segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Crítica – Marvel Zumbis

 

Análise Crítica – Marvel Zumbis

Review – Marvel Zumbis
Depois da série What If?, a próxima incursão da Marvel em séries animadas é este Marvel Zumbis que não só continua a partir do episódio dos zumbis em What If? como pega inspiração nos quadrinhos Zumbis Marvel embora guie sua história por caminhos diferentes. Com apenas quatro episódios, a minissérie animada é concisa e acerta em algumas coisas que os filmes da Marvel tem deixado a desejar.

Mundo dos mortos

A trama foca em um grupo de heróis sobreviventes em um mundo tomado por zumbis, inclusive a maioria dos heróis. Kamala Khan (Iman Vellani), Riri Williams (Dominique Thorne) e Kate Bishop (Hailee Steinfeld) tentam como podem sobreviver no apocalipse. A sorte do trio muda quando encontram um transmissor espacial capaz de chamar a Tropa Nova, que poderia ajudar a exterminar a praga de zumbis, mas para isso precisariam levar o transmissor para fora da atmosfera. Agora elas tentam encontrar alguma antiga base da SHIELD que tenha o equipamento necessário.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Gundam Wing e o teatro do poder

 

Reflexões Boêmias - Gundam Wing e o teatro do poder

Revisitando Gundam Wing
Lançado em 1995, Gundam Wing só chegaria no ocidente nos anos 2000, sendo a primeira série em muito tempo da famosa franquia de mechas exibida pelas bandas de cá. O sucesso em países como Brasil e Estados Unidos ajudou a visibilidade da franquia no Ocidente. Pessoalmente, foi a primeira série Gundam que assisti e só muito tempo depois fui descobrir que no Japão e entre fãs era uma série relativamente divisiva. Com Gundam Wing completando 30 anos de lançamento agora em 2025 decidi retornar a ela para ver se a série se sustentava ou eu estava sendo traído pela minha nostalgia.

Palco da guerra

A narrativa se passa em um futuro próximo, no qual a humanidade se expandiu para o espaço, vivendo em colônias espaciais. As nações da Terra formaram uma aliança unificada e passaram a controlar as colônias, que não tinham armas, com seu poderio militar. Depois de décadas de opressão, as colônias montaram um plano para combater a Oz, organização militar que mantinha o controle das colônias usando mobile suits, mechas bélicos pilotados por soldados. Cada uma das cinco colônias envia um Gundam, um poderoso mobile suit, em segredo para a Terra com o objetivo de sabotarem as bases da Oz e eliminarem os membros que estimulam a guerra contra as colônias. Esses cinco jovens pilotos não se conhecem e atuam de forma independente um do outro, mas a guerra logo os obriga a se unir. Heero Yuy, piloto do Wing Gundam, é confrontado por Zechs Merquise, um dos pilotos de mobile suits mais hábeis da Oz, iniciando uma longa rivalidade.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Drops – Elio

 

Crítica – Elio

Review – Elio
Nova animação da Pixar, Elio teve uma produção conturbada, com substituição de diretor, saída de elenco e alterações na proposta do filme. É algo que lembra O Bom Dinossauro (2015) que também teve problemas na produção e, tal como Elio, quando finalmente estreou o resultado não impressionou, embora não seja exatamente ruim.

Solidão cósmica

A narrativa gira em torno de Elio, um garoto que perde os pais e vai morar com a tia, Olga, em uma base militar que monitora o espaço sideral. Lá ele se torna fascinado com a ideia de que possa existir vida em outros planetas, desejando ser abduzido por alienígenas. Esse desejo provavelmente vem do seu sentimento de solidão depois da morte dos pais e Elio acaba conseguindo exatamente o que deseja quando sua tia decifra uma mensagem alienígena e Elio é levado, confundido como o líder da Terra. No espaço ele é recebido pelos embaixadores do comuniverso, uma espécie de ONU galáctica. Para ser aceito, Elio precisa provar seu valor e se dispõe a resolver um conflito diplomático com o agressivo Lord Grigon, que não partilha dos ideais pacifistas do grupo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Crítica – Djeli: Contos Modernos

 

Análise Crítica – Djeli: Contos Modernos

Review – Djeli: Contos Modernos
De certa maneira Djeli: Contos Modernos adere com grande proximidade a estruturas típicas do melodrama. Por outro lado, porém, essa produção de 1981 da Costa do Marfim dirigida por Fadika Kramo-Lanciné apresenta um senso de frescor pelo modo como o filme acompanha uma realidade cultural pouco mostrada pelo cinema hegemônico e como usa essa realidade para pensar seus conflitos.

Conto ancestral

A narrativa é focada em Fanta, uma jovem da Costa do Marfim que se apaixona por Kramoko Kouyate, mas apesar dos dois se amarem eles não podem se casar. Kramoko Kouyate vem de uma linhagem de griots, enquanto Fanta vem de uma origem mais nobre e as famílias de ambos não aprovam o casamento. Ainda assim, o casal viaja da capital para sua vila natal de modo a tentar convencer seus pais a deixarem o casamento acontecer.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Crítica – Uma Batalha Após a Outra

 

Análise Crítica – Uma Batalha Após a Outra

Review – Uma Batalha Após a Outra
Quando escrevi sobre Vício Inerente (2014) mencionei que o diretor Paul Thomas Anderson tinha feito um “noir para maconheiros”. Agora, com este Uma Batalha Após a Outra o diretor parece ter feito um “thriller de conspiração para maconheiros”. Curiosamente os dois filmes são adaptações de romances do Thomas Pynchon cujas narrativas se constroem em cima de personagens delirantes e alguma medida de desencanto político.

A luta não para

A narrativa acompanha Bob (Leonardo DiCaprio), que durante muitos anos participou de grupos revolucionários que lutavam por direitos civis nos Estados Unidos. Seus dias de luta terminaram depois que ele teve uma filha com Perfidia (Teyana Taylor), uma das líderes do grupo revolucionário que participava. Perfidia quis continuar na luta e Bob se afastou de tudo. Dezesseis anos depois Willa (Chase Infiniti) já é uma adolescente e vive com o pai em uma pequena cidade. Bob ainda teme que as autoridades possam estar no seu encalço e mantem uma vida discreta junto da filha. Os temores de Bob se confirmam quando o coronel Lockjaw (Sean Penn) chega com sua força-tarefa na cidade procurando os dois. No passado o coronel perseguiu Bob e Perfidia, chegando a se envolver com a revolucionária, então a caçada é pessoal para o militar.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Crítica – Missão Resgate: Vingança

 

Análise Crítica – Missão Resgate: Vingança

Review – Missão Resgate: Vingança
Eu não esperava muito de um filme com um título tão genérico quanto Missão Resgate: Vingança. A impressão é que alguém juntou as palavras mais comuns de filmes de ação num liquidificador e o resultado foi esse aí. Inclusive só quando fui pesquisar sobre a produção que descobri se tratar de uma continuação de um filme chamado Missão Resgate, lançado em 2021. Não fosse a presença do Liam Neeson eu provavelmente passaria longe de algo que soa como um caça-níqueis qualquer jogado em plataforma de streaming.

Comboio perigoso

A trama é protagonizada por Mike (Liam Neeson), que vai ao Nepal cumprir uma promessa ao irmão falecido de espalhar suas cinzas no Evereste. Chegando lá, ele e sua guia, Dhani (Bingbing Fan), pegam um ônibus turístico até a montanha. No caminho o veículo é atacado por criminosos que visam sequestrar um dos passageiros. Aparentemente o rapaz pertence a uma família cujas terras são valiosas para um empresário que quer construir uma represa na região e o vilão pretende usar o sequestro para forçar a família a vender as terras. Agora Mike e Dhani precisam enfrentar os criminosos e levar o ônibus em segurança.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Rapsódias Revisitadas – Saneamento Básico: O Filme

 

Crítica – Saneamento Básico: O Filme

Review – Saneamento Básico: O Filme
Lançado em 2007, uma das coisas mais interessantes de Saneamento Básico: O Filme é como ele transita por várias ideias sem perder a coesão. Começa como uma crítica bem-humorada à burocracia pública, pontuando a dificuldade de conseguir um pequeno aporte para a construção de uma fossa, mas logo se torna uma declaração de amor ao cinema e seu poder transformador. Claro, o diretor Jorge Furtado já estava mais do que acostumado a transitar entre vários temas em seus filmes, vide o curta Ilha das Flores (1989) ou longas como O Homem que Copiava (2003).

Artistas do desastre

A trama é centrada em Marina (Fernanda Torres), que tenta pressionar a prefeitura de sua pequena cidade a construir uma fossa para evitar que dejetos poluam o córrego da região. A secretaria responsável lhe informa que não há mais verba para obras naquele ano, no entanto, há disponível uma rubrica para a produção de um vídeo educativo que não foi usada e que Marina poderia dispor caso fizesse o tal vídeo. Pensando em usar o dinheiro para financiar a fossa, Marina decide produzir um vídeo sobre um monstro de poluição que ataca a cidade por conta da falta de saneamento básico. Para fazer isso recruta o marido, Joaquim (Wagner Moura), e dos amigos Cilene (Camila Pitanga) e Fabrício (Bruno Garcia).

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Crítica – Demba

 

Análise Crítica – Demba

Review – Demba
Lidar com a perda de um ente querido nunca é fácil. O luto é um processo que toma tempo e que precisa ser vivenciado para que possamos seguir com a nossa vida. O que acontece, no entanto, quando alguém se recusa a passar pelo processo de luto? A produção senegalesa Demba tenta analisar as consequências de não falar sobre o luto e tentar sufocar esses sentimentos de dor e perda.

Dor silenciosa

Demba (Ben Mahmoud Mbow) é um homem de meia idade que trabalha na prefeitura de sua pequena cidade no Senegal há quase trinta anos e está prestes a ser aposentado do serviço quando a gestão anuncia que seu trabalho de arquivista será substituído por um serviço virtual. A perspectiva de perda do emprego se mistura com a dor silenciosa da perda de sua esposa, falecida há dois anos, mas cuja ausência Demba ainda não conseguiu superar.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Crítica – A Hora do Mal

 

Análise Crítica – A Hora do Mal

Review – A Hora do Mal
O diretor Zach Cregger chamou minha atenção com o bacana e pouco visto Noites Brutais (2022), então fiquei curioso para seus próximos projetos. Este A Hora do Mal parte de uma premissa instigante e é visível o esforço do realizador em tentar algumas escolhas similares a Noites Brutais, mas que aqui não funcionam tão bem.

Crianças nas sombras

A trama segue o cotidiano de uma pequena cidade na qual todas as crianças de uma turma de ensino fundamental saem correndo de casa no meio da madrugada, com apenas um menino da turma deixando de fugir. As suspeitas logo caem sobre a professora, Justine (Julia Garner), que parece tão surpresa com o evento quanto o resto da cidade. Dois meses se passam e nada é resolvido. Justine começa a ser alvo de ataques dos pais das crianças, em especial de Archer (Josh Brolin), que fica inquieto com a inação das autoridades. Ao mesmo tempo, Justine começa a desconfiar que há algo errado na casa de Alex (Cary Christopher), o único de seus alunos que não sumiu, mas o diretor da escola, Marcus (Benedict Wong), não acredita nela.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Drops – Animais Perigosos

 

Crítica – Animais Perigosos

Review – Animais Perigosos
A produção Animais Perigosos é o tipo de filme B que não tem medo de se assumir como tal. Ele usa isso em seu favor para criar um suspense que consegue ser minimamente envolvente a despeito de suas falhas. A narrativa é centrada em Zephyr (Hassie Harrison), uma surfista morando na Austrália que se vê capturada pelo serial killer Bruce (Jai Courtney), que captura turistas e os mata alimentando-os aos tubarões. Presa no barco do assassino, Zephyr precisa encontrar um jeito de sobreviver.

Predadores marítimos

De início tudo parece um torture porn bem típico. Personagens femininas a mercê de um psicopata que irão ser torturadas e sofrer muito para o prazer escopofílico do espectador até eventualmente escaparem e a narrativa tentar construir uma história de empoderamento em cima disso. Esse início é agravado ainda pelo fato de Jai Courtney não conseguir transmitir a instabilidade e agressividade de Bruce, falhando em fazer o assassino soar como uma ameaça genuína.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Crítica – A Última Showgirl

 

Análise Crítica – A Última Showgirl

Review – A Última Showgirl
Certos personagens tem uma sinergia grande com as pessoas que as interpretam. Esse é o caso de Shelly, protagonista de A Última Showgirl interpretada por Pamela Anderson. É inevitável não pensar que a diretora Gia Coppola (neta de Francis Ford Coppola) não levou em conta a trajetória profissional de Anderson na hora de escalá-la como Shelly considerando as similaridades entre as duas.

Show contínuo

Shelly (Pamela Anderson) trabalha como dançarina no mesmo show burlesco em Las Vegas desde os anos 80. O show já passou a muito de seu auge, atraindo cada vez menos público e tendo dançarinas cada vez mais jovens e inexperientes. Shelly se tornou uma espécie de figura materna para essas dançarinas mais jovens como Mary Anne (Brenda Song) e Jodie (Kiernan Shipka, de O Mundo Sombrio de Sabrina). O mundo de Shelly, no entanto, sofre um revés quando Eddie (Dave Bautista), o gestor do show, avisa que o espetáculo irá encerrar em duas semanas. Shelly agora contempla o que o futuro lhe reserva depois de três décadas construindo sua identidade ao redor de ser uma showgirl.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Drops – Anônimo 2

 

Crítica – Anônimo 2

Review – Anônimo 2
O primeiro Anônimo (2021) foi uma grata surpresa ao tentar transformar Bob Odenkirk (de Better Call Saul e Breaking Bad) em um herói de ação nos moldes do John Wick. Não era o tipo de filme que pedia uma continuação ou tinha a necessidade de virar uma franquia, mas, de todo modo, Anônimo 2 chegou às telas entregando mais do mesmo, embora, sim, tenha sua medida de diversão.

Férias Frustradas

Depois dos eventos do primeiro filme Hutch (Bob Odenkirk) volta a trabalhar como operativo enquanto ainda tenta manter sua fachada de pacato pai de família. O trabalho, no entanto, amplia a distância entre ele, a esposa e os filhos. Pensando em se reaproximar da família, ele organiza uma viagem de férias para o parque aquático que seu pai o levou na infância. A confusão, porém, encontra Hutch quando ele acidentalmente esbarra em um grupo de policiais corruptos liderados pelo xerife Abel (Colin Hanks) que usam a cidade como rota de tráfico para a perigosa Lendina (Sharon Stone). Agora ele precisa lidar com a ameaça e manter a família em segurança.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Crítica – Wandinha: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – Wandinha: Segunda Temporada

Review – Wandinha: Segunda Temporada
A primeira temporada de Wandinha sofria por sacrificar muito do que torna a personagem (e toda a família Addams) singular em prol de uma trama adolescente excessivamente aderente aos clichês desse tipo de história. Essa segunda temporada prometia evitar esses lugares comuns e ser mais fiel ao espírito da personagem. Tendo assistido a temporada completa é possível ver um vislumbre disso, mas a verdade é que ainda soa como uma série adolescente genérica vestindo a aparência do universo dos Addams.

Visões sinistras

A trama começa com Wandinha (Jenna Ortega) tendo uma visão de eventos catastróficos acontecendo na sua escola que culminariam na morte de sua amiga Enid (Emma Myers). Diante disso, a jovem Addams decide investigar o que suas visões significam ao mesmo tempo que lida com mudanças na escola, como a chegada do irmão Feioso (Isaac Ordonez) para estudar lá e o novo diretor, Dort (Steve Buscemi), que parece ter seus próprios interesses com o local.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Crítica – Luta de Classes

 

Análise Crítica – Luta de Classes

Review – Luta de Classes
Quando o diretor Spike Lee anunciou que seu próximo projeto, este Luta de Classes, seria um remake de Céu e Inferno (1963), de Akira Kurosowa, fiquei temeroso. A última vez que Lee fez uma nova versão de um filme asiático o resultado foi um dos piores (talvez o pior) filmes de sua carreira no péssimo Oldboy: Dias de Vingança (2013), remake do sul-coreano Oldboy (2003). Felizmente Luta de Classes é, ao menos, um suspense competente, embora se perca um pouco no que quer dizer.

Dias de luta

A narrativa é protagonizada por David King (Denzel Washington), um magnata da música que está tentando tomar o pleno controle de sua gravadora para impedi-la de ser vendida para um grande conglomerado. As coisas se complicam quando o filho de seu motorista é sequestrado por engano, com os sequestradores acreditando que levaram o filho do próprio King. Agora ele é colocado em uma encruzilhada moral entre usar o dinheiro para salvar seu império ou para pagar o resgate do filho do amigo, Paul (Jeffrey Wright).

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Crítica – F1: O Filme

 

Análise Crítica – F1: O Filme

Review – F1: O Filme
Não acompanho automobilismo, então uma produção como F1: O Filme não é algo que imediatamente desperta meu interesse. Fui assistir sem esperar muita coisa e me surpreendi com o quanto ele executa bem sua narrativa ainda que seja bastante previsível e faça pouco para de distanciar de elementos familiares desse tipo de história.

Correr para viver

A trama é focada em Sonny (Brad Pitt), um piloto cujo auge já passou há décadas. Ele teve sua chance na Fórmula 1, mas perdeu tudo depois de um acidente. Agora ele vaga pelos Estados Unidos atrás de corridas que o desafiem para reencontrar seu amor pelo esporte. Uma oportunidade de retornar à F1 chega quando Ruben (Javier Bardem), que foi piloto na mesma época de Sonny, o chama para correr pela equipe que agora é dono. Ruben está endividado e em três anos sua equipe não marcou um ponto sequer, o que significa que seu conselho diretor pode forçá-lo a vender a equipe. Ele pede Sonny ajuda para manter a equipe de pé e ser mentor de seu jovem piloto, Joshua (Damson Idris). Por consideração a Ruben, Sonny aceita o desafio.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Crítica – Número Desconhecido: Catfishing na Escola

Análise Crítica – Número Desconhecido: Catfishing na Escola


Resenha Crítica – Número Desconhecido: Catfishing na Escola
Produzido pela Netflix, o documentário Número Desconhecido: Catfishing na Escola é um daqueles casos que mostra como a realidade pode ser mais insólita do que qualquer ficção. É uma produção que segue de maneira muito acomodada a cartilha de documentários sobre crimes, mas mantem nosso interesse pelos caminhos inesperados que sua história de cyberbullying toma. Aviso que o texto contem SPOILERS do filme.

Quando um estranho chama

O filme conta a história da adolescente Lauryn. Quando ela tinha catorze anos começou a receber mensagens hostis de um número anônimo que diziam para ela terminar com o namorado, Owen, e com várias ofensas e xingamentos a ela. Owen também passou a receber mensagens com ofensas e que faziam um duvidar da fidelidade do outro. O bullying virtual se estende por meses, até que as mães dos dois entram em contato com a escola, que não consegue descobrir quem é o responsável. A polícia também é contatada e seus esforços em apontar um culpado também não dão resultado, com a investigação se alongando por quase dois anos. Mesmo bloqueando o número ou trocando de celular os dois adolescentes continuam a ser alvo das mensagens, que ficam cada vez mais agressivas.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Rapsódias Revisitadas – Um Tiro na Noite

 

Análise – Um Tiro na Noite

Crítica – Um Tiro na Noite
Dirigido por Brian De Palma, Um Tiro na Noite foi lançado em 1981 e constrói uma narrativa de suspense que funciona como uma reflexão sobre a importância do som no cinema, lembrando como a dimensão é tão responsável pela construção de elementos emocionais, sensoriais e narrativos quanto a imagem. É também um filme que sabe muito bem manejar a tensão do espectador.

Ruídos e sussurros

Jack (John Travolta) é um técnico de som que vem trabalhando em produções B de terror em Hollywood. Uma noite ele está em um parque capturando sons ambientes quando grava um carro perdendo o controle e mergulhando em um lago. Jack salva uma mulher, Sally (Nancy Allen), que estava no banco do carona, mas não consegue salvar o motorista. Na delegacia, descobre que o motorista era o governador, prestes a ser candidato à reeleição, e que ele não sobreviveu. A polícia enquadra o evento como um acidente, afirmando que o carro perdeu o controle ao furar um pneu, mas Jack suspeita de assassinato, já que em sua gravação ele capta o som de um tiro antes do carro perder o prumo. O problema é que ninguém acredita em Jack.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Crítica – Magreza na TV: A Verdade de The Biggest Loser

 

Análise Crítica – Magreza na TV: A Verdade de The Biggest Loser

Review – Magreza na TV: A Verdade de The Biggest Loser
Eu lembro que o reality show The Biggest Loser (algo como O Grande Perdedor em português) teve uma versão aqui no Brasil chamada Quem Perde Ganha. Não consegui assistir sequer um episódio inteiro. Apesar de se colocar como um programa focado em saúde ao colocar pessoas obesas em uma competição na qual quem perdesse mais peso ao longo de um determinado período de tempo ganharia um prêmio em dinheiro, o que eu via nas telas era que essas pessoas eram colocadas em situações vexatórias ou em exercícios pouco adequados para elas. A minissérie documental Magreza na TV: A Verdade de The Biggest Loser reforçou minhas impressões ao explorar os bastidores da versão original do reality nos Estados Unidos, que durou dezessete temporadas entre 2004 e 2016.

Nem ganhar ou perder

Ao longo de três episódios a série tenta mostrar como o reality se vendia como um estímulo a uma vida saudável e à perda de peso em um país com crescentes taxas de obesidade e sedentarismo. A série confronta essa proposta com a realidade do programa, no qual pessoas obesas eram colocadas diante de treinadores cujos programas de exercícios físicos eram pouco adequados para pessoas obesas e sem condicionamento físico, além do fato de que esses treinadores constantemente humilhavam e criticavam os participantes. Isso, somado ao fato de que os participantes eram encorajados a comer o mínimo de calorias possível enquanto mantinham uma rotina diária de várias horas de exercício mostra como a perda rápida de peso que era exibida pelo programa era pouco saudável.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Crítica – A Vida de Chuck

 

Análise Crítica – A Vida de Chuck

Review – A Vida de Chuck
O escritor Stephen King e o diretor Mike Flanagan são nomes que normalmente associamos com o terror. Flanagan é responsável por séries como A Queda da Casa de Usher (2023), A Maldição da Residência Hill (2018) e filmes como Doutor Sono (2019) e Jogo Perigoso (2017), esses dois últimos também adaptações de Stephen King. Agora o diretor decide adaptar um texto de Stephen King que não se encaixa no horror neste A Vida de Chuck, uma guinada que me deixou curioso.

Por uma vida menos ordinária

A trama é focada em Chuck (Tom Hiddleston), um homem de 39 anos que trabalha como contador. Quando anúncios começam a aparecer por toda a cidade celebrando esse sujeito aparentemente banal que ninguém conhece, todos ficam intrigados para saber o motivo de tanta publicidade, principalmente em um mundo que parece estar à beira do colapso. Aos poucos, vamos descobrindo a verdade por trás desses anúncios e aprendendo sobre a vida de Chuck.