 

Análise Crítica – The Pitt

Review – The Pitt
Nunca fui muito de acompanhar séries médicas. No máximo acompanhei algumas temporadas de House por conta de sua estrutura de mistério e investigação que remetia a uma dinâmica de histórias do Sherlock Holmes. The Pitt, no entanto, chamou minha atenção pela sua forma de contar a história, acompanhando um plantão de emergência em tempo real, com cada episódio cobrindo uma hora de plantão. O resultado é algo que soa como uma mistura de Plantão Médico com 24 Horas, mas acaba sendo mais do que uma mera combinação de elementos conhecidos.

Sob pressão

A série acompanha um turno do plantão de emergência de um hospital em Pittsburgh que é liderado pelo Dr. Michael “Robby” Robinavitch (Noah Wyle, veterano da série Plantão Médico). Robby comanda a equipe formada por médicos, enfermeiros, residentes e estudantes de medicina, lidando não só com a urgência de casos complicados, mas com os recursos limitados do hospital.